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HISTÓRIA DAS

POLÍTICAS DE
SAÚDE NO
Aula BRASIL:

03 Era Vargas
A REVOLUÇÃO DE 30

• A revolução de 30 colocou no poder Getúlio Vargas, que governou entre 1930 e 1945

• Um governo centralizador, fechou o Congresso Nacional, perseguindo desafetos políticos e


fazendo alianças com países estrangeiros a fim de deportar presos políticos.

• Ele suspendeu a Constituição de 1891 e governou por decretos até 1934.


• Mas, apesar de tudo isso, ficou conhecido como pai dos pobres, por sua política populista:
enquanto desmontava o movimento trabalhador, promulgava a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).

• As medidas sociais de seu governo eram uma forma de mascarar e justificar o sistema autoritário
que estava instalado no pais.

• A saúde passou a compartilhar com o setor educacional um ministério próprio chamado Ministério
da Educação e Saúde Pública
A REVOLUÇÃO DE 30

• Na década de 1930, foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP).

• O Estado passou a também contribuir financeiramente, e a administração desses institutos ficou


dependente do governo, o que reduziu a liberdade dos trabalhadores nas tomadas de decisão.

• O dinheiro dos IAP passou a financiar grandes obras públicas, muitos empréstimos para grupos
privados de saúde foram realizados e usados para construir grandes hospitais, tendo como modelo o
sistema de saúde norte-americano, centrado no cuidado hospitalar
A REVOLUÇÃO DE 30

• Na década de 1930, foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP).

• O Estado passou a também contribuir financeiramente, e a administração desses institutos ficou


dependente do governo, o que reduziu a liberdade dos trabalhadores nas tomadas de decisão.

• O dinheiro dos IAP passou a financiar grandes obras públicas, muitos empréstimos para grupos
privados de saúde foram realizados e usados para construir grandes hospitais, tendo como modelo o
sistema de saúde norte-americano, centrado no cuidado hospitalar
• O governo Vargas passou pela revolução dos paulistas de 1932, pela Constituição de 1934.

• A reforma Capanema veio à luz em 1937, alguns meses antes da implantação, do regime
ditatorial que ficou conhecido como Estado Novo.

• A reformulação deu uma nova estrutura ao Ministério da Educação e Saúde Pública, que passou
a se chamar somente Ministério da Educação e Saúde

• O departamento Nacional de Saúde foi ampliado e passou a conta com a Assistência Médico-
Social e com diretorias de Assistência hospitalar, Sanitária, entre outras
• Embora a ditadura tenha durado até 1945, o país continuou seu movimento modernizador.
Durante a Segunda Guerra Mundial, um convênio com os EUA foi acordado e assim nasceu o
SESP, Serviço Especial de Saúde Pública, em 1942

• Esse serviço foi moldado tendo como base o modelo norte-americano, com foco em prevenção e
atuando nas áreas onde não havia cobertura dos serviços tradicionais, como a Amazônia.
• Durante toda a sua existência, apresentou um modelo de gestão extremamente rígido, tendo
sido considerado um órgão autoritário.

• O SESP desenvolveu, em áreas isoladas do norte brasileiro e, mais tarde, do norte de Minas até a
Amazônia legal, um modelo de atenção à saúde voltado para populações de pequeno e médio
portes, com um projeto de atenção integral utilizando unidades mistas, pessoal em dedicação
exclusiva e desenvolvendo ações de saneamento nos municípios com menos de trinta mil
habitantes.

