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Huambo/2022
Estude, enquanto eles dormem.
Trabalhe, enquanto eles se divertem,
Lute, enquanto eles descansam.
Depois viva, o que eles sempre sonharam
”Augusto Cury”
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais que incansavelmente não pouparam esforço para apos-
tarem na minha formação e aos meus familiares em geral.
Agradecimentos
Dedicatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii
Lista de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
Lista de abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . viii
Lista de tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Resuno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . x
Abstrat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xi
Introdução 1
1 Fundamentação teórica 4
1.1 Aspectos conceituais sobre os custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1.1 Classificação dos Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1.2 Custos nas empresas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.3 Finalidade dos Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2 Aspectos conceituais da importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3 Mercado cambial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3.1 Funcionamento do mercado cambial . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3.2 Paticipantes do mercado cambial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3.3 Taxa de câmbio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.3.4 Tipo de taxa de câmbio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3.5 Cotação da taxa de câmbio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
iv
1.3.6 Regime cambial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.3.7 Escolha da polı́tica cambial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3.8 Os erros da polı́tica cambial angolana de 2010-2014 . . . . . . . . . 20
1.3.9 Variação da taxa de câmbio em Angola no periódo de 2012 a 2020 . 21
1.4 Modelos quantitativos e sua aplicação na contabilidade . . . . . . . . . . . 22
1.4.1 Modelo de análise e previsão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.4.2 Modelo Autorregressivo Médias Móveis . . . . . . . . . . . . . . . . 28
1.4.3 Sazonalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2 Metodologia 35
2.1 Natureza do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.1.1 Natureza da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.1.2 Classificação da pesquisa quanto aos objectivos . . . . . . . . . . . 36
2.1.3 Quanto aos procedimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.1.4 Abordagem da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.1.5 Fiabilidade dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.1.6 Coleta e tratamento de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.1.7 Método de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.2 Hipóteses do modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.2.1 Técnicas utilizadas para testar as hipóteses . . . . . . . . . . . . . . 42
v
3.1.6 Mapa de custos de importação da empresa Sidny, Lda . . . . . . . . 47
3.1.7 Estimação do modelo pelo Método dos Mı́nimos Quadrados Or-
dinários (MQO), utilizando o Software Microsoft Excel 2016 . . . . 48
Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Limitações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Referências Bibliográficas 54
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
vi
Lista de Figuras
vii
Lista de abreviaturas
• Ei - Estoque inicial
• Ei - Estoque final
• c- Compras
• p∗ - Preços externos
• EUR- Euro
• JPY- Iene
• R2 - Coeficiente de determinação
viii
Lista de Tabelas
ix
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar a relação entre a taxa de câmbio e o
custo de importação na empresa Sidny, Lda no perı́odo de 2012 a 2020. Depois de uma
breve revisão dos conceitos de custo, importação, taxa de câmbio e modelos quantitativos
foi utilizado o Método dos Mı́nimos Quadrados Ordinários (MQO) para estimar uma
função de regressão que explica a relação de dependência linear entre a taxa de câmbio
o custo de importação no periódo em análise. Os resultados obtidos cumpriram com os
critérios estabelecidos, e os testes a eles aplicados evidenciaram claramente a influência
significativa da taxa de câmbio sobre o custo de importação.
Palavras chaves: Taxa de câmbio, Custo, importação e modelo quantitativo
x
Abstrat
The present work aims to analyze the relationship between the exchange rate and the
cost of importation in the company Sidny, Lda in the period from 2012 to 2020. After a
brief review of the concepts of cost, importation, exchange rate and quantitative models,
it was The Ordinary Least Squares Method (OLS) was used to estimate a regression
function that explains the linear dependence relationship between the exchange rate and
the cost of importation in the period under analysis. The results obtained complied
with the established criteria, and the tests applied to them clearly showed the significant
influence of the exchange rate on the cost of importation.
Keywords: Exchange rate, Cost, import and quantitative model.
xi
Introdução
1
Situação problemática
Objectivos
1. Geral
2. Especı́ficos
2
Estrutura do trabalho
O presente projeto de pesquisa é comoposto por três capı́tulos. O primeiro capı́tulo dá
lugar a fundamentação teórica em torno de várias abordagens dos conceitos tais como:
custo, importação, taxa de câmbio e modelos quantitativos.
O capı́tulo 2 os segmentos metodológicos para o tratamento dos dados a serem usados
na pesquisa. Ao passo que o terceiro ou último capı́tulo traz a análise e discussão completa
dos resultados obtidos, seguindo-se então as conclusões, limitações e por fim as sugestões.
3
Capı́tulo 1
Fundamentação teórica
O conceito de custo está presente no dia a dia das pessoas, já que todos os bens
necessários ao consumo ou a sua utilização têm custos, caso não muito diferente às em-
presas, que necessitam de adquirir recursos para realizar as suas actividades produtivas,
tais recursos também têm custo. Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para
aquisição, conversão e outros procedimentos necessários a sua condição e localização ac-
tual, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição e produção, de modo a
colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na elaboração de
produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou
realizados de qualquer outra forma (Costa, 2015).
De acordo com Mendes (2001) se quisermos usar outras palavras, os custos são tudo
aquilo que é referente ao esforço econômico, ou seja, os esforços realizados com um objetivo
operacional: pagamento de contracheques, um financiamento, a administração, etc. Para
que estes custos sejam úteis no caso de uma empresa, esta sempre tem que apresentar
ganhos, senão estes custos serão considerados prejuı́zos.
Considera-se custos os que comprovadamente forem indispensáveis para a realização
dos proveitos ou ganhos sujeitos a impostos ou para a manutenção de fonte produtora,
nomeadamente os seguintes (Mendes, 2001):
4
(b) Encargos de distribuição de vendas, abrangendo os de transporte, publicidade
e colocação de mercadoria;
(c) Encargos de natureza financeira, como juros de capitais alheios aplicados na
exploração de descontos, ágios, transferências, diferenças de câmbios, gastos
com operações de crédito, cobranças de dı́vidas e emissão de ações, obrigacões
e outros tı́tulos e prêmios de reembolsos;
(d) Encargos de natureza administrativa, tais como remunerações, ajudas de cus-
tos, pensões ou suplementos de reforma, material de consumo corrente, trans-
porte e comunicações, rendas, contencios, seguros, incluindo os de vida e
operações do ramo vida, contribuições para fundos de poupança-reforma, con-
tribuições para fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares;
(e) Encargos com análises, racionalização, investigação e consulta;
(f) Encargos fiscais e parafiscais;
(g) Reintegrações e amortizações;
(h) Provisões;
(i) Menos-valias realizadas; Indemnizações resultantes de eventos cujo risco não
seja segurável.
