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Manual de Licenciatura do

curso de Contabilidade e
Auditoria
Contabilidade Financeira II

ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 2022


Manual de Licenciatura do Curso de Contabilidade e
Auditoria
Contabilidade Financeira II

1º ANO : Contabilidade Financeira II


CÓDIGO ISCED22-CONTCFE005
TOTAL HORAS/ 2 140
SEMESTRE
CRÉDITOS (SNATCA) 6
NÚMERO DE TEMAS 7
Direitos de autor (copyright)

Este manual é propriedade doInstituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e


contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação,
fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de Ciências
e Educação a Distância (ISCED).

A não observância do acima estipuladooinfractor é passível a aplicação de processos judiciais


em vigor no País.

Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED)


Direcção de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa
Beira - Moçambique
Telefone: +258 23 323501
Cel: +258 82 3055839

i
Fax: 23323501
E-mail:isced@isced.ac.mz
Website:www.isced.ac.mz

Agradecimentos

O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos


seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual:

Autor Edna Dombo, Mestre e Licenciado em Contabilidade e Auditoria


pela Universidade Catolica de Moçambique

Coordenação Direcção Académica

Design
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED)

Financiamento e Logística
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED)

Revisão Científica e
Aldo Sanveca, Licenciado em Contabilidade e Auditoria.
Linguística

2019
Ano de Publicação

ISCED – BEIRA
Local de Publicação

ii
Visão geral 1
Benvindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade Financeira 2 ......................................... 1
Objectivos do Módulo ....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo .................................................................................. 1
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 2
Ícones de actividade.......................................................................................................... 4
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 4
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 6
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ............................................................................... 7
Avaliação .......................................................................................................................... 8

TEMA – I: ESTUDO DE CONTA 11


UNIDADE TEMÁTICA 1.1.Estudo de Contas ..................................................................... 11
1.1.1. Caixa .................................................................................................................... 11
1.1.2.Deposito a Ordem................................................... Erro! Marcador não definido.
1.1.3. Titulos negociaveis .................................................. Erro! Marcador não definido.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................... Erro! Marcador não definido.
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................ Erro! Marcador não definido.

TEMA – II: TERCEIROS 11


UNIDADE Temática 1.2. Grupos de Empresas .................. Erro! Marcador não definido.
Sumário............................................................................. Erro! Marcador não definido.
Introdução ......................................................................... Erro! Marcador não definido.
Clientes ............................................................................ Erro! Marcador não definido.
Fornecedores .................................................................... Erro! Marcador não definido.
Estado ............................................................................... Erro! Marcador não definido.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................... Erro! Marcador não definido.
Exercícios para AVALIAÇÃO ........................................... Erro! Marcador não definido.

TEMA – III: INVENTARIOS Erro! Marcador não definido.


Compras ........................................................................... Erro! Marcador não definido.
Mercadorias ..................................................................... Erro! Marcador não definido.
Adiantamento a clientes ................................................... Erro! Marcador não definido.
Regularizacao de existencias ........................................... Erro! Marcador não definido.
Políticas contabilísticas uniformes ...................................... Erro! Marcador não definido.
Data de inclusão/exclusão ............................................... Erro! Marcador não definido.
Estrutura de grupos........................................................... Erro! Marcador não definido.

TEMA – III: IMOBILIZACOES Erro! Marcador não definido.


Imobilizações Corpóreas e Incorpóreas ………………………………………………
Imobilizações em Curso………………………………………………………………...
Amortizações Acumuladas……………………………………………………………..

iii
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................... Erro! Marcador não definido.
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................ Erro! Marcador não definido.

TEMA – IV: CAPITAL, RESERVAS E RESULTADOS TRANSITORIOS Erro! Marcador não definido.
Resultados ......................................................................... Erro! Marcador não definido.
Accoes e quotas ................................................................ Erro! Marcador não definido.
Prestacoes suplematares................................................... Erro! Marcador não definido.
Resultados Transitorios ...................................................... Erro! Marcador não definido.
Exercícios do tema ............................................................ Erro! Marcador não definido.

TEMA – V: PERDAS E CUSTOS Erro! Marcador não definido.


Custo das mercadorias vendidas ...................................... Erro! Marcador não definido.
Fornecemento de mercadorias a terceiros........................ Erro! Marcador não definido.
Custo com pessoal ............................................................ Erro! Marcador não definido.
Amortizacoes de exercicio ................................................ Erro! Marcador não definido.
Exercícios do tema ............................................................ Erro! Marcador não definido.

TEMA – VI: PROVEITOS E GANHOS Erro! Marcador não definido.


Vendas.............................................................................. Erro! Marcador não definido.
Prestacao de servicos ....................................................... Erro! Marcador não definido.
Proveitos Suplatantes ....................................................... Erro! Marcador não definido.
Proveitos e ganhos financeiros ......................................... Erro! Marcador não definido.
Proveitos e ganhos extraordinarios .................................. Erro! Marcador não definido.
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................... Erro! Marcador não definido.
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................ Erro! Marcador não definido.
Exercícios do tema ............................................................ Erro! Marcador não definido.

TEMA – VII: RESULTADOS Erro! Marcador não definido.


Sumário............................................................................. Erro! Marcador não definido.
Resultado operacional ................................................ 125Erro! Marcador não definido.
Resultado Financeiro ......................................................... Erro! Marcador não definido.
Resultado Liquido ............................................................. Erro! Marcador não definido.
Resultado Corrente ........................................................... Erro! Marcador não definido.
Resultado Extraordinario .................................................. Erro! Marcador não definido.
Resultado antes de imposto .............................................. Erro! Marcador não definido.
Imposto sobre Rendimento ................................................ Erro! Marcador não definido.

iv
Visão geral

Benvindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade


Financeira 2

Objectivos do Módulo

No final da disciplina de Contabilidade Financeira II, o


estudante deve ser capaz de:
✓ Dominar a movimentação das principais contas em
Contabilidade;
✓ Conhecer a normalização contabilística com base na análise do
Plano de contas;
✓ Efectuar o registo das transações financeiras nos livros
obrigatórios;
✓ Dominar as técnicas de abertura de escritas das empresas em
nome individual e sociedades.

Quem deveria estudar este módulo


Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso do
curso de licenciatura em Contabilidade e AuditoriadoISCEDe outros
como Administração, etc. Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores
que queiram se actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa
disciplina, esses serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se
inscrever. Mas poderá adquirir o manual.

1
Como está estruturado este módulo

Este módulo de Contabilidade Financeira II, para estudantes do 2º


ano do curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à
semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado como se segue:

Páginas introdutórias

Um índice completo.

Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo os


aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo, como componente de habilidades de
estudos.

Conteúdo destaDisciplina / módulo

Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades.Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.

No final de cadaunidade temática ou do próprio tema, são


incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só
depois é que aparecem os exercícios de avaliação.

Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros


exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos eactividades
práticas, incluído estudo de caso.

2
Outros recursos

A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si,


num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta
uma lista de recursos didácticosadicionaisao seu módulo para você
explorar.Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso
como: Livros e/ou módulos,CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as
possibilidades dos seus estudos.

Auto-avaliação e Tarefas de avaliação

Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-seno final


de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios
de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro
apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo,exercícios
que mostram apenasrespostas.

Tarefas de avaliaçãodevem ser semelhantes às de auto-avaliação


mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras.
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo
a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e
subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de
avaliação é uma grande vantagem.

3
Comentários e sugestões

Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados


aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
Pedagógica, etc, sobre comodeveriam ser ou estar apresentadas.
Pode ser que graças as suas observaçõesque, em gozo de confiança,
classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado.

Ícones de actividade

Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica
de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de
actividade, etc.

Habilidades de estudo

O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a


aprender. Aprender aprende-se.

Durante a formação e desenvolvimento de competências, para


facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados
apenas se conseguem com estratégias eficienteseeficazes. Por isso é
importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos
algumas sugestões com as quais esperamos que caro estudante possa
rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, procedendo como se
segue:

1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de


leitura.

2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida).

3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e


assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR).

4
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão.

5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou


as de estudo de caso se existirem.

IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo,


respectivamentecomo, onde equandoestudar, como foi referido no
início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo
melhor em casa/biblioteca/café/outrolugar? Estudo melhor à
noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana?
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!?
Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc.

É impossível estudar numanoite tudo o que devia ter sido estudado


durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto
da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar
que já domina bem o anterior.

Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e


estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos
de cada tema, no módulo.

Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por


tempo superior a uma hora. Estudarpor tempo de uma hora
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descansoà mudança de actividades). Ou seja que durante o
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das
actividades obrigatórias.

Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual


obrigatório pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por fim

5
ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em insegurança,
depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz!

Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma


avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda
sistematicamente), não estudarapenas para responder a questões de
alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que
está a se formar.

Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que


matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto
tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades.

É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será


uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem
o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar
a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está
a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens,
definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para
colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor
altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do
texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário
sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe
é familiar;

Precisa de apoio?

Caro estudante temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como
falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e
apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms,
E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo umacarta participando a
preocupação.

6
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes
(Pedagógico e Administrativo) é a de monitorar e garantir a sua
aprendizagem com qualidade e sucesso. Daia relevância da
comunicação no Ensino a Distância (EAD), ondeo recurso as TIC se
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante –
CR, etc.

As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,


tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com
tutores ou com parte da equipa central do ISCEDindigitada para
acompanhar as suas sessões presenciais. Neste período pode
apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou
administrativa.

O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30%


do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em
que lhe permite situar, em termos do grau de aprendizagemcom
relação aos outros colegas. Desta maneira ficará, a saber, se precisa
de apoio ou precisa apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de
debater assuntos relacionados com os conteúdos programáticos,
constantes nos diferentes temas e unidade temática, no módulo.

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)

O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e


auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues
duas semanas antes dassessões presenciais seguintes.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não


cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo
conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da
disciplina/módulo.

Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os


mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente.

7
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa,
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados,
respeitando os direitos do autor.

O plágio1é uma violação do direito intelectual do (s) autor (es). Uma


transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor,
sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade científica
e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a realização
dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED).

Avaliação

Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância,


estando eles fisicamente separados e muito distantes do
docente/tutor! Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma
avaliação mais fiável e consistente.

Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com


um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os
conteúdos do seu módulo.Quando o tempo de contacto presencial
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de
avaliação.

Os trabalhos de campo por si realizados, duranteestudose


aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de
frequência para ir aos exames.

Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e


decorrem durante as sessões presenciais. Osexamespesam no mínimo
75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determ a
nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.

A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.

Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois)


trabalhos e 1 (um) (exame).

1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.

8
Algumas actividadespráticas, relatórios e reflexões serão utilizados
como ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em


consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações,
a identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito
pelos direitos do autor, entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de


Avaliação.

9
TEMA – I: ESTUDO DE CONTAS

UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Introdução ao estudo de contas

Ao final desta unidade temática, você deverá ser capaz de:

▪ Pesquisar e Registar: todas as transacções económico-


financeiras que ocorrem e que afectam a conta CAIXA nos
documentos apropriados;

▪ Organizar: um sistema de gestão de CAIXA;


▪ Realizar: Gestão e contabilização do fundo de pequena
CAIXA;
▪ Acompanhar: a execução dos planos económico-financeiros
da empresa, através dos fluxos de CAIXA;
▪ Entender Aplicar: Os princípios de contabilidade geralmente
aceites relacionados com esta Unidade Temática.

1.1.1. Introduçcao

Neste tema, importa-nos entender, oque sera Meios


financeiros e qual será a sua aplicabilidade.
Segundo o Plano Geral de Contabilidade (PGC) define os
Meios Financeiros, como sendo os recursos líquidos de
pagamento disponíveis na empresa ou nas instituições
bancárias e que a empresa pode dispor através da
movimentação das contas bancárias. Este conceito ainda
inclui os títulos negociáveis de grande liquidez (de
curtíssimo prazo), tais como, acções, obrigações, títulos de
participação, entre outros, na condição de que os mesmos
constituam aplicações financeiras realizadas pela
empresa com o objectivo de negociá-los (“revendê-los”) a
curto prazo.
Contas Subsidiárias da Classe I- Meios Financeiros

11
Conforme o PGC, constituem principais contas e subcontas desta
classe as seguintes:
1. 1-Caixa
1.2- Bancos
1.2.1- Depósitos à Ordem
1.2.2- Depósitos com Pré-Aviso
123- Depósitos com Prazo

1.3- Outros Instrumentos Financeiros

1.3.1-Derivados

1.3.2- Detidos para Negociação

1.3.3- Outros Instrumentos Financeiros ao Justo Valor


através dos Resultados

Definição e Enquadramento
A conta inclui os meios de pagamento líquidos e
disponíveis na empresa, tais como, moedas, notas
e cheques recebidos de terceiros (p.e, clientes).

Caracteristicas destas contas do meio Circulante Financeiro

Estas contas aumentam pelos debitos e diminuem pelos


creditos.

Graficamente, podemos representar os movimentos da conta 1.1-


caixa como segue:
D 1.1- Caixa C

+Extensão
(saldo)
inicial - Pagamentos

+Recebimentos

Nota: O saldo desta conta deve ser sempre devedor ou, no mínimo,
nulo e nunca e credor.

Gestão de Caixa: Fundo Fixo de Caixa

12
O controlo e conferência periódica de caixa são atribuídos à uma
pessoa (tesoureiro) a quem cabe todas as responsabilidades pelos
pagamentos e recebimentos de caixa.

Para o controlo dos movimentos efectuados com os valores em caixa, o


tesoureiro utiliza uma folha de caixa (diário/razão auxiliar de caixa),
que pode adoptar o seguinte formato:

Conta
Data Operações Entradas Saídas
Contrapartida

Total

Resumo dos movimentos de caixa

Saldo Inicial

Mais: Entradas

Menos: Saídas
Saldo Final
Nota: Este formato pode variar conforme as necessidades de informação da
empresa.

O recibo e Venda a Dinheiro (VD) constituem os documentos-base


para a movimentação de caixa, sendo o elemento comprativo do
pagamento através de caixa.

Funcionamento do Fundo Fixo de Caixa (Caixa-Pequena):


Como uma das medidas de controlo interno, as empresas evitam
misturar os recebimentos e pagamentos por caixa geral e, para
tal, criam o Fundo Fixo de Caixa ou simplesmente, Fundo de
CaixaPequena.

O Fundo Fixo de Caixa ou Caixa-Pequena: representa os meios


monetários atribuídos a secções ou pessoas específicas, com a
finalidade de suprir pequenas despesas. A caixa- pequena é
reforçada periodicamente pela
13
apresentação, junto da caixa principal, dos documentos
comprovativos das despesas efectuadas.

Como funciona o Fundo Fixo de Caixa?

Como já nos referimos atrás, o controlo e conferência de caixa


são atribuídos à uma pessoa a quem serão exigidas todas as
responsabilidades dos valores à sua guarda (p. e, “caixa”,
“tesoureiro”). Para suprir pequenas falhas, poderá ser atribuído
a esse responsável um subsídio mensal, além do ordenado,
designado “subsídio para falhas”/”abono para falhas”, com o
qual deverá cobrir as falhas ou faltas que se verificarem nos
valores à sua guarda.

A regularização do fundo fixo é feito, contabilizando os gastos


(conta – 6x), sendo estes corrigidos no final do período
contabilístico com base no inventário a efectuar para o efeito.

Movimentos Contabilísticos com Caixa-Pequena


a) Constituição do fundo de Caixa

D 1.1- Caixa-Geral C
D 1.1.1- Pequena-Caixa C

xxx xxx

Periodicamente, ou sempre que a importância em causa se encontre


integral ou parcialmente utilizada, o fundo é reposto.
Com a apresentação dos documentos ao tesoureiro o empregado
responsável pelo fundo (caixa-pequena) recebe a importância
correspondente, ficando, deste modo, com o fundo reposto.
a) Reposição do Fundo

D 1.1.1- Pequena- Caixa C D 6X-Gastos (Despesas) C

14
xxx xxx

Valorimetria das Disponibilidades em Moeda Estrangeira

As disponibilidades em moeda estrangeira devem ser


contabilizadas ao câmbio do dia. No final do exercício, devem
ser expressas no balanço ao câmbio em vigor nessa data.

A diferença originada pela alteração do câmbio, aumentará ou


diminuirá o saldo de caixa. As perdas ou ganhos são de natureza
financeira, consequentemente, no final do exercício há que
efectuar a regularização.

O tratamento contabilístico referido anteriormente é aplicável


tanto para a conta caixa (1.1) assim como para a conta de
bancos (1.2.1).

Assim, pelas perdas financeiras, teríamos o seguinte lançamento


na razão da empresa:

Pelos possíveis ganhos financeiros, teríamos o seguinte


lançamento na razão da empresa:

15
Exemplo Ilustrativo 1:

Suponha que em 31/12/N, a empresa "ALFA, Lda.", dispunha,


em caixa, o valor de 152.000,00, constituídos pelas seguintes
moedas estrangeiras (ME), conforme o câmbio vigente aquando
da sua aquisição:

Moedas Valor Taxa de Câmbio Valor em


(ME) (MT) MT
Dólares 1.000,00 40,00 40.000,00
(USD)
Euros (EUR) 2.000,00 50,00 100.000,00
Rands (ZAR) 4.000,00 3,00 12.000,00
Total 152.000,00

No entanto, em 31/12/N, as taxas de câmbio são as seguintes:


Moedas Valor Taxa de Câmbio Valor em MT
(ME) (MT)
Dólares 1.000,00 42,00 42.000,00
(USD)
Euros (EUR) 2.000,00 55,00 110.000,00
Rands (ZAR) 4.000,00 3,50 14.000,00
Total 166.000,00

Pedido:
a) Proceda a contabilização no diário da empresa
"ALFA" da regularização das diferenças cambiais,
para que a escrita desta empresa espelhe a sua real

16
situação financeira, em 31/12/N.

