Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A legislação que sustenta o Sistema Único de Saúde do Brasil será melhor entendida
quando pensada no processo de construção e realização das novas práticas de saude que se
iniciam a partir dos anos de 1990 com a aprovação das leis orgânicas de saúde de número
8080/1990 e 8142/1990. A lei 8080/1990 foi regulamentada em 2011 pelo decreto 7508 que
efetivou o projeto de um sistema de saúde público, universal, com possível participação da
iniciativa privada seguindo critérios estabelecidos pela própria legislação.
◇ Rep
ública Velha (1889 – 1930)
◇ Era
Vargas (1930 – 1964)
◇ Auto
ritarismo (1964 -1984)
◇ Nov
a República (1985 – 1988)
◇ Pós
–constituinte (1989 – 2011).
Fonte:http://www.contemporaneum.net/2010/09/historica-economica-do-brasil-
republica.html
Durante a República Velha o país foi governado pelas oligarquias dos estados
mais ricos, especialmente São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A cafeicultura era o
principal setor da economia, isso favoreceu a industrialização, a expansão das atividades
comerciais e o aumento acelerado da população urbana, engrossada pela chegada dos
imigrantes desde o final do século XIX" (BERTOLLI FILHO, 1996)
Nesta época havia a predominância de doenças transmissíveis que trazia
grandes prejuízos econômicos e, por isso eram organizadas campanhas sanitárias,
visando à salubridade dos portos, controle de endemias e saneamento, além, da
organização de serviços de saúde pública.
No governo de Rodrigues Alves desencadearam-se ações que tiveram como
vertente a chamada "Higienização". Através da figura de Osvaldo Cruz, a questão
sanitária passou a ser tomada como uma questão política. Como exemplo, pode se
verificar a lei sobre a vacinação e re-vacinação contra a varíola, no ano de 1904, processo
que gerou uma série de revoltas no âmago da população civil contra o sentido militar
imputado a campanha (IYDA, 1994).
Em 1920 acontece a Reforma Carlos Chagas, que implanta o novo regulamento
do Departamento Nacional de Saúde Pública, separando a organização da saúde em
saúde pública e previdência social. E, em 1923 é criada a Lei Elói Chaves, que
regulamentou a criação de Caixas de Aposentadoria e Pensão – CAP – um modelo
restrito ao âmbito de grandes empresas e que possuíam administração próprias para seus
fundos (BERTOLLI FILHO, 2008).
As Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), que se constituíram em
embrião do Seguro Social, corresponderam ao primeiro período da história da
Previdência brasileira. As CAPs concediam benefícios pecuniários, nas modalidades de
aposentadorias e pensões, bem como na prestação de serviços do tipo de consultas
médicas e fornecimento de medicamentas. Para tanto, foi criado um fundoconstituído pelo
recolhimento compulsório do empregado: 3% do salário; doempregador: 1% da renda
bruta das empresas e da União: 1,5% das tarifas dosserviços prestados pelas empresas
(CORDEIRO. 1981).
Este período anterior a 1930 caracterizou-se pela predominância do modelo
neoliberal privado tradicional e com assistência médica individual oferecida pelas santas
casas e instituições de caridade a quem não podia pagar ou por médicos tipicamente
liberais, mediante remuneração direta (VIANA; LIMA, 2011).
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_Vargas
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde
Pós-Constituinte (1989-1992)
Com a promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988 a saúde foi
incluída no capítulo de seguridade social e foi criado o Sistema Único de Saúde.
A constituinte de 1988, no capítulo VIII da Ordem social e na secção II,
referente à Saúde define no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos e dever do estado,
garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”.
O SUS é definido pelo artigo 198 como sendo “As ações e serviços públicos de
saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III. Participação da comunidade - controle social.
Parágrafo único - o sistema único de saúde será financiado, com recursos do orçamento
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além
de outras fontes”.
Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988, ele somente foi
regulamentado em 19 de setembro de 1990 através da Lei 8.080. Esta lei define o modelo
operacional do SUS, propondo a sua forma de organização e de funcionamento. Neste
momento algumas reflexões são necessárias: primeiramente a saúde passa a ser definida
de um forma mais abrangente :
“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e
o acesso aos bens e serviços essenciais: os níveis de
saúde da população expressam a organização social
e econômica do país”.
Da Organização do SUS:
Da Hierarquização:
Do Planejamento da Saúde:
O processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado,
do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde ,
compatibilizando-se as necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de
recursos financeiros. Esta compatibilização será efetuada no âmbito dos
Planos de Saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos entes
federativos, e deverão conter metas de saúde.
No planejamento devem ser considerados os serviços e as ações prestados
pela iniciativa privada, de forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão
compor os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional.
Mapa da Saúde: descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de
ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se
a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos
indicadores de saúde do sistema.
O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e
orientará o planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o
estabelecimento de metas de saúde.
Da Assistência à Saúde:
Da Articulação Interfederativa:
Comissões Inter-gestores: instâncias de pactuação consensual entre os entes
federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS.