Os recursos utilizados pela empresa para a fabricação e venda de seus produtos podem
ser analisados, identificados e classificados de varias formas. Assim, podemos agrupar os
custos ocorridos ou a ocorrer na empresa, utilizando diversos critério (Carpintéro, 1982):
1. De acordo com a possibilidade de identificação ou não dos custos às unidades pro-
duzidas.
(a) Custos Diretos: são todos os custos que podem ser diretamente associados
às unidades produzidas ou vendidas. Tais como, por exemplo, os custos com
matéria prima, com a mão-de-obra direta, com materiais de embalage, com
comissões, com despesas tributárias.
(b) Custos indiretos: são todos os custos que não podem ser diretamente associados
às unidades produzidas ou vendidas. Tais são, por exemplo, as despesas admi-
nistrativas os demais custos de fabricação (mão-de-obra indireta de produção,
energia elétrica, mateteriais secundários), as despesas financeiras.
5
2. De acordo com a variação dos custos com relação ao nı́vel de actividades
(a) Custos variáveis: são os custos que aumentam ou diminuem de acordo com
as alterações no volume de produção ou venda de uma empresa, numa deter-
minada unidade de tempo. Assim, os custos com matérias primas, materiais
secundários, energia elétrica, salários com a mão-de-obra direta, despesas tri-
butárias, comissões, despesas financeiras com o capital de giro, aumentam ou
diminuem de acordo com as unidades produzidas, mês a mês.
(b) Custos fixos: são todos os custos que permanecem inalterados, apesar das
variações no volume de produção da empresa. É o caso das despesas adminis-
trativas, aluguel, taxas, seguros, ordenados com a mão-de-obra direta.
Segundo (Braga, 2015) custos nas empresas estão classificados da seguinte forma:
CM V = Ei + C − Ef , onde : (2.1)
• Ei = Estoque inicial
• Ef =Estoque final
6
• C= Compras
Para conhecer o custo total da empresa, temos de acrescentar os custos da estrutura
comercial e administrativa. Normalmente, estes custos são fixos, se a empresa está
departamentalizada, torna-se necessário utilizar um instrumento de roteio desses
custo. É importante que os custos da estrutura sejam absorvidos pelas mercadorias
que sao vendidas.
CP V = Ei + CO + CT − Ef , onde : (2.2)
7
• Necessidade de conhecer o custo dos produtos vendidos para apurar o resultado
cantábil(lucro ou prejuı́zo);
• Necessidade de avaliar monetariamente o estoque para o custo dos produtos
vendidos
2. Finalidades gerenciais
De acordo com Filho (2003) importação consiste na compra de produtos no exterior, por
parte dos paı́ses que deles necessitam, e na entrada de mercadorias num paı́s, provenientes
do exterior. É a entrada de mercadorias estrangeiras no paı́s, apoiada em documentos
oficiais e observadas as normas comerciais, cambiais e fiscais.
Técnicamente, diz-se que um processo de importação se divide em três fazes (Mesquita,
2003):
8
Compreende todos os atos que estão na Secex1 , envolvendo a autorização para im-
portar, que se completa com a emissão da licença de importação;
Importações não definitivas- são as importações que não têm produtos naciona-
lizados. É o caso de alguns produtos que são importados sob o regime aduaneiro especial
1
Secex: secretaria encarregada de formular, implementar e administrar a polı́tica de comécio exterior
brasileira
9
de admissão temporária, que estabelece, previamente, um prazo de permanência para o
produto no paı́s e, em seguida ocorre a re-exportação. O produto é despachado para o
consumo por um tempo prévio, e a mercadoria não é nacionalizada.
Modalidades de despacho quanto a entrega: normal, antecipada e fracio-
nada
Após o despacho aduaneiro a mercadoria pode ser entregue ao importador. En-
tretanto, em decorrência do mandado judicial ou de decisão administrativa, poderá ser
autorizada a entrega da mercadoria antes do seu desembaraço(antecipada) e ou de forma
fracionada (Mesquita, 2003).
Tipos de importação
As importações podem ser realizadas pelo importador(adquirente) ou por intermédia
de uma outra empresa, é o caso de importação por encomenda e por conta e ordem de
terceiros. De acordo com elas podem ser (Mesquita, 2003):
10
1.3 Mercado cambial
• Secundário: acontece por meio da autorização do Banco Nacional para operar com
o câmbio.
• Bancos centrais
• Instituições financeiras
2
Traders são os investidores do mercado financeiro que buscam ganhar dinheiro com operações de
curto prazo
11
• Especuladores
• Hedges cambiais
• Investidores
De acordo com o Banco Nacional de Angola, as operações podem ser feitas por
pessoa fı́sica e jurı́dica. Entretanto, é exigido que das partes seja autorizada pelo BNA
para atuar dentro da legalidade.
A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois paı́ses que resulta no preço
de uma delas medido em relação à outra. Mas, além de expressar quantitativamente a
condição de troca entre duas moedas, a taxa de câmbio expressa as relações de troca entre
paı́ses. O câmbio é uma das variáveis macroeconômica mais importante, sobretudo para
as relações comerciais e financeiras de um paı́s com o conjunto dos demais paı́ses. A taxa
de câmbio é o valor de uma moeda estrangeira em relação à moeda nacional. A taxa
de câmbio é um factor relevante e muito acompanhado por todos que desejam investir,
comprar ou revender uma moeda estrangeira (Faria, 2017).
12
1.3.4 Tipo de taxa de câmbio
De acordo com Mankiw(1999) apud Faria (2017), existe dois tipos de taxas de câmbios.
São definidas por nominal e real.
e · p∗
E= , onde (2.3)
P
• E= taxa de câmbio real;
• p∗=preços externo;
• P =preços domésticos.
