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HISTÓRIA DAS

POLÍTICAS DE
SAÚDE NO
Aula BRASIL:

04 final da Ditadura Vargas e o


Golpe Militar 
• Em 1950, Getúlio retomou o poder após as
eleições e assumiu em 1951, ficou no poder até
1954, quando se suicidou devido às pressões
sofridas.

• A área da saúde, ainda considerada precária,


deu espaço às assistências médicas, que se
estenderam aos Institutos de Aposentadoria e
Pensões (IAPs), que buscavam uniformizar os
direitos e os procedimentos de saúde.

• Ainda em 1950 foi realizada a 2ª Conferência


Nacional de Saúde, concentrando as discussões
nas condições de higiene e de segurança
do trabalho, na prestação de assistência e
médico-sanitária e preventiva para gestantes e
trabalhadores e na temática da malária
• O grande marco do período foi a criação do
Ministério da Saúde Independente da área da
educação;

• Desde a sua criação até marco de 1964 , o


Ministério da Saúde caracterizou-se pela
transitoriedade dos seus titulares;

• A nova pasta contou com o descaso das


autoridades, e com poucos recursos para seu
funcionamento;

• Ampliou suas ações no interior no combate


a Doença de Chagas, malária, tracoma,
esquistossomose;
• Em dezembro de 1951, houve a unificação do
atendimento aos segurados dos diversos CAPs
e IAPs, essa mobilização ocorreu em torno do
combate  a tuberculose;

• Por meio de decreto os partos normais foram


incluídos na garantia de assistência médica dos
CAPs; 

• O regulamento geral dos IAPs foi aprovado,


em 1954, e contemplou vários benefícios e
conquistas dos anos anteriores; 

• Devido as pressões de oposicionistas, em 1954,


Getúlio atentou contra a própria vida.
• Após a morte, alguns políticos se sucederam
no presidência até a próxima eleição que
levaria ao poder Juscelino Kubitcschek,
mandato de 1956 até 1960;

• Criou em 1956 o Departamento de Nacional de


Endemias Rurais, que pretendia reproduzir o
modelo adotado pelo SESP em anos anteriores

• O período foi marcado pela retomada do


crescimento industrial e pela modernização.
Brasília, nova capital do país, foi inaugurada
em 1960.
• Jânio Quadros assumiu em 1960, tentou um golpe contra o
Congresso e renunciou em seguida, atitude essa que lançou o
país em uma crise institucional.

• Seu vice – João Goulart –, impedido de assumir, teve que aceitar um


golpe branco que instituiu o parlamentarismo no país.

• Após um plebiscito, o país retornou ao regime presidencialista e


1963; porém, devido à inflação e à agitação popular, os militares e as
oligarquias desferiram o golpe militar de 1964.
FUNRURAL
Em meio a desorganização política foi promulgada a Lei Orgânica da Previdência Social, que reordenou
as condições de funcionamento dos IAPs. Em 1963, foi criado o Fundo de Assistência ao Trabalhador Ru-
ral (Funrural).

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Esses dois eventos não Em setembro de 1963, foi


tiveram grande expressão realizada a 3a Conferência
no arranjo assistencial, pois Nacional de Saúde,
a Lei Orgânica foi apenas um em que se propôs e
reordenamento dos IAPs e discutiu pela primeira
o Funrural somente saiu do vez a municipalização
papel no início dos anos 1970. da assistência à saúde, a
organização do setor e a
situação sanitária
• O Brasil abriu-se ainda mais para os grupos es-
trangeiros, e, na área da saúde, isso se refletiu na
entrada dos grupos de medicina privada, que co-
meçaram a administrar diversos hospitais (cons-
truídos e equipados com dinheiro do Estado).

• Com o avanço do comunismo no mundo e o cli-


ma de manifestações por direitos sociais, o Parti-
do Comunista foi colocado na ilegalidade e pou-
co a pouco criou-se o ambiente para o golpe
militar de 1964.

• A indicação e a posse de João Goulart na pre-


sidência e suas propostas de reforma de base,
voltadas para as políticas sociais e visando à ma-
nutenção da soberania sobre o petróleo, foram
os catalisadores ideais para sua deposição e o
golpe militar.
• Em 31 de março de 1964, os militares tomaram a
sede do governo, fecharam o Congresso Nacio-
nal e declararam a suspensão de vários direitos
individuais.

