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Espaços de

probabilidade
 Probabilidade no conjunto e espaço de probabilidade

Recorda:
 
Seja um conjunto.
Designa-se por conjunto das partes de o conjunto formado pelos
subconjuntos de e representa-se por .

Exemplo:
 
Seja .
 
O número de subconjuntos do conjunto é dado por.
 
Assim, .

 
Conjunto das partes de
 Probabilidade no conjunto e espaço de probabilidade

Definição:
 
Seja um conjunto finito, não vazio. Uma função de domínio , e de valores não
negativos, é chamada uma probabilidade no conjunto se:
 
 ;
 
 para , disjuntos (ou seja, ), .

No contexto da definição anterior, designa-se:


 
 o conjunto por espaço amostral ou universo dos resultados;
 
 o conjunto por espaço dos acontecimentos;
 
 os elementos de por acontecimentos;
 
 o terno por espaço de probabilidade.

 
Desta definição resulta que, é possível definir várias probabilidades
diferentes para o mesmo domínio .
 Probabilidade no conjunto e espaço de probabilidade

Exemplo 1:
 
Considera o conjunto finito .
 
Assim, .
 
Vamos definir a probabilidade para o domínio , tal que:
  𝑃 ( ∅ )= 0
  𝑃 ( 𝐸 ) =1
 
 𝑃 { 2 } =0,5 Para todo o , tem-se que é igual à soma das
( )
 𝑃 { 4 } =0,25 probabilidades dos elementos pertencentes a .
( )
 𝑃 { 6 } =0,25
( )
 
A função assim definida é uma probabilidade no conjunto e
é um espaço de probabilidade.
 Probabilidade no conjunto e espaço de probabilidade

Exemplo 2:
 
Na experiência aleatória que consiste em lançar um dado
octaédrico equilibrado, numerado de a , e verificar a face
que fica voltada para baixo, tem-se que:

𝐸=
  { 1,2,3,4,5,6,7,8 }
  𝑃 ( 𝐸 ) =1

 𝑃 ( { 1 }) =𝑃 ( { 2 } )=𝑃 ( {3 } ) =𝑃 ( { 4 }) =𝑃 ( { 5 } )=𝑃 ( {6 }) =𝑃 ( { 7 } )=𝑃 ( {8¿  }81)


 
Para todo o , é igual à soma das probabilidades dos elementos pertencentes
a.
 
A função assim definida é uma probabilidade no conjunto e
é um espaço de probabilidade.
Acontecimentos

Definições:
 
Dados um conjunto finito, não vazio, e uma probabilidade no conjunto ,
designa-se por:
 acontecimento impossível o conjunto vazio;
 
 acontecimento certo o conjunto .

Definições:
 
Dados um conjunto finito , não vazio, e uma probabilidade no conjunto , dois
acontecimentos designam-se por:
 incompatíveis ou mutuamente exclusivos se forem disjuntos;
 
 complementares ou contrários se forem disjuntos e a respetiva união for
igual a ;
 equiprováveis se tiverem a mesma probabilidade.
 
O acontecimento complementar ou contrário de representa-se por .
Acontecimentos

Exemplo:
 
Considera o conjunto finito .
𝒫 ( 𝐸 )= { ∅ , { 2 } , { 4 } , {6 } , { 2 , 4 } , { 2 ,6 } , { 4 , 6 } , 𝐸 }
 
 
Seja a probabilidade definida para o domínio , tal que:
𝑃 ( ∅ )=0 𝑃 ( 𝐸 )=1 𝑃 ( { 2 }) =0,3 𝑃 ( { 4 }) =0,3  𝑃 ( { 6 } )=0,4
       

 
Para todo o , tem-se que é igual à soma das probabilidades dos elementos
pertencentes a . Verifica-se que:
 
 é o acontecimento impossível;
 
 é o acontecimento certo;
 
 e são acontecimentos incompatíveis, dado que .
 
 e são acontecimentos contrários, pois e
.
 
 e são equiprováveis, pois .
Acontecimentos

Definição:
 
Dados um conjunto finito , não vazio, uma probabilidade no conjunto e um
acontecimento , designam-se por casos favoráveis a os elementos de e
por casos possíveis os elementos do espaço amostral .

Exemplo:
 
Considera o conjunto finito .
 
Sejam e .
 
 , e são os casos possíveis e ;
 
 e são os casos favoráveis a e , diz-se que é um acontecimento
composto;
 
 é o único caso favorável ao acontecimento e , diz-se que é um
acontecimento elementar.
Acontecimentos

Definição:
 
Dados um conjunto finito não vazio, e uma probabilidade no conjunto , um
acontecimento designa-se por elementar quando e por composto quando .
Lei de Laplace

Definição:
 
Seja um conjunto finito, não finito.
A função de probabilidade de domínio definida por:
 ¿ 𝐴
, ¿𝐸
é designada por definição de Laplace.