As Comissões Inter-gestores pactuarão a organização e o funcionamento das
ações e serviços de saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo:
I – a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde para efeitos
administrativos e operacionais;
II – a CIB, no âmbito do estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para
efeitos administrativos e operacionais; e
III – a Comissão Intergestores Regional – CIR, no âmbito regional, vinculada à
Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais, devendo
observar as diretrizes da CIB.
LEI 12.466/2011
REFERÊNCIAS
BERTOLLI FILHO, Claúdio. História da Saúde Pública no Brasil. 11. ed. São Paulo: Ática,
2008.
BRAGA, José Carlos de Souza; PAULA, Sergio Goes de. Saúde e previdência: estudos
de política social. São Paulo: Hucitec, 2006.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde. Brasília:
CONASS, 2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 1997.
BRASIL. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990.
BRASIL. Ministério da Saúde/INAMPS. Resolução nº 273, de 17 de julho de 1991
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Portaria nº
234, de 10 de fevereiro de 1992.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 545, de 20 de maio de 1993.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2203, de 5 de novembro de 1996.
BRASIL. Lei nº 8142, de 28 de dezembro de 1990.
BRASIL. Ministério da Saúde. Norma Operacional de Assistência à Saúde -NOAS. SUS
01/2001. Portaria GM/MS n. 95 de 26 de janeiro de 2001. Brasilia, 2001
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011.
Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização
do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a
articulação interfederativa, e dá outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 29 jun. 201.
CORDEIRO, Hésio. As empresas médicas: um estudo sobre a s transformaçõe s
capitalista s da prática médica no Brasil. Sã o Paulo, 1981. Tese (doutorado) - Faculdade
de Medicina Universidade de São Paulo.
NICZ, Luiz F. Previdência social no Brasil. In: GONÇALVES, Ernesto L.35 Administração
de saúde no Brasil.São Paulo: Pioneira, 1988, cap. 3, p.163-197.
VIANA, Ana Luiza D'Avila. As diferentes institucionalidades da políitica social no Brasil no
período de 1995 a 2010. In: VIANA, Ana Luiza D'Avila; LIMA, Luciana Dias de (Org.).
Regionalização e relações federativas na política de saúde do Brasil. Rio de Janeiro:
Contra Capa Livraria, 2011.
QUESTÕES
1.A estratégia de regionalização é uma diretriz organizativa, cujos fundamentos legais vêm sendo
definidos ao longo da história da saúde no Brasil. Após a Constituição Federal de 1988, a Lei nº.
8080/1990, em seu artigo 7º define competências frente a criação de redes regionalizadas e
hierarquizadas de saúde, estabelecendo:
A) Que a direção municipal do SUS deve participar do planejamento, programação e organização
em articulação com sua direção estadual.
B) A regionalização como pressuposto de descentralização sem caráter normativo.
C) Que diversos municípios devem se agrupar em caráter cooperativo com fins político-
financeiros.
D) Estratégias que constituirão a promoção da equidade no sentido de reforço da palavra
conjuntural.
E) Módulos assistenciais individualizados, sem inclusão no Plano Diretor de Regionalização
(PDR), concepção sem formalização legal.
3.“A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde será
____________ em relação ao conjunto dos demais segmentos.” (§4º art. 1º Lei nº. 8142/1990)
Para completar o parágrafo citado anteriormente, nos termos da lei, marque a alternativa correta:
A) confidencial B) paritária C) semanal D) ordenada E) englobada
4.Nos termos da Lei Federal nº. 8080/1990, as ações e serviços de saúde, executados pelo SUS,
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados:
A) De forma assistencial, político-administrativa.
B) De forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
C) Com ênfase na descentralização dos serviços somente para a rede privada.
D) Pela capacidade e por níveis de assistência.
E) De forma decrescente, hierarquizada e por município.
5.De acordo com a Lei nº. 8142/90 em relação aos Conselhos de Saúde, é correto afirmar,
EXCETO:
A) Fiscalizam a aplicação dos recursos da saúde.
B) Devem se reunir a cada quatro anos.
C) São compostos por representantes do governo, dos prestadores de serviços, dos profissionais
de saúde e dos usuários do sistema.
D) Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
instância correspondente.
E) Terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio.
6.No modelo de gestão plena de atenção básica, o município recebe recursos do Fundo Nacional
de Saúde para o financiamento:
A) Integral da assistência à saúde. D) Das ações básicas e das de média complexidade.
B) Das ações de assistência básica à saúde. E) Das ações de alta complexidade.
C) Do Programa de Saúde da Família.
7.O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que
apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. Fazem parte das
prioridades pactuadas, EXCETO:
A) Fortalecimento da atenção básica. D) Redução da mortalidade infantil e materna.
B) Saúde do idoso E) Erradicação das doenças emergentes.
C) Controle do câncer de colo de útero e de mama.
8.“Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde.” (Carta dos
Direitos dos Usuários de Saúde) Este princípio contido na Carta significa que:
A) Os cidadãos precisam de atendimento imediato, sempre em primeiro lugar.
B) Os cuidados no atendimento são prescritos pela agenda diária.
C) A garantia de acessibilidade significa condições de atendimento adequado, justo e eficaz.