Resolução
Local---, 02/01/N
1) 1.1- Caixa

a 7.8- Rendimentos e ganhos


financeiros
7.8.44-Diferenças de câmbio
favoráveis P/ Regularização das
diferenças de câmbio 14.000,002
Total 14.000,00

ESTUDO DE CONTA:

1.2. BANCOS

Conceitos e Generalidades. Movimentação. Funcionamento do


Fundo Fixo de Caixa.

Segundo o PGC, esta conta compreende os meios de pagamento


de que a empresa pode dispor através da movimentação das
suas contas bancárias e, também, aplicações de tesouraria de
curto prazo de disponibilidade imediata, p.e, depósitos a prazo.

Principais Subcontas da Conta 1.2-Bancos


As principais subcontas desta conta são:
1.2 Bancos

1.2.1 Depósitos à ordem

1.2.2 Depósitos com pré-aviso


1.2.3 Depósitos a prazo

Conta 1.2.1- Depósitos à Ordem

Regista os meios de pagamentos disponíveis em contas bancárias


à vista (também chamadas contas com movimento).

17
Esquema de Movimentação da Conta 1.2.1- Bancos- Depósitos à
Ordem
O esquema a seguir, ilustra os principais movimentos a débito e
a crédito desta conta:
D 1.2.1- Bancos- Depósitos à Ordem C
- Saldo inicial - Pagamentos
- Depósitos de numerário - Transferência a 3°s
- Depósitos de cheques - Cheques devolvidos

- Transferência de 3°s - Juros devedores


- Juros credores - Desconto de letras
- Descontos de títulos - Despesas bancárias

Resumindo, a conta "depósitos à ordem", geralmente, debita-se


pelos depósitos feitos pela empresa e por terceiros, por
contrapartidas diversas (p.e, 1.1-caixa e 4.1-clientes) e credita-
se pelos levantamentos ou pagamentos realizados por
contrapartida, p.e, de 4.2, 6.2, 6.3, etc.

Em todas operações bancárias acima, importa destacar duas


datas, nomeadamente:
✓ Data de movimento: Data em que o movimento é
efectuado pelo banco.
✓ Data-valor: Corresponde à data em que o movimento é
reportado, afigurando com a data mais relevante para efeitos
de contagem dos juros e para o controlo do saldo.

Nota: Normalmente, o saldo desta conta deve ser devedor contabilidade


da empresa e credor na do banco.

(Re) Conciliação Bancária

Para os contabilistas e gestores, é importante verificar os registos


contabilísticos no final de cada período (p.e, mês), através da
realização das reconciliações bancárias. O extracto bancário
deve ser comparado com o livro de registo de movimentos

18
bancários da empresa, para apurar e justificar as possíveis
diferenças entre ambos.

A Conciliação (ou Reconciliação) bancária é uma técnica


contabilística que tem por objectivo apurar, justificar e rectificar
as possíveis diferenças que possam existir entre os movimentos e
saldos entre os registos da empresa e o controlo do banco sobre
a mesma conta bancária da empresa.

Uma das possíveis rectificações a fazer é quando os saldos das


contas de depósitos à ordem não são iguais aos dos extractos
bancários, neste caso, ter-se-á que realizar a respectiva
reconciliação bancária.

Para o efeito, o saldo do extracto bancário terá que ser


reajustado pelos valores contabilizados pela empresa e ainda
não contabilizados pela instituição bancária e, analogamente, o
saldo da conta de depósitos à ordem da empresa deve ser
reconciliado tendo por base os valores contabilizados pelo Banco
e ainda não contabilizados pela empresa.

Modelo de Reconciliação Bancária


Empresa:

Banco: Conta N°:

Saldo do Extracto Bancário

Menos: Créditos da Empresa não considerados p/


banco

..... (detalhar)

Mais: Débitos da Empresa não considerados pelo


banco

.... (detalhar)

Menos: Créditos do banco não considerados pela


empresa

19
.... (detalhar)

Mais: Débitos do banco não considerados pela


Empresa

.... (detalhar)

Saldo bancário reconciliado

Saldo da empresa

Diferença

Saldo da empresa reconciliado

Data: ....../....../......

Assinatur(a):..............................

Para efeitos da realização da conciliação bancária, utilizaremos


o dispositivo seguinte (mas, cuidado, este não é o único formato
ou modelo utilizado para apresentar a reconciliação bancária).

Conta 1.2.3-Depósitos a Prazo (DP)

É uma conta do activo, que possui saldo devedor ou nulo. Reúne


os depósitos aplicados com periodicidade inferior a um ano, com
o objectivo de aplicar o excesso de tesouraria e ganhar juros.
Assim, o depósito a prazo é constituído geralmente para aplicar
o excesso momentâneo de tesouraria.

Esquematicamente:

D 1.2.3- Bancos- Depósitos a Prazo (DP) C


- Constituição do DP - Liquidação do DP

20
Na movimentação desta conta, há a identificar 2 (dois) momentos
importantes, nomeadamente:
✓ Constituição do depósito.
✓ Liquidação do depósito a prazo (vencimento).

Conta 1.3-Outros Instrumentos Financeiros

Conforme o PGC, nesta conta estão reunidas as aplicações de


Tesouraria resultantes dos seus excedentes. Os títulos negociáveis,
como também são conhecidos, é uma conta do activo que
destinase ao registo dos valores mobiliários cujo horizonte
temporal seja inferior a 1 (um) ano (para a negociação no
mercado secundário).

Exemplos de Títulos Negociáveis: Acções e obrigações.

▪ Acção – Corresponde a uma fracção do capital da


empresa (sociedade anónima) identificativo de uma
parte do seu património.

▪ Obrigação – Corresponde a um título de dívida


emitido pela empresa ou pelo estado mediante o qual
os mesmos se obrigam ao respectivo reembolso e
pagamento de juros.

Contabilização dos Títulos Negociáveis

O tratamento contabilístico dos títulos negociáveis assemelha-se


ao dos depósitos a prazo.

De acordo com o PGC, as subcontas de 1.3- Outros Instrumentos


Financeiros, por contrapartida de 1.1/1.2.1 ou 4.6, conforme seja
a pronto pagamento ou crédito e debitam-se pela aquisição dos
títulos mobiliários (acções e obrigações), e creditam-se pela sua
alienação ou resgate.

Notas importantes:

21
✓ A aquisição dos títulos negociáveis, geralmente é
antecedida da respectiva subscrição pública
(compromisso de compra).

✓ A emissão dos títulos negociáveis pode ser ao par (pelo


seu valor nominal), acima do par (com prémio) e abaixo
do par (com desconto).
✓ Na alienação, pode haver ganhos ou perdas financeiras,
conforme o valor de venda seja superior ou inferior ao
valor nominal.

Exemplo Ilustrativo 2 Sobre Caixa:

O saldo de caixa da Empresa “ABC, Lda.”, em 30/06/N era


constituído pelos seguintes elementos, em MT:
▪ Cheques..................... 24.000,00
▪ Moedas e Notas...........8.000,00

Durante o mês de Julho de N, tiveram lugar os seguintes factos


contabilísticos (resumidos):
▪ Cobranças a clientes....................................128.500,00
▪ Depósitos de cheques..................................130.000,00
▪ Pagamento de despesas diversas....................3.500,00
▪ Levantamento para reforço do fundo fixo......5.000,00

22
Local---, aos 31 de Julho de N
1) 1.1- Caixa

a 4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c
P/ cobrança a clientes 128.000,00
___x____
2) 1.2- Bancos
1.2.1- Depósitos à Ordem
a 1.1- Caixa
P/ Depósito de valores 130.000,00
_____x____
6.3- Fornecimentos e serviços de
3) terceiros
a 1.1- Caixa
P/ Pagamento de despesas 3.500,00
variadas
____x_____
4) 1.1- Caixa
a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos à Ordem
P/ reforço do fundo fixo de caixa 5.000,00

Total 266.500,00

Assim sendo, pretende-se:

a) Lançamentos no diário da empresa dos movimentos


registados durante o mês de Julho de N.
b) Determinação do saldo de caixa em 31/07/N.

Resolução:
a) Lançamentos no diário:

b) Determinação do saldo de caixa em 31/07/N (Folha de Caixa):


Movimentos/Operações Entradas Saídas

23
Saldo inicial 32,000.00
Cobranças a clientes 128,500.00

Depósitos de valores
130,000.00
Pagamento de despesas 3,500.00

Reforço de caixa 5,000,00


Total
160,500.00 133,500.00

Resumo dos movimentos de caixa

Saldo Inicial 32.000,00


Entradas
128,500.00
Saídas (133,500.00)

Saldo Final 27,000.00

Exemplo ILUSTRATIVO 3 Sobre caixa pequeno:

Considere que a direcção da empresa "ABC, Lda.", para fazer face a


pequenas despesas cada vez mais frequentes, decidiu constituir um fundo
fixo de caixa, no valor de 10.000,00. No dia 02/01/N, passouse o
cheque n° 746477, pelo referido valor.

No dia 07/01/N, o tesoureiro apresentou os seguintes documentos


comprovativos da utilização do fundo:
▪ VD n° 4916, pela compra de material de escritório....... 1.400,00
▪ VD n° 7849, p/compra de agrafador (imobilizado).........4.200,00
▪ Vale de viagem do director financeiro em serviço.......…3.000,00

No mesmo dia, realizada a conferência de caixa e aprovados os


documentos comprovativos, procedeu-se à reposição e reforço de caixa,
por cheque n° 746489.

Pede-se:

24
a) Lançamentos no diário empresa, da constituição, reposição e
reforço do fundo fixo de caixa.
Resolução:
Local---, 02/01/N
1) 1. 1-Caixa
1.1.1-Caixa-Pequena (Fundo
Fixo de
Caixa)
1.A 2-Bancos
1.2.1-Depósitos a ordem
P/ constituição do fundo fixo 10.000,00
de caixa
2) Dia 07/01/N
Diversos
A 1.1 –Caixa
1.1.1-Caixa-Pequena (Fundo
Fixo de
Caixa)
P/ reposição
3.2.2- Equipamento básico 4.200,00
6.3.2.2.8 Deslocações e 3.000,00
estadias
6.3.2.1.6 Material de 1.400,00 8.600,00
escritório
3) __x__
1. 1-Caixa
1.1.1-Caixa-Pequena (Fundo
Fixo de
Caixa)
A 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ constituição do fundo fixo 8.600,00
Total 27.200,00

Exemplo Ilustre 4 sobre Bancos:

25
Considere que a empresa “BETA, Lda.”, apresentava, em 02/01/N, na
sua conta à ordem do banco "B2B, SA", 210.500,00.

Durante o mês de janeiro/N, ocorreram os seguintes factos patrimoniais:


▪ Dia 5: Cheque n° 8719, no valor de 158.500,00, a favor do
fornecedor Andrade M. Andrade.
▪ Dia 18: Cheque n° 8720, no valor de 10.000,00, para
constituição do fundo fixo de caixa.
▪ Dia 24: Clientes pagam 230.000,00 por transferência bancária.
▪ Dia 31: Nota de débito (ND) n° 90911 do banco ʺB2B, SAʺ,
referente a despesas bancárias de impressão do livro de cheques,
no valor de 500,00.

Pretende-se:
a) Lançamento no diário de controlo
bancário da empresa das operações
acima descritas.
b) Saldo final de bancos, em 31/01/N.

Resolução:
Lançamentos no diário de bancos da empresa:

Local, 05/01/N
1) 4.2- Fornecedores
4.2.1- Fornecedores, c/c
a 1. 2-Bancos
1.2.1-Depósitos à ordem
P/ Pagamento a 158.500,00
fornecedores
2) Dia 18
1. 1-Caixa
1.1.1-Caixa pequena
a 1. 2-Bancos
1.2.1-Depósitos à ordem
P/ constituição do fundo fixo 10.000,00

26
3) Dia 24
1. 2-Bancos
1.2.1-Depósitos à ordem
a 4. 1-Clientes
4.1.1-Clientes, c/c
P/ pagamento de clientes 230.000,00
4) Dia 31
6.9-Gastos e perdas
financeiros
6.9.8.1 Serviços bancários
a 1. 2-Bancos
1.2.1-Depósitos à ordem
P/ serviços bancários 500,00
Total 399.000,00

a) Saldo da conta 1.2.1-bancos-depósitos à ordem


(razão auxiliar de bancos), em 31/12/N:

Data Descrição Movimentos Saldos


Débitos Créditos Devedor Credor
02/01/N Saldo 210.500,00
inicial
05/01/N Cheque 158.500,00 52.000,00
n°8719
18/01/N Cheque 10.000,00 42.000,00
n°8720
24/01/N Pgto. De 230.000,00 272.000,00
clientes
31/01/N Serviços 500,00 271.500,00
bancários

Exemplo ilustrativo 5: Renconciliação Bancaria:

27
O saldo da conta Depósitos à Ordem da empresa “GAMA, Lda.”, em
30/11/N é de 844.138,50. Todavia, o extracto da conta bancária,
relativo à mesma data, indica um saldo de 873.457,00.

Sabe-se, no entanto que:


▪ Em 30/11/N, remeteu-se para o banco receitas no valor
de 184.620,00, verba esta que não constava no extracto;
▪ Um cheque emitido pelo cliente “ABC, Lda.” em 29/11/N no valor
de 16.000,00 e depositado na mesma data, figura no extracto
com a indicação de não possuir provisão; este crédito já foi
lançado na conta do cliente;
▪ Até 31/10/N não tinham sido apresentados para pagamento os
seguintes cheques:
Nº 821 13.560,00 Nº 882 14.000,00 Nº 886 1.140,00

Nº 828 400,00 Nº 884 32.510,00 Nº 887 5.250,00

Nº 865 6.225,00 Nº 885 10.565,00

Todos os cheques constam do extracto de conta de Novembro, excepto


os números 828 e 865.
Dos cheques emitidos em Novembro, não figuram no extracto deste mês
os seguintes:

Nº 924 7.000,00 Nº 941 1.146,00 Nº 944 9.500,00


Nº 940 10.500,00 Nº 943 82.670,00 Nº 945 77.615,00

▪ Consta um cheque devolvido no valor de 34.000,00, sacado sobre a


empresa "C. Munhava, Lda.".
▪ Nos depósitos consta o recebimento da factura nº 8975 sobre o
cliente “XYZ, Lda.”, no valor de 69.000,00; nos débitos da empresa,
aparece uma comissão de cobrança de 100,00.

Nenhum destes movimentos está contabilizado.

▪ Nos débitos do extracto detectou-se o correspondente ao


fornecimento de um livro de cheques por 17,50. Esta

28
operação ainda não foi contabilizada nos registos da
empresa.

Pretende-se: A reconciliação bancária utilizando o esquema


apresentado anteriormente.

29
Banco:

Conta Corrente N°:

1 Saldo conforme extracto bancário 873,457.00

2 Menos: Créditos da empresa3

Cheque n° 828 -
400.00

Cheque n° 865 -
6,225.00

Cheque n° 924 -
7,000.00

Cheque n° 940 -
10,500.00

Cheque n° 941 -
1,146.00

Cheque n° 943 -
82,670.00

Cheque n° 944 -
9,500.00

Cheque n° 945 - - 195,056.00


77,615.00

3 Mais: Débitos da empresa

Depósitos em trânsito
184,620.00

Comissão de cobrança 184,720.00


100.00

4 Menos: Créditos bancários

Recebimento da factura 8975 - 69,000.00 - 69,000.00

5 Mais: Débitos da empresa

Cheque devolvido (sem provisão)


16,000.00

Cheque sem provisão 34,000.00

30
Lançamentos necessários para corrigir possíveis falhas de registo (no
diário geral).

a) Lançamentos de Rectificação (Reajustamento)

Elaborado por:_________________
Data:____/____/N

Aprovado por: _________________


Data:____/____/N
R 17.50 52,017.50
Custo de livro de cheques

6 Saldo bancário reconciliado 844,138.50

7 Saldo conforme empresa 844,138.50

8 Diferença 0.00

9 Saldo da Empresa reconciliado 844,138.50

31
Local---, 30/11/N

1) 4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c
a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ cheque sem cobertura 16.000,00

2) 4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c
a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ cheque devolvido s/ provisão 34.000,00

3) 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
a 4. 1-Clientes
4.1.1-Clientes, c/c
P/recebimento de clientes 69.000,00

b)Lançamentos necessários para corrigir possíveis falhas de


registo (no diário geral).

Elaborado por:_________________
Data:____/____/NAprovado por: _________________
Data:____/____/N

c) Lançamentos de Rectificação (Reajustamento)

Local---, 30/11/N

1) 4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c

32
a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ cheque sem cobertura 16.000,00

2) 4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c
a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ cheque devolvido s/ provisão 34.000,00

3) 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
a 5. 1-Clientes
4.1.1-Clientes, c/c
P/recebimento de clientes 69.000,00

Exemplo ILUSTRATIVO 6 sobre depositos a Prazo:

Considere que, em 02/01/N, constituímos um depósito a prazo, no banco


ʺBUC, SAʺ, através do cheque n° 561538 do mesmo banco, no valor de
100.000,00, o qual é remunerado em 20% a.a, por um período de 6
meses.
Os lançamentos no diário seriam os seguintes:
Local---, 02/01/N
1) 1.2- Bancos
1.2.3-Depósitos a prazo
a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ constituição do depósito a 100.000,00
prazo

33
2) 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
a Diversos
P/ vencimento do depósito a
prazo
1. 2-Bancos 100.000,0
0
1.2.3-Depósitos a prazo
7. 8-Rendimentos e ganhos 10.000,00 110.000,00
financeiros
7.8.1-juros bancários4
T Total 210.000,00

Exemplo ilustrativo 7: sobre titulos negociaveis:

A sociedadeʺDELTA, Lda.ʺ, registando um excesso de liquidez, decidiu


realizar no exercício de N as seguintes operações:
✓ Aquisição, por cheque, de 2.000 acções da Sociedade ABC, S.A., pelo
preço de 100,00/cada, valor nominal.
✓ Compra, por cheque, de 500 obrigações de SIGMA, Lda., por
1.000,00/cada, valor nominal.
✓ Aquisição, por cheque, de 10.000 acções da Sociedade PAC, S.A. por
100,00/cada, valor nominal.
✓ Venda de 2.500 acções da Sociedade SPAC, S.A. Preço de cotação
das acções à data: 150,00/cada. O valor fir recebido imediatamente
por transferência bancária.
✓ As obrigações da SIGMA pagam juros de 10%, valor recebido por
transferência bancária.