De acordo com Fria (2017) a taxa de câmbio existe de duas formas: a taxa de câmbio
directa e indireta
13
Cotação ao certo e ao incerto
4
Cotações inversas
A cotação inversa do EUR/USD, ou seja, o USD/EUR, representa o preço em euros de
cada dólar. Por exemplo, o câmbio EUR/USD de 1,5415 significa que a cotação inversa,
1
USD/EUR, corresponde a 0,6487, ou seja o inverso de 1,5415 que é
1, 5415
Se USD/EUR=0,6487 cada dólar vale menos de um euro, o que quer dizer que o
euro tem valor superior ao dólar. Neste caso, significa que, para obter um dólar norte-
americano, é necessário entregar 0,6487 euros.
Cotações cruzadas
Uma moeda pode não ter cotação direta em todas as moedas estrangeiras. O cálculo
da cotação cruzada permite obter a taxa de câmbio para qual não existem cotações divul-
gadas. Sempre que se dispõe de duas taxas de câmbio diferentes com a moeda comum, é
possı́vel calcular a taxa de câmbio cruzada.
14
1.3.6 Regime cambial
1. Câmbio Fixo;
3. Câmbio flutuante.
15
No regime de câmbio fixo, de acordo com a necessidade do mercado interno, o Banco
Central interfere comprando ou vendendo moeda estrangeira a preços predetermina-
dos, en termos de moeda nacional. Neste sentido, o balanço de pagamento paı́s que
vai ditar o volune de intervenção necessário. Ou seja, caso um paı́s apresente déficits
constantes no balanço de pagamento, a capacidade do Banco Central de interferir
no mercado vai diminuindo, de modo que suas reservas em moeda estratégicas vão
se esgotando (Faria, 2017).
Ainda, segundo o mesmo autor o câmbio fixo apresenta as seguintes vantagens e
desvantagens:
Vantagens:
• Estabilização Monetária: a inflação causada pela alta dos preços de bens ne-
gociados mo mercado internacional é exatamente reduzida, pois parte signifi-
cativamente da variação dos preços destes bens é a variação cambial;
• Previsibilidade ecônomica: o regime de câmbio fixo garante maior previsibili-
dade às variáveis econômicas, e consequentemente oferece um ambiente positivo
a tomada de decisões dos agentes econômicos.
Já com relação as desvantagens deste sistema, pode-se destacar que, pelo seu histórico,
é um regime, cambial que pode levar à perda de reservas e crise cambiais. Este sis-
tema implica que as polı́ticas econômicas do paı́s, cuja moeda está afixada, não pode
deferir significativamente das polı́ticas do paı́s emissor da moeda estrangeira. Sendo
assim, será necessário a coordenação de polı́ticas monetárias e fiscais para que a
inflação doméstica não seja muito diferente da externa. Caso contrário, os capitais
tenderão a sair do paı́s, forçando uma queda das reservas.
Para Gomes (2009) Os regines de câmbio fixo apresentam um forte vı́nculo entre
a moeda doméstica e alguma moeda forte(sound currency), sendo a mais comum o
dólar americano. Abaixo são caracterizado três tipos distintos de regimes cambiais
fixos que, apesar de semelhantes, possuem importantes particularidade:
(a) União monetária: é um caso extremo de câmbio fixo, o paı́s abandona a própria
taxa de câmbio através de um acordo com diferentes paı́ses que passam a uti-
lizar uma moeda única. O principal objetivo é tornar nula a variação na pari-
dade entre as moedas dos paı́ses membros e, assim, o comércio e a integração
econômica entre eles.
Frankel (2003) apud Gomes (2009) destaca que para ocorrer o sucesso de uma
união monetária os paı́ses membros devem possuir previamente uma grande in-
16
tegração econômica. Caso contrário apesar da paridade cambial, apenas uma
pequena parcela do intercâmbio comercial e financeiro se realizará nos paı́ses
que compõem o grupo. Ou seja, somente em paı́ses com elevada integração
econômica a redução do risco cambial, resultante da união monetária, incenti-
vará o comércio e o investimento.
(b) Dolarização: para Filho; Mendonça; Sobreira,(2003) apud Gomes (2009) dola-
rização é o outro extremo do regime de câmbio fixo. Neste regime o paı́s adota a
moeda de outro paı́s, abandonando completamente sua autonomia monetária.
O termo dolarização é utilizado por ser o dólar americano a moeda mais forte.
O risco de desvalorização cambial é eliminado completamente, tornando im-
possı́vel a ocorrência de um ataque especulativo. Assim como o regime de
união monetária, é reconhecido que haja elevada interação comercial entre a
economia doméstica e a estrangeira ao adotar a moeda do outro paı́s. Porém
diferentemente da união monetária, a dolarização tem como objetivo principal
o ajuste doméstico:
• Eliminar completamente o risco de desvalorização cambial;
• Garantir estabilidade de preços;
• Promover a redução da taxa de juro interna e do risco percebido pelo
credor externo.
A dolarização da economia consegue, em um curto espaço de tempo, reduzir
bruscamente a inflação e o risco cambial, além de aumentar a credibilidade
com passivo em moeda estrangeira (Gomes, 2009).
(c) Currency board: é o caso geral da dolarização, os objectivos são os mesmos.
A principal diferença entre os regimes é a não ocorrência da substituição mo-
netária. É um regime de metas cambiais o qual a autoridade monetária assume
o compromisso formal de converter a moeda doméstica em outro ativo lı́quido,
de aceitação internacional em geral uma moeda forte (sound curruncy) de ou-
tra economia, a uma cotação fixa, abandonando completamente a liberdade de
praticar de forma autônoma a sua polı́tica monetária.
17
e ausência de desalinhamento da taxa de câmbio. Existe uma vasta possibilidade
de combinação existente dos regimes flexı́veis e fixos, mas serão apresentados dois
grandes grupos de regimes intermediários, pegged e bandas.
(a) Pegged: os regimes cambiais pegged são derivações do câmbio fixo, com uma
rapidez menor por não apresentarem um compromisso institucional na fixação
da taxa de câmbio. Este tipo de regime tem como objetivo controlar a taxa
de câmbio de acordo com as metas da polı́tica doméstica, como controle da
inflação ou aumento das exportações.
(b) Banda: em geral, quando os paı́ses optam por regimes de bandas cambiais, eles
têm como objetivo a estabilidade do câmbio e dos preços.
