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Wendell Amorim
1
Planimetria
1. Unidades de Medida
Medida de Comprimento (Metro)
Topografia 2
Topografia 3
Medida Angular (Sexagesimal, Centesimal e Radianos)
Radiano
Topografia 4
Unidade Sexagesimal
Grau
1 grau = 1/360 da circunferência
grau ° 1° = (π /180) rad
minuto ’ 1’ = 1°/60= (π/10800) rad
segundos ” 1” = 1°/3600= (π/648000) rad
Unidade Decimal
Grado
1 grado =1/400 da circunferência
Um grado é dividido em 100’ e cada minuto tem 100”.
Topografia 5
Exercícios:
1) Transformação de ângulos:
Transforme os seguintes ângulos em graus, minutos e segundos para graus e
frações decimais de grau.
a) 32º 28’ 59” = 32 = 32, 48305556º
b) 17º 34’ 18,3” = 17 = 17,57175º
c) 125º 59’ 57” = 125 = 125,9991667º
Topografia 9
A Teoria dos Erros tem por finalidade estabelecer um método seguro e
conveniente, segundo o qual sempre se possa estabelecer o valor mais
aceitável de uma grandeza, uma vez que se reconhece ser impossível tornar
as medidas isentas de erros. Além disso, a teoria dos erros se preocupa em
determinar o erro mais tranquilizador que se pode cometer a respeito do
valor de uma determinada grandeza que se mede.
Erro Verdadeiro é o afastamento ε, que existe entre o verdadeiro valor de
uma grandeza X (desconhecida) e uma medida qualquer l que se obtenha
dessa grandeza.
ε=X−l
Topografia 10
Erro Aparente ou resíduo é o afastamento v, que existe entre o valor mais
aceitável e mais conveniente x, que se tomou para definir uma grandeza (de
valor real X desconhecido) e uma medida qualquer l.
v=x−l
Para n medidas efetuadas de uma mesma grandeza (l1, l2, l3,....,ln), o valor
mais aceitável é o que se obtém através da média aritmética dos valores
dessas medidas.
Topografia 11
Erro Médio Aritmético é o valor ε0, obtido através do somatório modular
dos erros aparentes (v) dividido pelo número de observações ou medidas.
Topografia 12
Valor mais plausível x de uma grandeza desconhecida X , em torno da qual
se efetuam medidas diretas, inspirando todas o mesmo grau de confiança é a
média aritmética simples destas medidas (l).
onde Σvv representa a soma dos quadrado dos resíduos (v) que são obtidos
pela diferença entre a média aritmética (x) e cada uma das medidas (l)
Topografia 13
Erro Médio Quadrático da Média Aritmética, εm, de uma grandeza X
cujo valor mais plausível seja definido por uma média aritmética simples
entre os valores das observações é:
A curva obtida, como pode ser vista na figura , é uma curva assintótica, o que
significa que o erro médio tende para zero à medida que se aumenta
indefinidamente o número de observações.
Topografia 15
Exercício
Pede-se:
1. Qual é o valor angular mais provável em relação às quatro séries de
medidas?
Topografia 16
1ª Série de Medidas:
Topografia 17
Erro médio aritmético:
Topografia 18
2ª Série de Medidas:
Topografia 19
Erro médio aritmético:
Topografia 20
3ª Série de Medidas:
Topografia 21
Erro médio aritmético:
Topografia 22
4ª Série de Medidas:
Topografia 23
Erro médio aritmético:
Topografia 24
O valor da média aritmética por série de medida com seu respectivo erro
médio é:
Topografia 25
Métodos de Medida com Trena
Lance Único
Medida de Distância
em lance único.
Topografia 26
Na figura é possível identificar a medição de uma distância horizontal utilizando
uma trena, bem como a distância inclinada e o desnível entre os mesmos
pontos.
Topografia 27
Vários Lances - Pontos Visíveis
Quando não é possível medir a distância entre dois pontos utilizando somente
uma medição com a trena (quando a distância entre os dois pontos é maior
que o comprimento da trena), costuma-se dividir a distância a ser medida em
partes, chamadas de lances. A distância final entre os dois pontos será a
somatória das distâncias de cada lance. A execução da medição utilizando
lances é descrita a seguir.
Analisando a figura , o balizeiro de ré (posicionado em A) orienta o balizeiro
intermediário, cuja posição coincide com o final da trena, para que este se
mantenha no alinhamento AB.
