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Estrutura de exame

Grupo I
8 questões 0,5 cada
Exemplo:
Todas as deliberações da comissão de credores são passíveis de revogação:
a) Pelo juiz do processo.
b) Pela assembleia de credores, art 80º
c) Pelo presidente da comissão.
d) Pelo administrador de insolvência.
GRUPO II
Questões de resposta curta com fundamentação obrigatória (8,0 valores)
4 questões × 2,0 valores cada (Resposta: 1,25 valores; Fundamentação: 0,75 valores)
Resposta no enunciado
Exemplo:
Em caso de aprovação e homologação de um plano de pagamentos aos credores
nunca será declarada a insolvência do devedor.
Comente esta afirmação, aderindo ou não à mesma e fundamentando a sua resposta.
Resposta: (1,25 valores)
R: A afirmação é falsa. Após o transito em julgado, o juiz declara a insolvência do
devedor
Fundamentação legal: art 259º (0,75 valores)
GRUPO III
Questões para desenvolvimento (8,0 valores)
2 questões × 4,0 valores cada
São apresentadas quatro questões para resposta apenas a duas
Em caso de resposta mais questões, apenas as duas primeiras respostas serão
consideradas
Resposta na folha de prova
Exemplo:
Um Processo Especial de Revitalização (PER) ou um Processo Especial para Acordo de
Pagamento (PEAP) são processos negociais, extrajudiciais, que decorrem fora dos
tribunais, mas que começam e acabam num Tribunal.
Comente a afirmação e procure dar nota das suas caraterísticas essenciais,
acentuando as semelhanças e as distinções mais evidentes de ambos os regimes.
R: Noção dos procedimentos alternativos no processo de insolvência, regimes lei
16/2012.
Artigos, 17-A a 17-J, 222-A a 222-J.
Fazer referência ao carater negocial, no sentindo que envolve negociações entre o
devedor e os seus credores.
Inicio e ao tempo 17 C e 222 C
Os artigos 17-A e seguintes são aplicados aos devedores que são empresas e o 222-A e
ss são destinados aos devedores que não são empresas.
Art 17-A outra diferença é que ainda pode ser suscetível de recuperação, pois trata-se
de uma empresa, ao contrário do 222-A
O processo especial de revitalização considera-se encerrado, após homologação do
plano de recuperação.
Fazer as referencia as normas de cada um deles, próprios efeitos de cada um, âmbito
subjetivo de cada um deles
IMCOMPLETO!!!!!!!!!
1. Encontra-se em situação de insolvência o devedor impossibilitado de cumprir:
A Uma parte das suas obrigações
B. Todas as suas obrigações vencidas
C. As suas obrigações pontualmente
D. Uma parte essencial das obrigações vencidas
2. Se o devedor era uma pessoa singular e morre na pendência de processo que corria
termos para ser declarada a sua insolvência,
A. O processo extingue-se
B. O processo fica suspenso pelo prazo, não prorrogável, de 10 dias, contados desde a
data em que tenha ocorrido o óbito
C. O processo suspende-se a aguardar a habilitação dos sucessores
D. O processo passa a correr contra a herança aberta com a sua morte, art 10º
3. Pode requerer a declaração de insolvência:
O A. O sócio de sociedade em nome coletivo
B. Qualquer credor, ainda que condicional
C. O Ministério Público, em representação das entidades cujos interesses lhe estão
legalmente confiados
D. Todas as hipóteses estão corretas, art20?.
4. O privilégio creditório correspondente ao valor máximo de 500 UC's concedido o
credor que requereu a declaração de insolvência do devedor assume d categoria de
A. Crédito garantido
B. Crédito comum
C. Crédito privilegiado
D. Crédito subordinado

5. A apreensão de bens do insolvente decretada nos termos do artigo 36.°,n.° 1, alinea


g) do CIRE é feita;
A Por funcionário judicial que procede ao arrolamento dos bens e à sua entrega ao
administrador de insolvência que é nomeado
fiel depositário dos bens.
B. Pelo administrador de insolvência que deles passa a poder dispor e sem necessidade
qualquer formalidade especial.
C. Pelo administrador de insolvência, mediante arrolamento ou por entrega direta
através de balanço.
D. Pelo credor requerente da insolvência assistido por um representante da comissão
de credores, para posterior entrega ao administrador de insolvência.

6. A resolução em benefício da massa insolvente:


A. É um efeito automático da sentença de declaração de insolvência.
B. Visa a reconstituição do património do devedor e a destruição de atos prejudiciais à
massa insolvente.
C. Apenas produz efeitos sobre os atos prejudiciais à massa que diminuam, frustrem,
dificultem, ponham em perigo ou retardem a satisfação dos credores da insolvência,
realizados após a declaração de insolvência.
D. Pode ser efetuada no prazo de dois anos, contado do conhecimento do ato
prejudicial à massa.
Hipótese 9
Jacinto, pessoalmente citado e não tendo deduzido oposição ao pedido de declaração
de insolvência apresentado por um seu credor, pretende agora impugnar a sentença
de declaração de insolvência.
A que meio(s) poderá Jacinto recorrer e em que prazo(s)?

