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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Departamento de Mecânica e Energia (DEMEC)

Pós Graduação em Ciência e Tecnologia


de Materiais
(sexta-feira 8:00h às 12:00h)

Disciplina: Espectroscopia de Raios X


Docente: Joaquim T. de Assis

(joaquim@iprj.uerj.br)
Ementa:
Prof. Joaquim
1. Fontes de Raios X;
2. Detectores de Raios X;
3. Princípios de Radioproteção;
4. Análise de espectros de fluorescência e difração de raios X.
Avaliação: Provas Escritas (2)

Nota GERAL : [seminário (10,0) + prova 1 (10,0) + prova 2 (10,0)] / 3

O.B.S.: 1) O aluno que faltar ao seminário ou a alguma prova sem documentos comprobatórios terá
sua nota automaticamente igual a zero se o mesmo não avisar o docente com, no mínimo, duas
semanas de antecedência para que seja remarcada a avaliação.
2) O mesmo critério se aplica nas provas
3) O aluno só será aprovado na disciplina se tiver 80% de presença (mínima) + média ≥ 7,0.

Bibliografias:
Notas de Aula
Textos fornecidos pelo docente
Radiation Detection and Measurements, Glenn Knoll, John Wiley & Sons
X-ray Fluorescence in Medicine. Roberto Cesareo, Field Education Italia
X-ray Diffraction, B.R. Warren, Dover Publications
• Descoberta dos raios X
• Produção de raios X
• Tubo de raios X
• Detecção de raios X
• Princípios de radioproteção
• Espectroscopia de fluorescência de raios X
• Espectroscopia de difração de raios X
Histórico
Os raios X foram descobertos em
8 de novembro de 1895, quando o
físico alemão Wilhelm Conrad
Roentgen realizava experimentos
com os raios catódicos.
Em 22 de dezembro 1895,
realizou a primeira radiografia da
história ( radiografia da mão de
Bertha Roentgen, sua esposa).

(Röntgen)
Geração e aplicação dos Raios-X
conceito
• Os raios X são ondas
eletromagnéticas .

• Tipos de ondas: Ondas


de rádio, Micro-ondas,
luz visível, Raios gama,
etc.
Propriedades dos Raios X
• Atravessar objetos; • Enegrecer emulsões
• Ser absorvido pelo fotográficas;
objeto que atravessa; • Propagar-se em linha
• Produzir radiações reta;
secundárias em todos • Ionização;
os corpos que • Exercer efeito
atravessam; biológico;
• Fazer fluorescer
certos sais metálicos;
EQUIPAMENTO
GERADOR DE RAIOS-X

Noções de
eletricidade
Corrente Elétrica
• Corresponde ao movimento ordenado de cargas
elétricas em um condutor.
• Continua CC:
• Alternada CA:
Corrente Contínua
• Único sentido;
• Ex: gerada por
baterias e pilhas;
• Existira um
terminal positivo
(+) e outro (-).
Corrente Alternada
• Circula ora num sentido, ora
no sentido oposto;
• Ex: Corrente existente nas
residências;
• Existe uma inversão de
polaridade;
• O espaço de tempo
compreendido entre o início
de uma polaridade (+) e o
inicio da próxima polaridade
(+) : ciclo ou período.
• Pode ser periódica, ou não.
INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA

• Carga elétrica total que


atravessa uma seção
transversal de um condutor
num intervalo de tempo.
• Unidade de medida: ampere
(A); 1 mA = 0,001 A
• No tubo de raios X é medida
em miliamperes: (mA)
TENSÃO ELÉTRICA
• Diferença de potencial entre
dois pontos de um condutor(
força que impulsiona os
elétrons); 1 kV= 1.000 V
• Unidade de medida: Volt (V);
• No tubo de raios X é medida
em quilovolts (kV):
POTÊNCIA
• É a energia elétrica produzida
ou consumida em um intervalo
de tempo;
• Unidade de medida: Watt (W); 1kW = 1.000W
• No tubo de raios X é medida
em quilowatts (kW).
Retificadores de
corrente: Transformadores