D) A informação deve considerar as evidências científicas.
E) Os procedimentos diagnósticos devem ser somente preventivos
9.Conforme preconiza a Lei Federal nº. 8080/1990, são considerados como princípios do SUS,
EXCETO:
A) Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.
B) Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde.
C) Organização dos serviços públicos, de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
D) Regionalização de serviços para evitar e conter excessos de viagens de demandas evasivas.
E) Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico.
11. As Conferências e Conselhos de Saúde, conforme determina a Lei nº. 8142/1990 deverão se
pautar por normas regulamentadoras que permitam seu funcionamento. Tais normas organizam
os Conselhos e Conferências de Saúde e são aprovadas em regimento próprio pelo(a):
A) Assembleia Popular. D) Dirigentes Municipais.
B) Poder Executivo. E) Regulamento Geral.
C) Respectivo Conselho
12.A participação complementar dos serviços privados para o SUS, será formalizada mediante
contrato ou convênio, preferencialmente destinados a:
A) Hospitais Estaduais. D) Entidades filantrópicas e sem fins lucrativos.
B) Fundações públicas e privadas. E) Entidades confessionais.
C) Serviços de Pronto-Socorro Cardíaco.
13.No que se refere à Gestão Financeira do SUS, conforme determinação da Lei Federal n°.
8080/1990, os recursos financeiros em cada esfera de sua atuação deverão:
A) Ser programados trimestralmente.
B) Gerir e financiar as receitas extraordinárias.
C) Ser depositados em conta específica e movimentados sob a fiscalização dos Conselhos de
Saúde.
D) Constituir receita para pagamentos generalizados.
E) Fomentar e financiar instituições sociais
14.A Lei Federal 8080/90 estabelece que a articulação das políticas e programas, a cargo das
comissões intersetoriais, abrangerá em especial, atividades como:
A) Alimentação e nutrição.
B) Saneamento e meio ambiente.
C) Recursos humanos.
D) Ciência e tecnologia.
E) Todas as alternativas anteriores completam o enunciado.
15. Analise as assertivas abaixo que apresentam as competências da direção estadual do SUS:
(Lei 8080/90)
I. Participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho.
II. Em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e
equipamentos para a saúde.
III. Identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta
complexidade, de referência
estadual e regional.
IV. Estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços
de saúde.
Estão corretas apenas as alternativas:
A) I, II e III B) I, II, III, e IV C) II, III e IV D) I, III e IV E) II e III
17. “As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde, seja diretamente ou
mediante participação _______________ da iniciativa privada, serão organizados de forma
_______________ e ________________ em níveis de complexidade crescente.” Referente ao
Art. 8º da Lei nº. 8080/90, assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a
afirmação anterior.
A) efetiva / regionalizada / centralizada
B) complementar / hierarquizada / centralizada
C) complementar / regionalizada / hierarquizada
D) complementar / descentralizada / regionalizada
E) efetiva / regionalizada / descentralizada
19. Considerando a Lei nº. 8080/90, no que se refere a recursos humanos e sua política na área
da saúde, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão regulamentadas
por Comissão
Nacional, de forma a garantir a participação das entidades profissionais.
( ) Será formalizada e executada articuladamente, pelas diferentes esferas do governo, para dar
cumprimento a
determinados objetivos.
( ) Os servidores, que legalmente acumulam dois cargos ou empregos, não poderão exercer suas
atividades em mais de um estabelecimento.
20.O Art. 3º da Lei nº. 8080/90 dispõe sobre os fatores determinantes e condicionantes da saúde,
que são, EXCETO:
A) Alimentação. B) Lazer. C) Moradia. D) Saneamento básico. E) Medicamento.
21.De acordo com o Art. 6º da Lei nº. 8080/90 estão incluídas no campo de atuação do Sistema
Único de Saúde (SUS)
I. formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
II. incrementos, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnólogo.
III. execução de ações de vigilância sanitária e epidemiológica.
IV. controle e fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde.
Estão corretas apenas as alternativas
A) I, II B) II, IV C) II, III D) I, III, IV E) I, II, III, IV
23.O controle social do Sistema Único de Saúde (SUS) está relacionado também à participação
comunitária em sua gestão. A conferência de saúde que reunir-se-á a cada quatro anos, terá
como objetivo:
I. avaliar a situação da saúde.
II. controlar e avaliar os hospitais públicos no que se refere à atenção básica.
III. propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes
24. “É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições com
fins lucrativos.” “As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema
Único de Saúde.” As afirmativas citadas anteriormente se referem à saúde conforme dispõe a
Constituição Federal de 1988 e assim se apresentam:
A) As duas afirmativas estão incompletas. D) As duas afirmativas estão incorretas.
B) A 1ª afirmativa está incorreta e a 2ª correta. E) A 2ª afirmativa está incompleta e a 1ª incorreta.
C) As duas afirmativas estão corretas.
25.O Pacto pela Saúde aprova e consolida o Pacto pela Vida, suas prioridades e objetivos. Nas
alternativas abaixo, marque V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doenças diarréica e por
pneumonia.
( ) Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.
( ) Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.