Com a informação anterior, pretende-se:


a) Registo no diário da empresa das operações efectuadas.
b) Saldo da 1.3-Outros instrumentos financeiros, em
31/12/N.

34
Resolução:
Lançamentos no diário:
Local---, ..../..../N

1) 1. 3-Outros instrumentos financeiros


1.3.2-Detidos para negociação

a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ compra de acções 200.000,00

2) 1. 3-Outros instrumentos financeiros


1.3.2-Detidos para negociação

a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
P/ compra de obrigações 500.000,00

3) 1. 3-Outros instrumentos financeiros


1.3.2-Detidos para negociação

a 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem
1.000.000,0
P/ compra de obrigações 0

4) 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem

a Diversos
P/ alienação de acções
1. 3-Outros instrumentos financeiros
250.000,0

1.3.2-Detidos para negociação 0

35
7. 8-Rendimentos e ganhos financeiros
125.000,0

7.8.9-Outros rend. e ganhos financeiros 0 375.000,00

4) 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos a ordem

a 7.8-Rendimentos e ganhos financeiros


7.8.1.3 Obrigações e títulos de
participação
P/ juros ganhos 50.000,00

2.125.000,0 0

Total

Saldo da conta 1.3- Outros Instrumentos


Financeiros

D outros instrumentos Financeiros C


4)
250.000,00
1) 200.000,00

2) 500.000,00
3) 1.000.000,0
0

1.700.000,00

250.000,00
1.450.000,00
sd)

1.700.000,00
1.700.000,00

36
Perguntas de Controlo

1. Defina os Meios Financeiros.


2. Qual é o principal instrumento legal de regula a prática
da Contabilidade Financeira em Moçambique?
3. Indique as principais contas (no 1º grau) da Classe I.
4. O que é uma conciliação bancária e qual é a sua
finalidade?
5. Qual é o tratamento contabilístico das diferenças de
câmbio das moedas estrangeiras?

Actividades

1. O saldo de caixa da Empresa “ABC, Lda.” em


31/05/N era constituído pelos seguintes elementos,
em MT:
• Cheques………………………………..38.000,00
• Notas e moedas…………………… 10.500,00
Durante o mês de Janeiro de N, tiveram lugar os seguintes factos
contabilísticos (resumos):
• Cobranças a clientes…………………..….408.100,00
• Depósitos de valores.…………….…….420.000,00
• Pagamento de despesas diversas………. 2.500,00
• Levantamento para reforço do fundo fixo..5.000,00

Pretende-se:
a) Lançamentos no diário da empresa dos
movimentos registados durante o mês de Janeiro de N.
b) Determinação do saldo de caixa em 30/06/N.

37
2. Considere que a direcção da empresa "XYZ, Lda.", para
fazer face à pequenas despesas cada vez mais frequentes,
decidiu constituir um fundo fixo de caixa, no valor de
12.000,00. No dia 02/01/N, passou-se o cheque n°
955802 pelo referido valor.

No dia 07/01/N, o tesoureiro apresentou os seguintes


documentos comprovativos da utilização do fundo:
• VD n° 4916, pela compra de material de escritório
…….………1.800,00.
• VD n° 7849, pela compra de agrafador
(imobilizado)……4.200,00.
• Ajudas de custo para o contabilista...........2.500,00.

No mesmo dia, realizada a conferência de caixa e


aprovados os documentos comprovativos, procede a
reposição e reforço de caixa, por cheque n° 955807.

Pede-se:

a) Lançamentos no diário empresa, da constituição,


reposição e reforço do fundo fixam de caixa.

3. Em 28 de Fevereiro de N, o saldo da conta de Depósitos à


Ordem da sociedade Mafarinha, Lda, no Banco BAW,SA, era
de 215.548,00. Contudo, o extracto da conta bancária,
relativo à mesma data, apresentava um saldo de 177.585,00.
Após algum trabalho de reconciliação foi detectado o seguinte:
▪ Cheques emitidos pela empresa que até à data
ainda não foram descontados:
Nº 858312..................10.402,00
Nº 858313................305.000,00

▪ No extracto encontrava-se um lançamento de


375,00. Este valor refere-se à despesa de
fornecimento e envio de um livro de cheques.
▪ Depósito efectuado em 28 de Fevereiro de N no
valor de 410.420,00, que não consta no extracto
enviado pelo banco.
▪ Crédito indevidamente efectuado pelo banco na
conta da empresa no valor de

38
32.500,00. A correcção só foi efectuada pelo
banco em Março.
▪ Ordem de transferência dada pelo cliente C.C.A,
para pagamento da n/ factura nº 9595 no valor
de 22.370,00 e ainda não comunicada à empresa.
▪ No extracto bancário aparece um crédito no valor
de 3.200,00, relativo aos juros de depósitos à
ordem, e um débito correspondente à retenção na
fonte de imposto sobre o rendimento à taxa de
20%. Esta operação ainda não foi contabilizada
pela empresa.
Pede-se:

a) Elabore a reconciliação bancária.


b) Calcule o saldo efectivamente disponível.
c) Lançamentos em Diário tendentes a corrigir possíveis
falhas de registo contabilístico.

4. A empresa ʺABC, Lda.ʺ, registando um excesso de


liquidez, decidiu realizar no exercício de N as
seguintes operações:
▪ Aquisição, por cheque, de 10.000 acções da
Sociedade ʺXYZ, S.A.ʺ, pelo preço de 100,00/cada,
valor nominal.
▪ Compra, por cheque, de 1.500 obrigações SIGMA,
Lda., por
1.000,00/cada, valor nominal.

▪ Aquisição, por cheque, de 10.000 acções da


Sociedade ʺPAC, S.A.ʺ por 100,00/cada, valor
nominal.
▪ Venda de 7.500 acções da Sociedade ʺPAC, S.A.ʺ
Preço de cotação das acções à data: 150,00/cada.
O valor for recebido imediatamente por transferência
bancária.
▪ As obrigações da XYZ pagam juros de 10%, valor
recebido por transferência bancária.
Pretende-se:
a Registo no diário das operações efectuadas.

39
b Saldo da 1.3-Outros instrumentos financeiros em
31/12/N.

5. A empresa ʺALFA, Lda.ʺ, apresentava em 31/12/N, os


seguintes saldos nas contas:
▪ 1.1- Caixa.........................................380.000,00

▪ 1.2- Bancos......................................750.000,00

▪ 1.3- Outros Inst. Financeiros........1.420.000,00

Na conta 1.1- Caixa, estão contabilizados 2.000 USD ao preço de


aquisição de 40,00/cada. O câmbio em 31/12/N era de 50,00/cada.

Os títulos negociáveis dizem respeito a 1.000 obrigações da sociedade


BETA, Lda., adquiridas por 1,000,00/cada e cotadas em 31/12/N, a
1.420,00/cada.

No ano N+1, realizaram-se as seguintes operações:

▪ Compra a pronto pagamento (por cheque) de 1.500


acções da empresa BETA, SA, por 100,00/cada, valor nominal
e 500 obrigações do Tesouro Público (TP), por 500,00/cada,
valor nominal.
▪ Venda, à vista, de 500 acções da BETA, SA, por
125,00/cada. Valor recebido por transferência bancária
▪ Recebimento de juros das obrigações do TP, à razão
de 75,00 por cada titulo. Valor recebido por transferência
bancária.

Pedidos:

➢ Regularização e contabilização de todas


operações que se julgarem pertinentes.
i Saldos actualizados das contas
1.1, 1.2 e 1.3.

40
Resumo

Em geral, estudamos e discutimos fundamentalmente os seguintes


aspectos:

▪ Conceitos Básicos sobre as Contas da Classe I- Meios


Financeiros;
▪ Contas e Divisionárias das Contas da Classe I-Meios
Financeiros;
▪ Contabilização de transacções que afectam as contas da
Classe I-Meios Financeiros;
▪ Operações financeiras relacionadas com os Meios Financeiros;
▪ Conferência e preenchimento da folha de caixa;
▪ Operações com moedas estrangeiras;
▪ Elaboração da conciliação bancária periódica; e
▪ Cálculo e contabilização de juros resultantes de aplicações
financeiras de curto prazo.

41
UNIDADE TEMÁTICA II: Estudo das contas da classe ii - inventários e activos
biológicos

Inventários e Activos Biológicos

Introdução

Neste tema, vamos abordar sobre às Contas da Classe II, vamos ainda desenvolver conceitos e
Generalidades.

No entanto, mais adiante vamos desenvolver sobre:

▪ Conta 2.1-Compras;

▪ Conta 2.2-Mercadorias;

▪ Conta 2.8- Regularização de Inventários;

▪ Conta 2.9-Reajustamentos de Inventários;

▪ Exercícios Integrados das Unidades Temáticas.

➢ Definir: As contas da classe dos Inventários e Activos Biológicos;


➢ Saber: Fazer o enquadramento legal das contas dos Inventários e
activos biologicos;
➢ Saber: O movimento geral das contas dos Inventários e Activos
Específicos biologicos;
➢ Classificar: As principais contas da classe de Inventários e Activos
Biológicos;
➢ Contabilizar: As principais operações que afectam as existências em
armazém; e
➢ Distinguir: Os Sistemas de Inventário Periódico (Intermitente) e
Permanente.
➢ Realizar: Gestão e contabilização de stocks; e Específicos
➢ Entender e aplicar: Os princípios de contabilidade geralmente
➢ aceites relacionados com esta Unidade Temática
Conceito de Inventários e Activos Biológicos

42
Os Inventários e Activos Biológicos: São todos os bens armazenáveis
adquiridos ou produzidos pela empresa e que se destinam à venda ou a
serem incorporados no processo de produção.

Pode-se distinguir e classificar esses bens em:

Matérias-Primas: bens que não se destinam à venda mas a


serem incorporados directamente na produção de novos
produtos.
Matérias Subsidiárias: bens que sendo incorporados
directamente num determinado produto, concorrem directa ou
indirectamente para a sua produção.
Produtos em Curso: aqueles que se encontram numa fase do
processo produtivo sem, no entanto, terem atingido a fase
final de fabrico, ou seja, estarem aptos para venda.

Subprodutos e Resíduos: são produtos secundários


resultantes da produção de um principal, com baixo valor
comercial (normalmente) e não utilizáveis no processo
produtivo da empresa. São vendidos, geralmente, à medida
que se vão acumulando.

Produtos Acabados: são os bens resultantes do processo


produtivo da empresa que, tendo atingido a sua fase final,
estão aptos para serem vendidos.
Mercadorias: bens adquiridos para posterior vendam, não
estando sujeitos a qualquer transformação dentro da
empresa.

O conceito de ʺactivos biológicosʺ, trazido pela Normalização


Contabilística actual, acrescenta à anterior definição de
existências (meios circulantes materiais), os seres vivos, tais como
animais e plantas.

Sistemas de Inventário

43
▪ Sistema de Inventário Permanente (S.I.P): No SIP é
possível determinar permanentemente o valor dos
ʺstocksʺ em armazém e apurar em qualquer momento
os custos e os resultados brutos obtidos nas vendas ou
na produção.

▪ Sistema de Inventário Intermitente (S.I.I.): No SII o


valor dos ʺstocksʺ em armazém e dos resultados
apurados, só é determinável através de
inventariações físicas dos valores em armazém,
efectuadas periodicamente. Para se determinar o
valor das existências e do resultado das vendas tem
que se proceder previamente à inventariação directa
dos bens em ʺstockʺ.

Sendo que o custo de vendas (CMVC) =Existência Inicial –


Compras - Existência Final

Nem todas as entidades podem optar pela utilização do SII.


Existem algumas em que a única alternativa possível é mesmo o
SIP.

Critério de Valorimetria (Mensuração)

As existências são valorizadas, de acordo com o PGC, ao


custo de aquisição ou ao custo de produção, sem prejuízo das
possíveis excepções. Considera-se como custo de aquisição de
um bem a soma do respectivo preço de compra com os gastos
suportados directa ou indirectamente para o colocar no seu
estado actual e no local de armazenamento.

Principais Contas da Classe II- Inventários de Activos Biológicos

44
2.1 Compras
2.2 Mercadorias
2.3 Produtos acabados e intermédios

2.4 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

2.5 Produtos ou serviços em curso

2.6 Matérias primas, auxiliares e materiais

2.7 Activos biológicos

2.8 Regularização de inventários


2.9 Ajustamentos para o valor realizável líquido
Tendo em conta que as restantes contas são estudadas com maior nível
de detalhes na Contabilidade Analítica (de Gestão ou de Custos), neste
módulo iremos estudar e discutir com maior profundidade, as contas
sublinhadas.

Generalidades

Esta conta regista o custo das aquisições de inventários e


activos biológicos destinados a consumo ou venda. Inclui os
encargos adicionais suportados nas compras até ao local de
armazenamento.

Esquema de Movimentação

De acordo o PGC actualmente em vigor, esta conta debita-


se por contrapartida das contas 1.1 – Caixa ou
1.2 - Bancos na aquisição a pronto pagamento e da conta
4.2 – Fornecedores quando a aquisição é a prazo. Esta conta
saldará sempre por débito das contas 2.2 – Mercadorias ou
2.6 – Matérias-primas, auxiliares ou materiais, consoante se
trate de bens adquiridos para venda ou para transformação.
Exemplo ILUSTRATIVO 8:

A Sociedade “ALFA, Lda.” comercializa uma única


mercadoria "M" e trabalha com ciclos anuais de
contabilidade, adoptando o regime de inventário intermitente
(periódico).

45
No dia 28/02/N, a conta de compras apresentava um saldo de
20.000,00.

Local, 31/03/N
4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c
1)
a Diversos
P/ vendas

a 4.4.3.3.1- IVA liquidado 2.125,00

a 7.1-Vendas 12.500 14.625,00

2) Diversos

a 4.2- Fornecedores
4.2.1-Fornecedores, c/c 11.000,00

P/compras
2.1- Compras

4.4.3.2- IVA dedutível 1.870,00 12.870,00

4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c
3)
a Diversos
P/ vendas
3.094,00
4.4.3.3.1- IVA liquidado

7.1-Vendas 18.200 21.294,00

Diversos

4) a 1.1Caixa

P/compras
2.400,00
2.1- Compras

46
4.4.3.2- IVA dedutível 408,00 2.808,00

5) Diversos

a Diversos
P/ Fixação da existência fin
al e
6) a apuramento do Custo das vendas 24.000 33.400,00

2.2- mercadorias (EF) 9.400


33.400
6.1- CMVC5
13.400
20.000
2.1- Compras
2.2- Mercadorias (EI)
TOTAL 84.997,00

No mês de Março/N ocorreram os seguintes movimentos com os


inventários:
▪ Venda a prazo de 50 unidades de M por 250,00/unidade. IVA
à taxa de 17%.
▪ Compra a prazo de 100 unidades de M por 110,00/unidade
pagos depois de 20 dias. IVA à taxa de 17%.
▪ Venda a pronto de 65 unidades de M por 80,00/unidade. IVA
à taxa de 17%.
▪ Compra a pronto de 20 unidades de M por 120,00/unidade. IVA
à taxa de 17%.
▪ A inventariação física realizada no dia 31/03/N permitiu
concluir que havia em armazém nessa data mercadorias
avaliadas 24.000,00.

Pedidos:
a) Efectue os registos contabilísticos relativos aos movimentos
de inventários do mês de Março de N, no diário.
b) Apure o resultado das vendas do primeiro trimestre de N.

Resolução:

5
CMVC=EI+Compras-EF=20.000+13.400-24.000=9.400,00

47
a) Lançamentos no diário:
b) RBV= Vendas- CMVC=30.700-9.400=21.300,00

Estudo da Conta 2.2- Mercadorias

Generalidades

Mercadorias são bens destinados à venda sem qualquer


transformação industrial.

Esquema de Movimentação Geral da Conta 2.2

Pelo sistema de inventário intermitente, esta conta debita-se, no início do


exercício, pelo valor das existências iniciais e no fim do exercício, pelo
valor líquido das compras efectuadas durante o ano e ainda por
contrapartida da conta 2.8.2 – Regularização de inventários, se for
devedor o saldo desta conta. Credita-se, no fim do ano, por
contrapartida da conta 6.1.1– Custo dos inventários vendidos ou
consumidos e da conta 2.8.2 – Regularização de inventários, se for credor
o saldo desta conta. O saldo existente revela o valor das existências
finais em armazém.

Se for adoptado o inventário permanente, esta conta debita-se, ao longo


do ano, por contrapartida da conta 2.1.1 – Compras e credita-se,
também no decurso do ano de acordo com o critério de periodicidade
aconselhável, por contrapartida da conta 6.1.1 – Custo dos inventários
vendidos e consumidos, em conformidade com o critério de mensuração
utilizado. O saldo existente revela o valor das existências finais em stock.

Critérios de valorimetria. Ficha de armazém (de stocks)

No Sistema de Inventário Permanente (SIP), é recomendável a utilização


da ficha de armazém para o controlo dos movimentos dos stocks.