No regime de bandas cambiais, as autoridades monetárias deixam que a taxa
de câmbio flutue livremente dentro de determinadas margens ou bandas pré-
definidas. A autoridade monetária define o nı́vel desejado de velocidade da
taxa de câmbio, ou seja, o intervalo dentro do qual a taxa de câmbio pode
variar. Desta forma, as bandas evitam as consequências negativas do excesso
de variação, sem incorrer na rigidez e limitações impostas pelo câmbio fixo
(Decont, 2007) apud (Gomes, 2009)
3. Câmbio flutuante: para Gomes (2009) os regimes de câmbio flutuante não apre-
sentam metas explı́citas para a taxa de câmbio nominal, mas podem sofrer inter-
venções esporádicas da autoridade monetária. É um regime sem controle sistemático
do governo onde as operações de compra e venda das moedas estrangeiras são reali-
zadas de acordo com a oferta e procura do mercado, com taxas que variam segundo
essa lei.
A principal caracterı́stica de um regime de câmbio flutuante é que a taxa de câmbio
é determinada exclusivamente pelas forças do mercado, ou seja, totalmente diferente
ao regime de câmbio fixo, em que a taxa de câmbio é determinada exclusivamente
pela autoridade monetária. Verificado o princı́pio que a autoridade monetária não
atua perante a taxa de câmbio, as reservas internacionais do paı́s não precisarão
ser utilizadas para conter movimentos da taxa de câmbio. Todo e qualquer excesso
de demanda ou oferta de divı́sas é dissipado pela variação livre da moeda. Sendo
assim, o paı́s não precisará incorrer com os custos fiscais de manter uma elevada
reserva internacional sob custódia (Faria, 2017).
O segundo principal aspecto é de que toda previsibilidade do regime de câmbio
fixo não existe mais. Sendo assim, os agentes do mercado de câmbio terão mais
18
riscos ao fazer suas especulações, uma vez que os fluxos de moeda são livres e a
determinação da taxa de câmbio é controlada e, portanto, não é possı́vel. Posto
isto, se o câmbio flutuante é um sistema menos previsı́vel, da mesma forma como
o câmbio fixo ajuda a tomada de decisões, este atrapalha. Como a previsibilidade
é muito menor, os agentes econômicos terão de assumir maiores riscos para tomar
suas decisões, o que pode impactar negativamente o nı́vel de actividade econômica.
Alêm disso, a economia se torna extremamente suscetı́vel ao movimento da taxa
de câmbio, já que uma desvalorização significativa da moeda, provocaria inflação, e
forçaria as autoridades econômicas a ajustarem a economia através de uma polı́tica
fiscal e ou uma polı́tica monetária mais contracionista (Faria, 2017).
De acordo com Gomes (2009) o mercado cambial é reconhecido como um dos mais
instáveis para investidores. Por esse motivo, qualquer pessoa que deseja comprar ou
vender moeda estrangeira deve ficar atenta, principalmente se o objetivo for fazer
investimentos. O regime flutuante pode apresentar-se da seguinte forma:
(a) Livre Flutuante: o mercado determina a taxa de câmbio, que flutua para equili-
brar a oferta e a demanda de moeda estrangeira, realizado os ajustes necessários
para garantir o equilı́brio da balança de pagamento, sem necessidade dos preços
domésticos se ajustarem.
(b) Flutuação administrativoo é o regime cambial em que a autoridade intervém,
de forma totalmente discricionária, visando influenciar a taxa de câmbio. Não
existe meta explı́cita ou acordo institucional indicando como e quando a au-
toridade monetária deverá intervir. Flutuação administrativa ou suja é con-
siderada um regime flutuante devido à ausência de metas explı́citas para a
paridade cambial, apesar das intervenções. As taxas de câmbio flutuam dia-
riamente, mas a autoridade monetária intervém com a intenção de suavizar a
flutuação cambial em caso de excessiva variações de curto parazo (Modenesi,
2001) apu (Gomes, 2009).
19
a centralidade e a complexidade da questão cambial se tornam mais relevantes. A força
pela qual cada tipo de regime responde aos choques, monetários ou reais, depende do
maior ou menor grau de autorida da polı́tica monetária (Gomes, 2009).
De acordo com Mollo et. al. (2001) apud Gomes (2009), as escolas novo-clássica,
novo-keynesiana e pós keynesiana, recomendam diferentes regimes cambiais:
20
Tabela 1.1: Evolução da taxa de câmbio em Angola no périodo de 2012 a 2020
Data Taxa de câmbio
Janeiro/012 90,5kz
Janeiro/013 96,08kz
Janeiro/014 97,8kz
Janeiro/015 103,45kz
Janeiro/016 166,7kz
Janeiro/017 166,7kz
Janeiro/018 310,7kz
Janeiro/019 407,09kz
Janeiro/020 595,2kz
21
1.4 Modelos quantitativos e sua aplicação na conta-
bilidade
A contabilidade não mais poderia confiar-se ao estudo de factos apenas, mas, deveria,
sim, dedicar-se ao acontecimento das causas dos acontecimentos, partindo das bases de
uma ciência pura competente para subsidiar modelos que posteriormente seriam adap-
tados para aplicações, mas, sem haver preocupação primordial com estas. O campo da
atuação da contabilidade determinado pela Escola Personalistica, engloba toda a adminis-
tração da entide. Além das funções tradicionais da contabilidade, deve incluir o estudo de
toda organização e suas funções administrativas e o estudo da matemática aplicada, o que
tornaria a Contabilidade uma disciplina de vastı́ssimo conteúdo. os métodos quantitativos
podem, se utilizados corretamente, fornecer, sob diferentes possibilidades( projetar possi-
bilidades, não certezas), soluções e explicações variadas e adequadas para o cotidiano das
empresas, que influeciarão no processo de tomada de decisões, oferecendo um conjunto
de dados que poderão ser trabalhados com o objetivo de produzir informações confiáveis
e na proposição de alternativas estritamente técnicas, referentes à administração de uma
estrutura de custo (por exemplo) como base para uma produção otimizada (Arienzo,
2011).