Topografia 28
Topografia 29
Depois de executado o lance, o balizeiro intermediário marca o final da trena
com uma ficha (haste metálica com uma das extremidades em forma de cunha
e a outra em forma circular). O balizeiro de ré, então, ocupa a posição do
balizeiro intermediário, e este, por sua vez, ocupará nova posição ao final do
diastímetro. Repete-se o processo de deslocamento das balizas (ré e
intermediária) e de marcação dos lances até que se chegue ao ponto B.
É de máxima importância que, durante a medição, os balizeiros se mantenham
sobre o alinhamento AB.
Topografia 30
Erros na Medida Direta de Distâncias
Topografia 31
Falta de verticalidade da baliza.
Topografia 32
Bússolas
Topografia 33
Topografia 34
Inversão dos Pontos “E” E “W” da Bússola
Topografia 35
Utilização da Bússola
Topografia 36
Como já foi visto anteriormente, a bússola contém uma agulha imantada,
portanto,deve-se evitar a denominada atração local, que é devido a influência de
objetos metálicos como relógios, canivetes, etc., bem como de certos minerais
como pirita e magnetita.
Também a proximidade de campos magnéticos anômalos gerados por redes de
alta tensão, torres de transmissão e retransmissão, sistemas de aterramento,
entre outros, podem causar variações ou interferências na bússola.
Uma das maneiras de se determinar a influência da atração local consiste em se
efetuar diversas observações ao longo de um alinhamento.
Um alinhamento qualquer no terreno forma um ângulo com a ponta Norte da
agulha. Portanto, em qualquer posição deste alinhamento o rumo ou azimute
magnético deve ser igual.
Topografia 37
Ângulos Horizontais e Verticais
Topografia 38
Algumas definições importantes:
• ângulo horizontal: ângulo formado por dois planos verticais que contém as
direções formadas pelo ponto ocupado e os pontos visados. É medido
sempre na horizontal, razão pela qual o teodolito deve estar devidamente
nivelado.
Topografia 39
Conforme pode ser visto na figura, o ângulo entre as direções AO-OB e CO-
OD é o mesmo, face que os pontos A e C estão no mesmo plano vertical π e
B e D no plano π’. Em campo, quando da colimação ao ponto que define a
direção de interesse, deve-se tomar o cuidado de apontar o retículo vertical
exatamente sobre o ponto, visto que este é que define o plano vertical.
Sempre que possível a pontaria deve ser realizada o mais próximo possível
do ponto, para evitar erros na leitura, principalmente quando se está utilizando
uma baliza, a qual deve estar perfeitamente na vertical.
Topografia 40
Topografia 41
Métodos de Medida Angular
Topografia 42
Aparelho não Orientado
Neste caso, faz-se a leitura da direção AB(L1) e AC(L2), sendo que o ângulo
será obtido pela diferença entre L1 e L2. O teodolito não precisa estar
orientado segundo uma direção específica.
Topografia 43
Aparelho Orientado Pelo Norte Verdadeiro ou Geográfico
Aparelho Orientado na Ré
Topografia 45
Ângulos Topográficos no Plano Horizontal:
Topografia 46
Deflexão
Topografia 47
Ângulos Internos
Topografia 48
A distribuição pode ser de várias maneiras, o técnico pode usar aquela que
julgue mais lógica. Indicaremos aqui uma maneira simples e rápida, que é
compensar até um minuto por vértice, a partir do vértice que corresponde a
menor distância.
Topografia 51
Ângulos Geográficos
Azimute
Topografia 52
Topografia 53
Rumo
Topografia 54
Conversão entre Rumo e Azimute
Topografia 55
Topografia 56
Conversão de Azimute para Rumo
No Primeiro quadrante:
R1 = Az1
No Segundo quadrante:
R2 = 180º - Az2
No Terceiro quadrante:
R3 = Az3 - 180º
No Quarto quadrante:
R4 = 360º - Az4
Topografia 57
Conversão de Rumo para Azimute
Topografia 59
Topografia 60
2) Você é o responsável técnico pela divisão de “sistemas transmissores de
sinais eletromagnéticos” de uma grande empresa. A mesma foi contratada
para implantar quatro antenas com as seguintes características:
Topografia 61
Topografia 62
3) Sua empresa foi contratada para montar quatro painéis de transmissão
em uma antena de telefonia celular com a seguinte característica:
Topografia 63
Topografia 64
Declinação Magnética
Topografia 65
Topografia 66
A representação da declinação magnética em cartas é feita através de
curvas de igual valor de variação anual em graus (curvas isogônicas) e
curvas de igual variação anual em minutos (curvas isopóricas). A
interpolação das curvas do grau e posteriormente no minuto,
para uma dada posição na superfície física da Terra, nos permite a
determinação da declinação magnética com precisão na ordem do minuto.