À saída do armazém, os inventários podem ser valorizados


obedecendo alguns critérios, nomeadamente:
FIFO-First In, First Out - Este critério diz que o primeiros inventarios a
entrar em armazem sãoos primeiros a sair.

48
LIFO-Last In, First Out - Este critério diz que o ultimo inventario a entrar
em armazem e primeiro a sair.

Custo Médio Ponderando - Os inventários são custeados ao custo médio


dos lotes existentes em armazém.

Custo Especifico - O critério de avaliação do preço específico consiste


em atribuir a cada unidade do estoque o preço efectivamente pago por
ela. É um critério que só pode ser utilizado para mercadorias de fácil
identificação física, como imóveis para revenda, viaturas novas e usadas,
etc.

Para tal, é habilitada uma ficha para cada produto/mercadoria, que


também constitui razão auxiliar.

Modelo da ficha de armazém

Método6: Produto/Mercadoria: Unidade:

Data Descrição Entradas Saídas Existências

Quant. C.U. Valor Quant. C.U. Valor Quant. C.U. Valor

Total

Exemplo Ilustrativo 9:
Vejamos, agora, os dois 1ºs critérios mais utilizados. Para facilitar
a sua compreensão, apresentaremos sete operações ocorridas na
empresa "AJM Trading, Lda.", vendedora de portas metálicas
para construção civil, tamanho ʺ2,00 m x 0,80 mʺ, e as fichas de
stocks dos critérios com as mesmas operações. Para efeitos
didácticos, apresentaremos números inteiros e ignoramos o IVA.
Na venda, a baixa é feita pelo valor de custo.

Em 05/02, adquiriu do fornecedor Pereira, Lda. 100 portas por 10.000/


cada, conforme factura n° 7.002.

6
FIFO, LIFO ou CMP

49
Em 08/02, vendeu ao cliente ABC, Lda. 20 portas, conforme factura n°
101.
Em 10/02, adquiriu do fornecedor Pereira, Lda. 50 portas por
11.300/cada, conforme factura n° 8.592.
Em 19/02, adquiriu do fornecedor Pereira Lda. 50 portas por 15.900/
cada, conforme factura n° 9.721.

Em 20/02, devolveu ao fornecedor Pereira, Lda. 10 portas, conforme


ND n° 115, referente a compra de 19/02.
Em 27/02, vendeu ao cliente Toto, SA, 140 portas, conforme factura n°
102.
Em 28/02, recebeu em devolução, do cliente R. Totó, SA, 5 portas,
conforme NC n° 142.
Nota importante: Veja o preço de venda na ficha de controlo de stocks,
pois não é importante, para o controlo do stock, o preço de venda da
mercadoria, apenas o de compra.

FIFO

Adoptando esse critério para valoração dos stocks, a empresa atribuirá


às mercadorias existentes em armazém (inventário final) os custos mais
recentes.
Para entender melhor, veja as sete operações apresentadas no início
deste tópico, devidamente registadas na respectiva ficha:

MERCADORIA: PORTAS TAMANHO 2,00 x 0,80 m MÉTODO:FIFO Unicidade: Uma

Data DESCRIÇÃ ENTRADAS SAÍDAS EXISTÊNCIA


O S
QT C.U. Valor QT C.U. Valor QT C.U. Valor

05/02 Fact 7002 100 10.00 1.000.00 - - - 100 10.000 1.000.00


0 0 0
08/02 Fact 101 - - - 20 10.00 200.000 80 10.000 800.000
0
10/02 Fact 5.592 50 11.30 565.000 - - - 80 10.000 800.000
0
50 11.300 565.000

50
130 1.365.00
0
19/02 Fact 9.721 50 15.90 795.000 - - - 80 10.000 800.000
0
50 11.300 565.000

50 15.900 795.000

180 2.160.00
0
20/02 ND 115 (10 15.90 (159.000) - - - 80 10.000 800.000
) 0
50 11.300 565.000

40 15.900 636.000

170 2.001.00
0
27/02 NC 102 - - - 80 10.00 800.000
0
50 11.30 565.000
0
10 15.90 159.000 30 15.900 477.000
0
140 1.524.00
0
28/02 NC 142 - - - (5) 15.90 (79.500) 35 15.900 556.500
0
Totais 190 2.201.00 155 1.644.50
0 0

Comentários adicionais:
Na coluna de existências ficam evidenciadas as quantidades existentes
devidamente separadas ou identificadas pelos respectivos custos de
aquisição.
À cada venda, a baixa é feita iniciando-se pelos custos mais antigos; no
caso, pelos menores custos. Assim, através desta ficha, ficam controladas
as quantidades armazenadas sempre pelos preços mais recentes.

As devoluções de compras efectuadas aos fornecedores são escrituradas


negativamente entre parênteses na coluna das entradas. Por outro lado,
as devoluções de vendas recebidas de clientes são escrituradas
negativamente entre parênteses na coluna das saídas. Assim, a soma da
coluna das saídas corresponderá efectivamente ao custo das
mercadorias vendidas, ou seja, ao valor das saídas líquidas.

51
LIFO

Adoptando este critério para valoração dos seus stocks, a empresa


sempre atribuirá às suas mercadorias em stock os custos mais antigos,
guardadas as devidas proporções com as mercadorias que entraram e
saíram do estabelecimento.
Para entender melhor, veja as sete operações apresentadas no início
deste tópico, devidamente registadas na respectiva ficha:

MERCADORIA: PORTAS TAMANHO 2,00 x 0,80 mMÉTODO: LIFO Unidade: Uma

DATA DESCRIÇÃO ENTRADAS SAÍDAS EXISTÊNCIAS

QT C.U. Valor QT C.U. Valor QT. C.U. Valor

05/02 NF 7002 100 10.000 1.000.000 - - - 100 10.000 1.000.0000

08/02 N/NF 101 - - - 20 10.000 200.000 80 10.000 800.000

10/02 NF 8.592 50 11.300 565.000 - - - 80 10.000 800.000

50 11.300 565.000

130 1.365.000

19/02 NF 9.721 50 15.900 795.000 - - - 80 10.000 800.000

50 11.300 565.000

50 15.900 795.000

180 2.160.000

20/02 N/NF 115 (10) 15.900 (159.000) - - - 80 10.000 800.000

50 11.300 565.000

40 15.900 636.000

170 2.001.000

27/02 N/NF 102 - - - 40 15.900 636-000

50 11.300 565.000

50 10.000 500.000 30 10.000 300.000

140 1.701.000

28/02 N/NFE 142 - - - (5) 10.000 (50.000) 35 10.000 350.000

52
Totais 190 2.201.000 155 1.851.000

Comentários adicionais:

▪ Observe-se que, neste caso, a coluna de existências controla as


quantidades tendo em vista os respectivos custos de aquisição. A
baixa é sempre feita pelos custos das últimas aquisições,
guardadas as respectivas proporcionalidades dos custos de
aquisição.

Qual dos vários critérios anteriores deve ser utilizado?


NOTA: O Custo médio ponderando, não apresentado aqui,
apresenta maiores vantagens do ponto de vista de custeio real,
sobretudo quando o mercado estiver sujeito à uma grande
inflação dos preços de produtos/mercadorias.

Exemplo ILUSTRATIVO 10 (Operações com Mercadorias):

Dados extraídos da Conta Razão da Manica Comercial, Lda., que utiliza


o sistema de inventário permanente, em 31/12/20X5:

1. Compras de Mercadorias para revenda..1.200.000,00


2. Vendas de Mercadorias..........................1.800.000,00
3. Fretes sobre as Compras.............................80.000,00
4. Devolução de compras.................................25.000,00
5. Devolução das vendas..................................90.000,00
6. Custo das vendas realizadas………………....1.025.000,00
7. Stock Inicial de Mercadorias.......................600.000,00
8. Stock Final de Mercadorias.......................750.000,00

Nota importante: para efeitos didácticos, ignore a incidência do IVA


suportado e liquidado.

53
Com base nos dados acima apresentados, pede-se:
a) O resultado bruto das vendas (RBV);
b) Contabilização das operações no diário geral-resumo de 20x5.

Local, 31/12/20x5

1) 2.2 –Mercadorias

a 4.2- Fornecedores
4.2.1 -Fornecedores, c/c
1.200.000,0
P/ compras do período 0

2) 4.2- Fornecedores
4.2.1- Fornecedores, c/c
P/ compras do período

a 2.2 –Mercadorias
P/ devolução de mercadorias 25.000,00

3) Diversos

a Diversos
P/ vendas do período
4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c 1.800.000,00

6.1- CMVC 1.025.000,00


2.825.000,00

2.2- Mercadorias 1.025.000,00

54
2.825.000,0
0
7.1- Vendas 1.800.000,00
4) 7.1- Vendas

a P/ Devolução das vendas 90.000,00

Total 4.140.000,0
0

Resolução:

a) RBV= Vendas líquidas-Custo das vendas

RBV= 1.800.000-1.105.0007

RBV=605.000,008

Estudo das Contas:

2.8- Regularização de Inventários e

2.9- Reajustamento de Inventários

Generalidades

A escrituração das contas 2.8 e 2.9, tem por objectivo reajustar


os valores constantes nestas contas, para que no final do
exercício elas mostrem o seu ʺjusto valorʺ, no que respeita ao
mercado.

Conta 2.8- Regularização de Inventários

7
CMV=600.000+(1.200.000+80.000-25.000)-750.000=1.105.000
8
RBV=(1.800.000-90.000)-1.105.000=605.000

55
Conforme o PGC, esta conta serve para registar as variações
nos inventários que não estejam relacionadas com compras,
vendas ou consumos, nomeadamente as decorrentes do registo
de quebras ou sobras anormais e saídas ou entradas de
ofertas (quebras e sobras normais).

No caso de oferta de inventários próprios será creditada por


contrapartida de 6.8.9.3 - Outros custos e perdas
operacionais. Será ainda creditada, por contrapartida de
6.8.4.2 - Perdas em inventários. Será debitada por
contrapartida de 7.6.4.2 - Ganhos em inventários no caso de
sobras anormais, ou de 7.6.4.9 - Ganhos em inventários. No
fim do exercício, os saldos são transferidos para as contas 2.2
– Mercadorias e 2.6 – Matérias-primas, auxiliares e materiais.

Conta 2.9- Ajustamentos para o valor Realizável Líquido

De acordo com o PGC, esta conta destina-se a registar as


diferenças relativas ao custo de aquisição ou de produção
decorrentes da aplicação dos critérios de mensuração dos
inventários. Credita-se, por contrapartida da conta 6.4.1 –
Ajustamentos do período e debita-se, pela sua anulação ou
reposição, por contrapartida da conta 7.4.1.1–Reversões do
período, quando tenha decorrido mais do que um exercício
desde a data da sua constituição.

Exemplo Ilustrativo 11:

A empresa “DELTA, Lda.”, que se dedica-se à comercialização


da mercadoria “M1” e utiliza o sistema de inventário periódico,
tinha em armazém, em 31/12/N, 15.000 unidades de
mercadorias avaliadas em 1.500.000,00.

▪ Na data em referência, a empresa ofereceu 5


unidades de mercadoria ao cliente G. Gomes, como
amostra.
▪ Durante o inventário anual, por motivo do encerramento das
contas, detectou-se que a mercadoria
56
em stock havia perdido o seu valor comercial (de mercado) em
1%.
Pretende-se:
a) Lançamentos das operações
descritas no diário da
empresa.
b) Apresente correctamente o
saldo da conta 2.2.
Resolução:

Local, 31/12/N

1) 6.8.9.3 - Outros custos e perdas oper

a 2.8- Regularização dos inventários


P/ Quebras normais 15.000,00

2) 6.4.1 – Ajustamentos do período

a 2.9- Reajustamento de inventários


P/ reajustamento de inventários 15.000,00
(1.500.000*1%=15.000,00)

3) 2.8- Regularização dos inventários

a 2.2- Mercadorias
P/ regularização dos inventários
(31/12/N) 15.000,00

Total 45.000,00

57
Perguntas de Controlo

1. Defina os seguintes elementos:


a) Inventários
b) Activos biológicos

2. Caracterize os sistemas de inventário


3. Compare o critério FIFO e o LIFO, quanto aos valores do
custo e inventário final apurados.
4. O que o é justo valor?

Actividades

1. A Empresa Comercial de Lichinga, Lda. (ECOLICHY, Lda.),


dedicase à comercialização de uma única mercadoria ʺM1ʺ, cujas
transacções estão isentas de IVA.

Do balancete relativo ao mês de Abril de N, recolheram-se as


seguintes informações:

• Valor acumulado dos débitos 2.2 ……8.336.020,00


• Valor acumulado dos créditos 2.2 …..7.373.520,00

As existências em armazém correspondem a 175 unidades de M1


todas pertencentes ao mesmo lote de compras.

O movimento do mês de Maio de N, foi o seguinte:


▪ Compra a crédito de 120 unidades de M1, ao preço
unitário de 6.500,00.
58
▪ Compra de 80 unidades de M1, nas seguintes condições:
- Preço de aquisição: 6.000,00/cada;
- Pagamento a pronto, com desconto
extra factura de 3%.
- Transporte e seguros por conta da
ECOLICHY, Lda., num total de
56.000,00.
▪ Devolução de 20 unidades relativas á compra efectuada
em 1). O fornecedor aceitou a devolução e foi enviada a
respectiva nota de crédito.
▪ Oferta de 10 unidades de M1 ao cliente C.
▪ Venda de 120 unidades de M1, ao preço unitário de
8.300,00.
▪ Venda de 95 unidades nas seguintes condições:
- Preço de
venda.....................8.750,00/cada.
- Concessão de uma margem de
comercialização, extra-factura, de
10% sobre o preço de venda.

- Recebimento a pronto pagamento,


com desconto de 2%, sobre o preço
de venda.
- Quebra acidental de 15 unidades de
M1.

Pedidos:
a) Elabore a ficha de armazém relativa à mercadoria M1,
utilizando como critério de valorimetria das saídas o LIFO.
b) Registe no Razão as operações descritas, supondo que:

• As existências coincidem com as


determinadas na ficha de armazém;

• A empresa procede ao
apuramento do C.I.V.C.
mensalmente.
• A empresa utiliza o Sistema de Inventário
Intermitente.
59
c) Elabore a ficha de armazém utilizando o critério FIFO
e Custo Médio Ponderado.
d) Registe as operações no Razão, supondo agora que a
empresa utiliza o Sistema de Inventário Permanente e
o critério FIFO.

2. A empresa ALFA, Lda. escritura as saídas das mercadorias


pelo processo de inventário permanente, estabelecido por
meio de etiquetas que coloca nos produtos em armazém.
As existências em 31/12/N tinham sido inventariadas em
286.300,00.

Durante o mês de Janeiro/N+1, a empresa efectuou as


seguintes compras a prazo:
▪ ABC........................................ ▪ 372.600,00
+ 17%
▪ XYZ.........................................
▪ 104.200,00
+ 17% IVA

Neste mesmo mês, a empresa efectuou as seguintes vendas:


• BETA................................................ 180.600,00
+ 17% IVA
• DELTA................................................ 286.500,00
+ 17% IVA

O custo das mercadorias vendidas, apurado pelas etiquetas destacadas


dos produtos vendidos, foi o seguinte:
▪ ABC................................................ 150.600,00
▪ XYZ................................................ 238.700,00

Pedidos:
a) Registe, no Razão "T", os movimentos que
achar necessários.
b) Apuramento do valor das existências em armazém no fim do
mês de Janeiro.
c) Cálculo do Resultado Bruto das Vendas de Janeiro.

60
3. A empresa LINDASTAR, Lda., é uma empresa cuja actividade
consiste na comercialização do produto “PX”, com sede na
Maxixe.
Com base no quadro seguinte, referente ao ano de N, a
empresa chegou à conclusão que o critério LIFO proporciona à
empresa uma margem bruta de vendas superior em
120,00/unidade, comparativamente com o critério FIFO.

Data Descrição Quant. C.U.

01/01/N Existência inicial........................................ 10 430,00

01/07/N Compra....................................................... 5 410,00

20/07/N Devolução de compra................................. 3 410,00

01/10/N Compra....................................................... 20 ?

02/11/N Compra....................................................... 12 440,00

Dispondo ainda da seguinte informação:

• Em 01/08/N, a empresa vendeu a pronto


pagamento 8 unidades a 550,00 / cada
(IVA à taxa de 17%), para cliente C1.

• Em 02/12/N, a empresa vendeu a crédito


12 unidades a 580,00 / cada (IVA à taxa
de 17%), para cliente C4.

Pede-se:
a) O custo unitário da compra efectuada em 01/10/N.
b) Contabilize, no razão esquemático “T”, utilizando o
Sistema de Inventário Permanente e o critério de
valorimetria de saída FIFO, os movimentos referentes
às vendas atrás discriminadas (dias 01/08/N e
02/12/N) e ainda a compra de 01/10/N e a
devolução de 20/07/N.

4. A empresa Pemba, Trading, Lda., comercializa os produtos A


e B, procedendo à
61
comercialização em Sistema de Inventário Permanente.
Relativamente ao mês de Maio de N, conhecemse as
seguintes informações:
PRODUTO A PRODUTO B

Descritivo P.U. Q Descritivo P.U. Q

Existência Inicial 7.000,00 1.000 Compras 10.000,00 800


13.000,00 1.000 Devol. Compras 50
Venda
8.000,00 900 Venda 12.000,00 1.000
Compra
5% Devol. Vendas 100
N
Desc. Financ. o 100 Desc. Comerc. concedido sobre 900
Obtido
12.500,00 200 unid. 3%
t
Devol. Compras a 50 Quebras normais 10
Vendas
Existência Final 340
s
Quebra anormal

Importantes:
▪ Valor das existências finais A+B = 7.800.000,00
▪ Valor das existências iniciais A+B = 11.000.000,00

Pedidos:
a) Contabilize no razão esquemático "T" as operações
relativas ao Produto A.
b) Qual o sistema de custeio das saídas utilizado
relativamente ao produto B? Justifique devidamente a sua
resposta.
Apure o Resultado Bruto das Vendas.