22
lecer uma relação linear entre duas variáveis, usualmente representadas por x e y ambas de
natureza quantitativa, onde y representa a variável dependente(ou variável resposta) e x
a variável independente ou variável explicativa, cujo o valor é conhecido. Este tipo de mo-
delo é aplicado aos estudos que visam explicar ou efectuar previsões de vários fenómenos
ligados aos diversos ramos da vida aocial, econômica e não só, onde a explicação ou pre-
visão dos mesmos depende de um único fator, que desde já deve ser observável (Fundão,
2018).
yi = β1 + β2 xi + µi , i = 1, 2, 3, · · · , n (2.4)
.
Onde yi é a i-ésima observação da variável dependente y; xi é a i-ésima observação
da variável independente x; β1 e β2 são os parâmetros ou coeficientes de regressão sendo
que β1 representa a interceção da reta da regressão com o eixo vertical, µ é o erro ou
pertubação aleatória(não observável) associado ao valor observado yi e represebta outros
factores(desconhecidos) que podem influeciar a variável em estudo, explica os efeitos em
yi não explicados em xi e n é o número de observações.
Este modelo consiste numa soma de duas partes: uma parte determinı́stica β1 + β2 xi
e uma componete aleatória µ (Caiado, 2016).
Pressuposto do modelo
Como se pode notar na equação 1 de yi e xi e os parâmetros β1 e β2 aparece também
a variável aleatória residual(erro) µ que representa outros factores que influenciam a
variável dependente yi , não observáveis em xi . para (Fundão, 2018) a existência dessa
variável na equação do modelo leva a teoria da regressão a considerar um conjunto de
pressupostos(hipóteses), cujo o cumprimento deve ser obrigatório, para que o modelo de
regressão obtido seja considerado válido.
Assim, um MRLS para que seja considerado válido deve observar os seguintes presu-
postos de acordo (Fundão, 2018):
1. Linearidade do fenómeno em análise, isto é, deve existir uma relação linear entre as
variáveis em análie;
2. Os residuos das observações devem ser mutuamente independentes, isto é, não devem
estar autocorrelacionados;
3. A variável residual deve ter um valor esperado nulo, E(µi ) = 0, logo tem-se:
23
E(yi ) = E(β1 + β2 xi + µi ) = β1 + β2 + E(µi ) = β1 + β2 x1 (2.5)
4. Os residuos devem ser homoscedásticos, o que significa que a variâncoa dos residuos
deve ser constante var(µi ) = σ 2 , i = 1, 2, 3, · · · , n, Logo:
Assim,
(2.8)
var(yi ) = var(β1 + β2 xi + µi ) = var(β1 + β2 ) +var(µi ) = σ
| {z }
=0
µi ∼ N (0, σ 2 ), i = 1, 2, 3, · · · , n (2.9)
Por outro lado, para cada valor fixo da variável independente, a variável dependente
deve apresentar uma distribuição normal com média β1 + β2 xi e variância constante
σ 2 , ou seja, yi ∼ N (β1 + β2 xi , σ 2 ), i = 1, 2, 3 · · · , n
Os valores dos resı́duos para além de serem utilizados na verificação dos pressupostos
impostoa ao erro do modelo, também são utilizados na estimação dos parâmetros.
Estimação do modelo
Segundo o mesmo autor em muitos estudos estatı́sticos a população não está acessı́vel,
frequentemente recorre-se a uma amostra de n observações xi e yi , e contém informações
de uma parte da população, para estimar os parâmetros β1 e β2 do modelo.
Na regressão linear, não se pode afirmar que dado os valores de xi se botém os valores
de yi , porque como já vimos, a equação do modelo (Yi = β1 + β2 + µi , i = 1, 2, 3, · · · , n
possui uma variável aleatória µi que representa quantidades aleatórias desconhecidas. O
24
que se pode afirmar que o valor esperado de yi é dado por (Marôco, 2014) citado por
(Fundão, 2018):
25
O sinal positivo ou negativo do coeficiente de correlação de Pearson mostra a direção da
relação enquanto o seu valor em módulo intensidade dessa relação(Fundão, 2018).
Assim, dada duas variáveis quantitativas x e y, o coeficiente de correlação linaer de
Pearson simples x e y é calculado da seguinte forma:
X
(xi − x)(y1 − y)
cov(X, Y )
R= = s n i=1 s n (2.12)
Sx Sy X X
(xi − x)2 (yi − y)2
i=1 i=1
n
X
(ŷi − y)2
i=1
R2 = n (2.13)
X
2
(yi − y)
i=1
yi = β1 + β2 x2 + β3 x3 + · · · + µi , i = 1, 2, 3, · · · n (2.14)
26
xi j, j = 1, 2, 3, · · · , k
Estimação do modelo
Segundo o mesmo autor a estimação do β1 , β2 , β3 , · · · , βk pelo Método dos Mı́nimos
Quadrados Ordinários (MQO) conduz a:
Y = Xβ (2.15)
Onde Yi é o vector coluna (i×1) com i linhas cujo elementos são i estimados da variável
endógena:
β = (X ′ X)−1 X ′ Y (2.16)
P P P
n x2i x3i ··· xki
P P 2 P P 2
x2i x2i x2i x3i ··· xi xki
′
P P P 2 P
XX=
x3i x3i x2i x3i ··· x3 ixki
(2.17)
.. .. .. ..
. . . .
P P P P 2
xki xki x2i xki x3i ··· xki
P
Yi
P
x2 Y i
′
P
XY =
x3i Yi
(2.18)
..
.
P
xki Yi
Pressuposto do modelo
Segundo (Fundão, 2018) os pressupostos para a utilização do modelo de regressão
27
linear múltipla são:
4. Os resı́duos defem ser homoscedásticos, o que significa que a variância deve ser
constante, var(µi ) = σ 2 > 0, i = 1, · · · , n;
5. Os resı́duos devem ter uma distribuição normal com média zero e variância cons-
tante, µi ∼ N (0, σ 2 ) > 0, i = 1, · · · , n;
= β1 + β2 x1 i + · · · + βk xi k (2.20)
Visto que,
E(µi ) = 0 (2.21)
ϕp (B)yt = ut (2.22)
28
Onde, ui é o ruı́do branco de média zero. A FAC tem um decaimento exponencial
sinusoidal para zaro e a FACP tem uma queda brusca apartir do p-1 (Caiado, 2016).