( ) Implantar a Política Nacional de Saúde de Pessoa Idosa, com serviços especializados no
atendimento geriátrico em casas de abrigo, estritas a casos e mantidas por organizações não
governamentais.
26. “A iniciativa ___________ poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS) em caráter
complementar.” (§2º do artigo 4° da Lei nº. 8080/90) Das palavras citadas abaixo, marque a que
completa corretamente o parágrafo anterior:
A) pública B) institucional C) privada D) federal E) legislativa
27. As normatizações legais estabelecidas na Lei 8080/90 são aplicadas para regular as ações e
serviços de saúde emtodo o território nacional brasileiro, sejam elas executadas de forma isolada
ou conjunta, bem como em caráterpermanente ou eventual, mediante pessoas naturais ou
jurídicas de direito público ou privado. Considerando o textoexplícito nessa Lei Orgânica da Saúde
e as suas disposições gerais, é INCORRETO afirmar que:
A) os níveis de saúde expressam a organização social, bem como a econômica, do País.
B) constituem determinantes e condicionantes da saúde, dentre outros, alimentação; moradia;
saneamento básico; meio ambiente; trabalho; renda; educação; atividade física; transporte; lazer e
acesso aos bens e serviços essenciais.
C) apesar de o provimento da saúde constituir um dever do Estado, não estão exclusos desse
dever as pessoas, a família e a sociedade, sendo facultado às empresas o seu cumprimento.
D) o dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no
estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
E) as ações, que se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar
físico, mental e social, também se referem a ações de saúde.
28. Tratando-se, especificamente, das ações e serviços de saúde voltados para atenção à Saúde
Indígena, o regulamento legal (Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) estabelece que:
A) os municípios, por meio de recursos orçamentários próprios, deverão prover o financiamento
do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
B) tendo em vista os aspectos culturais e morais particulares e característicos das populações
indígenas, o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser centralizado no estado, com
maior representatividade dessa população, evitando ainda a hierarquização.
C) devido à simplicidade e ausência de aparato tecnológico mais complexo, as populações
indígenas devem ter acesso garantido ao SUS apenas na atenção primária à saúde.
D) o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena - SasiSUS terá como base os Distritos Sanitários
Especiais Indígenas, visando organizar os serviços prestados a essa população.
E) em decorrência da diversidade de dialetos indígenas no Brasil, as populações indígenas não
possuem espaço de participação no Conselho Nacional e Estadual de Saúde, fazendo-se
presente, apenas, nos Conselhos Municipais de Saúde.
29. Sabe-se que as Conferências de Saúde, em todos os âmbitos de ocorrência, são espaços
promovedores de democracia e construção de políticas públicas de saúde, nos quais a população
participa de decisões. Considerando o funcionamento dessa instância colegiada, assinale a
alternativa que se encontra coerente com os preceitos legais que dispõem acerca dessas
Conferências.
A) Encontra-se taxativamente listado na Lei 8142/90 que as Conferências Municipais de Saúde
destinar-se-ão à construção de políticas públicas que comporão o plano plurianual - PPA e o plano
municipal de saúde.
B) A Lei nº. 8142/90 menciona, no seu texto, que a convocação para realização da conferência
deve ser do poder Executivo ou extraordinariamente dessa e do Conselho de Saúde, portanto,
nas Conferências Municipais de Saúde, cabe ao Prefeito convocá-la.
C) A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos, sendo, portanto, um órgão
permanente e deliberativo.
D) As Conferências de Saúde não ocorrem de forma centralizada pela gestão; para isso, é
garantida a participação de representantes de diversos segmentos sociais, sendo, porém, vedada
a participação de prestadores de serviços de Saúde, a fim de não coibir os participantes.
E) As Conferências de Saúde atuam na formulação de estratégias, bem como no controle da
execução da política de saúde, inclusive no que se refere a aspectos econômicos e financeiros,
devendo as decisões decorrentes dos encontros serem homologadas pelo chefe do poder
executivo.
30. “As ações e serviços de saúde, implementados pelos Estados, Municípios e Distrito Federal,
são financiados com recursos da União, próprios e de outras fontes suplementares de
financiamento, todos devidamente contemplados no Orçamento da Seguridade Social.” (Gestão
Financeira do Sistema Único de Saúde: manual básico / Ministério da Saúde, Fundo Nacional de
Saúde. – 3 ed. rev. e ampl. - Brasília: Ministério da Saúde, 2003.).Nesse contexto, a Lei 8142/90
dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de Saúde e
afirma que:
A) os recursos do Fundo Nacional de Saúde, voltados para a cobertura das ações e serviços de
saúde a serem executados pelas instâncias governamentais, serão destinados em, pelo menos,
setenta por cento, aos Municípios, cabendo o restante aos Estados.
B) os recursos, voltados aos serviços de saúde serão destinados, pelo menos, vinte e cinco por
cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
C) é vetada, entre Municípios, qualquer forma de consórcio para a execução de ações e serviços
de saúde.
D) para recepção de recursos do Fundo Nacional de Saúde, não há normatização legal prevista
que determine critérios específicos a serem cumpridos.
