O Mínimo Que Você Precisa Saber Sobre As Indulgências

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O mínimo que você precisa saber sobre as indulgências 08/11/2022 14:10

O mínimo que você precisa saber


sobre as indulgências
É inegável: as indulgências não têm uma boa reputação. Muitas pessoas,
inclusive católicas, consideram-nas um erro medieval. Mas, se foram
usadas indevidamente por um tempo, nem por isso elas são ferramentas
más em si mesmas. Entenda o assunto.

Se você é católico, uma vez ou outra já deve ter ouvido da boca de um


sacerdote, ou lido em algum livro religioso, a palavra “indulgência”. E se
não estava acostumado com a expressão, é muito provável que tenha
ficado perplexo ao se deparar com ela de novo, tanto tempo depois das
aulas de história [i].

Não é para menos. As indulgências não têm uma boa reputação.


Muitas pessoas, inclusive alguns católicos, consideram-nas um erro
medieval ligado às revoltas que aconteceram na Igreja durante a Reforma
Protestante. Infelizmente, elas foram usadas de forma indevida naquele
período. Não obstante, ainda são uma ferramenta normal e bastante útil à
disposição da Igreja para nos ajudar a responder à graça de Deus.

Qualquer ferramenta pode ser mal utilizada. Mas disso não se segue
que ela seja intrinsecamente corrupta. Para entender o verdadeiro
significado e propósito das indulgências, devemos analisá-las no contexto
mais amplo do amor abundante de Deus e da natureza da Igreja. A partir
desse fundamento podemos entender melhor como elas podem ser
usadas indevidamente e como elas realmente funcionam na vida de um
fiel.

O amor de Deus

O que você pensaria de um fazendeiro que jogasse sementes ao longo de

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toda a sua propriedade: nas trilhas, no chão pedregoso, em meio aos


espinhos e algumas sobre solo fértil? Poderíamos achar que é uma
caricatura de fazendeiro ou, talvez, alguém imprudente.

Porém, essa representação está em uma das parábolas de Jesus, na qual


Deus é o semeador e sua palavra, a semente (cf. Mc 4, 1-20). Além disso,
a semente pode ser entendida como a pessoa de Cristo, que é a Palavra
encarnada.

Em certo sentido, Deus “lançou”


Jesus no mundo, fazendo com que
Ele e seu amor ficassem à
disposição de todos — Jesus é a
Pessoa divina que veio viver entre
nós como um ser humano, que nos
salvou e fundou uma Igreja através
da qual prometeu ficar conosco até
nos unirmos a Ele no Céu. Como
disse São Paulo: “Pois Deus não nos
destinou para a ira, mas para
alcançar a salvação, por Nosso
Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por
nós, a fim de que, quer vigiemos
quer durmamos, vivamos em união
com ele” (1Ts 5, 9-10).
“A Crucifixão de Jesus”, por Gustavo Doré.
Esta é a vontade de Deus: que
tenhamos “acesso ao Pai no Espírito Santo” e nos tornemos “participantes
da natureza divina” (Catecismo da Igreja Católica, § 51).

Além disso, parafraseando as palavras de Jesus à samaritana: se


realmente valorizássemos o dom de Deus, pediríamos por ele e o
honraríamos de acordo com o seu valor (cf. Jo 4, 10). Em outras palavras,
ofereceríamos a Deus um solo fértil — uma mente e um espírito bem
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dispostos —, pronto para receber sua palavra e agir em conformidade


com ela, ou, se preferirmos, viver do amor de Deus, sabendo que estamos
sendo salvos e que um dia gozaremos da plenitude da salvação.

São Paulo é um exemplo dessa resposta humana: “A minha vida


presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e
se entregou por mim” (Gl 2, 20).

Quando somos confrontados com esse amor, como podemos deixar de


cantar? “Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço! Vós sois meu
Deus, eu vos exalto com louvores! Dai graças ao Senhor, porque ele é
bom! Eterna é a sua misericórdia!” (Sl 117, 28-29). Embora nos pareça
difícil compreender esse amor — que alguns poderiam chamar de
“inconsequente” —, a Escritura nos garante: “Aquele que não poupou seu
próprio Filho, mas que por todos nós o entregou, como não nos dará
também com ele todas as coisas?” (Rm 8, 32). Nada — exceto uma
rejeição livre e obstinada à oferta de Deus (cf. Catecismo, § 1037) — pode
nos separar “do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso
Senhor” (Rm 8, 39).

