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Departamento de Psicologia

Disciplina: PSICOLOGIA, ORGANIZAÇÕES E TRABALHO


Docente: ALINE SANTOS SOARES

AULA 05

FUNDAMENTOS DO COMPORTAMENTO EM GRUPO


Robbins, Judge e Sobral
Fundamentos do comportamento em Grupo
Stephen P. Robbins

Grupo – quando dois ou mais indivíduos, de forma interdependente e interativa,


reúnem-se com o mesmo objetivo. Podem ser formais ou informais.

Subclassificação:
 Grupo de comando – organograma da organização; formado pelas pessoas que

se reportam diretamente ao gestor principal.

 Grupo de tarefa – pessoas que se reúnem para realizar uma determinada


tarefa.

Grupos de interesse – quando pessoas se reúnem para atingir um objetivo em


comum.

 Grupos de amizade – os membros possuem características em comum.


Por que as pessoas formam grupos?

Teoria da identidade social – reações emocionais.

Identidade social: similaridade; distinção; status; redução da incerteza.

Em determinadas situações, o conflito pode ser propulsor de alto desempenho.

Um modelo alternativo para grupos temporários com prazos definidos


Modelo de cinco estágios:
1) Formação;
2) tormenta;
3) Normatização;
4) Desempenho
5) Inércia
6) Atividades aceleradas: para a conclusão do trabalho.
Estrutura do grupo

PAPÉIS – conjunto de padrões comportamentais esperados, papéis estes que


interferem diretamente no nosso comportamento.

 Percepção do papel – a visão que temos de como devemos agir em determinada


situação.

Expectativas do papel – como os outros supõem que devamos agir em


determinada situação.

Conflito de papéis – confronto com diferentes expectativas associadas aos


papéis que desempenha.

 A Prisão Simulada de Zimbardo.


NORMAS – padrões de comportamento compartilhados com os membros do grupo;
determinam o que devem ou não fazer.

Estudos de Hawthorne: o desempenho do grupo foi influenciado pelo status de ser


um grupo “especial”.

Conformidade: uma vez aceito o grupo, há uma submissão às normas deste.


A conformidade vem apresentando índices baixos no decorrer do tempo,
permanecendo ainda forte em culturas coletivistas.

Desvios de comportamentos no ambiente de trabalho: atitudes antissociais


praticadas por membros das organizações (fofocas, boatos, descontar frustração no
colega, assédio moral).
STATUS

 O poder que uma pessoa exerce sobre as demais;


 Capacidade de uma pessoa contribuir para as metas do grupo;

 Características pessoais do indivíduo.

Status e normas: membros de um grupo que possuem maior status, tendem a se


desviar das normas em detrimento dos demais. Ex.: Coordenadores que não
ganham hora extra.

Status e interação coletiva: as pessoas com elevado status são mais assertivas;
a divergência de status inibe a diversidade de ideias e a criatividade.

Inequidade do status: é indispensável que a hierarquia de status seja percebida


como justa; recompensas ideais (incongruência de status).
TAMANHO

Grupos grandes podem receber contribuições diversificadas; podem ser mais


eficazes na descoberta de informações factuais.

 Grupos pequenos costumam ser mais eficazes para realizar ações.

Folga social: esforço reduzido no grupo, em detrimento de estar trabalhando


sozinho.

Pesquisas apontam que: o aumento do tamanho do grupo é inversamente


proporcional ao desempenho individual.

 Prevenir a folga social:


o metas no grupo que propiciem um empenho no projeto;

o aumento de competitividade nos grupos;

o estabelecer avaliações entre os pares;

o selecionar membros com elevada motivação para o trabalho em grupo;

o recompensar os grupos.
COESÃO

 Grau de atração entre si e motivação a permanecer no grupo.

 Aspectos que contribuem para coesão:

 reduzir o tamanho do grupo;


 estimular a concordância;

 aumentar tempo de convivência;

 aumentar o status no grupo;

 estimular a competição com demais grupos;

 recompensar o grupo e não os integrantes, individualmente;

 isolar fisicamente o grupo.


TOMADA DE DECISÃO EM GRUPO

Grupos versus indivíduos

Pontos fortes da tomada de decisão em grupo: informações e conhecimentos


mais completos; maior opções de ponto de vista; decisões de maior qualidade;
aumentam a aceitação de uma solução.

Pontos fracos da tomada de decisões em grupo: consumo de muito tempo;


pressões para a conformidade; domínio por um indivíduo ou um pequeno
subgrupo; ambiguidade de responsabilidade.

Eficácia e Eficiência:
 exatidão: decisões mais precisas, no grupo;

 rapidez: indivíduos se saem melhores;

 criatividade: os grupos se destacam;

 grau de aceitação: o grupo se diferencia.

 No que tange a eficiência, os indivíduos se destacam.


Pensamento grupal e mudança de posição grupal

• Pensamento de grupo ou groupthink – relacionado às normas.

• Mudança de posição do grupo ou groupshift.

Sintomas do pensamento grupal:

1. Racionalização de qualquer resistência as suas colocações;


2. Pressões a quem contrapõe-se.
3. Membros tendem a não se desviar da decisão da maioria;
4. Ilusão de unanimidade.
O que pode ser feito para minimizar o pensamento grupal?
 monitorar o tamanho do grupo;

 encorajar os líderes a atuarem de forma imparcial;

 indicar o membro do grupo para ser o advogado do diabo;

 estimular a discussão de alternativas diferentes.

Mudança de posição grupal: a mudança ocorre para uma postura mais cautelosa
ou mais arriscada, a depender da norma dominante.

Técnicas de tomada de decisões em grupo

 Brainstorming

 Técnica de grupo nominal

 Reunião eletrônica

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