No Brasil o órgão responsável pela elaboração das cartas de declinação é o
Observatório Nacional e a periodicidade de publicações da mesma é de 10
anos.
Topografia 67
Cálculo da Declinação Magnética
Topografia 68
Onde:
D = Valor da declinação magnética;
Cig = Valor interpolado da curva isogônica;
Cip = Valor interpolado da curva isopórica;
A = Diferença entre o ano de confecção do mapa de declinação magnética e
o ano da observação (Ex. observação em 2003. O valor de “A” será dado
por A = 2003-2000 =3);
fa = Fração de ano, ver tabela
Topografia 69
Topografia 70
Exemplos
Topografia 71
Neste caso a distância linear entre a curva -17º e Curitiba é 0,5 cm.
Logo:
xº = 0,3333º
1º → 2,4 cm
Cig = -17º - Xº
xº → 0,8 cm
Cig = -17,33333º
Topografia 72
02) Idem ao anterior para Foz do Iguaçu (φ = 25° 32' 45'' S, λ = 54° 35' 07''
W), no dia 14 de maio de 2001.
D = Cig + [(A + fa).Cip]
a) Cálculo de Cig
a1) Interpolação das Curvas Isogônicas
Com a régua ortogonal a uma das curvas isogônicas, medir a distância linear
entre as curvas que compreendem a cidade que se deseja calcular a
declinação.
Neste caso a distância linear entre as curvas -13º e -14º é 2,0 cm.
Com a régua ortogonal à curva -13º, medir a distância linear entre a curva e a
localidade que se deseja determinar a declinação magnética.
Neste caso a distância entre a curva -13º e Foz do Iguaçu é 0,8 cm.
Topografia 73
Logo:
1º → 2,0 cm
xº → 0,75 cm
xº = 0,375º
Cig = -13º - xº ; Cig = -
13,375º
b) Cálculo de Cip
Mesmo processo utilizado para Cig. O valor obtido é de - 8’,3571.
D = -13,375º + [(1 + 0,4)] . (-8,3571’ )
D = -13,375º - 11º 42’ ; D = -13º 34’
12”
Topografia 74
Transformação de Norte Magnético em Geográfico e Vice-versa
Azm = Azv + D
Azm = 45º 21’ - (-17º 32’)
Azm = 62º 53’
Topografia 77
Exercício
Az01=30°10’15”
α1=210°15’13”
α2=78°40’10”
α3=310°12’44”
α4=250°26’18”
α5=280°10’44”
Topografia 78
Cálculo de Coordenadas na Planimetria
Topografia 79
Representação da projeção da distância D em X (ΔX) e em Y (ΔY).
Topografia 80
Considerando a figura e utilizando os conceitos de Trigonometria plana, é
possível calcular as projeções em “X” e “Y” da seguinte forma:
Topografia 81
Logo:
Xi = Σ X’i
Yi = Σ Y’i
Topografia 82
Técnicas de Levantamento Planimétrico
Topografia 83
Levantamento de uma poligonal.
Topografia 84
As poligonais levantadas em campo poderão ser fechadas, enquadradas
ou abertas.
• Poligonal fechada: parte de um ponto com coordenadas conhecidas e
retorna ao mesmo ponto. Sua principal vantagem é permitir a verificação
de erro de fechamento angular e linear.
Topografia 85
• Poligonal enquadrada: parte de dois pontos com coordenadas conhecidas
e acaba em outros dois pontos com coordenadas conhecidas. Permite a
verificação do erro de fechamento angular e linear.
Poligonal Enquadrada
Topografia 86
• Poligonal aberta: parte de um ponto com coordenadas conhecidas e acaba
em um ponto cujas coordenadas deseja-se determinar. Não é possível
determinar erros de fechamento, portanto devem-se tomar todos os
cuidados necessários durante o levantamento de campo para evitá-los.