E) o Plano de Saúde não se constitui em um requisito para recepção de recursos por parte dos
Municípios, Estados e Distrito Federal.
33. Referente à aplicação mínima de recursos pelos entes federados em ações e serviços
públicos de saúde, assinale a alternativa CORRETA.
A) Os municípios e o Distrito Federal devem aplicar anualmente, no mínimo, 25% da arrecadação
dos impostos em ações e serviços públicos de saúde.
B) Os estados devem aplicar, anualmente, no mínimo, 30% da arrecadação dos impostos em
ações e serviços públicos de saúde.
C) A União deve aplicar ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, sem acréscimos.
D) Os municípios e o Distrito Federal devem aplicar, anualmente, no mínimo, 15% da arrecadação
dos impostos em ações e serviços públicos de saúde.
E) Os estados devem aplicar, anualmente, no mínimo, 15% da arrecadação dos impostos em
ações e serviços públicos de saúde.
34. Ao retomar o processo de construção do SUS, pode-se observar que muitas ações com
características autoritárias estiveram presentes entre o século XIX e XX, através de um Estado
brasileiro liberal-oligárquico. Considerando os aspectos relacionados ao período citado, analise as
alternativas abaixo e assinale aquela que NÃO caracteriza o sistema de saúde e desafios deste.
36. O texto da Lei Orgânica da Saúde (LOS) Nº 8.080/1990 ressalta que o sistema de saúde deve
ser descentralizado.Considerando esse processo de descentralização político-administrativa,
assinale a alternativa CORRETA.
A) Deve ser estabelecido por meio da centralização dos serviços.
B) Deve ocorrer por meio do processo de municipalização dos serviços e ações de saúde.
C) Deve ser realizado por meio da conservação do poder em nível central, ou seja, no Ministério
da Saúde.
D) Deve ocorrer por meio da redistribuição de poder, bem como das competências para os
municípios, mantendo a direção ao
nível de Estados.
E) Deve ocorrer mediante o processo parcial de municipalização, conservando, sob o poder do
estado, a administração dos recursos.
Nesse sentido, a atenção básica deve cumprir algumas funções para contribuir
com o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde, são elas:
I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais
elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz
sempre necessária;
II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde,
utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por
meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções
clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia
dos indivíduos e grupos sociais;
III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos
singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de
atenção das RAS. Para isso, é necessário incorporar ferramentas e dispositivos de
gestão do cuidado, tais como: gestão das listas de espera (encaminhamentos para
consultas especializadas, procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede,
protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e
análise de casos traçadores, eventos- -sentinela e incidentes críticos, entre outros.
IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob
sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção,
contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades
de saúde dos usuários.
VIII - Garantia pela gestão municipal, dos fluxos definidos na Rede de Atenção à Saúde
entre os diversos pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas, integrados
por serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do
cuidado.
Recomenda-se: a) Para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da Família em
grandes centros urbanos, o parâmetro de uma UBS para, no máximo, 18 mil habitantes,
localizada dentro do território, garantindo os princípios e diretrizes da atenção básica; e b)
Para UBS com Saúde da Família em grandes centros urbanos, recomenda-se o
parâmetro de uma UBS para, no máximo, 12 mil habitantes, localizada dentro do
território, garantindo os princípios e diretrizes da atenção básica.
Do Enfermeiro:
I - Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas,
associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência,
idade adulta e terceira idade;
II - Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme
protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual,
municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, solicitar
exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário,
usuários a outros serviços;
III - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
IV - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os
outros membros da equipe;
V - Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente da equipe de
enfermagem e outros membros da equipe;
VI - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS. Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem:
I - Participar das atividades de atenção realizando procedimentos regulamentados no
exercício de sua profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou
nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.);
II - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
III - Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento
da equipe;
IV - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS; V - Contribuir, participar e realizar atividades de educação
permanente.
Princípios:
Transversalidade
A Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida em todas as
políticas e programas do SUS.Transversalizar é reconhecer que as diferentes
especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é
assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável.
Diretrizes
A Política Nacional de Humanização atua a partir de orientações clínicas, éticas e
políticas, que se traduzem em determinados arranjos de trabalho.
Acolhimento
O QUE É? Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade
de saúde. O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e
usuários/ populações. Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de
forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a
construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços,
trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva.
COMO FAZER? Com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às
necessidades do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses usuários a
tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das práticas de
saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos com prioridades a partir
da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco.
-Ambiência
O QUE É? Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortá- veis, que respeitem a
privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro
entre as pessoas. COMO FAZER? A discussão compartilhada do projeto arquitetônico,
das reformas e do uso dos espaços de acordo com as necessidades de usuários e
trabalhadores de cada serviço é uma orientação que pode melhorar o trabalho em saúde.
Clínica ampliada e compartilhada
O QUE É? A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é
contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a
singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença. Permite o
enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus
respectivos danos e ineficácia.
COMO FAZER? Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos
(outras variáveis, além do enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos
nas relações clínicas) e a qualificação do diálogo (tanto entre os profissionais de saúde
envolvidos no tratamento quanto destes com o usuário), de modo a possibilitar decisões
compar- tilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS.