A natureza da Igreja

Entretanto, mesmo com as garantias do amor de Deus, podemos nos


sentir sobrecarregados com o peso do pecado e os desafios de fazer o
que Deus diz. Como as pessoas na parábola do semeador, podemos
receber a boa nova inicialmente com alegria, mas logo dificuldades e
perseguições vêm enfraquecer o nosso espírito, e as ansiedades
mundanas e o desejo por posses disputam a nossa atenção.

Em tais circunstâncias, precisamos lembrar que Deus, conhecendo nossa


fraqueza, propiciou auxílios tangíveis para nos socorrer no caminho em
direção a Ele. A Igreja, como já observamos, é a via privilegiada através da
qual Jesus continua presente no mundo e compartilha conosco sua graça,
principalmente por meio da Eucaristia e dos outros sacramentos.
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Portanto, podemos dizer em sentido análogo que a própria Igreja é “o


sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de
Deus e dos homens” (Catecismo, § 780), pois “comunica a graça
invisível que ela significa” (Catecismo, § 774).

Pela graça de Deus, a Igreja ocupa


uma posição transversal entre o Céu
e a terra. Ela é “ao mesmo tempo
visível e espiritual, sociedade
hierárquica e Corpo Místico de
Cristo” (Catecismo, § 779). Jesus
sustenta a Igreja para sempre com
seu poder, amor e graça, numa
comunhão sem fim que dá origem a
uma “solidariedade sobrenatural” ou
comunhão dos santos
(Indulgentiarum Doctrina, n. 4-5). O
que afeta a um afeta a todos: os
santos no Céu, no Purgatório e na
terra.

Parte dessa solidariedade é a


“Adoração da Santíssima Trindade pela Cidade de Deus”,
por Albrecht Dürer. autoridade dada aos ministros da
Igreja na terra de ser
“administradores dos mistérios de Deus” (1Cor 4, 1). Jesus fundou a Igreja
por meio de Pedro e dos outros Apóstolos. A Pedro Ele confiou “as chaves
do Reino do céus” e a todos garantiu: “Tudo o que ligardes na terra será
ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra será desligado nos
céus” (Mt 18, 18).

Os ministros da Igreja exercem sua autoridade — sempre sujeitos à


Revelação divina — pelo governo, pela celebração da liturgia e dos
sacramentos e até pelos meios extra-sacramentais como devoções e

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métodos de oração, sem falar em seus próprios esforços de testemunhar


o poderoso amor de Jesus nas próprias vidas. Deveria ser algo óbvio que
todos os membros da Igreja, segundo sua vocação particular, são
responsáveis por fomentar a comunhão através da participação nesses
instrumentos comuns da graça de Deus.

Santa Teresa de Lisieux, à sua maneira tipicamente incisiva e provocativa,


resume o profundo significado da pertença ao Corpo de Cristo: “Já que
me amastes a ponto de me dardes vosso Filho único para ser meu
Salvador e meu Esposo, são meus os infinitos tesouros de seus
méritos” (Ato de Oblação ao Amor Misericordioso). A intenção dela não é
guardar os méritos de Cristo para si, mas oferecê-los novamente a Deus
pela salvação das almas. A ousadia dessa oração articula bem o modo
como Deus nos salva e ainda permite que cooperemos com sua obra de
salvação, como indivíduos e membros da Igreja.

O significado e o propósito das indulgências

O amor abundante que Deus demonstrou ao nos salvar e a natureza da


Igreja como sinal e instrumento desse amor formam o contexto
apropriado para compreendermos o significado e o propósito das
indulgências. Para ajudar as pessoas a entender as indulgências,
esclarecer os erros e evitar os abusos em relação a elas, a Igreja
apresenta uma definição que vem da Constituição Apostólica
Indulgentiarum Doctrina e é repetida no Catecismo (§ 1471):

A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida


pelos pecados já perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-
disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da
Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua
autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e
dos santos.

Essa definição é uma declaração densamente compactada que resume


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uma longa (e às vezes problemática) história a respeito das indulgências.


A linguagem cuidadosa responde a uma série de questões que surgiram
ao longo dos anos.