• As justificativas iam desde a necessidade da
contenção do comunismo até a manutenção da
ordem social e da democracia no país.

• Várias pessoas e instituições foram perseguidas,
principalmente aquelas que eram contrárias ao
golpe.

• Outros países da América Latina também pas-
saram por golpes militares semelhantes nesse
período, como Chile e Argentina.
UNIDADES DE SERVIÇO

Na saúde, as políticas de planejamento reforçaram a privatização dos serviços médicos, a partir da


aquisição de serviços pela Previdência, sob a forma de unidades de serviço.

As palavras de ordem eram produtividade, crescimento, desburocratização e descentralização da


execução de atividades.

Importante lembrar que a primeira medida do Ministério do Trabalho, em 1964, foi a intervenção
nos Institutos de Aposentadorias e Pensões, suspendendo a participação dos representantes dos
empregados e dos empregadores no desenvolvimento dos programas de saúde.

As consequências dessa medida se fizeram sentir, em 1966-67, com a criação do Instituto Nacional
da Previdência Social (INPS), que unificou os institutos e concentrou seus recursos financeiros,
ampliando a compra de serviços da rede privada.
O MILAGRE ECONÔMICO

Para o governo, o país vivia “o milagre econômico”, no entanto, o que se via nas cidades não era isso. 

Tínhamos intenso êxodo rural, em razão das péssimas condições de trabalho no campo inflando as
grandes cidades e piorando as já frágeis condições de vida; arrocho salarial; inflação descontrolada;
serviços de saúde voltados para poucos. Todas essas condições favoreceram o aparecimento de
epidemias, entre elas, a conhecida epidemia de meningite de 1974.

Informações a respeito dela foram censuradas, e os profissionais de saúde que tentaram realizar
alertas para essa situação foram perseguidos.
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE (SNS)

Esse período apresentou grande concentração de renda, podendo ser parcialmente explicada pelo
crescimento industrial. 
O crédito ao consumidor foi expandido e o INPS passou a ter o terceiro orçamento nacional,
ocupando espaço importantíssimo da prestação da assistência médica.

Em 1975, como resultado da V Conferência Nacional de Saúde, foi regulamentada a Lei no 6.229,
que criou o Sistema Nacional de Saúde (SNS), que legitimava e institucionalizava a pluralidade
institucional no setor. 

Essa lei definiu as responsabilidades das várias instituições, cabendo à Previdência Social a
assistência individual e curativa, enquanto os cuidados preventivos e de alcance coletivo ficaram
sob a responsabilidade do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais.
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE (SNS)
O Sistema Nacional de Saúde, pela Lei no 6.229, de 17 de julho, apenas reforçou o que já estava em vigor:
a previdência social continuava responsável pela assistência médica individual e curativa, enquanto
o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais se responsabilizavam pelos cuidados
preventivos.

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Os atos públicos contra


a infalação, a pressão da Os pensadores da saúde
imprensa e a oposição de pública na América Latina Em 1977 foi realizada a 6ª
diversos seguimentos políticos ganhavam força com suas Conferência Nacional de
e produtivos levaram ao teorias sobre a complexidade Saúde (CNS) que discutiu
enfraquecimento do governo do processo saúde-doença e a situação das grandes
militar, que se viu forçado a das mudanças necessárias no endemias entre outros
iniciar um lento processo de sistema para atender às novas aspectos
abertura política. necessidades de saúde.
Em março e 1980 aconteceu a 7ª CNS, com o tema
central: Extensão das ações de saúde através dos
serviços básicos.

Em 1981 a crise da previdência evidenciou o déficit


financeiro acumulado nos anos anteriores

O fim da ditadura foi marcado pelo movimento das


Diretas Já e pela eleição presidencial de Tancredo
Neves, em 1985.

O setor da saúde sofreu grandes alterações e


restruturações com a reforma sanitária e a criação do
Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS).

Os serviços médicos privados, que se beneficiaram


durante o militarismo, receberam recursos públicos e
foram financiados por grandes valores neste período.

Até a próxima aula, quando falaremos sobre a Reforma


Sanitária e o movimento de criação do SUS
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