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AULA 01

PROF. ESP. ERINALDO CASTRO


Organização do Atendimento às
Urgências e Emergências
Emergência Urgência

O que é A emergência é considerada uma Na urgência não há risco


situação em que a vida, a saúde, a imediato de vida, porém
propriedade ou o meio ambiente pode se transformar em
enfrentam uma ameaça imediata. uma emergência se não for
solucionada rapidamente.

Aparecimento De forma súbita e imprevista. Pode haver previsão.

Solução Deve ser imediata. Deve ser em curto


prazo.

Exemplos de Hemorragias, parada respiratória Luxações, torções,


caso na e parada cardíaca. fraturas (dependendo da
medicina gravidade) e dengue.
Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência

FILOSOFIA

 Universalidade de acesso,

 Integralidade na atenção

 Eqüidade na alocação de recursos e ações do

Sistema
Problemas complexos...
Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência

Envolver TODA a Rede Assistencial


 Rede pré-hospitalar Fixa
 Unidades Básicas de Saúde
 Programa de Saúde da Família (PSF)
 Ambulatórios Especializados
 Serviços de Diagnóstico e Terapias
 Unidades não hospitalares
 Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel
 SAMU
 Resgate
 Ambulâncias do setor privado
 Rede hospitalar de alta complexidade
A REGULAÇÃO E A ORGANIZAÇÃO
DE SISTEMAS DE ATENÇÃO

 A regulação operacionaliza fluxos pactuados, buscando


garantia de acesso equânime.

 Gera base de dados essencial para a projeção da


correção dos déficits.
Cabe ao poder público capacitar-se para responder às
demandas de saúde, vinculadas à assistência de paciente em
estado crítico / potencialmente crítico, envolvendo:

Componente pré-hospitalar móvel - Serviço de


Atendimento Móvel de Urgências (SAMU);

Componente pré-hospitalar fixo - unidades básicas de


saúde, unidades não-hospitalares de pronto atendimento;

Componente hospitalar - unidades de urgência /


emergência hospitalares, enfermarias, centro obstétrico,
centro cirúrgico, unidade de hemodinâmica;

Componente pós-hospitalar - casas de apoio, hospital dia,


serviços de reabilitação, internação domiciliar.
É considerado atendimento pré-hospitalar móvel:

“O atendimento que procura chegar precocemente à vítima de


agravo de saúde, de natureza traumática, não traumática ou
psiquiátrica, seguido de transporte adequado ao serviço de saúde.
Entendido como uma atribuição da área da saúde, o serviço de
atendimento pré-hospitalar móvel organizado e constituído por uma
central reguladora, equipe e frota de veículos, além de contar com a
retaguarda da rede de serviços de saúde”. (Ministério da Saúde).
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
MÓVEL

192
Atribuição da área da
Número Nacional de
saúde
Urgência Médica

VAGA ZERO
Na urgência, o atendimento deve ser prestado
independente da existência ou não de leitos vagos.
Pré-Hospitalar ( SAMU )

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

Transporte primário de pacientes

Transporte secundário dos pacientes

Transporte inter-hospitalar de pacientes críticos


Central de Regulação Médica de Urgências

 Elemento ordenador e orientador dos Sistemas;

 Porta de comunicação aberta ao público em geral, e as


unidades de saúde previamente pactuadas, através da
qual os pedidos de socorro são recebidos, avaliados e
hierarquizados;

 Tem a função de organizar a relação entre os vários


serviços, qualificando o fluxo dos pacientes no Sistema.
Central de Regulação Médica de Urgências
Equipes Suporte Básico de Vida Suporte Avançado à Vida
(SBV) (SAV)

Profissionais Auxiliar ou técnico de Enfermeiro


enfermagem Médico
Condutor de veículo Condutor de veículo
Bombeiro militar*
Atribuição Atendimento de baixa Atendimento de urgência
complexidade, não e emergência de alta
realizando procedimentos complexidade, realizando
invasivos, em casos de procedimentos não
vítimas de menor invasivos e invasivos, em
gravidade. casos de vítimas graves.
COMPONENTE HOSPITALAR
•Porte definido pelo nº de leitos: apenas os estabelecimentos com 100 ou mais
leitos.

•Referência Regional: aqueles que tem, no mínimos, 10% dos atendimentos de


outros municípios

•Papel assistencial nas LC prioritárias: definido a partir de informações sobre nº


de leitos de UTI (adulto, neonatal, pediátrico, queimados) e habilitações de alta
complexidade em cardiovascular, neuro/neurocirurgia ou traumato/ortopedia.

Fontes - CNES, SIA e SIH Base 2010


Porém....................

SAMU e UPA: não dão conta da


diversidade e especificidade das
questões relacionadas às urgências e
emergências em nosso país.

BRASIL, 2011
Rede de Atenção às Urgências
HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO

A política Nacional de Humanização (PNH)


foi criada para toda a rede do SUS
buscando a qualidade do atendimento.

Segundo o Ministério da saúde, alguns


aspectos da humanização foram relevantes,
entre eles destacamos:
 Valorização do diferentes sujeitos implicados no
processo de produção de saúde – usuários,
trabalhadores e gestores;

 Aumento do grau de corresponsabilidade na produção


de saúde e de sujeitos; estabelecimento de vínculos
solidários e de participação coletiva no processo de
gestão;

 Identificação das necessidades sociais de saúde;

 Mudanças nos modelos de atenção e gestão dos


processos de trabalho.
Nos serviços pré-hospitalares e hospitalares de
urgência, as diretrizes para a implantação da PNH,
apontam:

 Organização do atendimento com acolhimento: não se


refere a espaço ou local, mas a uma postura ética de
abrigar e dar resolutividade ao caso;
 Classificação de risco: permite identificar os pacientes que
necessitam de tratamento imediato, de acordo com o
potencial de risco, os agravos à saúde ou o grau de
sofrimento;
 Acesso referenciado ao demais níveis de assistência;
 Implantação de protocolos clínicos para eliminar
intervenções desnecessárias, respeitando-se a
individualidade do sujeito.
Referências:

Belo Horizonte. SAMU. Sempre alerta. Informativo interno SAMU, Belo Horizonte, ano 1, n. 1, Fev. 2007b. Folheto.

BRASIL. Ministério da Saúde.Saúde Brasil 2004: uma análise da situação de saúde. Brasília;2004 _______. ________. Política Nacional de
Atenção às Urgências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004. 2. ed.Ampl. 244p.

________. _________.Portaria nº 2.048 de 5 de novembro de 2002. Aprova o regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e
emergência. In: Brasil. Política Nacional de Atenção às Urgências, 2. ed. ampl., Brasília: Ministério da Saúde, 2004a. p. 51-243. (Série E.
Legislação de Saúde).

________.__________. Portaria GM/MS nº 1600 de 07 de julho de 2011. Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de
Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em < http://brasilsus.com.br/legislacoes/gm/108708-1600.html?q=

________.__________. Portaria GM/MS Nº 1.601, de 07 de julho de 2011. Estabelece diretrizes para a implantação do componente Unidades de
Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política
Nacional de Atenção às Urgências.

SALLUM A.M,PARANHOS W.Y. O Enfermeiro e as Situações de Emergência.São Paulo: Atheneu, 2010.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (Brasil) Código de Ética Médica. Resolução CFM nº 1246/88. – Rio de Janeiro: Idéia &Produções, 1988. 63 p.

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