Valorização do Trabalhador
O QUE É? É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na
tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os
processos de trabalho.
COMO FAZER?
O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a Comunidade Ampliada de Pesquisa
são possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção e análise do que causa
sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo de trabalhadores e do que propicia os
acordos de como agir no serviço de saúde. É importante também assegurar a
participação dos trabalhadores nos espaços coletivos de gestão.
REFERÊNCIAS
BRASIL.SIAB. Manual do Sistema de Informação da Atenção Básica. Brasília: Ministério
da Saúde, 2000.
QUESTÕES
5- (Saúde Coletiva Recife 2009) O Programa Saúde da Família (PSF) foi introduzido
no Brasil, pelo Ministério da Saúde, em 1994. Enquanto proposta concebida dentro
da vigência do Sistema Único de Saúde, teve como antecedente:
a) Programa de Saúde da Comunidade (POSAC).
b) Programa de Agentes Comunitários em Saúde (PACS).
c) Plano de Atendimento à Saúde (PAS).
d) Sistemas Locais de Saúde (SILOS).
e) Programa de Interiorização do SUS (PISUS).
6- (Recife 2010) Qual das assertivas abaixo está CORRETA de acordo com os
preceitos da Estratégia Saúde da Família?
a) O Cadastro da população do território de abrangência da Unidade de Saúde da Família
de Terra Nova deverá ser realizado pelo Agente Comunitário de Saúde e atualizado, no
mínimo , a cada seis meses.
b) A organização do processo de trabalho da Equipe de Saúde da família deve se dar
através do Acolhimento, o que implica na escuta exclusiva do profissional de
Enfermagem.
c) A Equipe de Saúde da Família deverá desenvolver atividades de acordo com o
planejamento e a programação, realizados com base no diagnóstico situacional, tendo
como foco o atendimento individual.
d) Para obedecer aos preceitos da Estratégia Saúde da família sobre a adscrição de
clientela, a Equipe de Saúde de Terra Nova é responsável por atender a demanda
espontânea, mesmo daqueles usuários que não pertençam ao território de abrangência
da Unidade.
e) O vínculo deverá se estabelecer na relação profissional de saúde–usuário, construído
ao longo do tempo, com base na responsabilização da equipe pelo cuidado e promoção
da saúde dos usuários.
10- (Palmares 2007) As ações da equipe do PSF devem ser norteadas dentro da
lógica da:
a) Vigilância sanitária.
b) Vigilância ambiental.
c) Vigilância epidemiológica.
d) Vigilância em saúde.
e) Maior incidência e prevalência das doenças que acometeram as famílias assistidas
pela equipe do PSF.
11– (Saúde Coletiva Recife 2009) Para que uma Unidade de Saúde seja inscrita no
Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde dentro da
área para o atendimento das Equipes de Saúde da Família, ela deve possuir
minimamente:
I. consultório médico e de enfermagem para a Equipe de Saúde da Família, de acordo
com as
necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência.
II. área/sala de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos
de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários.
III. equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a
garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde.
IV. consultório médico, de enfermagem e de odontologia para a Equipe de Saúde da
Família, de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de
sua competência.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I está correta. d) Somente as afirmativas I e II estão
corretas.
b) Somente a afirmativa IV está incorreta. e) Somente as afirmativas I e III estão
corretas.
c) Somente a afirmativa III está correta.
12 – (Recife 2010) Com relação à Portaria Nº 154, de 24 de janeiro de 2008, que cria
os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF, identifique a alternativa FALSA.
a) Os NASFs têm o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção
básica bem como sua resolubilidade.
b) O NASF é constituído de equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de
conhecimento, que atuam em parceria com os profissionais das Equipes de Saúde da
Família – ESF.
c) Os NASFs se constituem em porta de entrada do sistema e devem atuar de forma
integrada à rede de serviços de saúde.
d) Os NASFs devem funcionar em horário de trabalho coincidente com o das equipes de
Saúde da Família, e a carga horária dos profissionais do NASF é de, no máximo, 40 horas
semanais.
e) É de responsabilidade de todos os profissionais que compõem os NASFs
desenvolverem coletivamente, com vistas à intersetorialidade, ações que se integrem a
outras políticas sociais, como: educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras.
19. A respeito dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, é CORRETO afirmar que
A) são compostos por equipes multiprofissionais, de atuação integrada, fornecendo, por
meio de suas ações, apoio às Equipes de Saúde da Família e de atenção básica para
populações específicas, bem como Academia da Saúde.
B) não fazem parte da atenção básica, pois constituem serviços com unidades físicas
independentes ou especiais.
C) são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo.
D) atendem à população a partir das demandas identificadas nas Unidades Hospitalares.
E) não há, em nenhuma das formas de atuação do NASF, responsabilização
compartilhada entre a equipe dos núcleos e as equipes de Saúde da Família/equipes de
atenção básica.