Poligonal aberta
Topografia 87
Como visto anteriormente, para o levantamento de uma poligonal é
necessário ter no mínimo um ponto com coordenadas conhecidas e uma
orientação. Segundo a NBR 13133 (ABNT, 1994 p.7), na hipótese do apoio
topográfico vincular-se à rede geodésica (Sistema Geodésico Brasileiro –
SGB), a situação ideal é que pelo menos dois pontos de coordenadas
conhecidas sejam comuns. Neste caso é possível, a partir dos dois pontos
determinar um azimute de partida para o levantamento da poligonal.
Topografia 88
Dois pontos com coordenadas conhecidas e vinculadas ao SGB
comuns a poligonal
Topografia 89
Como caso mais geral e menos recomendado, são atribuídas coordenadas
arbitrárias para um vértice e determinado o Norte geográfico por Astronomia
ou utilizando um giroscópio. Se isto não for possível, determina-se a
orientação através do Norte magnético.
É possível ainda ter o eixo Y orientado segundo uma direção qualquer como o
alinhamento de um meio fio. Deve ser indicada a direção do Norte geográfico
ou magnético.
Topografia 90
Eixo Y orientado segundo um alinhamento de meio fio
Topografia 91
Levantamento e Cálculo de Poligonais Fechadas
Levantamento da Poligonal
Topografia 92
Topografia 93
Ângulos de deflexão de uma poligonal fechada (sentido horário e anti-horário)
Topografia 94
No texto a seguir, o sentido de caminhamento para o levantamento da
poligonal será considerado como sendo o sentido horário. Dois conceitos
importantes a saber: estação ré e estação vante. No sentido de
caminhamento da poligonal, a estação anterior a estação ocupada
denomina-se de estação RÉ e a estação seguinte de VANTE
Topografia 95
Neste caso os ângulos determinados são chamados de ângulos horizontais
horários (externos) e são obtidos da seguinte forma: estaciona-se o
equipamento na estação onde serão efetuadas as medições, faz-se a
pontaria na estação ré e depois faz-se a pontaria na estação vante. O
ângulo horizontal externo será dado por:
Topografia 96
Topografia 97
Os comprimentos dos lados da poligonal são obtidos utilizando-se trena,
taqueometria ou estação total, sendo este último o método mais
empregado atualmente. Não se deve esquecer que as distâncias
medidas devem ser reduzidas a distâncias horizontais para que seja
possível efetuar o cálculo das coordenadas. A orientação e as
coordenadas de partida da poligonal serão obtidas conforme visto
anteriormente.
Topografia 98
Cálculo da Poligonal
Topografia 99
Onde:
Az: Azimute da direção OPP-P1;
d: distância horizontal entre os pontos OPP e P1;
Xo e Yo: Coordenadas do ponto OPP;
X1 e Y1: Coordenadas do ponto P1.
As coordenadas do ponto P1 serão dadas por
Topografia 100
X1 = Xo + ΔX
Y1 = Yo + ΔY
ΔX = d . sen (Az)
ΔY = d . cos (Az)
Topografia 101
Verificação do Erro de Fechamento Angular
εa = p. m1/2
Topografia 104
Assim, um critério utilizado para a eliminação do erro angular cometido é
distribuí-lo nos ângulos formados pelos menores lados da poligonal. Outro
critério empregado é distribuir proporcionalmente o erro para cada estação.
Em qualquer um dos casos, a correção calculada não deve ser inferior à
precisão com que foram realizadas as medições.
Topografia 105
Cálculo dos Azimutes
Topografia 106
Expressão genérica para o cálculo do azimute:
Sendo:
- i variando de 0 a (n-1), onde n é o
número de estações da poligonal.;
- se i + 1 > n então i = 0;
- se i – 1 < 0 então i = n.
Topografia 107
Se o valor resultante da equação anterior for maior que 360º deve-se subtrair
360º do mesmo, e se for negativo deverá ser somado 360º ao resultado.
Quando se trabalhar com ângulos medidos no sentido anti-horário, deve-se
somar 180º e subtrair o valor de α do azimute.
Se o caminhamento for à direita ou no sentido anti-horário, a fórmula fica:
Azn =(Azn-1 + Ai ) +-180°
Se o caminhamento for à esquerda ou no sentido horário a fórmula fica:
Azn =(Azn-1 -Ai ) +-180°.
Se Azn-1 + Ai < 180º, a fórmula fica: Azn =(Azn-1 + Ai ) + 180°, porém, se
Azn-1 + Ai > 180º, a fórmula fica: Azn =(Azn-1 + Ai ) -180°.
