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Acolhimento no SUS

Legislação SUS

 A lei nº 8.080, de 1990, – Lei Orgânica da Saúde 080 – traz


em suas disposições gerais:

 Art. 2º. A saúde é um direito fundamental do ser humano,


devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
seu pleno exercício.
§ 1 º . O dever do Estado de garantir a saúde consiste
na formulação e execução de políticas econômicas e
sociais que visem à redução de riscos de doenças e de
outros agravos e no estabelecimento de condições que
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2 º . O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
família, das empresas e da sociedade.

(CONSELHO NACIONAL DOS SECRETÁRIOS DE SAÚDE. Legislação do SUS.


Progestores 2003 - Programa de Informação e Apoio Técnico às Novas Equipes Gestoras
Princípios do SUS

 Doutrinários:
 Organizativos:
 Universalidade
 Participação Popular
 Equidade
 Regionalização e
 Integralidade
Hierarquização
 Descentralização e
Comando Único
Acolhimento:
Política Nacional de Humanização da
Atenção e Gestão do SUS
Aumento do Acesso

SUS

-Universalidade
-Equidade
-Integralidade

ESF/ APS

Acessibilidade
-Variedade de serviços
-Definição da população eletiva
-Continuidade

Acolhimento
Modelo a ser superado
 Técnico-assistencial
 Médico-centrado /
Biologicista/ Cartesino
 Fichas/ Ordem de
chegada/ Filas/ Triagem
 Limitação do acesso
 Privilégio a tecnologias
duras
(interesses do capital)
ESF e novo paradigma de
saúde
 Embasar os sistemas de saúde em APS (melhoras
equitativas e sustentáveis na saúde)

 ESF estrutura APS como porta de entrada

 Acolhimento
catalisador
 Vínculo
 Laços de compromisso e co-responsabilização
Acolhimento consiste em:
 Atender a todas as pessoas que procuram os serviços de
saúde garantindo acessibilidade universal.

 Instrumento reorganizador do processo de trabalho

 Qualificar a relação trabalhador-usuário (humanidade,


solidariedade e cidadania).

(Franco et al, 1999)


Acolhimento
 Postura

 Processo de trabalho
 Recepção para o Acolhimento
 Acolhimento à demanda espontânea

 Política Nacional Humanização


Acolhimento - Postura
 Tecnologia leve
 Modo de relação trabalhador-usuário
 Subjetividade; escuta qualificada
 Postura acolhedora
 Técnicas dos planos verbal e não-verbal
Acolher é ...
 Acolhimento não é triagem! É postura! É a
forma como se trabalha. É procurar responder,
solidariamente, por meio de uma escuta
qualificada, às demandas do usuário,
responsabilizando conjuntamente pelo cuidado
ao paciente. Avaliar, humanamente, a queixa e
fazer a classificação de risco de forma a
permitir o acesso universal, respeitando a
equidade e a integralidade.
Todos trabalhamos com
Acolhimento
 Porteiro  THD
 Auxiliar de enfermagem  ACD
 Médico  Gerente
 Enfermeiro  Auxiliar administrativo
 Cirurgião-dentista  ACS
Quem acolhe ...

Todos os trabalhadores da Unidade de Saúde são


responsáveis pelo Acolhimento e suas funções específicas
devem ser pactuadas no serviço. As Equipes de
Acolhimento devem ser definidas previamente a fim de se
potencializar outras ações das ESF.
Acolher em todos os encontros ...