21. Sabe-se que as Redes de Atenção à Saúde (RAS) se constituem como uma
estratégia que visa à promoção de um cuidado integral às necessidades da
população. A Atenção Básica em Saúde faz parte dessa rede articulada e apresenta,
nesse cenário, funções explicitamente expostas na PNAB. Sobre elas, analise os
itens abaixo:
I. Ser Base
II. Ser resolutiva
III. Coordenar o cuidado
IV. Ordenar as redes
Estão CORRETOS
A) I, II e IV, apenas.
B) III e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) I, II, III e IV.
E) II, III e IV, apenas.
26.A Política a Política Nacional de Atenção à Saúde no Brasil, cujo princípio geral
envolve um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo,
abrangendo a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde, é corretamente
denominada de:
A) Política Nacional de Atenção Secundária.
B) Política Nacional de Atenção Terciária.
C) Política Nacional de Atenção Básica e de Referência.
D) Política Nacional de Atenção Básica.
E) Política Nacional de Atenção Básica e de Contra-Referência.
28.Em relação aos princípios gerais da Atenção Básica no Brasil, é correto afirmar:
A) Orienta-se pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde.
B) Caracteriza-se predominantemente por um conjunto de ações assistenciais de saúde,
para resolver os problemas de saúde da população.
C) Saúde da Família é a Estratégia do Ministério da Saúde para reorganização da
Atenção Básica no Brasil, nas áreas de baixas condições sócio-econômicas.
D) Possibilita o acesso pontual e programado aos serviços de saúde.
E) Objetiva consolidar as práticas programáticas de saúde.
EPIDEMIOLOGIA
· PRI
NCIPAIS USOS DA EPIDEMIOLOGIA:
❖ Med
idas de Saúde Coletiva:
a) Coe
ficientes ou taxas: Expressa a intensidade dos RISCOS de ocorrência de uma
determinada situação. No NUMERADOR fica os casos e no DENOMINADOR
fica a (população sob o risco de adoecer, de se tornar incapacitado, de morrer etc),
tendo como múltiplo 10N: 100, 1000, 10000, etc. Ex: Coeficiente de Mortalidade
Infantil: Nº de óbitos menores de 1 ano em certa área durante o ano / total de
nascidos vivos nessa mesma área durante o ano x 1000
b) Índi
ce ou Proporção: Relação entre frequências atribuídas de determinado evento. No
NUMERADOR, é registrada a frequência absoluta do evento, que constitui
subconjunto da frequência contida no DENOMINADOR. Não expressam risco. Ex:
Número de óbitos por Aids em relação ao número de óbitos em geral.
c) Raz
ão: Medida de frequência de um grupo de eventos relativa à frequência de outro
grupo de eventos. O numerador e o denominador são elementos de mesma
natureza e mesma dimensão, ou seja, o numerador não é um subconjunto do
denominador, pois não está incluído no denominador. Ex: razão entre duas
doenças, razão masculino/feminino.
Os indicadores podem ser medidos em indicador de mortalidade e indicador de
morbidade.
❖ INDI
CADOR DE MORTALIDADE:
➢ Tem
como características:
· Med
ir o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população apresenta de vir a
morrer, em decorrência de uma doença;
· Ref
erir-se ao conjunto dos indivíduos que morrem num dado intervalo de tempo;
· É
calculado pela taxa ou coeficiente de mortalidade;
· Des
creve as condições de saúde de uma população;
· É o
mais empregado na epidemiologia;
· São
registrados no SIM;
· Tem
como fonte de dados:
➢ Declaração de óbito;
➢ Cemitérios;
➢ Prin
cipais indicadores de mortalidade:
· Coe
ficiente geral de mortalidade;
· Coe
ficiente de mortalidade infantil;
· Coe
ficiente de mortalidade neonatal;
· Cur
va de mortalidade proporcional
· Coe
ficientes específicos e mortalidade proporcional
· Mort
alidade por sexo;
· Mort
alidade por idade;
· Mort
alidade por causas;
· Mort
alidade por local.
9-COEFICIENTE DE LETALIDADE:
Nº de óbitos por determinada doença X 100 (ou 1.000)
Número de casos da mesma doença
❖ VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
1- Notificação Compulsória;
2- Investigação Epidemiológica;
· Notificação Compulsória:
· Pro
cesso Epidêmico:
✓ End
emia: É a expressão de um fenômeno de saúde e doença no coletivo, produto de
um conjunto de processos determinantes próprios de uma dada formação social”.
Refere-se à doença habitualmente presente entre os membros de um determinado
grupo e relativamente constante em uma área.
✓ Epi
demia: É uma alteração espacial e cronologicamente delimitada, do estado de
saúde-doença de uma população caracterizada por uma elevação
progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de
incidência de determinada doença.
✓ Pan
demia: È uma epidemia de grandes proporções, envolvendo extensas áreas e um
número elevado de pessoas. Aplica-se geralmente a uma doença que passa de um
continente para outro.
✓ Surt
o epidêmico: ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado:
colégio, quartel, bairro etc.