R: Oposição de embargos, artigo 40º Recurso artigo 42º.


No caso do jacinto, ele não poderia deduzir embargos, uma vez que ele foi citado
pessoalmente, pelo que tinha de opor-se através de recurso, artigo 42º nº 2. Prazos:
15 dias, artigo 638º nº1 CPC.
Hipótese 10
Comente a seguinte afirmação.
"Com a declaração de insolvência fica o insolvente, em qualquer circunstância, privado,
por si ou pelos seus administradores, dos poderes de administração e de disposição dos
bens integrantes da massa insolvente.

R: Não é em qualquer circunstância

Ocorre transferência dos poderes de administração e disposição dos bens, passando a


competir ao administrador de insolvência, nos termos do artigo 81º.

Podendo também o juiz determinar que a administração seja assegurada pelo


devedor, artigo 224º, aplica-se apenas em caso de ser titular de uma empresa (não
pessoa singular).
Quando há um plano de homologação de pagamento aos credores, Artigo 259º (36º
nº1 al. B).
Se durante o processo se verificar a insuficiência da massa insolvente, não há
transferência de poderes, artigo 39º nº 7 al. A).
Hipótese 11
Por deliberação da comissão de credores foi substituído o administrador da insolvência
que assumira o cargo na sequência da nomeação pelo juiz. Quid júris.
R: é possível fazer a substituição, não pela comissão, mas sim pela assembleia de
credores, artigo 67º nº 1.
- Nomeação do administrador, artigo 52º.
- Nomeação da comissão de credores é feita pelo juiz, artigo 66º nº 2.
- O administrador tem de estar inscrito na lista, artigo 32º nº 1.
-Se for a assembleia a escolher, pode escolher uma pessoa inscrita ou não na lista
oficial, mas a pessoa inscrita apenas pode ocorrer em casos justificados, artigo 53º nº
1 e 2º.
Hipótese 12

R:
O juiz nomeia a comissão e não preside o encargo da presidência deve recair de
preferência sobre o maior credor da empresa, artigo 66º nº1.
Os membros da comissão de credores estão proibidos de serem remunerados, artigo
71º.
Apesar de ter sido corretamente revogada a mesma seria sempre revogada e não
apenas neste caso, uma vez que nunca são remunerados, artigo 71º.
Ver artigo 80º, a assembleia pode revogar as deliberações da comissão.
Hipótese 13
Francisco M., na qualidade de administrador da insolvência, autonomamente,
contratou para o assistir na recuperação da sociedade insolvente XPTO, Lda., um
técnico oficial de contas que, dolosamente, sonegou informação comercial que
partilhou com empresas concorrentes, acarretando enormes prejuízos para a
sociedade insolvente. Confrontado com estes factos, Francisco recusa qualquer
responsabilidade pelo sucedido. Quid iuris

R:
É necessária prévia concordância da comissão de credores ou o juiz na falta dessa
comissão, artigos 59º nº 3 e 4, 55 nº 3 e 4.
O administrador da insolvência responde solidariamente com os seus auxiliares pelos
danos causados.
Hipótese 14
No que toca a intervenção judicial, o pedido de exoneração do passivo restante tem
dois momentos fundamentais.
Identifique esses momentos e diga qual deles ocorre a libertação definitiva do devedor
quanto ao passivo restante.
R:
1- Despacho inicial, artigo 237º
2- Decisão final de exoneração, artigo 244º nº 3.
É na decisão final de exoneração que ocorre a libertação definitiva do devedor.
Hipótese 15
«A sentença de declaração de insolvência tem efeitos que ocorrem sempre e outros
que só se dão se verificados certos pressupostos."
Comente a afirmação supra com especial referência aos efeitos sobre o património do
insolvente.

R:
Classificação quanto a sua natureza, só ocorre em determinados casos (os efeitos
eventuais), artigo 81º.
O devedor fica privado da massa insolvente, porém há situações em que isso não
acontece, artigo 224º, 250º, 39º nº7.
Hipótese 16
Que consequências tem a declaração de insolvência sobre as ações declarativas já
instauradas pelo insolvente?
E já instauradas contra o insolvente?

R:
Efeitos processuais, artigo 85º, são apensadas ao processo de insolvência, desde que
essa apensão seja requerida pelo AI.
O ADM de insolvência substitui o insolvente nas ações de natureza patrimonial.
Hipótese 17
Enquadre temática e normativamente a seguinte afirmação:
Tanto o pedido de autorização para a venda por negociação particular de imóvel por
valor igual ou superior a €10.000,00 e que represente, pelo menos, 10% do valor da
massa insolvente, como a comunicação ao credor com garantia real, para que se
possam considerar devidamente realizadas, devem conter as condições do negócio, o
preço e a identidade do adquirente.

R:
Artigo 167º nº 3 al. G) e nº4, ato de especial relevo que depende de consentimento da
comissão de credores, artigo 163º nº1.
Artigos 56º,55º nº1, 164º nº2, 161 nº1.

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