A primeira parte da definição


responde a dois dos mais
frequentes erros a respeito das
indulgências: afirmar que elas
perdoam os pecados e distribuem
gratuitamente ingressos para o Céu.
Não fazem nenhuma dessas duas
coisas, pois só é possível ganhar
uma indulgência após o perdão dos
pecados (uma graça própria do
sacramento da Penitência) e quando
satisfeitas as condições para lucrar
a indulgência. Infelizmente, as
falsidades foram perpetuadas
pela prática ilegítima de clérigos
que espalhavam mentiras e
Satanás distribuindo indulgências, numa iluminura do exigiam pagamentos dos
século XV.
penitentes.

O Papa Bonifácio IX condenou tais mentiras, bem como a venda de


indulgências, em 1392, mas a situação permaneceu a mesma por séculos.
De fato, a prática era tão comum que um dos Contos da Cantuária, de
Geoffrey Chaucer, é dedicado justamente a um pardoner, isto é,
“vendedor de indulgências”. No século XVI, o Concílio de Trento (em parte
respondendo às objeções de Martinho Lutero sobre as indulgências)
incumbiu os bispos da tarefa de extirpar todo tipo de erro. São Pio V
reabilitou a eficácia espiritual das indulgências quando, em 1567, proibiu a
concessão de qualquer indulgência em troca de dinheiro.

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Na verdade, o que os traficantes de indulgências vendiam — e


aparentemente não lhes faltavam clientes — era a graça a preço de
banana: não o perdão de um pai amoroso que requer uma resposta de
quem o ganha, mas uma forma rápida de aliviar uma consciência
culpada. No entanto, como deixa clara a definição da Igreja, o pecado
tem como consequência não apenas a culpa, mas também os castigos
decorrentes da má ação. Observe que a definição menciona apenas a
remissão das penas temporais. A punição eterna, que é a separação de
Deus por toda a eternidade, só pode ser perdoada e purificada através da
Confissão sacramental. Depois da Confissão, Deus permite que as penas
temporais permaneçam, pois elas nos acusam da maldade do pecado e
nos impelem à conversão.

Numa audiência geral de setembro de 1999, o Papa São João Paulo II


definiu as penas temporais como parte do processo de cura dos “efeitos
negativos provocados pelo pecado” na pessoa. Os efeitos negativos
resultam num “apego nocivo” às coisas criadas (Catecismo, § 1472), que
deve ser purificado e subordinado ao amor de Deus — o qual, diga-se de
passagem, encoraja-nos a estabelecer um vínculo saudável com as coisas
criadas. As penas, ou o processo de cura, nos preparam para nos
apresentarmos diante de Deus tal como Ele nos criou, sem a vergonha ou
a culpa causada pelo pecado. A purificação obviamente não se limita
às indulgências. Uma pessoa também pode praticar atos de piedade,
fazer penitências e, principalmente, realizar obras de caridade, todas as
quais também levam à purificação (Indulgentiarum Doctrina, n. 11).

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Indulgências (A Resposta Católica, 34)

As indulgências, contudo, são uma maneira de a Igreja, “como ministra da


redenção”, intervir por um penitente, servindo-se da autoridade que Deus
lhe conferiu para eximir todas as punições temporais por conta de
pecados (indulgência plenária), ou uma parte delas (indulgência parcial),
pelo emprego da satisfação conquistada por Cristo e pelos santos. Em
outras palavras, trata-se de uma aplicação da comunhão dos santos,
que acertadamente vem em auxílio de um irmão ou irmã que precisa
de ajuda. São Paulo já exortava os gálatas a “carregar os fardos uns dos
outros” (Gl 6, 2).

Porém, para receber a indulgência, o penitente precisa ter as disposições


necessárias e cumprir as condições predeterminadas, pois ninguém pode
ser salvo ou curado sem seu próprio consentimento e esforço pessoal.
Assim como antigamente um indivíduo podia ver na compra de uma
indulgência um jeito fácil de limpar a consciência, outro penitente pode
fingir ou pensar que a prática de um punhado de boas obras paga

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qualquer pena. Tal atitude se contrapõe à contrição e a qualquer esforço


de conversão.

Como ganhar uma indulgência?