• Essa foi a origem dos Serviços Autônomos de Águas e Esgotos (SAAE) que expandiram o
saneamento básico em parte importante do país
(RENOVATO; BAGNATO, 2010)
BRASIL
• O Brasil iniciou uma nova fase de desenvolvimento,
principalmente industrial, mas as desigualdades Devemos ressaltar que o modelo sanita-
sociais começaram a crescer no mesmo ritmo das rista era considerado oneroso, devido às
indústrias, assim como as grandes cidades, que diversas campanhas realizadas, e voltado
começaram a atrair cada vez mais trabalhadores do à criação de condições sanitárias mínimas
campo para as grandes obras. para que a infraestrutura existente fosse
suficiente para suportar o contingente mi-
• O direito à saúde permanecia como um privilégio
gratório.
para os ricos e os trabalhadores que tinham a
carteira de trabalho assinada, pois somente assim
era possível ter acesso aos serviços de saúde Com o crescimento industrial, aumentou-
oferecidos por alguns IAP. se a preocupação em manter a força de
trabalho em condições de produção e
• O processo de industrialização no Brasil possibilitou retorno rápido ao trabalho; assim, foram
a geração de empregos com melhores condições criados os primeiros serviços ambulatoriais
de trabalhos, incluindo melhorias na organização para tratamento e reabilitação.
dos trabalhadores, criação dos sindicatos, além de
avanços nas áreas de transporte, infraestrutura e
iluminação pública.
DEPARTAMENTO NACIONAL DA CRIANÇA (DNC)

• Também em 1940 foi criado um órgão específico para a saúde das crianças, o Departamento Nacional da
Criança (DNC), mais tarde reproduzido nos estados

• Ainda nesses anos iniciais da década de 1940, o professor Geraldo de Paula Souza criou as primeiras unida-
des sanitárias em São Paulo, chamadas de Centros de Saúde.

Sua função era o atendimento da mãe e da criança, com ações de promoção e


proteção, e a atenção à sífilis, à tuberculose e à hanseníase.

• Estas unidades, seguindo um modelo americano, não atendiam a demanda espontânea


SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DOMICILIAR
DE URGÊNCIA (SAMDU).

• Em novembro de 1941, foi realizada a 1a Conferência Nacional de Saúde, em que se discutiu a organização
do setor nos estados e a situação das grandes endemias e de suas campanhas, além da prioridade dos gru-
pos de risco (mãe e criança).

Em 1944, foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (Samdu).


Nessa mesma época, foi se concretizando a criação de prontos-socorros nos gran-
des centros, muitos deles municipais, como ocorreu em São Paulo.

• O movimento da industrialização do país, decorrente desse conjunto de ações, trouxe a reboque as trans-
formações urbanas, o êxodo rural e suas consequências para o processo de atenção à saúde, tanto sob o
ponto de vista da geração da demanda como dos movimentos reivindicatórios, fundamentais para a cons-
trução de um novo conceito de bem-estar social.
A QUEDA DE GETÚLIO VARGAS
• Com a queda de Getúlio Vargas do poder, em 1945, as crises econômica e política no Brasil se agravaram.

• Em 1946, o general Eurico Gaspar Dutra assumiu o poder – seu governo foi marcado por muitas greves,
movimentos de repressão e um sistema muito conservador. A saúde, dita prioridade, nunca esteve verda-
deiramente liderando seus projetos.

• Getúlio voltou eleito em 1950.

• Em novembro desse ano, foi realizada a 2ª Conferência Nacional de Saúde, que discutiu as grandes
campanhas e a organização do setor

• Nesse período, o país passou por uma fase denominada desenvolvimentista, durante a qual o
grande objetivo era modernizar o país, com o fortalecimento da indústria e a construção de grandes
estradas para o escoamento da produção nacional.
• A assistência à saúde continuava dividida em
campanhas para os problemas coletivos, e a assistência
individual curativa, ligada aos IAP, os quais, nessa
época, passaram a oferecer esse tipo de assistência à
saúde.

• O Ministério da Saúde foi criado em 1953, resultado


do desmembramento do Ministério da Saúde e da
Educação, mas com pouca influência e capacidade
para a tomada de decisões.

Até a próxima aula onde estudaremos o Final da


Ditadura Vargas e o Golpe Militar.
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