❖ SIS
TEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE:
Além dos grandes bancos de dados gerados por atividades de outros setores
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada-IPEA, etc) e estudos amostrais realizados por universidades e outras
instituições, o SIS é composto por diferentes Sub-sistemas, que produzem uma enorme
quantidade de dados referentes às atividades setoriais em saúde, gerando grandes
bancos de dados nacionais, dos quais se destacam:
✓ FAT
ORES QUE CONTRIBUEM PARA A GARANTIA DA QUALIDADE DOS
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
· Moti
vação
· Faci
lidade da coleta dos dados
· Prec
isão dos dados
· Peri
odicidade da coleta
· Abr
angência
✓ FAT
ORES QUE COMPROMETEM A QUALIDADE DOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
· For
mulários complexos e mal planejados
· Pre
enchimento inadequado (profissionais não habilitados)
· Lent
idão na análise
· Falt
a de retorno da informação aos envolvidos na geração e coleta dos dados
· Exc
esso de dados não essenciais.
❖ TIP
OS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS:
a) REL
ATOS OU SÉRIES DE CASOS: Apenas um ou número pequeno de pacientes; Mais
básico estudo descritivo; Ausência de grupo de comparação; Descrição inicial (às
vezes fundamental) de novas doenças ou associações.
▪ Vantagens: Barato e fácil de ser realizado e gerador de hipóteses;
▪ Desvantagens: Não testa hipóteses.
ALMEIDA FILHO, N. Epidemiol Saude. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: MEDSI, p. 289-312.
ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia
& saúde. 7. Ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
EXERCÍCIOS
I. Magnitude
II. Vulnerabilidade
III. Potencial de Disseminação
IV. Compromissos Internacionais
V. Susceptibilidade
Que item(ns) acima é(são) critério(s) para a definição de uma doença ser considerada
como de notificação compulsória?
A) I, II, III, IV e V.
B) Apenas um não é critério.
C) Dois não são critérios.
D) III não é critério.
E) IV não é critério.
02. Sobre o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), leia as
afirmativas abaixo:
COLUNA A COLUNA B
Prioridades
A) Epidemia I) Frequência e distribuição em
agrupamentos humanos, distribuídos em
espaços delimitados, mantenham padrões
regulares de variações num determinado
período, ou seja, as oscilações na
ocorrência das doenças correspondem
somente às flutuações cíclicas e sazonais.
B) Endemia II) A Cólera e a Gripe são seus exemplos
clássicos.
C) Pandemia III) Ocorrência de um claro excesso de
casos de uma doença ou síndrome clínica
em relação ao esperado, para uma
determinada área ou grupo específico de
pessoas num particular período.
A) auditoria dos custos dos pacientes através do fluxo na rede de atenção à saúde.
B) recomendação das medidas de prevenção de agravos e controle apropriadas.
C) processamento de dados coletados.
D) avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas.
E) divulgação de informações pertinentes.
11. A Vigilância Epidemiológica como instrumento de Saúde Pública surgiu no final
do século XIX, com o desenvolvimento da microbiologia, pautada nas doenças
pestilenciais, como a varíola e a febre amarela. O termo Vigilância era vinculado aos
conceitos de isolamento ou quarentena. A década de 60 foi o período, em que a
Vigilância se consolidou internacionalmente, definindo seus propósitos, funções,
atividades, sistemas e modalidades operacionais. Sobre isso, analise as afirmativas
abaixo:
A) Caso Controle
B) Coorte
C) Intervenção
D) Corte transversal
E) Inquéritos populacionais
A) Raiva humana
B) Doença de Chagas Aguda
C) Esquistossomose
D) Coqueluche
E) Óbito materno
17- A notificação compulsória consiste na comunicação da ocorrência de casos
individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, da lista de
agravos relacionados na Portaria n.º 204 de 17 de fevereiro de 2016, que deve ser
feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão,
visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Considere os seguintes
conceitos:
1 - notificação compulsória imediata: notificação compulsória realizada imediatamente a
partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo
meio de comunicação mais rápido disponível;
2 - notificação compulsória semanal: notificação compulsória realizada em até 7 (sete)
dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
3 - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada por responsável
pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana
epidemiológica não foi identificada nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública
constante da Lista de Notificação Compulsória;
4 - agravo: qualquer dano à integridade física do indivíduo, provocado por circunstâncias
nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou
lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão
autoprovocada.
Sobre eles, assinale a alternativa CORRETA.
A) Somente os conceitos 2 e 3 estão corretos.
B) Somente os conceitos 1, 2 e 3 estão corretos.
C) Somente os conceitos 2, 3 e 4 estão corretos.
D) Somente os conceitos 1, 2 e 4 estão corretos.
18- A Vigilância Epidemiológica deve estar sempre atenta às mudanças de
comportamento de doenças na população. A Portaria No 204, de 17 de fevereiro de
2016, apresenta a seguinte definição: “doença ou morte de animal ou de grupo de
animais que possa apresentar riscos à saúde pública”. De acordo com essa
portaria, essa definição se refere a qual dos termos a seguir?
A) Endemia
B) Agravo
C) Epizootia
D) Evento de saúde pública
E) Pandemia
A) Federal
B) Estadual
C) Municipal e estadual
D) Federal e estadual
E) Municipal
b) Ascaridíase e Gonorréia.