Como regra geral, uma indulgência plenária é outorgada sob as seguintes


condições: o penitente tem de realizar a obra à qual a indulgência está
anexa, fazer uma Confissão sacramental, participar da Comunhão
eucarística e oferecer orações nas intenções do Santo Padre. Para
receber a indulgência plenária, o penitente também precisa ter a
disposição de se desapegar de qualquer pecado. Se essa disposição não
for plena, ou se as condições não forem satisfeitas, então a indulgência
será parcial, contanto que o penitente tenha um coração contrito e leve a
cabo ao menos uma parte das ações.

Poucas pessoas discordarão de que o aspecto mais desafiador desses


requisitos não são as condições, especialmente para alguém que já reza e
frequenta os sacramentos. As obras a praticar também não são nada
pesadas — na maioria das vezes consistem em oração, leitura das
Escrituras ou obras de misericórdia corporais ou espirituais etc. O
aspecto verdadeiramente desafiador é o desapego de todo e
qualquer pecado. Uma pessoa pode até estar contrita de seus pecados,
mas desapegar-se de todo e qualquer pecado é outra história. Alguém
poderia perguntar se é mesmo possível que isso aconteça e por que
sequer nos deveríamos dar ao trabalho de ir atrás de indulgências em
primeiro lugar.

Para citar Jesus: “Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é
possível” (Mt 19, 26). Jesus pronunciou essas palavras depois de dizer a
um jovem rico e aos Apóstolos que eles tinham de ser perfeitos. O jovem
partiu triste, e os Apóstolos disseram que isso era impossível. Mas Jesus
não falou que eles teriam de fazê-lo com suas próprias forças. Ele disse a
eles que o seguissem. Também vale lembrar que a palavra “perfeito” em

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português traduz a palavra grega


teleios, que não significa sem falha,
mas pleno e ordenado para o seu
fim próprio. Em outras palavras,
Jesus estava dizendo ao jovem e
aos Apóstolos para subordinarem
tudo ao relacionamento com Deus,
e assim eles estariam unidos a
Deus, o fim próprio de todo homem
e toda mulher.

De modo similar, a Igreja usa o dom


das indulgências para ajudar
homens e mulheres a seguirem
Jesus até o Céu. A Igreja sabe que,
por si próprio, um indivíduo não
“A Confissão”, por Giuseppe Molteni.
consegue crescer em santidade ou
perfeição (teleios). É impossível
superar os efeitos assoladores do pecado e o mal que existe no mundo
sem a graça de Deus e a prática da virtude. De fato, deste lado do Céu
existe sempre o risco de escolher pecar novamente, mesmo quando
se recebe uma indulgência. Mas quem permanecer perto de Jesus,
quem o seguir, gozará da plenitude da salvação.

Portanto, por que não oferecer uma ajuda às pessoas que querem buscar
a Deus de todo o coração? As indulgências não são um requisito da fé
nem um preceito da Igreja, mas se as usamos bem, elas gradualmente
nos treinam na virtude e na disciplina. Recomendando-nos a oração e as
obras de misericórdia, elas nos ajudam a dar as costas para o pecado e a
nos voltar a Deus e ao próximo. De fato, um penitente na terra, como
membro sofredor da comunhão dos santos, pode pedir a Deus que
aplique uma indulgência lucrada não a si mesmo, mas a alguém no
Purgatório, a fim de que essa pessoa se purifique e entre mais depressa

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no Céu.

Somente Deus sabe com exatidão de que maneira se dá a remissão


das penas temporais na vida de alguém. Uma pessoa pode ser
libertada imediatamente dos grilhões do álcool ou da pornografia,
enquanto outra só se vê livre depois de anos de esforço ou no Purgatório.
A graça de Deus pode ser vista em ambas as situações.

Quando bem empregada, a indulgência é uma ferramenta eficaz para


curar em nós os efeitos do pecado e abrir-nos mais inteiramente à graça
de Deus. De fato, não precisamos conjecturar o que acontece quando
respondemos ao amor de Deus com um coração contrito e disposição a
crescer na santidade: à medida que desenvolvemos hábitos de oração e
caridade, tornamo-nos um pouco menos egoístas e gananciosos,
ganhamos um pouco mais de paciência e ficamos com o coração mais
generoso; focamos mais no amor a Deus e ao próximo e, finalmente,
permitimos que Jesus nos atraia para si.

Reforma Protestante

Penitências

Penitência

Pecado

Pecados

Purgatório

Indulgência

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