Topografia 108
Cálculo das Coordenadas Parciais
Topografia 109
Verificação do Erro de Fechamento Linear
Topografia 110
O erro planimétrico pode ser decomposto em uma componente na direção
X e outra na direção Y .
Topografia 111
Os valores de eX e ey podem ser calculados por:
Topografia 112
É necessário verificar se este erro está abaixo de uma determinada
tolerância linear. Normalmente esta é dada em forma de escala, como por
exemplo, 1:1000. O significado disto é que, em uma poligonal com 1000 m
o erro aceitável seria de 1 m. Para calcular o erro planimétrico em forma
de escala utilizam-se as seguintes fórmulas:
Topografia 113
Exercício
Σd = 1467,434 m
ex = 0,085 m
eY = -0,094 m
tolerância = 1:10000
Topografia 114
Topografia 115
Correção do Erro Linear
onde:
Cxi: correção para a coordenada Xi
Cyi: correção para a coordenada Yi
Σd: somatório das distâncias
di-1,i: distância parcial i-j
Topografia 116
As coordenadas corrigidas serão dadas por:
Topografia 117
Resumo do Cálculo da Poligonal Fechada
Tolerâncias:
Angular: 2’ m1/2 (m = número de ângulos medidos na poligonal)
Linear: 1:1000
Topografia 119
Topografia 120
A correção se dará nos ângulos formados pelos menores lados da
poligonal. O sinal da correção dever ser contrário ao sinal do erro.
Topografia 123
Topografia 124
5 - Verificação do erro linear
Topografia 125
expressando o erro em forma de escala
Topografia 126
6 – Cálculo das coordenadas corrigidas
Topografia 127
Topografia 128
Coordenadas finais dos pontos da poligonal (arredondadas para o centímetro):
Topografia 129
Topografia 130
Medição Eletrônica de Distâncias
Topografia 131
Princípio de medida de um MED
Topografia 132
Logo, para obter a distância AB, usando esta metodologia é necessário
conhecer a velocidade de propagação da luz no meio e o tempo de
deslocamento do sinal.
Não é possível determinar-se diretamente a velocidade de propagação da luz
no meio, em campo. Em virtude disso, utiliza-se a velocidade de propagação da
mesma onda no vácuo e o índice de refração no meio de propagação (n), para
obter este valor.
Este índice de refração é determinado em ensaios de laboratório durante a
fabricação do equipamento, para um determinado comprimento de onda,
pressão atmosférica e temperatura.
Topografia 133
A velocidade de propagação da luz no vácuo (Co) é uma constante física
obtida por experimentos, e sua determinação precisa é um desafio constante
para físicos e até mesmo para o desenvolvimento de Medidores Eletrônicos
de Distância (MED) de alta precisão RÜEGER, (1990, p.06).
De posse dos parâmetros, Co e n, a velocidade de propagação da onda
eletromagnética no meio (C), é dada por:
C = Co / n
Topografia 134
Trenas Eletrônicas
Topografia 135
Distanciômetro Eletrônico
Topografia 136
Topografia 137
É normalmente utilizado acoplado a um teodolito ótico-prismático
convencional ou a um teodolito eletrônico. O alcance deste equipamento varia
entre 500m a 20.000m e depende da quantidade de prismas utilizados para a
reflexão do sinal, bem como, das condições atmosféricas.
O prisma é um espelho circular, de faces cúbicas, utilizado acoplado
a uma haste de metal ou bastão e que tem por finalidade refletir o sinal emitido
pelo aparelho precisamente na mesma direção em que foi recebido.
O sinal refletor (bastão + prismas) deve ser posicionado sobre o ponto a medir,
na posição vertical, com a ajuda de um nível de bolha circular ou de um bipé; e,
em trabalhos de maior precisão, deverá ser montado sobre um tripé com prumo
ótico ou a laser.
A figura a seguir ilustra um bastão, um prisma e um tripé específico para
bastão, todos da marca SOKKIA. Topografia 138
Topografia 139
Nível Digital
Topografia 140
Este tipo de régua, que pode ser de alumínio, metal ínvar ou fibra de
vidro, é resistente à umidade e bastante precisa quanto à divisão da
Graduação. Os valores medidos podem ser armazenados internamente
pelo próprio equipamento ou em coletores de dados. Estes dados
podem ser transmitidos para um computador através de uma
interface RS 232 padrão. A régua é mantida na posição vertical, sobre o
ponto a medir, com a ajuda de um nível de bolha circular.
