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As Grandes Navegações
As Grandes Navegações
As Grandes Navegações
Juliana Bezerra
Professora de História
Por fim, não podemos esquecer os motivos religiosos, algo importantíssimo naquela
época. Deste modo, os europeus também queriam expandir a fé cristã às novas terras.
O navegante Cristóvão Colombo pensava ser possível atingir as Índias por outro
caminho a oeste. Para isso, as caravelas deveriam abandonar a rota segura que margeava
a costa africana e seguir pelo oceano aberto.
Colombo pediu ajuda aos reis portugueses, mas foi rechaçado. Partiu para o reino de
Castela, onde sua ideia foi considerada louca por alguns e, por outros, fantástica.
Conseguiu convencer especialmente a rainha de Castela, Isabel I, interessada em
expandir seus territórios por mais distantes que fossem.
Em sua primeira viagem, Cristóvão Colombo desembarcou nas Bahamas, acreditando
ter alcançado as Índias. Somente em 1504 desfez-se o engano, quando o navegador
Américo Vespúcio confirmou tratar-se de um novo continente. Mesmo assim, até a
morte, Colombo sustentava que ele havia atingido o subcontinente indiano.
Navegações inglesas
Navegações francesas
Por sua parte, os franceses, jamais aceitaram a divisão da América, pelo Tratado de
Tordesilhas, entre Espanha e Portugal. Por isso, disputaram territórios dominados pelos
espanhóis. As investidas pelo Caribe e pelas costas norte-americanas resultaram na
posse do Haiti, da Guiana Francesa, do Canadá e da Louisiana.
No século XVI, um grupo de franceses tentaram se estabelecer no Rio de Janeiro, no
episódio conhecido como França Antártica.Trouxeram, inclusive, alguns grupos de
protestantes que eram perseguidos na França.
Navegações holandesas
A Europa percebeu que havia mais povos, línguas e costumes, do que os conhecidos até
então. Na maioria das vezes, o encontro de culturas foi repleto de violência.
Nas Américas, a vida dos indígenas nunca mais seria a mesma. Os colonizadores
trouxeram consigo uma nova forma de organização econômica, política e social. Desta
mistura, sempre desigual, nasceu as sociedades híbridas da América Latina.
Desta maneira, as consequências das grandes navegações são sentidas até hoje, pois foi
este movimento que permitiu a difusão da sociedade europeia nos quatro continentes.
As grandes navegações representaram uma das maiores aventuras da humanidade,
talvez sendo superadas, apenas, pelo desafio atual da conquista espacial.
Além disso, para nós brasileiros, algumas questões sobre as grandes navegações são
um verdadeiro mistério. Como por exemplo, entender por que Portugal foi o pioneiro
nas grandes navegações, possibilitado pela Expansão Marítima.
Para esclarecer de vez esta e outras questões, vamos pintar um quadro geral desta
grande obra humana, passando pelos seguintes tópicos:
Depois de ver todos estes itens, certamente você estará afiado para falar sobre o assunto
com tranquilidade. Vamos lá?
A cultura e a ciência floresciam, sendo que uma das áreas mais privilegiadas deste
desenvolvimento foi a de técnicas de navegação.
Negócio lucrativo
Aos poucos, estas iniciativas se tornaram grandes negócios, financiados tanto por
burgueses e banqueiros, quanto pelos Estados.
Como essas rotas eram dominadas por mercadores da península itálica, a maioria dos
Estados tentava encontrar formas de contornar aquele monopólio.
Grande parte do globo terrestre foi “descoberto” neste período das grandes
navegações, com o mapa mundial ficando mais parecido com o que conhecemos hoje.
A caravela portuguesa da época das grandes navegações era uma embarcação frágil,
mas fácil de se construir e bastante versátil.
Posteriormente, foi substituída por outros tipos mais resistentes de embarcações, mas no
início, deu aos portugueses uma certa vantagem.
Por isso, ao longo do século XV, descobriram praticamente toda a costa africana, até
que em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, contornando o continente africano.
Além disso, há outros fatores que costumam ser apontados como responsáveis pelo
pioneirismo dos portugueses, que poderíamos resumir assim:
Além disso, os objetivos das grandes navegações também se tornam mais variados,
conforme os interesses de cada Estado.
Se você reparar bem, perceberá que a Austrália ainda não aparece no mapa e a América
do Norte também não estava completamente “descoberta”.
Isso acontecia por dois motivos principais:
Por estes motivos, as grandes navegações se estenderam até o século XVII (anos
1600), com a descoberta do último continente: a Oceania.
Como sempre, isso significou uma série de mudanças em muitas sociedades ao redor do
mundo, com o estabelecimento do contato europeu.
Todas estas mudanças ainda se somam a várias outras, mais localizadas, como por
exemplo, o lento extermínio das populações indígenas da América.
Resumindo, o próprio mundo contemporâneo, para o bem e para o mal, é fruto daquele
período de intensa exploração e inovação europeia.
1415 – Marco inicial da navegação pela costa africana, com a tomada de Ceuta
(Marrocos), pelos portugueses;
1487 – Bartolomeu Dias contorna o continente africano pela primeira vez;
1492 – Colombo chega ao Caribe, depois confirmado como sendo a América;
1498 – Vasco da Gama chega à Índia;
1519 a 1522 – Fernão de Magalhães faz a primeira navegação ao redor do
mundo;
Décadas de 1540 a 1560 – Novas rotas comerciais com a chegada ao Japão;
Décadas de 1600 a 1640 – Descoberta da Oceania pelos holandeses.