62
Resumo

Em geral nste Tema, estudamos e discutimos fundamentalmente


os seguintes aspectos:
▪ Conceitos Básicos sobre as Contas da Classe II- Inventários e Activos
Biológicos;
▪ Principais Contas e Divisionárias da Classe II- Inventários e Activos
Biológicos;
▪ Contabilização de transacções que afectam as contas da Classe II-
Inventários e Activos Biológicos;
▪ Operações financeiras relacionadas com II- Inventários e Activos
Biológicos;
▪ Sistemas e critérios de custeio e valorização dos stocks à saída do
armazém;
▪ Apuramento e contabilização de inventários; e
▪ Reajustamentos e regularização de inventários em armazém.

UNIDADE TEMATICA: Estudo das Contas da Classe III – Investimentos de Capital

Classe III - Investimentos De Capital

Introdução

Neste tema,vamos desenvolver conceitos, generalidades e contas


divisorias.

▪ Vamos ainda abordar sobre:


▪ Conta 3.1-Investimentos Financeiros;
▪ Conta 3.2-Activos Tangíveis, Intangíveis e Imparidade;
▪ Conta 3.8- Amortizações Acumuladas;
▪ Exercícios Integrados das Unidades Temáticas.

No final deste tema, o estudante deve ser capaz de:

▪ Definir: As contas da classe dos Investimentos de


Capital;
▪ Saber: Fazer o enquadramento legal das
contas Investimentos de Capital;
▪ Saber: O movimento geral das contas de Investimentos Específicos
de Capital; e

63
▪ Classificar: As principais contas da
classe de Investimentos de Capital;
▪ Definir: Os Investimentos Financeiros;
▪ Classificar: Os Investimentos Financeiros de acordo a %
de participacao;
▪ Contabilizar: Os Investimentos Financeiros;
▪ Calcular e Contabilizar: Os juros e dividendos associados
aos
▪ Investimentos Financeiros; e
▪ Definir: Os Activos tangíveis, Intangíveis, amortizações e
imparidade;
▪ Contabilizar: As principais operações com activos
tangíveis, intangiveis e imparidade;
▪ Calcular e Contabilizar: As amortizações e
reintegrações dos activos tangíveis e Intangíveis .

Noções Gerais e Conceitos sobre Investimentos de Capital


▪ São bens patrimoniais activos, financeiros, corpóreos ou
incorpóreos, que a empresa utiliza como meios para a
realização dos seus objectivos, e cujo o carácter de
permanência implica uma utilização superior a um ano.

▪ Valorimetria dos Investimentos de Capital: registam-


se pelo custo de aquisição ou produção, de acordo com
os critérios definidos. No caso de terem vida útil
limitada são objecto de amortizações.

Os activos corpóreos e incorpóreos podem ser


reavaliados, nos termos da lei.

▪ Os investimentos financeiros em partes de capital de


filiais e associadas podem registar-se pelo método do
custo ou da equivalência patrimonial.

Principais Contas da Classe de Investimentos de Capital

64
▪ Investimentos financeiros
▪ Activos tangíveis
▪ Activos intangíveis
▪ Investimentos em curso
▪ Activos não correntes detidos para venda
▪ Activos tangíveis de investimento
▪ Amortizações acumuladas
▪ Imparidade acumulada de
investimentos de capital
▪ Devido à frequência da sua
utilização na empresa, iremos
aprofundar o estudo das
contas 3.1, 3.2, 3.8 e 3.9.

Atenção: Isto não quer dizer que as restantes contas sejam


menos importantes, por isso, o estudante deverá estudá-las,
lendo, para o efeito, o PGC e manuais de Contabilidade
Financeira.

Esquema de Movimentação Genérica das Contas da Classe III-


Investimentos de Capital

De acordo com o PCG em vigor, as contas 3.1, 3.2.1 e 3.3,


debitam-se por contrapartida das contas 1.1- Caixa ou 1.2 -
Bancos, se a aquisição for apronto pagamento ou 4.6.1-
Fornecedores de investimentos de capital se a aquisição for a
prazo.

Debitam-se, ainda, pela transferência da conta 3.4-


Investimentos em curso. Creditam-se pela sua venda ou pela
indemnização recebida por sinistros, nas contas 7.6.3.1-
Ganhos em investimentos de capital no caso de alienações ou
7.6.3.2– Ganhos em investimentos de capital no caso de
sinistros, se o resultado for positivo, ou na conta 6.8.3.1- Perdas
em investimentos de capital no caso de alienações ou 6.8.3.3-
Perdas em investimentos de capital no caso de sinistros, se o
resultado for negativo.

No caso de abate, creditam-se por contrapartida da conta


3.8.2- Amortizações e se as contas não ficarem saldadas, será
o mesmo transferido para 6.8.3.2- Perdas em investimentos de
capital.
65
Conceito de Investimento Financeiro

Conforme o PGC, os Investimentos Financeiros compreendem


as aplicações financeiras de carácter permanente, e os
investimentos em imóveis urbanos ou rústicos que não estejam
afectos à actividade operacional da empresa.

Um investimento financeiro é um activo detido por uma


empresa investidora para aumento da sua riqueza através da
distribuição tal como, de dividendos, juros, royalties, para a
valorização do capital ou para a obtenção de outros
benefícios, tais como os obtidos através das relações
comerciais (Costa e Alves, 2008).
Para efeitos da NCRF 25, “…um instrumento financeiro é
qualquer contrato (representado por título) que dá origem a um
activo financeiro de uma entidade e a um passivo financeiro ou
instrumento de capital próprio de uma outra entidade”.

Divisionárias da Conta 3.1- Investimentos Financeiros


- 3.1.1 Investimentos em subsidiárias
- 3.1.2 Investimentos em associadas
- 3.1.3 Investimentos em entidades conjuntamente
controladas
- 3.1.4 Outros investimentos financeiros
- 3.1.5 Investimentos detidos até à maturidade
- 3.1.6 Outros investimentos disponíveis para venda

Classificação dos Investimentos Financeiros de


Acordo à Percentagem de Participação e Controlo
O poder que deriva dos direitos de voto pode conduzir a quatro
tipos de situações, nomeadamente:
▪ Controlo exclusivo– onde a sociedade dominante tem mais de
50% dos direitos de voto da sociedade filial, detidos através da

66
participação financeira, por acordos com outros accionistas ou
por contrato;

▪ Controlo conjunto– quando o poder de decisão é partilhado com


outras sociedades, resultante de não haver nenhum grupo
maioritário ou por acordo;

▪ Influência significativa– quando a sociedade pode exercer algum


poder sobre a sociedade participada, sem contudo ser
dominante. Existe a presunção que tal aconteça quando essa
participação é superior a 20% e inferior a 50%;

▪ Simples participação– quando a percentagem detida é


inferior a 20%, presumindo-se que não existe qualquer
influência sobre a sociedade participada decorrente
dessa participação e de outros factos que originem
influência, designadamente os contratos referidos
anteriormente.

A percentagem de interesse resulta dos direitos das


participações detidas de forma directa e de forma indirecta,
sendo estas obtidas pelo processo da multiplicação sucessiva
das percentagens de participação em cada um dos níveis.
Havendo participações detidas de forma directa e indirecta, a
percentagem de participação efectiva resulta da soma das
percentagens das participações.

Principais Operações e Métodos9 de Contabilização

Para a contabilização dos investimentos financeiros, temos que


destacar as principais operações relacionadas com este tipo
de investimentos:
a) Subscrição das participações - Compromisso de compra

9
Vamos abordar o método de custo. No entanto, a partir de
participações com influência significativa (P>20%), podemos
utilizar o Método de Equivalência Patrimonial (MEP).

67
Local, ...../...../N
1) 3.1- Investimentos financeiros
3.1.X- ....(Subconta apropriada)
a 4.6- Outros credores
4.6.4- Credores por subscrição
não
realizada
P/ Subscri
ção XXX

b) Realização da subscrição - Entrega do objecto de subscrição

Local, ...../...../N
1) 4.6- Outros credores
4.6.4- Credores por subscrição não
realizada

a 1.2.- Bancos
1.2.1- Depósitos à ordem
P/ Realização XXX

Nota: Nalguns tipos de sociedades (p.e, por quotas, a realização


pode ser em bens).

c) Alienação da participação financeira- Venda da participação


financeira

Local, ...../...../N
1) 1.2.- Bancos
1.2.1- Depósitos à ordem
a 3.1.- Investimentos financeiros
3.1X-....(subconta apropriada)
P/ Alienação das partes de XXX
capital

68
d) Recebimento de dividendos
Local, ...../...../N

1) 1.2.- Bancos
1.2.1- Depósitos à ordem

a 7.8- Rendimentos e ganhos financeiros


7.8.3 Rendimentos de investimentos
financeiros)
P/ Dividendos ganhos XXX

Na alienação dos investimentos financeiros, pode haver ganhos


ou perdas, os quais classificar-se-ão na componente financeira.

Exemplo ilustrativo 12:

Com o objecto de manter, a sociedade ʺM, Ldªʺ, subscreveu e realizou


(pagamento por cheque), em 2 de Janeiro de N, um lote de 10.000
acções ordinárias da sociedade ʺF,SAʺ ao preço unitário de
100,00/cada, valor nominal. A sociedade ʺF,SAʺ tem um capital social
de 5.000.000,00, representado por 50.000 acções. Em 30 de Abril de
N+1, recebeu em dividendos 5% do investimento. Em 30 de Junho de
N+1, vendeu 1.000 acções a 150,00/cada.

Pretende-se:
a) a contabilização dos factos patrimoniais ocorridos.

Resolução

Local, 02/01/N
1) 3.1- Investimentos financeiros
3.1.3- Investimentos em
associadas10

10
% de participação/controlo=1.000.000/5.000.000=20%

69
a 4.6- Outros credores
4.6.4- Credores por subsc. não
realizada
1.000.000,00
P/ Subscrição
02/01/N
2) 4.6- Outros credores
4.6.4- Credores por subsc. não
realizada
a 1.2.- Bancos
1.2.1- Depósitos à ordem
P/ Realização 1.000.000,00

30/04/N+1
3) 1.2.- Bancos
1.2.1- Depósitos à ordem
a 7.8- Rendimentos e ganhos
financeiros 7.8.3 Rendimentos
de investimentos financeiros)
P/ Dividendos auferidos 50.000,00

30/06/N+1
4) 1.2.- Bancos
1.2.1- Depósitos à ordem
a Diversos 15.000,00
P/ alienação das partes de
capital
3.1- Investimentos financeiros
100.000,00
3.1.3- Investimentos em
associadas
7.8.9 Outros rend. e ganhos 50.000,00 150.000,00
financeiros
Total 2.215.000,00

70
Estudo Das contas:

3.2- Activos Tangíveis,

3.3- Activos Intangíveis,

3.8 Amortizações Acumuladas e

3.9- Imparidades

Conceitos Fundamentais
▪ Activos Tangíveis– são os bens "palpáveis",
isto é, com expressão física, compreendendo
entre outros, os terrenos e recursos naturais, os
edifícios e construções afectas à exploração,
as máquinas e equipamentos básicos, os
equipamentos de transporte ou rolantes,
ferramentas e utensílios e equipamentos
administrativos.

▪ Activos Intangíveis– são aqueles que não têm


existência fisica. Com exemplo:os direitos de
exploração de serviços publicos mediante a
consseção ou permissão do poder publico,
marcas e patentes, software e o fundo do
comercio adquirido.

71
▪ Imparidade- É quando a sua quantia
recuperàvel é inferior à quantia escriturada, o
valor que o bem vale é inferior ao valor de
venda do bem., sendo que esta corresponde
ao maior dos seguintes valores entre o JUSTO
VALOR menos custos de vender e o VALOR DE
USO11.

▪ Amortização dos Activos Fixos – Consiste na


alocação sistematica do valor amortizavel do
activo ao longo da sua vida útil, ou seja, o
reconhecimento de perda do valor do activo
ao longo do tempo.

Deste modo, a amortização entende-se que “…é


a imputação sistemática da quantia depreciável
de um activo durante a sua vida útil.” ( NCRF 13
do PGC).

Poder-se-á determinar a quota de amortização


tendo em conta a vida útil do activo, o seu valor
de aquisição e o seu valor residual (caso o tenha).

O método mais conhecido e aplicado pela sua


simplicidade é o método das Quotas
Constantes, ou seja, a quota de amortização
vai-se manter estável ao longo da vida útil do
activo.

Tratamento Contabilístico dos Activos Tangíveis e Intangíveis

Amort. acti. fixos = Valor de aquisição do bem / vida util do bem

11
Veja os conceitos de Justo Valor e Valor e Uso no glossário desses termos
do PGC.

72
lançamentos contabilísticos
Ora vejamos, a seguir o esquema de contabilização das principais
operações relacionadas com as contas 3.2, 33, 3.8 e 3.9:

a) Aquisição do Activo Fixo a Título Oneroso (Compra):


Local, …./…./N

1) 32/2/3X-Activos tang/Intangíveis

A 1.1/2-Disponib. ou 46-Outros credores

P/ aquisição do activo “A” XXX

b) Aquisição do Activo Fixo a Gratuito (Doação):

Local, …./…./N
1) 32 /2/3X -Activos tang/Intangíveis
A 589 - Outras variações do capital próprio
P/ aquisiç ão do activo “A”

Construído pela Própria Entidade

Local, …./…./N

1) 32/3X -Activos tang/Intangíveis

A 7.3 -Investimentos realizados p/ própria


empresa

P/ conclus ão da obra X

d) Grandes Reparações/ Substituições/Adiç ões

Local, …./…./N
1) 32/3X-Activos tang/Intangíveis
A 1.1/2- disponib. ou 46- Outros
credores
P/ reparação do activo “A” XXX

e) Pequenas Reparações/ Manutenções correntes

73
Local, …./…./N

1) 6.3X-Fornecimentos e serviços de
terceiros
A 1.1/2- disponib. ou 46- Outros
credores
P/ reparação do activo “A” XXX

f) Reavaliação do Activo Fixo


Em alternativa ao Modelo de Custo Histórico, a
empresa pode optar pela utilização do Modelo de
Revalorização, o qual consiste na revisão dos valores
do activo fixo e eventuais imparidades e amortizações
acumuladas.

Quando assim for, teremos os seguintes lançamentos no


diário da empresa:
Local, …./…./N
1) 32/3X-Activos tangíveis/Intangíveis
A 5.6- Excesso de reavaliação de
activos
P/ reavaliação do activo “A” XXX

g) Pelas Amortizações Periódicas dos Activos Fixos

Local, …./…./N
1) 6.5- Amortização do exercício

h) Pelas Perdas por Imparidade

Local, …./… ./N

1) 6.4 - Perda por imparidade

A 3.9 - Imparidades acumuladas

P/ imparidade exercício N XXX

74
i) Pelo Abate/Alienação dos Activos Fixos
O abate ou alienação pressupõe dar baixa o activo
fixo e as eventuais amortizações e imparidades
acumuladas dos registos da empresa,
independentemente de ser ou não com a venda do
mesmo.

Agora, se o activo for vendido, esta venda por originar ganhos


ou perdas em alienação, dependendo se o valor a receber for
superior ou não ao valor liquido do activo (diferença entre o
custo, amortizações e imparidades acumuladas).

Local, …./…./N
1) Diversos
A 3.2/3X-Activos tangíveis/Intangíveis
P/ imparidade exercício N XXX

Exercícios Ilustrativo 13:

Considere os seguintes factos patrimoniais relativos aos activos


fixos tangíveis e intangíveis da empresa BETA, Lda., durante o
exercício N:
▪ Compra de uma viatura, à Só-Automóveis, Lda., para
a distribuição de mercadorias, no valor de
1.600.000,00, tendo pago imediatamente 50% por
cheque e o remanescente a pagar em 60 dias, factura
n° 7658.
▪ Grandes reparações ao armazém da empresa,
trabalho realizado pela Construtora do Norte, Lda., no
valor de 1.200.000,00+17% IVA a pagar em 30 dias,
conforme a factura n° 92103.
▪ Deu-se por concluída a construção de um edifício para
escritório da empresa, no valor de 2.800.000,00, o
qual vinha sendo construído pela empresa com recursos
próprios.

75
▪ Um camião, avaliado em 3.000.000,00, foi reavaliado
em alta em 1.200.000,00.
▪ Foi realizado um teste de imparidade à uma viatura
avaliada em 1.500.000,00. O relatório do perito
avaliador indica que o valor recuperável da referida
viatura é de 950.000,00.
▪ A conta 3.2.2- equipamentos básicos, tem um saldo de
3.200.000,00. A vida útil destes activos está estimada
em 5 anos. A empresa utiliza o método de quotas
constantes para a amortização deste tipo de activos.
Calcular e registar a amortização anual.
▪ Alienação de uma camioneta por 500.000,00. O custo
da viatura é de 750.000,00 e a amortização
acumulada de 400.000,00. Valor a receber em 30
dias.

Pedidos:
a) Contabiliza no diário da empresa, os factos
patrimoniais descritos anteriormente.
b) Construa o mapa de amortizações e reintegrações dos
equipamentos básicos (n°6).