• Convertem a
corrente • Possuem a função
alternada em de elevar, reduzir
e regular tensões.
corrente • Composição:
contínua. • Bobina de
entrada;
• Núcleo de ferro;
• Bobina de saída.
PARTE GERADORA DO EQUIPAMENTO DE
RAIOS X
• Responsável pela geração do feixe de radiação;
• Composta por: transformador de alta tensão
com retificadores;
• Mesa de comando;
• Sistema emissor de raios X ( ampola);
• Cabos elétricos ( mesa de comando→ gerador);
• Cabos de alta tensão (gerador → tubo de raios X).
TRANSFORMAÇÃO DA CORRENTE
ELÉTRICA → PRODUÇÃO DE RAIOS X
• Corrente alternada da rede de distribuição
(220V) →transformador →corrente alternada de alta
tensão (kV)→retificadores→corrente contínua de alta
tensão.
MESA DE COMANDO
• Local onde se comanda a produção dos raios X;
• Composta por: botão ligar/desligar o
equipamento;
• Controle da entrada de corrente ( alguns são
automáticos);
• Controle do kV;
• Controle do mAs;
• Seleção foco fino foco grosso.
MESA DE COMANDO
• Comando para radioscopia/radiografia (alguns);
• Exposímetro automático (alguns);
• Botão de preparo;
• Botão de disparo;
CABOS ELÉTRICOS
• Ligam a mesa de comando ao transformador →
transformador ao tubo;
• Os cabos que ligam o transformador ao tubo são
devidamente isolados;
SISTEMA EMISSOR DE RAIOS X
• Também chamado de cabeçote;
• Constituído:
• Ampola;
• Cúpula;
• Ampola: é constituída por um envoltório
(geralmente de vidro pirex, resistente ao calor,
lacrado e com vácuo.
no seu interior estão o cátodo (+) e o ânodo(-).
O CÁTODO
• Responsável pela liberação dos elétrons, que irão
se chocar no ânodo produzindo os raios X e
calor;
• Constituído: 1 ou 2 filamentos helicoidais de
metal (W, Rh, Au, Ag, etc..);
ÂNODO
• Placa metálica de tungstênio ou molibdênio
(mamógrafos) ;
• Possui uma angulação com o eixo do tubo (450);
• Suporta altas temperaturas resultantes do
choque dos elétrons.
Angulação do ânodo fixo e giratório
Características físicas de um ânodo
• Alto posto de fusão;
• Alta taxa de dissipação do calor;
• Alto numero atômico;
A eficiência na produção dos raios-x é
diretamente proporcional ao número
atômico dos átomos dos alvos;
• O material do alvo é o tungstênio(W) Z=74,
ponto de fusão = 3.410°C.
Tipos de ânodo
• Fixo: possui o corpo de cobre e o ponto focal de
tungstênio;
• Ânodo giratório: é um disco feito de uma liga
de tungstênio, fixado sobre um eixo de
molibdênio ou cobre e o ponto de impacto dos
elétrons é chamado de pista focal.
• O rotor localizado dentro do tubo realiza a
rotação do ânodo,
• O estator localizado dentro da cúpula aciona o
rotor.
ÂNGULO DO ANODO
• Todo ânodo possui essa angulação : ângulo do
anodo ou ângulo de face;
• Possui relação direta com a eficácia do feixe de
radiação e nitidez da imagem;
• O foco corresponde a uma projeção do ponto de
impacto dos elétrons denominado foco real e da
emergência do feixe do feixe útil de radiação
denominado foco efetivo.
ÂNGULO DO ANODO
• O tamanho do foco
efetivo depende do
tamanho do filamento
do cátodo e do ângulo
da face do ânodo;
• Ou seja: quanto
menor o filamento e o
ângulo, menor será o
foco efetivo ( a
qualidade da imagem
será melhor)
EFEITO ÂNODICO
•A redução do
ângulo do ânodo
possui uma
limitação (15°);
• Ângulos muito
pequenos aumentam
o fenômeno : efeito
ânodico
RESFRIAMENTO DO ÂNODO

• O calor é absorvido • A quantidade de


pelo óleo existente calor transferida
no interior da ao ânodo é medida
cúpula. em unidade de
• O resfriamento faz- calor (uc).
se necessário para
evitar evaporação uc = kV x mAs
ou danos na
superfície do
ânodo.
A CÚPULA

• Invólucro metálico, revestido


internamente de chumbo.
• Função: proteger princípios
mecânicos e elétricos do tubo,
dissipar o calor e absorver a
radiação extrafocal.
• Possui um orifício (janela)de
vidro por onde passa os raios-
x.
Tubo de raio x

EX: tubo de raios X tipo


• É denominado em 150/30/50.
função do kV 150= kV máximo suportado;
30= potência (watt) máxima
Máximo suportado pelo tubo no foco
suportado, seguido fino;
50= potência (watt) máxima
pela potência suportada pelo tubo no foco
máxima suportada grosso.

pelo foco fino e


grosso;
Espectro do tubo de raios X

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