As figuras a seguir ilustram dois modelos de nível digital de diferentes
fabricantes. O primeiro é da LEICA, modelo NA3000. O segundo é da
SOKKIA, modelo SDL30.
Topografia 141
Topografia 142
Equipamentos Motorizados, Automáticos e Robotizados
Topografia 144
Um levantamento utilizando uma estação total com reconhecimento
automático do alvo com um operador realizando as etapas de
estacionamento, nivelamento, prumo, pontaria grosseira e
registro das leituras e um auxiliar para segurar o sinal refletor.
Topografia 145
Um levantamento utilizando uma estação total robotizada com um
operador realizando as etapas de estacionamento, nivelamento e prumo e
um auxiliar para segurar o sinal refletor e controlar remotamente a estação.
Neste caso, uma única pessoa poderia comandar o serviço sozinha.
Topografia 146
Os equipamentos mais modernos dispensam o sinal refletor para distâncias
inferiores a 80m. Acima desta distância e com um alcance de 300m, ao invés
de um sinal refletor, pode ser utilizada uma fita adesiva reflexiva. Com um
prisma somente, o alcance destes equipamentos pode chegar a 5.000m.
Como a base de funcionamento destes aparelhos é o infravermelho e
a comunicação é por telemetria, o sistema pode ser utilizado, com eficiência,
durante a noite e por uma única pessoa.
Alguns destes aparelhos funcionam com tecnologia de microondas, o que
permite um alcance superior a 50.000m.
São aplicados, principalmente, em trabalhos de controle e monitoramento de
obras, medição de deformações e deslocamentos de terras.
Topografia 147
Obs.: segundo alguns fabricantes, o raio infravermelho emitido pelos
equipamentos eletrônicos de medição, visível ou não, é inofensivo e enviado
por um diodo que pertence à classe dos laser 1. Este raio é normalmente
afetado pelas variações bruscas de temperatura, pressão atmosférica e
umidade. Portanto, é aconselhável que os levantamentos sejam efetuados
em dias de boas condições atmosféricas.
Topografia 148
Princípio da Leitura Eletrônica de Direções
Topografia 150
Tomando um círculo graduado de 8 cm de raio, com um perímetro aproximado
de 500 mm, pode-se pensar em traços com espessura de 0,5 mm, de tal forma
que se tenha um traço claro e um escuro a cada milímetro, logo 1000 traços no
equivalente aos 3600 do círculo. Isso leva a concluir que cada pulso (claro ou
escuro) corresponderia a cerca de 20 minutos de arco, que seria a precisão, não
muito boa, do hipotético equipamento. O exemplo descrito seria o caso do
modelo incremental
Topografia 151
Num segundo modelo pode-se pensar em trilhas opacas dispostas
concentricamente e não mais na posição radial.
Neste caso o número de trilhas vem dado pelo raio e não pelo perímetro
como no exemplo anterior. Associa-se o valor 0 (zero) quando a luz não
passa e 1 (um) quando a luz passa. Para detectar a passagem ou não da luz
é montada uma série de diodos, neste caso, em forma radial. A posição do
círculo é associada a um código binário de “0” ou “1” em uma
determinada seqüência. Isso forneceria um novo modelo, de sistema
absoluto e não incremental como o anterior.
Topografia 152
Topografia 153
Sensor Eletrônico de Inclinação
Topografia 154
Uma luz gerada em (A) é refletida na superfície líquida (B) e após atravessar
alguns componentes ópticos atinge um fotodiodo (C). O valor da corrente,
induzida neste, permite determinar a posição da luz com relação ao ponto de
zero (Z), em que quadrante e qual o deslocamento com relação a esse ponto
central, ou seja, a inclinação do teodolito na direção do eixo de colimação
(horizontal) e na sua perpendicular (vertical).
Topografia 155
Topografia 156
Estações Totais
De maneira geral pode-se dizer que uma estação total nada mais é do
que um teodolito eletrônico (medida angular), um distanciômetro
eletrônico (medida linear) e um processador matemático, associados em
um só conjunto. A partir de informações medidas em campo, como
ângulos e distâncias, uma estação total permite obter outras informações
como:
- Distância reduzida ao horizonte (distância horizontal);
- Desnível entre os pontos (ponto “a” equipamento, ponto “b”refletor);
- Coordenadas dos pontos ocupados pelo refletor, a partir de uma
orientação prévia.