Resolução:
a) Lancamento no diario
Local, 31/12/N

3.2- Activos tangíveis


3.2.4- equipamento de
transporte
1) a Diversos

P/compra de uma
viatura
1.2-Bancos
1.2.1 Depostos a ordem
a 800.000,00
a 4.6 Outros credores

76
4.6.1 Fornecedores de 800.000,00 1.600.000,00
invest. de capital
2 Diversos

a 4.6- Outros credores

4.6.1- Fornecedores de
invest de capital
P/ grandes reparações
realizadas
3.2- Activos tangíveis

3.2.1- Construções 1.200.000,00

4.4- Estado

4.4.3.2- IVA dedutível 204.000,00 1.404.000,00

3) 3.2- Activos tangíveis

3.2.1- Construções

a 7.3- Invest. realizados


p/ própria entidade
P/ conclusão da obra 2,800.000,00
do armazém
4) 3.2- Activos tangíveis

3.2.4- equipamento de
transporte
a 5.6- Excesso de
avaliação
P/ reavaliação do 1,200,000,00
camião
5) 6.4- Perda por
imparidade
a 3.9- Imparidade
acumulada
P/ imparidade 550.000,0012

6) 6.5- Amortização do
exercício
a 3.8-Amortização
acumulada

12
Imparidade= Valor de uso (justo valor ou valor
recuperável)- custo= 950.000-1.500.000= (550.000).
16 Amortiz. anual= (Custo-valor residual)/vida

útil=3.200.000/5=640.000

77
P/ amortização do 640.000,0016
exercício N
7) Diversos

a Diversos

P/ alienação da viatura

3,8- Amortização 400.000,00


acumulada
4.5- Outros devedores

4.5.9- Devedores 500.000,00


diversos
900.000,00
a 3.2.4- Meios de 750.000,00
transporte
a 7.6.3.1-Ganhos em 150.000,00 900.000,00
alienação
Total 9.094.000,00

b) Mapa de amortizações e reintegração


Anos Depreciação Valor Actual
(Final) Anual Acumulada (Contabilístico)

N 640 000.00 640 000 2.560.000

N+1 640 000.00 1.280.000 1.920.000

N+2 640 000.00 1.920.000 1.280.000

N+3 640 000.00 2.560.000 640.000

N+4 640 000.00 3.200.000 0,00

Total 3.200.000

78
Perguntas de Controlo

1. O que são investimentos financeiros?


2. Quais são as principais contas que integram a classe III?
3. Explique os principais métodos de amortização de activos tangíveis.
4. Compare o modelo de custo do da revalorização.
5. O que é uma imparidade?

Actividades

1. A sociedade ʺALFA, Ldªʺ adquiriu em 25 de Janeiro de


20X5, 60.000 acções (Valor nominal de100/cada) da
sociedade ʺBETA, SAʺ pela quantia de 6.000.000 As
acções foram adquiridas por 100,00/cada e pagas
totalmente no acto da subscrição. Em 31 de Janeiro de
20x6 a ALFA recebeu 120.000, de dividendos. Em 23 de
Julho de 20X6, alienaramse 20.000 acções por um valor
total de 1.000.000.Todos os recebimentos e pagamentos
através de bancos.

Pretende-se:
a) O registo respeitante aos factos
patrimoniais ocorridos.

2. A sociedade ʺMEGAʺ adquiriu em 12 de Julho/N, na


Bolsa de Valores de Moçambique, através do Banco
ʺBAUʺ, 40.000 acções da BETA por 400.000.0. Os
capitais próprios da associada, à data de aquisição,
representavam a diferença
79
dos justos valores dos activos e passivos. O valor
nominal das acções é 1.0.
Capital social.......................................400.000.0
Reservas .............................................. 15.000.0
Resultados transitados..........................35.000.0
Total Capitais Próprios ................... 450.000.0

Pretende-se:
a) os registos contabilísticos necessários
______________________________________

Resumo

Em geral, nesta unidade, estudamos e discutimos


fundamentalmente os seguintes aspectos:
▪ Conceitos Básicos sobre as Contas da
Classe III- Investimentos de Capital;
▪ Principais Contas e Divisionárias da Classe
III- Investimentos de Capital;
▪ Contabilização de transacções que
afectam as contas da Classe III-
Investimentos de Capital;
▪ Operações financeiras relacionadas com
as contas da Classe III- Investimentos de
Capital; e
▪ Cálculo e contabilizações das
amortizações e reintegrações.

80
UNIDADE TEMATIVA IV: Estudo das contas da classe IV – Contas a receber, contas a
pagar, acrescimos e deferimentos

Introdução das Contas da Classe IV

▪ Conceitos e Generalidades. Contas Divisionárias

Introdução

Neste tema, vamos desenvolver sobre:

▪ Conta 4.1-Contas a Receber;


▪ Conta 4.2-Contas a Pagar;
▪ Conta 4.3- Empréstimos Obtidos;
▪ Conta 4.4- Estado;
▪ Conta 4.9- Acréscimos e Diferimentos;

Ao terminar esta unidade tematica, o estudante deverá ser capaz de:

Definir: As contas da classe de terceiros (classe IV);


▪ Saber: Fazer o enquadramento legal e fiscal das contas
de terceiros;
▪ Saber: O movimento genérico das contas da classe IV;
▪ Classificar: As principais contas da classe IV;
▪ Definir: A conta de clientes;
▪ Classificar: As dividas com os clientes;
▪ Contabilizar: As operações com clientes;
▪ Definir: A conta de fornecedores;
▪ Classificar: As dívidas com os fornecedores;
▪ Contabilizar: As operações com fornecedores;

81
Considerações e Conceitos Gerais

Conforme o PGC, as contas da classe IV podem ser repartidas em dois


grandes grupos :

▪ Contas de terceiros que registam todas as dívidas a


receber (activas) e as pagar pela empresa (dívidas
passivas)

▪ Contas de acréscimos e diferimentos onde se


movimentam despesas e receitas verificadas no
exercício económico, que correspondem a custos e
rendimentos do exercício económico seguinte.

Principais Contas da Classe IV (1º grau)


4.1 Clientes
4.2 Fornecedores
4.3 Empréstimos obtidos
4.4 Estado
4.5 Outros devedores
4.6 Outros credores
4.7 Ajustamentos de contas a receber
4.8 Provisões
4.9. Acréscimos e diferimentos

Conta 4.1 Clientes-Generalidades

Consideram-se clientes todos os compradores (a pronto


tanto a crédito) de bens produzidos e vendidos ou
serviços prestados pela Empresa.

Assim, esta conta regista os movimentos com os compradores de


mercadorias, de produtos e de serviços.

Contabilisticamente, debita-se pelos aumentos das dívidas a


receber e credita-se pelas suas diminuições.

Desdobramento da Conta 4.1-Clientes Esta conta desdobra-se em :

82
Conta 4.1.1- Clientes c/c

Que regista todo o movimento corrente efectuado pela empresa


com os seus clientes.

Debita-se pelos aumentos das dívidas correntes dos clientes,


credita-se pelas diminuições das mesmas.

Conta 4.1.2. Clientes – Títulos a receber

Inclui as dívidas de clientes que estejam representadas


por títulos ainda não vencidos, por exemplo letras.

Conta 4.1.8. Clientes de cobrança duvidosa

Para esta conta devem ser transferidas as dívidas de


clientes cuja cobrança se apresenta duvidosa, quer
estejam ou não em litígio com a empresa.

Conta 4.1.9. Adiantamentos de clientes

Esta conta regista as entregas feitas à empresa que


sejam relativas a fornecimentos a efectuar a terceiros,
cujo preço não esteja previamente fixado. Pela emissão
da factura, estas verbas serão transferidas para as
respectivas contas na rubrica 4.1.1.Clientes c/c.

Movimentos Contabilísticos das Operações com a


Conta 4.1-Clientes

Pelas vendas/prestação de serviços a prazo:


Pela facturação, debita-se a 4.1.1- Clientes, c/c por
contrapartida de 4.4.3.3-IVA liquidado (se forem
vendas/prestação de serviços sujeitas) e 7.1- vendas ou
7.2-prestação de serviços.
Esquematicamente temos:

83
Local, ...../...../N
4.1- Clientes
4.1.1- Clientes, c/c
1) Diversos
a P/factura xxx
4.4.3 IVA E
4.4.3.3- IVA liquidado
XXX
a m
a 7.1/2 Vendas/Prestação de serviços i XXX XXX

Emissão de Títulos a Receber

Pela emissão de títulos a receber, p.e, letras, debita-se


a 4.1.2- clientes-títulos a receber e credita-se 4.1.1-
clientes, c/c.

Note-se que, geralmente, os títulos substituem as facturas vencidas


e não pagas e incluem juros.

Esquematicamente teríamos o seguinte movimento no diário:

Local, ...../...../N

4.1- Clientes
4.1.2- Clientes-Títulos a receber
1) a 4.1- Clientes
4.1.1-Clientes, c/c
P/ emissão de título X XXX

▪ Pelas Dívidas de Cobrança Duvidosa


As dívidas de cobrança duvidosa resultam de várias
situações, sendo as mais importantes as seguintes: atraso
de pagamento, morte do cliente, acção no tribunal
contra o cliente que possa conduzi-lo falência, etc.

84
Esquema de movimentação:

Local, ...../...../N

1.1/2 - Disponibilidades
a 4.1 Clientes
E
1) 4.1.9 - Adiantamento de clientes
x
P/ adiantamento do cliente C1 XXX
e
Normalmente, esta conta debita-se por contrapartida de
4.1.1- clientes, c/c, pelo montante das dívidas cujo recebimento
se mostre duvidoso.

Esquematicamente:

Local, ...../...../N

4.1- Clientes
4.1.8- Clientes- de cobrança
duvidosa

1) a 4.1- Clientes

4.1.1-Clientes, c/c
XXX
P/ clientes de cobrança
duvidosa

▪ Adiantamento de Clientes
Como já nos referimos atrás, esta conta regista as
entregas (de valores) feitas à empresa que sejam
relativas a fornecimentos a efectuar a terceiros, cujo
preço não esteja previamente fixado. Pela emissão da
factura, estas verbas serão transferidas para as
respectivas contas na rubrica 4.1.1.Clientes c/c.

Exemplo Ilustrativo 14:

85
Para elucidar a contabilização das operações com clientes,
consideremos as seguintes transacções realizadas pela
empresa ALFA, Lda., durante o mês de Fevereiro de N:

1. Vendemos ao cliente C1, mercadorias no


valor de
200.000,00+17% IVA, conforme n/ factura 112.

2. Pelas facturas 89, 94 e 104, vencidas, o cliente C5 aceita


letra L18, a 30 dias, no valor total de 430.000,00.
3. O saldo do cliente C11, 327.000,00, está em mora há mais
de 6 meses e o mostra-se incapaz de pagar a divida.
4. Recebemos do n/cliente C2, 600.000,00, por conta de
fornecimentos feitos sem preço fixado.
5. Enviamos a factura 172, ao cliente C2, pela operação
anterior. Pretende-se:
a) Lançamentos no diário da empresa inerentes as operações
acima descritas.

Resolução:

Local, 28/02/N

1) 4. 1-Clientes
4.1.1-Clientes, c/c
a Diversos
P/ factura 112
4.4.3.3- IVA liquidado 34.000,00

7.1- Vendas 200.000,00 234.000,00

86
2) 4. 1-Clientes
4.1.2-Clientes-Titulos a receber
a 4. 1-Clientes
4.1.1-Clientes, c/c
P/ letra L18 430.000,00

3) 4. 1-Clientes
4.1.8-Clientes de cobrança duvidosa
a 4. 1-Clientes
4.1.1-Clientes, c/c
P/ clientes de cobrança duvidosa 327.000,00

4) 1.1- Caixa
a 4. 1-Clientes
4.1.9-Clientes de cobrança duvidosa
P/ adiantamento do cliente C2 600.000,00

5) 4. 1-Clientes
4.1.9-Clientes de cobrança duvidosa
a 7.1- Vendas
P/ factura 172. 600.000,00

Total 2.191.000,00

Estudo da Conta 4.2- Fornecedores

Segundo o PGC, esta conta regista os movimentos com os


vendedores de bens e de serviços, com excepção dos destinados ao
imobilizado. Esta conta engloba todas as dívidas a pagar,
resultantes da compra de bens e serviços utilizados ou consumidos
pela empresa no exercício da sua actividade normal.

Contabilisticamente, é creditada pela sua extensão inicial e pelos


aumentos das dívidas a pagar e debitada pelas diminuições das
mesmas, sendo esta conta aumenta pelos creditos e diminui pelos
creditos.

87
Tal como a conta de clientes, esta conta deve considerar-se uma conta
mista ou bipolar. Esta conta desdobra-se em:
▪ Conta 4.2.1. Fornecedores c/c - Engloba os
creditos correntes a fornecedores, isto é, dívidas
resultantes de aquisições já recepcionadas e
conferidas e que, entretanto, não tenham sido
tituladas por letras.

▪ Conta 4.2.2. Fornecedores – Títulos a pagar-


Inclui as dívidas a fornecedores que se encontram
representadas por letras ou outros títulos de
crédito.

Conta 4.2.9. Adiantamentos a fornecedores

Regista as entregas feitas a empresa com relação a


fornecimentos a efectuar a terceiros, cujo preço não
esteja previamente fixado. Pela recepção da
factura, estas verbas serão transferidas para as
respectivas contas na rubrica 4.2.1. Fornecedores –
Fornecedores c/c.

Tratamento Contabilístico das Operações com Fornecedores

▪ Pelas compras de bens ou serviços de terceiros

Esquematicamente, temos:

Local, ...../...../N

Diversos
a 4.2- Fornecedores
1) a 4.2.1-Fornecedores, c/c
P/Compra de mercadorias,
fact.ʺTTTʺ XXX

88
2.1 compras/2.2- mercadorias13

4.4.3.2IVA dedutível XXX XXX

Pela aceitação de Letras a Pagar, teríamos:


Pela emissão de títulos a receber, p.e, letras, debita-se
a 4.2.1- fornecedores, c/c e credita-se a 4.2.2-
fornecedores- títulos a pagar.

Tal como em clientes, note-se que, geralmente, os títulos substituem


as facturas vencidas e não pagas e incluem juros.

Esquematicamente teríamos o seguinte movimento no diário:

Local, ...../...../N

4.2- fornecedores
4.2.1- Fornecedores , c/c
1) a 4.2- Fornecedores
a 4.2.2-fornecedores- titulos a pagar
P/ emissão de ʺtítulo
ʺ YYY XXX

Pelos Adiantamentos a Fornecedores

13
Preste-se atenção ao Sistema de inventário em uso na empresa.
Se for SII utilizaremos a conta 2.1-compras e se for SIP,
utilizaremos a conta 2.2- Mercadorias.

89
Local,
...../...../N
4. - Fornecedore
2 s
4.1.- Adiantamentos a
9 fornecedores
1 a 1.1/- Caixa ou
) 2 bancos
P/ adiantamento ao fornecedor
ʺʺ F XX
X

Exemplo Ilustrativo 15:

Para demonstrar os lançamentos das principais


operações com fornecedores, vejamos os seguintes
exemplos da empresa Comercial ʺABC, Lda.ʺ,
relativas ao mês de Junho de N. Esta empresa utiliza o
sistema de inventário permanente:

▪ Compra de mercadorias ao fornecedor


ʺF1ʺ, factura n° 7824, no valor de
55.000,00+17% IVA dedutível.

▪ Aceitação da letra ʺL23ʺ, pela factura n°


7824, por 30 dias.

▪ N/Cheque n° 300373, no
valor 160.000,00, pelo
fornecimento feito pelo fornecedor ʺF9ʺ
sem preço fixo.

▪ Factura n°888 do fornecedor ʺF9ʺ, no


valor de 148.500,00, pelo fornecimento
anterior.

Pede-se:

Registos no diário da empresa ABC, Lda., das


operações acima descritas.

90
Local, 30 de Junho de N

Diversos
4.2- Fornecedores, c/c
a
1) a 4.2.1- Fornecedores, c/c
P/ factura n° 7824
2.1- Compras 55.000,00

4.4- Estado
4.4.3.2- IVA dedutível 9.350,00 64.350,00
______x_____

2) 4.2- Fornecedores
4.2.1- Fornecedores, c/c

a 4.2- Fornecedores
4.2.2- Fornecedores, c/c
P/ aceite 64.350,00
_____x_____

3) 4.2- Fornecedores
4.2.1- Fornecedores, c/c

a 1. 2-Bancos
1.2.1-Depósitos a ordem
P/ adiantamento ao fornecedor
ʺF9ʺ
______X_____
4) Diversos

a 4.2- Fornecedores
4.2.9-Adiantamento a
fornecedores 148.500,0014
P/ factura n°888

14
Note-se que a empresa tem um saldo favorável nesta operação de 11.500
(160.000-148.500)

91
Estudo da Conta 4.3- Empréstimos Obtidos
Segundo o PGC, registam-se nesta conta os empréstimos obtidos, com
excepção dos incluídos na conta 4.6.7 – credores-sócios, accionistas ou
proprietário.

Assim, nesta conta registam-se todos os empréstimos contraídos pela


empresa, com excepção dos concedidos pelos accionistas ou sócios.

Movimento Genérico das Subcontas da conta 4.3- Empréstimos


Obtidos
Genericamente, as contas de empréstimos obtidos creditam-se quando
da sua contracção e debitam- se no seu reembolso.

4.3- Principais Subcontas

Engloba as subcontas :
Conta 4.3.1- Empréstimos bancários

Engloba todos os tipos de empréstimos, desde o


não caucionado ao hipotecário

Conta 4.3.2- Empréstimos por obrigações

Engloba os empréstimos titulados por


obrigações

Conta 4.3.3- Empréstimos por títulos de participação

Respeita ao valor nominal dos títulos de


participação subscritos por terceiros

Conta 4.3.9- Outros empréstimos obtidos

Movimentam-se nesta conta todos os


empréstimos contraídos pela empresa, não
contemplados nas contas anteriores ou
contraídos junto dos sócios.