Modelo de médias móveis MA(q)
O modelo de médias móveis de ordem q ou MA(q) é dado pela seguinte expressão:
onde, ut é o ruı́do branco de média zero e variância costante. a FAC tem uma queda
brusca para zero apartir do q-1, ao passo que a FACP tem um decaimento exponencial
sunisoidal amortecido para zero (Caiado, 2016).
A combinação dos modelos AR(p) e MA(q), gera os modelos lineares de séries esta-
cionárias não sazonais, designados por ARMA(p,q) com a seguinte expressão:
yt = ϕ1 yt−1 +ϕ2 yt−2 +· · ·+ϕp yt−p +µt −θ1 ut−1 −θ2 ut−2 −· · ·−θq ut−q , ϕp ̸= 0 e θq ̸= 0 (2.24)
Modelo ARIMA(p,d,q)(Box-Jenkins)
Formalmente a não estacionaridade de uma série temporal yi , implica que as propri-
edades estatı́sticas de ao menos uma sequência finida de y1 , y2 , · · · , yk são diferentes das
de sequência y1+h , y2+h , · · · + yk+h para ao menos um número inteiro h (Caiado, 2016).
Modelo de passeio aleatório
Para analisar a implicação do operador de diferenciação na estacionarização de uma
série, considera-se o seguinte modelo estocástico,
yt = yt−k + µt (2.25)
Onde µt é o ruı́do branco. Este modelo é vulgarmente conhecido por modelo depasseio
aleatório, pois descreve a série no momento i com base no seu valor passado t-k mais um
choque aleatório. Este modelo é muito utilizado na modelação de previsão de séries finan-
ceiras não estacionárias de importante relações econômica. No mercado financeiro aonde
a informação está muito dispersa e que não são influenciadas por números reduzidos de
intervenientes, as previsões dos preços das ações feitas para análise de um comportamento
do tipo (passeio aleatório, no sentido em que as melhores provisões para o dia de amanhã
corresponde ao preço observado hoje)(Caiado, 2016).
29
Para (Caiado, 2016) a determinação do modelo segue as seguintes etapas:
4. Previsão- as previsões podem ser ex-ante, feita para calcular valores futuros, de
curto prazo, de variável em estudo ou, ex-post realizada para gerar valores dentro
do perı́odo amostral. Quanto melhor forem estas últimas, mas eficiente seráo modelo
estimado.
Previsão
Modelo de médias móveis
Os modelos de médias móveis são adequados para avaliar tendências de uma ou mais
sérias temporais e são muito sensı́veis às alterações recentes do seu comportamento, utiliza
a informação relativa aos termos da série de uma vizinhança de alguns perı́odos para
estimar o seu nı́vel corrente, o que permite filtragem das flutuações de caráter aleatório
associados ao operador de média, por vezes, os métodos das médias móveis são utilizados
para estimar a componente tendência cı́clica de cada observação (Caiado, 2016).
30
n
X
yi
i=1
M mn = (2.27)
n
Onde,
31
Portanto, o conceito adjacente ao alisamento exponencial, é atribuir um maior peso as
observações nas recentes, em vez das mais antigas. As previsões são calculadas, usando
médias ponderadas onde os pesos descrecem exponencialmente com a antiguidade das ob-
servações. A técnica de alisamento exponencial representa uma classe de modelos deter-
minı́sticos de médias móveis renso como principal carácterı́stica a utilização de diferentes
pesos para as observações na obtenção de valor asilado. Mas, precisamente diferente do
que acontece com o modelo determinı́stico, de média móvel, tal modelo atribui maior pon-
deração às observações mais recentes e menor ponderada(decrescendo exponencialmente)
às observações mais antigas eliminando, dessa forma das desvantagens do modelo de média
móvel. Este método é apropriado para série que possuem uma trajetoria aleatória em
torno de uma média constante. Analiticamente pode-se descrever uma série exponencial
alisada Pt+h da seguinte forma (Tubino, 2000):
32
valores para as constantes de alisamento(em geral 01 e 0,3) para que o processo de
actualização das sucessivas estimativas acompanhe as variações nos dados.
Método Holt-winters
O método Holt winters é apropriado para séries que representam tendências linear
e movimentos sazonais. Na forma multiplicativa este método é definido pelas seguintes
equações (Branquinho, 2018):
yt
a(i) = α + (1 − α)[a(i − 1) + b(i − 1)], 0 < α < 1 (2.29)
St−s
yi
St = γ + (i − γ)St−s , 0 << 1 (2.31)
a(i)
1.4.3 Sazonalidade
Processos sazonais
33
Algumas séries em periódos, yt , yt−s , yt−2s , · · · revela-se significativa o que nos leva a
ter que adoptar modelos com uma componente sazonal. O modelo Misto autorregressivo
e médias móveis estritamente sazonal de ordem P e Q, ou simplesmente SARM A(P, Q)s
tem a forma (Mattos, 2017):
(1 − Φ1 B s − . . . − ΦP B P s yt = (1 − Θ1 B s − · · · − ΘQs
Q )ut (2.32)
ϕ(B)Φ(B s )∇D d s
s ∇ yt = θ(B)Θ(B )ut (2.33)
Onde ϕ(B) e Φ(B s ) são os parâmetros autorregressivo não sazonal e sazonal, θ(B) e
Θ(B s ) são os parâmetros médias móveis não sazonal e sazonal, ∇D d
s e ∇ são operador
diferença sazonal e não sazonal de ordem D e d.
34
Capı́tulo 2
Metodologia
35
analisar propriedade, estruturas e conexões com vista a formular e comprovar hipóteses
(Nicolau, 2017).
Aplicada- visa adquirir ou gerar novos conhecimentos, novos processos, para a solução
imediata de problemas determinados e especı́ficos, com objetivo prático (Nicolau, 2017).
Para a execução de projectos de pesquisa aplicada é recomendável algumas abordagens
metodológicas (Fleury, 2017):
• Métodos estatı́sticos;
• Avaliação de impacto;
• Experimento;
• Experimento natural;
• Estudo de caso
Segundo Gil (2002), com base nos objectivos é possı́vel classificar a pesquisa em três
grupos:
Exploratória
Este tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vista a torná-lo mais explı́cito ou construir hipóteses. A grande maioria
dessa pesquisa envolve:
1. Levantamento bibliográfos;
2. Entrevista com pessoas que estiveram experiência prática con o problema pesqui-
sado;
36
Pesquisa descritiva
A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja
pesquisar. Este tipo de estudo descrever os factos e fenômenos de determinada realidade.