 Não devemos restringir o termo


Acolhimento ao Acolhimento à
Demanda Espontânea. Acolher
o usuário deve ser prática corrente
em todos os encontros
profissional-usuário.
Recepção para Acolhimento
 Recepção para Acolhimento é o horário
proposto pelo serviço de saúde para
receber o usuário que necessita do
mesmo naquele momento ou naquele
dia, com fins de organização do
processo de trabalho pela Equipe de
Acolhimento.
Demanda Espontânea
 Demanda Espontânea é o nome dado
para qualquer atendimento não
programado na Unidade de Saúde.
Representa uma necessidade
momentânea do usuário. Pode ser uma
informação, um agendamento de
consulta, uma urgência ou uma
emergência.
Caso Agudo
 Caso Agudo refere-se ao paciente que
procura o serviço de saúde com fins de
restabelecimento de sua saúde por algum
tipo de sofrimento de início recente.
Organização para o
Acolhimento
 Acolhimento durante todo o horário de
funcionamento da UBS (acesso;
classificação de risco; equidade)

 Permitir e ampliar o acesso não condiz


com estreitamento de condutas e
horários, mas com organização da
demanda espontânea com equidade.
Equipe de
Acolhimento

 Por Equipe de Acolhimento entende-se o conjunto de


profissionais previamente designados para essa função
naquele dia ou horário. Pode ser um ou mais profissionais,
dependendo das outras demandas do serviço e do número de
profissionais da Unidade de Saúde.
UBS - variabilidade
 Estrutura física
 Número de equipes
 Número de profissionais de saúde
 Localidade (rural/ urbana)

* Equipe de Acolhimento poderá diferir!


Equipe de Acolhimento
 Não há um formato de equipe de acolhimento que
seja o mais adequado, ou mais efetivo.

 Participação de médico, enfermeiro e auxiliares em


diversos arranjos deve ser estabelecida de acordo
características locais.

 Participação de profissionais de nível superior no


processo de tomada de decisão.
Sala de Espera
 Entende-se por Sala de Espera o
ambiente onde os usuários aguardam o
acolhimento de suas demandas.
Representa um momento potencial para
práticas coletivas e de educação popular
em saúde dentre outras possibilidades
criativas.
Ambiência
 Ambiente para Acolhimento é todo aquele
onde há o encontro profissional-usuário.
Todavia deve-se primar por um ambiente
que privilegie a privacidade, o sigilo, o
respeito ao paciente.
Organização para o
Acolhimento

 Necessidade: Organização da
Demanda Espontânea – Acolher

 Demanda Espontânea x Demanda


Programada
Classificação de Risco
 “Acolhimento à demanda espontânea”
envolve, fundamentalmente, classificação
de risco.
 processo dinâmico
 usuário é avaliado conforme protocolos
definidos
 observado os sinais de alerta
 atendido de acordo com sua demanda,
agravo, sofrimento ou risco. (Equidade)
Classificação de Risco
 Vários protocolos
(urgência/emergência)

 Protocolo de Manchester
(não validado para APS)

 A importância para a APS


não se restringe à
classificação por cor, mas
na definição do usuário
que vai ser avaliado e do
usuário que deverá ter uma
consulta agendada.
Concluindo...
 Clareza de que
 acolher é uma postura de trabalho

 “Recepção para o Acolhimento” e


“Acolhimento à Demanda Espontânea”
são algumas formas se operar o trabalho
no SUS (PNH; princípios do SUS).
Concluindo...
 Formatar uma maneira única de se
realizar essas propostas é inviável e
depende de vários fatores locais,
peculiaridades, e da discussão com a
comunidade.

 Deve-se adequar a cada realidade, de


maneira criativa, o atendimento à
demanda espontânea e programada.
Concluindo...
 A reflexão sobre aparentes paradoxos:
 teoria e prática;
 acolher holisticamente e acolher com
agilidade;
 escuta qualificada e demanda
excessiva, perpassa o cotidiano.

 Atuar de maneira positiva, com


propostas, a fim de melhorar a atenção,
também faz parte do nosso trabalho.
Concluindo...
 Acolher com qualidade e trabalhar todas
as potencialidades da ESF muitas vezes
confronta-se com o tamanho da área de
abrangência e da população adscrita!!
Concluindo...

 Perguntas e angústias
estarão sempre presentes
na prática.

 Aliar valores éticos e


técnicos tentando
responder da maneira mais
adequada às necessidades
das pessoas, estaremos
colaborando para a real
implantação do SUS.
Obrigado!

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