92
Tratamento Contabilístico das Operações com Fornecedores
▪ Pela Contracção do Empréstimo

Esquematicamente, temos:

1.1/2- Caixa ou bancos


4.3- Empréstimos obtidos
a
1) 4.3X-(subconta apropriada)
P/contracção do empréstimo XXX

Local, ...../...../N

▪ Pelos Juros Vencidos/Pagamento de Juros


Esquematicamente teríamos o seguinte movimento no diário:

Local, ...../...../N

6.9- Gastos e Perdas Financeiros


6.9X- (subconta apropriada)

1) a 1.2- Bancos
1.2.1-Depósitos a ordem
P/ Juros devedores XXX

▪ Pelo Reembolso (Devolução) do Empréstimo

93
Local, ...../...../N

4.3- Empréstimos obtidos


4.3X- (Subconta apropriada
)
1) a 1.1/2- Caixa ou bancos
P/ reembolsodo empréstimo XXX

Exemplo ilustrativo 16:


Considere que no dia 2 de Janeiro de N, a sociedade ʺBETA, Lda.ʺ,
contraiu junto do banco ʺMoedas, SAʺ, um empréstimo de curto prazo
no valor de 2.500.000,00, por um ano à uma taxa de juros de 20%
a.a. No dia 31/12/N, procedeu-se o reembolso do principal com os
juros.

Assim, teríamos os seguintes lançamentos no diário desta


empresa:

Local, 02./01./N
1.2- Bancos
1) 1.1/2- Caixa ou bancos
a 4.3-EmpréstimosObtidos
4.3.1- Empréstimos
bancários 4.3.1.1-De
curto prazo 2.500.000,00
P/ Contracção da dívida
bancária
Dia 31/12/N
2) Diversos

94
a 1.2- Bancos
1.1/2- Caixa ou bancos
P/ reembolso
4.3-Empréstimos obtidos
4.3.1- Empréstimos
bancários
2.500.000,00
4.3.1.1-De curto prazo
6. 9-Gastos e perdas
financeiras
6.9.1-Juros suportados 500.000,00 3.000.000,0015
6.9.1.1- Juros bancários

Nota: Este último lançamento pode ser desdobrado em dois,


nomeadamente, de reembolso do principal e de pagamento
de juros.

Estudo da Conta 4.4- estado

Conta 4.4- Estado

Conforme o PGC, nesta conta registam-se


exclusivamente as relações com o Estado, autarquias
locais e outras entidades públicas que tenham
características de impostos e taxas.

Esta conta é creditada pelas dívidas da empresa ao


Estado, Autarquias Locais e Segurança Social, sendo
debitada pelo pagamento dessas dívidas, ou por
pagamentos por conta.

15
Juros=Principal*Taxa*período=2.500.000*20%*=500.000,00

95
Conta 4.4-Estado: Subcontas e Esquema da sua
Movimentação
Esta conta engloba as subcontas:

Conta 4.4.1- Impostos sobre o rendimento


De acordo com o PGC, esta conta é debitada pelos
pagamentos efectuados e pelas retenções na fonte a
que alguns dos rendimentos da empresa estiverem
sujeitos.

No fim do exercício será calculada, com base na


matéria colectável estimada, a quantia do respectivo
imposto, a qual se registará a crédito desta conta por
débito de

8.5 – Imposto sobre o Rendimento do Exercício.

No caso de empresários em nome individual, o valor do


imposto a considerar será apenas o respeitante à
actividade desenvolvida.

Conta 4.4.3- Retenção de impostos sobre rendimentos

Esta conta movimenta a crédito o imposto que tenha sido retido


na fonte relativamente a rendimentos pagos de sujeitos
passivos de IRPC ou de IRPS.
As suas subcontas poderão ainda ser subdivididas atendendo
à natureza dos sujeitos passivos a que respeita a retenção
(IRPC ou IRPS) e às taxas utilizada.

Principais Movimentos:
▪ Pagamento por conta e especial por conta:

96
Local, ..../..../N
1) 4. 4-Estado
4.4.1-Imposto sobre o
rendimento 4.4.1.2/3-Pgto. por
conta/ Especial por conta

a 1. 2-Bancos
1.2.1-Depósitos a ordem
P/ pgto. Por conta/Especial por XXX
conta

▪ Estimativa do Imposto no Final do Exercício:


Local, ..../..../N
8.5-Imposto sobre o rendimento
a 4.4.1-Imposto sobre o
rendimento
4.4.1.1-Estimativa do imposto
XXX
P/ Estimativa do imposto

▪ Retenção do Imposto na Fonte

Local, ..../..../N
4.4.2-Imposto retidos na fonte
a 7.5/6/X- (rendimentos
diversos)
XXX
P/ Impostos retidos na fonte
x

Exemplos ILUSTRATIVOS 17:

Considere que durante o exercício N, a empresa ʺABC, Lda.ʺ,


inserido no regime normal do IR, realizou as seguintes operações:

97
1. Pagou por conta três prestações do IR de

▪ 200.000,00/cada, para um valor total


de 3,600.000,00 (pagamento por
cheque).

▪ Pelo aluguer duma máquina de


terceiros, obteve um rendimento total
de 600.000,00 sujeito a retenção na
fonte de 10%.
▪ O lucro tributável obtido foi de
9.411.200,00. A taxa do ir e de 32%.
Calcule e contabilize a estimativa do IR.

Pede-se:
a) Registo das operações acima
descritas no diário da
empresa em referência.
b) Saldo da conta 4.4-Estado e
comente-o.

Resolução

98
1. Saldo da conta estado
4.4 -ESTADO

1) 3.600.000,00 3) 3.011.584,00

2) 60.000,00

3.660.000,00 3.011.584,00

sd 648.416,00

3.660.000,00 3.660.000 , 00

Comentários:

O estado fica numa situação devedora em relação a


empresa, o que quer dizer que a empresa tem imposto a
recuperar ou a compensar no período seguinte. O saldo
a favor da empresa é de 648.416,00.

99
Conta4.4.3- Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

Esta conta destina-se a registar as situações decorrentes


da aplicação do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (CIVA).

A relevância deste imposto no dia-a-dia das empresas,


recomenda a análise mais detalhada desta conta:

a) Enquadramento do IVA
O Imposto sobre o Valor Acrescentado, (IVA) é um
imposto indirecto ou seja faz parte dos que recaem
sobre o consumo de bens e serviços e não sobre o
rendimento.

A base tributável do IVA, ou seja o valor sobre que


incide a taxa do imposto, é constituída pelo valor das
vendas de bens e serviços constantes da factura ou
documento equivalente, com exclusão dos descontos,
bónus ou abatimentos.

As taxas deste imposto estão fixadas no Código do IVA,


sendo aplicável a que vigora no momento em que o
imposto é devido.
Actualmente a taxa normal em vigor é de17%.

b) Apuramento do IVA
Sendo um imposto plurifásico, todos os intervenientes no
circuito económico são responsáveis, perante o Estado,
na determinação da parcela do imposto total que lhes
cumpre entregar no Tesouro Público.

A determinação desta parcela assenta, basicamente


na dedução ao imposto liquidado nas transmissões de
bens e prestação de serviços do montante do imposto
suportado (e dedutível) nas aquisições de bens e
serviços.

100
c) Obrigações Administrativo- Contabilísticas
As obrigações impostas aos contribuintes dividem-se em
quatro grupos:
▪ Declarativas, (de manifestação única e de
manifestação periódica)
▪ De facturação (emissão de facturas ou documentos
equivalentes)
▪ Contabilísticas (com ou sem contabilidade
organizada)
▪ De pagamento (do IVA apurado)
▪ Contabilização do IVA

Atenção: A contabilidade das empresa deve estar


organizada por forma a possibilitar o conhecimento
claro e inequívoco dos elementos necessários ao cálculo
do imposto, bem como a permitir o seu controlo, o IVA
é um valor acrescido do valor real do bem sendo o
preço do bem mais 17% do mesmo.

Comportando todos os elementos necessários ao


preenchimento das declarações periódicas e anual;
quer isto significar que tem que existir uma ligação
directa entre a relevação contabilística e o conteúdo
das declarações.

Para o efeito, a conta 4.4.3-IVA encontra-se desdobrada


em subcontas do 3º. grau, denominadas como segue:
4.4.3.1 IVA – Suportado

4.4.3.2 IVA – Dedutível

4.4.3.3 IVA - Liquidado

4.4.3.4 IVA – Regularizações

101
4.4.3.5 IVA – Apuramento

4.4.3.6 IVA - Liquidações oficiosas

4.4.3.7 IVA – A pagar

4.4.3.8 IVA – A recuperar

4.4.3.9 IVA –
Reembolsos
pedidos e
com o
conteúdo
específico:

Conta 4.4.3.1 IVA – Suportado

Esta conta, de uso facultativo, é debitada pela


aquisição das existências, imobilizado ou de outros
bens e serviços e credita-se no encerramento das
contas.

Conta 4.4.3.2 IVA- Dedutível

Esta conta é de uso facultativo e credita na venda de


mercadorias e credita no caso de devoluções ou então
no encerramento da mesma.

Conta 4.4.3.3- IVA Liquidado

Esta conta será creditada pelo IVA liquidado das facturas


ou documentos equivalentes emitidos pela empresa, na
generalidade através de 24331. Entretanto, quando
houver lugar à liquidação do IVA por força da afectação
ou da utilização de bens a fins estranhos à empresa, de
transmissões de bens ou de prestações de serviços
gratuitas ou da afectação de bens a sectores isentos
quando relativamente a esses bens tenha havido dedução
de imposto, utilizar-se-á a subconta 4.4.3.3.2.

102
No caso de contabilização das operações sem
discriminação de imposto, esta conta é creditada por
contrapartida das contas onde tiverem sido lançados
os respectivos rendimentos, nomeadamente das contas
7.1 ou 7.2, quando do cálculo do IVA.

Será debitada, para transferência do saldo respeitante


ao período de imposto, por crédito de 4.4.3.5.

Conta 4.4.3.5- IVA Apuramento

Esta conta destina-se a centralizar as operações


registadas em 4.4.3.2, 4.4.3.3 e4.4.3.4, para que o
seu saldo corresponda ao imposto a pagar ou em
crédito, em referência a um determinado período de
imposto.

Será assim debitada pelos saldos devedores de 4.4.3.2


e 4.4.3.4 e creditada pelos saldos credores de 4.4.3.3 e
4.4.3.4.

É ainda debitada pelo saldo devedor de 4.4.5.8,


respeitante ao montante de crédito do imposto
reportado do período anterior sobre o qual não exista
nenhum pedido de reembolso.

Após estes lançamentos o respectivo saldo transfere-se


para Crédito de 4.4.3.7, no caso de ser credor ou de
4.4.3.8, no caso de ser devedor.

Conta 4.4.3.7 IVA – A pagar

Esta conta credita-se pelo montante do imposto a


pagar, com referência a cada período de imposto, por
transferência do saldo credor de 4.4.3.5.

Conta 4.4.3.8 IVA- A recuperar

103
Destina-se a receber, por transferência de 4.4.3.5, o
saldo devedor desta ultima conta, referente a um
determinado período de imposto, representando tal
valor o montante de crédito sobre o Estado no período
em referência. Quando o IVA é a favor da instituição
logo o estado tem que pagar ou então abatese no
proximo IVA a pagar da mesma.
Aquando da remessa da declaração e se for efectuado
qualquer pedido de reembolso, será creditada, Na
parte correspondente a tal pedido, por contrapartida
de 4.4.3.7. O excedente (ou a totalidade do saldo
inicial, se não houver reembolsos pedidos) será de novo
transferido, com referência ao período seguinte, para
débito de 4.4.3.5.

Conta 4.4.3.9 IVA – Reembolsos pedidos

Destina-se a contabilizar os créditos de imposto


relativamente aos quais foi exercido um pedido de
reembolso. É debitada, aquando da solicitação de tal
pedido por contrapartida de 4.4.3.6. É creditada,
quando da decisão da administração fiscal sobre o
pedido de reembolso.

Exemplo Ilustrativo 18 (Contabilização e


Apuramento de IVA):

A empresa ALFA realizou as seguintes operações


relevantes em termos do IVA (em MT), durante o mês de
Outubro de N:

1. Vendas a prazo de mercadorias:


9.800.000,00+17% IVA.

104
2. Compra a prazo: 6.000.000,00+17% IVA.
3. Fornecimentos e serviços de terceiros:
450.000,00+17% IVA.
4. Compra de camioneta para utilização na empresa
(por cheque): 2.100.000,0017% IVA.
5. Importação de mercadoria (a vista):
2.510.000,00+17% IVA.
6. Prestação de serviços de serviços a receber em 30
dias:
1.100.000,00+17%IVA.
7. Devolução em vendas: 250.000,00.
8. Devolução e em compras: 300.000,00.

Pedidos:
a) Calcule o imposto a entregar ou a
recuperar do Estado.
b) Lançamentos de apuramento do
IVA.

Resolução:

a) Imposto a pagar ou a recuperar:


Operação Valor Taxa Débito Crédito

Vendas de 0.17 -
mercadorias 9,800,000.00 1,666,000.00
Compra de 0.17
mercadorias 6,000,000.00 1,020,000.00 -
FST 0.17
450,000.00 76,500.00 -
Compra de 0.17
imobilizado 2,100,000.00 357,000.00 -
Importação de 0.17
mercadorias 2,510,000.00 426,700.00 -
Prestação de serviços 0.17 -
1,100,000.00 187,000.00
Devolução de vendas 0.17
250,000.00 42,500.00 -

105
Devolução de compras 0.17 -
300,000.00 51,000.00
Total
1,922,700.00 1,904,000.00
Diferença (Saldo
Devedor) 18,700.00 16
Total 1,922,700.00
1,922,700.00

b) Lançamentos de apuramento do IVA:


Local, 31/10/N
1) 4.4.3.3- IVA liquidado
a 4.4.3.5-IVA apuramento
P/ Apuramento do IVA 1.904.000,00
____x____
2) 4.4.3.5-IVA apuramento

a 4.4.3.2-IVA dedutível
P/ Apuramento IVA 1.922.700,00
3) _____x____
4.4.38-IVA a recuperar
a 4.4.3.5-IVA apuramento
P/ Apuramento IVA 18.700,00

Total 3.845.400,00

Notas importantes:
a) Na prática, é preciso desdobrar as subcontas do IVA por itens
vendidos ou comprados

Conta 4.9- Acréscimos e Diferimentos


Esta conta destina-se a permitir o registo dos gastos e dos
rendimentos nos exercícios a que respeitam O uso desta conta
tem a ver fundamentalmente com o princípio da especialização
ou do acréscimo.

16
Este valor representa imposto a recuperar por que o IVA suportado é
superior ao IVA liquidado.

106
Esta conta permite-nos assim, atribuir a cada exercício
económico os respectivos consumos e utilizações de bens e
serviços (gastos) e as correspondentes produções de bens e
serviços (rendimentos), independentemente da sua
aquisição/venda e ou do pagamento/recebimento,
respectivamente.

Subdivisões da Conta 4.9

Esta conta é subdividida da seguinte forma:

Contas 4.9.1 – Acréscimo de gastos e 4.9.2 - Rendimentos


diferidos
Estas contas destinam-se a registar os gastos e
os rendimentos nos períodos a que respeitam.
Integram-se nos acréscimos de gastos, os gastos
relativos ao período em curso que apenas serão
pagos e contabilizados como tal nos períodos
seguintes, e em rendimentos diferidos, os
rendimentos contabilizados no período em curso
que digam respeito a períodos seguintes.

Contas 4.9.3 - Acréscimos de rendimentos e 4.9.4 - Gastos


diferidos
Integram-se nos acréscimos de rendimentos os
que sejam relativos ao período em curso, mas
que apenas irão ser recebidos e contabilizados
como tal nos períodos seguintes, e nos gastos
diferidos os que tenham sido contabilizados no
período em curso, mas que digam respeito a
períodos seguintes.

Esquema de Movimentação Contabilística

Segundo o PGC, tendo em conta que os


acréscimos custos e rendimentos dizem respeito
a despesas e receitas que
107
ocorrem em exercícios seguintes estas contas
debitam-se e creditam-se tendo como
contrapartida as contas das contas de gastos e
rendimentos, conforme o caso.

Entretanto, as contas de gastos e rendimentos


diferidos, movimentar-se-ão tendo como
contrapartida, as contas das disponibilidades
(caixa/bancos).

Perguntas de Controlo

1. Para que se destina a conta Conta 4.4.3.5- IVA


Apuramento ?

2. Em caso de contabilização das operações sem


discriminação de imposto, qual será o
lancamento?

Actividades

1. Considere as seguintes transacções referentes à empresa ʺABC,


Lda.ʺ, durante o exercício findo em N:
I. Dia 01/10/N: Juros de
depósito a prazo com
vencimento postecipado
depósito a Prazo = 100

108
000,00, taxa de 15% a.a 17 ,
prazo de 6 meses.
II. Dia 31/12/N: Pagamento da renda de escritórios
referente a Janeiro de N+1, no valor de 35.000,00.
III. Dia 27/12/N: Pagamento por cheque do prémio de
seguros referente a N+1, no valor de 20.000,00.
IV. Dia 30/12/N: Recebimento de cheque no valor de
100.000,00, referente a 50% dos serviços a prestar em
Janeiro/N+1.
V. Processamento da folha de salários de Dezembro/N, a
pagar em Janeiro/N+1, no valor de 187.500,00. Ignore
os abonos e deduções.
Pede-se:
a) Identifique cada operação em acréscimo
ou diferimento de custo/rendimento.
b) Lançamentos contabilísticos
correspondentes.

Resumo

Dum modo geral estudamos Contas de terceiros que registam


todas as dívidas a receber (activas) e as pagar pela empresa
(dívidas passivas) .
Contas de acréscimos e diferimentos onde se movimentam despesas e
receitas verificadas no exercício económico, que correspondem a custos
e rendimentos do exercício económico seguinte.