Pesquisa Explicativa
Este tipo de pesquisa preocupa-se identificar os factores que determinam ou contri-
buem para a ocorrência de fenômenos, ou seja, este tipo de pesquisa explica o porquê das
coisas através dos resultados oferecidos. Segundo o mesmo autor, uma pesquisa explica-
tiva pode ser continuação de uma outra, descritiva, posto que a identificação dos factores
que determinam um fenômeno exige que este esteja suficiemennte descrito e detalhado
(Gil, 2002).
Para o presente trabalho cumpre-se a pesquisa explicativa, uma vez que procrou-se
explicar a relação da variável custo de importação e a variável taxa de câmbio.
37
titativa as amostras são geraralmente grandes e consideradas representativas da população
alvo de pesquisa.
Os dados utilizados no presente trabalho foram obtidos apartir dos documentos conta-
bilisticos da empresa Sidny, Lda e na base de dados do Banco Nacional de Angola, estão
expressos em kwanzas.
(a) Regressão linear simples: é uma técnica de análise que permite determinar a
realação entre a variável resposta e a variável explicativa (Fundão, 2018).
• Valor-p.
38
2.1.7 Método de pesquisa
n
X
SQE = µ2i (2.35)
i=1
Para cada valor de xi haverá diferença entre yi e o valor determinado pela equação da
reta ŷi . Esta diferença corresponde ao µi .
De todas as rectas que se ajustam a um conjunto de pontos, a que tem propriedade
de apresentar os desvios mı́nimos dos pontos em relação a reta estimada, é a reta dos
dos mı́nimos quadrados também conhecida como a melhor reta do ajustamento(Fundão,
2018).
Deste modo, o problema de estimação do β1 e β2 , passa a resumir-se a um problema
n
X
da determinação do mı́nimo da função SQE = µ2i . Assim tem-se:
i=1
n
X n
X n
X
SQE = µ2i = (yi − ŷi ) = (yi − βˆ1 − βˆ2 ) (2.36)
i=1 i=1 i=1
39
ŷi = βˆ1 + βˆ2 xi (2.37)
Onde, ŷi é o valor estimado para yi , corresponde a i-ésima observação e β̂1 e β̂2 são as
estimativas dos parâmetros β1 e β2 dado pela expressão (Fundão, 2018):
n n n
X 1X X
xi y i − xi yi
i=1
n i=1 i=1
β2 = n n (2.39)
X
2 1 X 2
xi − ( xi )
i=1
n i=1
Os valores de β̂1 e β̂2 que minimizam essa expressão serão aqueles que anulam suas
derivadas prciais de ordem β̂1 e β̂2 :
∂SQE ∂SQE
ou =0 =0 (2.40)
∂ β̂1 ∂ β̂2
n
∂SQE X
= 2 × (yi − β̂1 − β̂2 xi × (−1) (2.41)
∂ β̂1 i=1
n
X
= −2 (yi − β̂1 − β̂2 xi (2.42)
i=1
n
∂SQE X
= 2 × (yi − β̂1 − β̂2 xi (2.43
∂ β̂2 i=1
n
X
= −2 xi (yi − β̂1 − β̂2 xi (2.44)
i=1
n n
(
X X X X
nβ̂1 + β̂2 xi = yi β̂1 xi + β̂2 x2i = xi y i (2.45)
i=1 i=1 i=1 i=1
40
Assim,
n x
1X 1X
β̂1 = yi − β̂2 i = y − β̂2 x (2.46)
n i=1 n i=1
Com,
n
1X
y= yi , (2.47)
n i=1
e
n
1X
x= xi (2.48)
n i=1
Tem-se ainda:
n
X n
X n
X
β̂2 x2i = xi yi − β̂1 xi (2.49)
i=1 i=1 i=1
n n n n
X X 1X X X
β̂2 x2i = xi y i − ( yi − β̂2 ) xi (2.50)
i=1 i=1
n i=1 i=1 i=1
n n n n
X 1 X 2 X 1 X
β̂1 x2i − β̂2 ( xi ) = xi y i − ( xi (2.51)
i=1
n i=1 i=1
n i=1
n
X n
X n
X
n x i yi − yi xi
i=1 i=1 i=1
β̂2 = n (2.52)
X
n x2i −x 2
i=1
Onde:
T C2012−2020 : é a variável dependente, representa o custo total de importação do periódo
em análise;
41
T x2012−2020 : é a variável independente, representa a taxa de câmbio do perı́odo em
análise;
β1 : é o termo intercepto, representa o custo médio da importação quando a taxa de
câmbio for nula ou quando não é consirada a taxa de câmbio;
β2 : é o coeficiente angular, representa a variação do valor médio do custo de importação
por uma unidade de variação em relação a taxa de câmbio.
µi : é a variável aleatória, ou seja, os feitos causados ao custo de importação não
explicados pela taxa de câmbio.
• H6 : Não existe multicolinearidade perfeita, isto é, não existe uma relação linear
perfeita entre as variáveis x1 , x2 , · · · , xn
Intervalo de confiança
42
Regras para tomar decisão
Segundo Gujarati & Porter (2011) estabelecer um intervalo de confiança de 100(1 − α)
para β2 . Se β2 sob Ho situa-se no intervalo de confiança, não rejeitamos H0 mas estiver
fora desse intervalo, rejeitamos H0 , ou seja:
H0 : β2 = 0 contra H1 = β2 ̸= 0 (2.54)
Teste t
β̂ − βj∗
• Calcular o valor amostral da estatı́stica de teste definido por: tobs =
σ̂ βˆj
• Determinar o valor crı́tico de acordo com H1 em causa, dados (n − k) e α;
43
2. Rejeita-se H0 se tobs < tc para H1 : βj < βj∗ ;
3. Rejeita-se H0 se tobs > tc para H1 : βj > βj∗
β1 = β2 = · · · βp = 0 (2.55)
yi = β1 + µi (2.56)
H0 : β2 = β3 = · · · βk = 0 (2.57)
H0 = ∃ βj ̸= 0, j = 1, 2, 3, · · · , k (2.58)
SQE/(k − 1) R2 /(k − 1)
F = = ∼ Fk−1,n−k (2.59)
SQR/(n − 1) (1 − R2 )/(n − k)
SQE é a soma dos quadrados explicada e SQR é a soma dos quadrados dos resı́duos da
regressão. A estatı́stica apresentada segue distribuição F de fisher-Sneswcor, com (k-1)
graus de kiberdade no numerador e (n-k) graus de liberdade denominador, designa-se por
estatı́stica F. Para um dado nı́vel de significância rejeita-se H0 se Fobs > Fc e conclui-se
que pela significância global de regressão, ou seja, as variáveis explicativas conjuntamente
se relacionam de forma estatisticamente significativa com a variável dependente. Caso
contrário se H0 não é rejeitado conclui-se para um determinado nı́vel de significância e
perante a informação estatı́stica disponı́vel, que a regressão não é globalmente significativa
44
para explicar yi . No caso particular do modelo de regressão linear simples (Gujarati &
Porter, 2011).
