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Departamento de História – DH
Após a exposição desses temas, o assunto que vai ser refletido é “o ídolo das
origens”, o qual vai tratar que existe uma obsessão pelas origens, desta forma, a história
vai ser centrada em nascimentos e, consequentemente, será influenciada por uma
apreciação de valores. Além disso, o autor vai enfatizar que não se deve confundir uma
filiação com uma explicação, visto que a história seria explicada a partir de um estado
social do momento. Aqui cabe frisar que a ponderância do historicismo e a recusa do
anacronismo, tratados em outro momento pelo autor. Além do estado social/clima
social, o autor vai trazer em contexto a análise histórica partir das mentalidades, tema
fundamentalmente discutido por Jacques Le Goff.
Por fim e não menos importante, o autor traz a dicotomia entre passado e
presente. A discussão gira em torno dos adeptos e dos críticos da explicação a partir do
presente, ou seja, quanto da autointegibilidade quanto da recusa da análise do presente –
ou de um passado recente. Em suma, a autointegibilidade do presente estaria ligada a
um “coeficiente de contemporaneidade”, que não teria necessidade de explicação
mediante o seu período antecessor; e, além disso, os historiadores não deveriam se focar
na análise do presente e/ou passado recente, visto que esses deveriam ser nichos de
políticos, economistas, sociólogos, jornalistas e afins. Na contramão dessas ideias, da
monopolização do passado e do presente, Bloch defende que funcionam como uma via
de mão dupla, um sendo subserviente ao outro, ou seja, a importância de conhecer o
passado para compreensão do presente e vice-versa.