109
UNIDADE TEMATICA V- Estudo Das Contas Da Classe V: Capital Proprio

Capital proprio

Introdução

Neste tema vamos debrucar sobre:

▪ Conta 5.1-Capital

▪ Conta 5.2-Acções/Quotas Próprias

▪ Conta 5.4- Prémio de Emissão

▪ Conta 5.5-Reservas

▪ Conta 5.9-Resultados transitados

Ao completar esta unidade temática, o estudante deverá ser capaz de:

▪ Definir: As contas da classe de Capitais Próprios


▪ Saber: Fazer o enquadramento legal das contas de
Capitais Próprios;

110
▪ Conhecer: as principais contas e subcontas da classe V;
▪ Saber: O movimento genérico das contas da classe de
Capitais Próprios;
▪ Classificar: As principais contas da classe de Capitais
Próprios.
▪ Saber: Fazer o enquadramento legal das contas de
Capitais Próprios;
▪ Conhecer: O significado prático e legal da conta de
Específicos capital;
▪ Contabilizar: As operações que afectam o capital.

Conceitos e Generalidades

Conforme o PGC, a classe V engloba as contas que


representam os interesses residuais dos proprietários ou sócios
da empresa, ou seja, o capital próprio representa o que resta
após o pagamento de todas as dívidas da empresa com os
recursos que dispõe.

Principais Contas da Classe 5

5.1 Capital
5.2 Acções ou quotas próprias
5.3 Prestações suplementares
5.4 Prémios de emissão de acções ou quotas
5.5 Reservas
5.6 Excedentes de revalorização de activos tangíveis e
intangíveis
5.8 Outras variações no capital próprio
5.9 Resultados transitados

Descrição das Principais Contas


▪ Conta 5.1 – Capital
Conforme o PGC, esta conta utiliza-se nas
diferentes formas jurídicas que as empresas

111
podem adoptar e, no caso das sociedades,
representa o valor nominal das partes sociais
ou das acções/quotas; no domínio estrito dos
comerciantes em nome individual, expressa o
valor que o empresário colocou à disposição
da empresa no início e durante a sua
actividade.

▪ Conta 5.2 – Acções (quotas) próprias


É permitido às sociedades anónimas (por
quotas) adquirir e vender acções (quotas)
próprias. A aquisição de acções (quotas)
próprias corresponde a um decréscimo do
capital próprio, sem todavia implicar redução
do capital pela via de alterações ao contrato
de sociedade. As transacções relativas à venda
de acções (quotas) próprias não afectam, em
caso algum, os resultados da sociedade.

▪ Conta 5.3- Prestações suplementares


As prestações suplementares respeitam a
entradas de dinheiro, como reforço do capital
social, que podem ser exigidas por contrato aos
sócios das sociedades por quotas sem
corresponderem, no entanto, propriamente a um
aumento de capital ou podemos considerar
doações que os socios fazem a sociedade.

As prestações suplementares não se confundem


com suprimentos, que, correspondem a
empréstimos (em dinheiro ou outra coisa fungível)
concedidos pelos sócios à sociedade ficando esta
obrigada a restituir outro tanto do mesmo género
e qualidade; constituem, portanto, parcelas do
passivo. As prestações suplementares são
parcelas do capital próprio
112
da sociedade, ocupando lugar intermédio entre
o capital nominal e as reservas propriamente
ditas.

A restituição das prestações suplementares


depende de deliberação dos sócios e só pode
efectivar-se desde que a situação líquida não
fique inferior à soma do capital e da reserva
legal e o respectivo sócio já tenha liberado a sua
quota.
5.4– Prémios de emissão de acções (quotas)
Deve ser levada à esta conta a diferença entre
os valores de subscrição das acções (quotas)
emitidas e o seu valor nominal. O prémio de
emissão consiste na diferença entre o valor de
subscrição e o valor nominal, que os accionistas
(sócios) tiverem de desembolsar e,
consequentemente entregar à sociedade, para
adquirir as acções (quotas).

• Conta 5.5- Reservas


As reservas são, em regra, instrumentos de reforço dos
capitais próprios das empresas, constituindo a
principal parcela do capital adquirido.

▪ Conta 5.9- Resultados transitados


Esta conta é utilizada para registar os resultados
líquidos e os dividendos antecipados, provenientes
do exercício anterior. Será movimentada
subsequentemente de acordo com a aplicação de
lucros ou a cobertura de prejuízos que for
deliberada, bem como pela diferença entre os
lucros imputáveis às participações nas empresas
filiais ou associadas e os respectivos lucros que lhes
forem atribuídos.

113
Estudo Da Conta 5.1- Capital

Esquema de Movimentação da Conta 5.1-Capital

Segundo o PGC, esta conta credita-se pela


constituição (e reforço) do capital e debita-se
pela sua redução.
Nas empresas em nome individual, a constituição
pressupõe a entrega de recursos ao negócio
(desembolso de dinheiro e/ou afectação de bens)
pelo proprietário.

Exemplo ilustrativo 20:

Por exemplo, consideremos que no dia 02/01/N, o Pedro


Contabilista, destacou os seguintes bens para constituir a sua
empresa de prestação de serviços de consultoria em
contabilidade que ostenta o seu nome:

▪ secretárias: 10.000,00
▪ 03 Cadeiras giratórios: 7.500,00
▪ 01 viatura “turismo”: 500.000,00
▪ Dinheiro em conta bancária: 100.000,00
▪ 01 Computador: 20.000,00
▪ 01 Impressora: 5.000,00

Assim, teríamos o seguinte lançamento inicial no diário desta


empresa:

Local, 02./01/N

114
1) Diversos
a 5.1- Capital
P/ constituição de capital inicial
1.1- Caixa 100.000,00
3.2- Activos tangíveis (discriminar…) 542.500,00 642.500,00

V Total 642.500,00

Resolução:

Vamos supor ainda, que em 30/06/N, o Sr. Pedro Contabilista,


decide retirar 30.000,00 para as suas férias anuais.

Deste modo, teríamos o seguinte lançamento no diário:

Local, 30/06/N

1) 5.1- Capital
a 1.1- Caixa
P/ redução do capital 30.000,00

Total 30.000,00

Os movimentos anteriores são referentes à constituição e redução


do capital individual.

O capital social, constituído por acções/quotas, também é


chamado por capital legal ou autorizado, razão pela qual a
sua modificação é algo difícil porque pressupõe a alteração
dos estatutos da sociedade e da escritura pública. Por esta
razão, são utilizadas outras contas para alterar o capital
próprio, ao invés de “mexer” o capital social.

115
Constituição e modificação e redução do 5.1- Capital Social Exemplo
ilustrativo 21:

Suponhamos que em 30/05/N, depois de observadas as


formalidades legais para a constituição da sociedade “GAMA,
SA”, foram subscritas e realizadas, em dinheiro, 100.000
acções a 100,00/cada, valor nominal. Em 30/11/N, com o
objectivo de aumentar o capital, foram subscritas mais 20.000
acções a 120,00/cada. Verificando-se a
desproporcionalidade de capital versus o volume do negócio,
os sócios deliberam em 14/05/N+1 em adquirir 30.000
acções próprias pelo se valor nominal, operação paga
imediatamente por transferência bancária.

Como resultado, teríamos os seguintes


lançamentos no diário da desta empresa:

Local, 30./05/N

1) 4.5.2- Subscritores de capital


a 5.1- Capital 10.000.000,00
P/ constituição de capital social
___x____

2) 1.2.1-Bancos-Depósitos à ordem

a 4.5.2- Subscritores de capital


P/ liberação 10.000.000,00

3) 30/11/N
4.5.2- Subscritores de capital

a Diversos
P/ subscrição de capital

a 5.1- Capital 2.000.000,00

116
a 5.4- Prémio de emissão 400.000,0018 2.400.000,00
____x___
1.2.1-Bancos-Depósitos à ordem

a 4.5.2- Subscritores de capital


P/ liberação 2.400.000,00
14/05/N+1
5.2-Acções/quotas próprias

a 1.2.1-Bancos-Dep. à ordem 3.000.000,00

Total 27.800.000,00

Estudo da Conta 5.2- Acções/Quotas Próprias

Conta de acções/quotas próprias

Tal como já nos referimos atrás, é permitido às sociedades


anónimas e por quotas adquirir e vender acções/quotas
próprias, para reduzir o capital em circulação ou reajustá-lo a
níveis desejáveis.

Esta conta debita-se pela compra de acções/quotas próprias e


credita-se pela sua revenda.
Ora vejamos através do exemplo seguinte:

Exemplo ILUSTRATIVO 22:

No dia 04/04/20x5, a sociedade ABC, Lda., por deliberação


dos seus sócios, decidiu adquirir, por cheque, a quota de um
dos seus sócios, pelo valor de 2.500.000,00, valor nominal.
Sabe-se, no entanto, que esta sociedade é constituída por 5
quotas iguais de 2.500.000,00 (capital de 12.500.000,00).

18
O prémio=Valor de subscrição-Valor nominal=2.400.000-
2.000.000=400.000,00

117
Assim teríamos o seguinte lançamento no diário da sociedade:

Local, 04/04/20x5

1) 5.2- Acções/quotas próprias


a 1.2.1-Bancos-D.O.
P/ Aquisição do capital próprio 2.500.000,00

Total 2.500.000,00

Estudo da Conta 5.4- Prémio de Emissão

Debita-se pela venda das acções/quotas que o originaram,


por contrapartida de disponibilidade (1.1/1.2.1) ou 4.5,
conforme a operação seja à vista ou a prazo.

Exemplo ILUSTRATIVO 23:

Em 12/07/20x4, por deliberação da assembleia dos


accionistas da sociedade “ALFA, SA”, foram emitidas, subscritas
e realizadas em dinheiro, 50.000 acções a 150,00/cada. O
valor nominal de cada acção é de 100,00/cada.

Assim, teríamos o seguinte lançamento contabilístico no diário da


ALFA:

Local, 12/07/20x4

1) 4.5- Outros devedores


4.5.2- Subscritores de
capital
a Diversos

P/ subscrição de acções
5.1-Capital social 5.000.000,00
5.4 Prémio de emissão 2.500.000,00 7.500.000,00
___X___

118
2) 1.2-Bancos
1.2.1- Depósitos à ordem

a 4.5.2- Subscritores de
capital
7.500.000,00
P/ realização do capital
social
Total 15.000.000,00

Nota: O desconto de emissão também está previsto na


literatura de contabilidade financeira, porém, muitas
legislações desencorajam-no.

Estudo da Conta 5.5- Reservas


Conta de Reservas

Segundo o PGC, geralmente, as contas de


reservas são creditadas por contrapartida de
5.9- resultados acumulados, pela aplicação dos
lucros obtidos.

As mesmas contas podem ser debitadas pela


distribuição de capital pelos sócios, por
contrapartida de 5.1 e cobertura de prejuízos,
por contrapartida de 5.9.

Tipos de Reservas
▪ 5.5.1-Reservas Legais – São impostas por
lei e correspondem à uma certa % do
valor dos resultados apurados em cada
exercício económico. A obrigatoriedade
deixa de existir quando as reservas legais
somarem uma certa % ou mais do Capital
Social da empresa.
119
▪ 5.5.2-Reservas Estatutárias – São
reservas impostas no contrato social da
empresa.
Tem normalmente como objectivo dotar a empresa de fundos
próprios necessários à realização de investimentos.

▪ 5.5.3-Reservas Livres – São reservas


facultativas, a sua criação ou reforço não
é imposta. Resulta de decisão em
Assembleia Geral

Note-se que as operações acima podem ser realizadas com as


reservas livres e nunca com as legais.

Tomemos o seguinte exemplo, para demonstrar o tratamento


contabilístico das situações acima descritas:

Exemplo ILUSTRATIVO 24:

Considere a seguinte estrutura de capitais próprios da empresa


DELTA, Lda., em 24/03/N:

5.1 Capital 1.000.000,00

5.5 Reservas 500.000,00

5.9 Resultados transitados 200.000,00

Total 1.700.000,00

Da mesma data, reunidos em assembleia geral, os sócios


decidiram aplicar os resultados de N-1, da seguinte forma:
▪ 50% Para reforço de reservas livres
▪ 30% para distribuição de dividendos
▪ 20% para atribuir acções aos sócios
fundadores
Assim teríamos os seguintes lançamentos no diário desta
sociedade:
120
Local, 24/03/N

1) 5.9-Resultados transitados
a Diversos
P/ Aplicação dos resultados de N-1

a 4.6.7-Credores sócios, accionistas… 60.000,00

5.1-Capital social 40.000,00

a 5. 5-Resevas
5.5.3-Livres 100.000,00 200.000,00

Total 200.000,00

Estudo da Conta 5.9- Resultados Transitados

Conta 5.9- Resultados Transitados

Serve de contrapartida à deliberação da cobertura de


prejuízos ou da aplicação dos resultados líquidos do período
anterior. Debita-se por contrapartida da conta 8.8 - Resultado
líquido do período anterior, se for negativo, por transferência
do saldo da conta 8.9 - Dividendos antecipados e pela
aplicação de resultados acumulados positivos de acordo com
a deliberação tomada. Credita-se por contrapartida da conta
8.8 - Resultado líquido do período anterior, se for positivo, e
pelas deliberações que forem tomadas para cobertura de
prejuízos acumulados.

Exemplo ilustrativo 25:

Consideremos a seguinte estrutura de capitais próprios da


sociedade “Imobiliária da Maxixe, SA”, em 31/12/N:

121
5.1 Capital 3.500.000,00

5.5 Reservas 500.000,00

5.9 Resultados transitados 225.000,00

8.8 Resultado líquido do exercício (25.000,00)

Total 4.200.000,00

Em 31/03/N+1, reunidos em assembleia geral, os sócios desta


empresa decidiram aplicar os resultados transitados da
seguinte forma:
▪ Cobertura de 100% do prejuízo
de N.
▪ 100.000,00 Para distribuição
de dividendos
▪ 50.000,00 para reforçar as
reservas legais.

Assim teríamos os seguintes lançamentos no diário desta


sociedade:

Local, 31/03/N+1

1) 5.9-Resultados transitados
A Diversos
P/ Aplicação dos resultados de N-1

A 4.6.7-Credores sócios, accionistas… 100.000,00

A 5.5.1-Resevas legais 50.000,00

8.8-Resultado do exercício 25.000,00 175.000,00

Total 175.000,00

Perguntas de Controlo
1 O que entende por capital próprio?

122
2 Principais diferenças entre o capital
próprio duma empresa individual e duma
sociedade.
3 Quais são os tipos de reservas?
4 Indique 2 vantagens de
autofinanciamento.
5 Por que geralmente o capital legal duma
sociedade mantém-se inalterável?

Actividades

1. O capital Próprio da empresa “ABC, SA” é constituído, em 31 de Março de N, do seguinte


modo, em contos:

Descrição Valor (contos)

51 Capital 45.000.0 (a)


52 Acções (quotas) próprias (4.500.0)
521 Valor nominal (450.0)
55 Reservas 9.000.0
59 Resultados transitados (11.250.0)

a)– Capital constituído por 45.000 acções.

Operações efectuadas ao longo do exercício de N e N+1:


Em 30/05/N é deliberado, em Assembleia geral extraordinária
de accionistas, o seguinte:
Prestações suplementares, no valor de 5.000 contos.

Esta deliberação foi cumprida em 30/06/N.

Em 15/12/N efectua-se a aquisição de 1.000 acções, a um dos


accionistas fundadores, por 900 contos.

123
A sociedade procedeu em 31/12/N à alienação das acções
adquiridas em 15/12/98 por 950 contos.

Resumo

Duma forma geral, neste tema, estudamos e discutimos fundamentalmente os seguintes aspectos:

1. Conceitos Básicos sobre as Contas da Classe V- Contas do


Capital Próprio;
2. Principais Contas e Divisionárias da Classe V- Contas do
Capital Próprio;
3. Contabilização de transacções que
afectam as contas da Classe V-
Contas o Capital Próprio;
4. Operações financeiras relacionadas com as contas da Classe
V- Contas do Capital Próprio.

124
Bibliografia Geral do Módulo

• Borges, A., Rodrigues, A. & Rodrigues, R. (2003). Elementos de


contabilidade geral (20ª. ed.). Lisboa, Portugal: Areas Editora.

• Borges, A., Rodrigues, A. & Rodrigues, R. (2010). Elementos de


contabilidade geral (25ª. ed.). Lisboa, Portugal: Areas Editora.

• Decreto – Lei 36/2006, de 25 de Julho (PGC).


• Decreto - Lei 70/2009, de 22 de Dezembro (PGC-NIRF).
• Edey, H. C. (2008). Introdução a contabilidade superior (2ª. ed.).
Londres, Inglaterra: Universidade de Londres.

• Fernandes, L. & Manuel, J. (2008). Documentação e legislação


comercial. Lisboa, Portugal: Texto Editora.

• Ferreira, R. F. (1977). Iniciação a técnica contabilista (2ª. ed.). Lisboa,


Portugal: Texto Editora.
• Borges, A., Rodrigues, A. e Rodrigues, R. Elementos da Contabilidade
Geral, 25ª Edição, Lisboa, Áreas Editora, 2010.
• Borges, Antόnio.. Elementos de Contabilidade Geral, 22ª edicao.
Lisboa, Áreas Editora, 2005.
• Borges, Antόnio. Práticas de Contabilidade Financeira, 4ª edicao.
Lisboa, Áreas editora, 2007.
• Costa, Carlos, B. e Alves, Gabriel. Contabilidade e Finanças, 4ª
Edição, Brasil, Atlas Editora, 2001.
• Legislação do Sistema Nacional de Contabilidade Empresarial em
vigor
• Pereira, J.M. Esteves; Contabilidade Básica e Geral (2 Vols.), Lisboa,
Plátano Editora, 1982.
• Rodrigues, Ana Maria at al- SNC - Contabilidade Financeira: Sua
aplicação. Lisboa, Editora: Almedina, 2010.

125

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