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Maria Thereza David João, tem como objetivo clarear aspectos relativos à história
política das sociedades antigas. Para desfazer possíveis enganos e esclarecer de
forma mais adequada o funcionamento da história desses povos.
Separo está resenha em tópicos começando com um resumo de cada parte do
capitulo a seguir a crítica geral.
Resumo:
1. O conceito de burocracia nas sociedades antigas
Na primeira parte a autora aborda aspectos do conceito de burocracia nas
sociedades antigas, se podemos ou não falar da existência deste conceito na política
antiga. Maria Thereza, define a burocracia como a existência de funcionários
hierarquicamente organizados que servem ao estado, essa definição sendo para o
estado moderno.
A autora deixa a seguinte indagação para desenvolver no texto, “[...] podemos,
então, atribuir esse mesmo significado de burocracia às sociedades próximo-
orientais?”
Em seguida trabalha com pensamentos de três autores, o primeiro sendo o
Historiador Fábio Faversani (2004), que generaliza as sociedades antigas, em seu
estudo ele afirma que tais sociedades em vez de relações racional e públicas, a
relação dominante era a de patronato. Em outras palavras, não havia democracia, já
que, o estado era regulado por relações pessoais, baseados na obediência a um
senhor. Maria Thereza afirma, que, quando se analisa sociedades do passado o
melhor a se fazer, não é rejeitar a ideia de burocracia, e sim entender como o estado
funcionava naquela época, e se tem semelhanças com o estado moderno.
Maria também usa o conceito de Burocracia patrimonial, formulado pelo
sociólogo Max Weber com fins para desvendar os fenômenos burocráticos na
antiguidade. Ela usa o conceito para entender as diferenças do Estado moderno e
antigo. A burocracia moderna tem princípios em racionalidade, que pode ser entendia
como o exercício de tarefas objetivas pelos funcionários, que tem regras predefinidas,
possíveis de aprender racionalmente. Isso se opõe a administração pautada na
obediência ao senhor, marcada pelo seu livre-arbítrio, comum em sociedades no
antigo-Egito.
J. David Schloem (2001), que é o terceiro autor abordado no capitulo, trabalha
com o fundamento Patrimonial Household Model (PHM), o autor afirma que, valia nas
sociedades antigas eram os laços pessoais do patronato e sua dependência deles, e
não de uma democracia dita impessoal.
Ao fim do capitulo Maria Thereza sinaliza que é preciso ponderar essa
afirmação pois mesmo que as sociedades próximo-orientais eram realmente
dependentes de relações com a do patronato, isso não exclui a existência de um
Estado burocrático.
Ao decorrer da história Mesopotâmia Antiga, ela foi uma civilização composta por
diversos povos, várias conquistas e períodos até que chega ao seu fim com as
invasões de Ciro, o Grande, da Pérsia, em 539 a.C. e, por fim, de Alexandre Magno,
em 311 a.C.
Critica geral:
O capitulo resenhado de Maria Thereza David João, cumpre seu objetivo de clarear a
história política das sociedades antigas (Egito e Mesopotâmia), focando mais no Egito
antigo. O capitulo não busca demonstrar estudos aprofundados sobre o tema e sim
pavimentar para um estudo posterior do leitor, a autora trabalha com especialistas
renomados na pesquisa e com especialistas de outras áreas a fim de desvendar a
burocracia das sociedades antigas, como Max Weber tratado na parte 1. O conceito
de burocracia nas sociedades antigas, que foi bastante pertinente o uso da autora
em cima de sua obra e do conceito Burocracia patrimonial, para entender o sistema
burocrático nos povos egípcios e não cair em anacronismo ao analisar a dita
burocracia antiga com a contemporânea. Contudo na segunda parte Maria, dá uma
explana maior na história do Egito