Em que há uma única variável explicativa, o teste de significância resumi-se
H0 : β2 = 0 contra H1 = β2 ̸= 0 (2.60)
Sob a hipótese nula, a estatı́stica de teste é definida por:
SQE R
F = = 2
∼ F1,n−2 (2.61)
SQR/(n − 2) (1 − R )/(n − 2)
Valor-p
Gujarati & Porter (2011) definem tecnicamente o valor-p como sendo o menor nı́vel de
significância em que uma hipótese nula pode ser rejeitada. Alguns leitores preferem fixar
α em algum nı́vel e rejeitar a hipótese nula se o valor-p for nemor que α, que é aceitável.
45
Capı́tulo 3
3.1.1 Missão
3.1.2 Visão
3.1.3 Valores
• Pontos fortes
46
2. Poucas empresas no ramo imboliário
3. Aposta na conformação contı́nua dos funcionários em diversas áeras de in-
formações sobre o negócio
4. Preços baseado ao mercado.
• Pontos fracos
• Oportunidades
1. Aumento populacional
2. Tendências no aumento de poder de compras
3. Polı́ticas fiscais
• Ameaças
47
Tabela 3.1: Custo de importação da empresa Sidny, Lda no periódo de 2012 a 2020
Ano custo de importação
2012 30.000.000,00
2013 45.000.000,00
2014 48.000.000,00
2015 53.0000.000,00
2016 58.0000.000,00
2017 60.0000.000,00
2018 75.0000.000,00
2019 80.000.000,00
2020 95.000.000,00
Estatı́stica de regressão
R múltiplo 0,935719703
R-Quadrado 0,875571362
R-quadrado ajustado 0,857795842
Erro padrão 7.506.820,08
Observações 9
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 2,77576E+15 2,77576E+15 49,25715 0,0002081
Residuo 7 3,94466E+14 5,635223E+13
Total 8 3,17022E+15
48
Dos resultados obtidos se pode inferir o seguinte:
1. Teste:Intervalo de confiança
O intervalo com 95% de confiança é IC: P (74.598, 48kz ≤ b2 ≤ 140.871, 4kz) = 95%
b2 ∈ IC e b2 ̸= 0, Rejeita − se H0 e aceita − se H1
2. Teste: rácio-t:
significa que o coeficiente angular da amostra está 7,018343499 distante em relação
o coeficiente da taxa de câmbio, ou seja, tc = 2, 3646 e RC =] − ∞; −2, 3646] ∪
[+2, 3646; +∞[ e tobs = 7, 018343499.
49
Logo, com um nı́vel de significância de 95% há evidências de que a taxa de câmbio
(T x2012−2020 ) é relevante para explicar o custo de impotação(CT2012−2020 ).
4. Valor-p: da como resposta que o coeficiente angular é igual a zero, mas comparando
com α = 0, 05, que é o nı́vel de significância definido, concluimos que o
.
Conclui-se que a variável taxa de câmbio(T x2012−2020 ) é estatı́sticamente e econômicamente
siginificativa para explicar o custo de importação(CT2012−2020 ) da empresa Sidny,
Lda no periódo de 2012 a 2020 uma vez que o valor-p=0,00021 < que o nı́vel de
signifinância α = 0, 05.
50
Conclusões
O presente trabalho teve como finalidade analisar a relação da taxa de câmbio e custo
de importação da empresa Sidny, Lda no periódo de 2012 a 2020. Este objectivo foi
determinado com a finalidade de direcionar o trabalho que terminou com a resposta à
questão de pesquisa previamente estabelecida a qual visava determinar a relação entre a
taxa de câmbio e o custo de importação da empresa Sidny, Lda no periódo em análise.
Os fundamentos teóricos abordados no primeiro capı́tulo permitiram ter uma con-
cepção sobre custo, importação, mercado cambial, modelos quantitativos e sua aplicação
na contalibilidade.
Com os dados obtidos no portal do BNA e nos documentos contabilı́sticos da empresa
Sidny, Lda, foi possı́vel determinar os efeitos da taxa de câmbio no custo de importação.
A taxa de câmbio explica em média cerca de 85,6% das variações do custo de importação
da empresa Sidny, Lda no perı́odo em análise. Econômicamente o valor faz sentido, tendo
em conta a desvalorização da moeda nacional, portanto perante uma subida contı́nua do
câmbio os custos da empresa tenderão a aumentar em função da relação de dependência
linear positiva entre as duas variáveis, correndo o risco de obter uma menor margem de
lucro.
Os vários testes feitos confirmam a validação do modelo. O teste t evidenciou que a
variável taxa de câmbio é significativa para explicar o custo de importação. O teste F des-
mostrou que as variáveis taxa de câmbio e a variável custo de importação são globalmente
siginficativas, ou seja, se relacionam significativamente. Enquanto o valor-p evidenviou
que a taxa de câmbio é estatı́sticamente e econômicamente significante para explicar a
variação do custo de importação da empresa Sidny, Lda no perı́odo em análise.
51
Limitações
52
Sugestões
53
Referências Bibliográficas
54
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Silvera, T. D. (2009). Metodologia de pesquisa. Rio grande do Sul.
Tubino, F. D. (2000). Metodos quantitativos.
Wooldridge, M. J. (2006). Introducão a econometria-uma abordagem moderna. Brazil(São
Paulo.
55
Anexos