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Até Montesquieu, as leis eram voltadas para Deus e suas vontades e eram
classificadas em: simultaneamente legítimas (porque expressão da autoridade),
imutáveis (porque dentro da ordem das coisas) e ideais (porque visavam uma finalidade
perfeita). Montesquieu define o conceito de lei, no início de sua obra, O Espírito das
Leis, como “relações necessárias que derivam da natureza das coisas”. Desse modo,
Montesquieu insere a política num campo propriamente teórico, para fora do campo da
teologia e crônica.
A natureza se trata da forma que esse poder seria regido, seja uma monarquia,
república ou despotismo, já o princípio de natureza consiste na motivação interior por
trás de cada regime político. E para cada regime existe uma paixão interior para que as
mesmas funcionem bem, a da monarquia seria a honra, a da república seria a virtude, e a
do despotismo seria o medo.
A república segundo o autor, é um regime frágil, pois apesar de existirem
homens virtuosos, existe, porém as riquezas, o tamanho do país e as dimensões da
população contribuem para a diversificação do povo e o distanciamento das classes,
indo contra o bem público, e a monarquia orientada pela honra é facilmente corrompida
pela arrogância e interesses particulares da nobreza caso não siga as leis pré-
estabelecidas. Por último, o despotismo está fadado à anarquia e à rebelião, pois é da
sua natureza.