Topografia 157
Além destas facilidades estes equipamentos permitem realizar correções no
momento da obtenção das medições ou até realizar uma programação prévia
para aplicação automática de determinados parâmetros como:
-Condições ambientais (temperatura e pressão atmosférica);
-Constante do prisma.
Além disto é possível configurar o instrumento em função das necessidades
do levantamento, alterando valores como:
-Altura do instrumento;
-Altura do refletor;
-Unidade de medida angular;
-Unidade de medida de distância (metros, pés);
-Origem da medida do ângulo vertical (zenital, horizontal, nadiral, etc);
Topografia 158
Topografia 159
Sistema de Posicionamento Global (GPS)
Topografia 160
Este sistema desenvolvido pelos Estados Unidos da América, teve origem
num sistema análogo, iniciado em 1960 pela Força Aérea dos E.U.A. e pela
NASA, o sistema TRANSIT. Ele foi concebido para além dos interesses de
navegação e de estratégia militar, com o objetivo de estabelecer um datum
geodésico global e sua ligação aos data locais. Esta primeira aplicação no
campo da geodesia iniciou-se em 1967. Posteriormente em 1974, e com o
objetivo de melhorar o sistema, a Secretaria de Estado da Defesa Norte
Americana avança com a ideia do atual sistema GPS, designado por
NAVSTAR GPS (Navegation Satellite Timing and Ranging), mais
aperfeiçoado e mais preciso do que o sistema anterior. O sistema é
constituído por três componentes principais, a componente espacial, a
componente de controle e a componente utilitária.
Topografia 161
A componente espacial é composta por uma constelação de 24 satélites,
21 em utilização permanente e 3 de reserva. Estes satélites são emissores
de sinais eletromagnéticos portadores de informação e com características
mensuráveis. Estão munidos de relógios atômicos bastante estáveis, os
quais são responsáveis pela estabilidade e qualidade dos sinais emitidos.
A componente de controle é constituída por um conjunto de várias
estações de rastreio dos satélites, espalhadas ao longo do equador e por
uma estação de controle, situada nos Estados Unidos, junto a Colorado
Springs.
Topografia 162
Topografia 163
A componente de controle tem a função de :
Topografia 164
A componente utilitária é formada pelo conjunto de todos receptores usados
pelos variadíssimos utilizadores do sistema a nível global. Os receptores são
compostos por um processador, uma unidade de registro de dados e uma
antena receptora do sinal. Os receptores recebem e decodificam o sinal, ao
qual aplicando certos algoritmos de cálculo obtêm-se a posição e velocidade
do receptor (centro de fase da antena), e o tempo exato com a precisão
superior a 1mseg. O sinal pode também ser processado à posteriori, a fim de
serem obtidos melhores resultados de posicionamento.
Topografia 165
Vantagens do sistema GPS
- pode ser operado sob quaisquer condições atmosféricas, sem afetar a sua
precisão;
- não necessita de intervisibilidade entre os pontos no posicionamento relativo;
- alcances quase ilimitados no posicionamento relativo, é condicionado apenas
pelo número mínimo de satélites intervisíveis pelas duas estações;
- pode-se operar com o sistema em qualquer hora do dia, desde que
haja o número mínimo de satélites disponíveis;
Topografia 166
Desvantagens
Topografia 167
A característica de intervisibilidade com os satélites dificulta a
operacionalidade e a eficácia do sistema em zonas urbanas e de vegetação
alta. É de fato um dos inconvenientes importantes no sistema GPS, que torna
a instrumentação e as técnicas clássicas imprescindíveis e complementares
ao GPS nos trabalhos de topografia.
Nos trabalhos de ligação de levantamentos topográficos à rede, bem como, no
apoio topográfico ao método fotogramétrico, o GPS é atualmente o sistema
mais adequado, proporcionando operações de campo a baixo custo.
Topografia 168
Efeitos atmosféricos na propagação do sinal
onde o TEC é o número de elétrons por metro cúbico, com valores que
variam entre 1016 e 1019.
Topografia 170
Método de cálculo de área analítico (Gauss)
Topografia 171
Topografia 172
Trena Eletrônica
Topografia 173
Topografia 174
Topografia 175
Topografia 176
Topografia 177
Topografia 178
Topografia 179
Topografia 180
Topografia 181