Decorre naturalmente da definição de Laplace que os acontecimentos


elementares (acontecimentos constituídos por um só elemento) são
 1 .
equiprováveis, com probabilidade igual a
¿𝐸
Exercício 1

Considera todos os números de quatro algarismos diferentes.


Selecionando um deles ao acaso, qual é a probabilidade de ser ímpar?

Sugestão de resolução:

O número de casos possíveis corresponde ao número de números


compostos por quatro algarismos diferentes.
 
Há nove escolhas para o algarismo das unidades de milhar (não pode ser ).
 
Para cada uma das escolhas efetuadas, tem-se maneiras de escolher a
sequência dos três algarismos da classe das unidades.
1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo 4.º algarismo
 9 ×
   9 ×
   8 ×
   7 ¿  𝟒 𝟓𝟑𝟔
𝟗
  𝑨𝟑

N.º de casos possíveis


Exercício 1

Considera todos os números de quatro algarismos diferentes.


Selecionando um deles ao acaso, qual é a probabilidade de ser ímpar?

Sugestão de resolução (continuação):


 
Para determinar o número de casos favoráveis, basta ter em consideração
que um número ímpar termina em , , , ou .

Assim, há cinco escolhas para o algarismo das unidades.


 
Para cada uma das hipóteses anteriores, há oito escolhas para o algarismo
das unidades de milhar (não pode ser , nem o algarismo escolhido para as
unidades).
 
Por fim, para cada par de escolhas efetuadas, tem-se maneiras de escolher a
sequência dos dois algarismos do meio.
1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo 4.º algarismo
 8 ×
   8 ×
   7 ×
   5
Exercício 1

Considera todos os números de quatro algarismos diferentes.


Selecionando um deles ao acaso, qual é a probabilidade de ser ímpar?

Sugestão de resolução (continuação):


1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo 4.º algarismo
 8 ×
   8 ×
   7 ×
   5 ¿  𝟐 𝟐𝟒𝟎
𝟖
  𝑨𝟐

N.º de casos favoráveis

 2 240   𝟒𝟎
Pela lei de Laplace, a probabilidade pedida é 4 536 ¿ 𝟖𝟏 .
Exercício 2

De um baralho de 52 cartas, selecionaram-se as cartas do naipe copas.


Destas, escolhem-se quatro cartas ao acaso e dispõem-se em fila numa
mesa.
a) Qual é a probabilidade de formar uma fila que comece com uma figura?
Sugestão de resolução:

a) A experiência aleatória consiste em escolher ordenadamente e sem


repetição quatro cartas de entre as treze cartas do naipe copas.
 
O número de casos possíveis é dado por .

1.ª carta 2.ª carta 3. ª carta 4. ª carta


13
  ×
  12
  ×
  11
  ×
  10
  ¿  𝟏𝟕 𝟏𝟔𝟎
𝟏𝟑
  𝑨𝟒

N.º de casos possíveis


Exercício 2

De um baralho de 52 cartas, selecionaram-se as cartas do naipe copas.


Destas, escolhem-se quatro cartas ao acaso e dispõem-se em fila numa
mesa.
a) Qual é a probabilidade de formar uma fila que comece com uma figura?
Sugestão de resolução (continuação):

a) Para determinar o número de casos favoráveis, basta ter em conta que a


1.ª carta da fila é uma figura. Assim, há três escolhas disponíveis.
 
Para cada uma das escolhas efetuadas, tem-se maneiras de escolher a
sequência das três cartas.
1.ª carta 2.ª carta 3. ª carta 4. ª carta
 3 ×
  12
  ×
  11
  ×
  10
  ¿  𝟑 𝟗𝟔𝟎
𝟏𝟐
  𝑨𝟑
N.º de casos favoráveis
  3 960  
𝟑
¿
A probabilidade pedida é 17 160 𝟏𝟑 .
Exercício 2

De um baralho de 52 cartas, selecionaram-se as cartas do naipe copas.


Destas, escolhem-se quatro cartas ao acaso e dispõem-se em fila numa
mesa.
b) Qual é a probabilidade de formar uma fila que contenha as três figuras?
Sugestão de resolução:
 
b) O número de casos possíveis é .
 
Em relação aos casos favoráveis, há formas de dispor as figuras “rei”,
“dama” e “valete” na fila de cartas.
 
Após dispor em fila as figuras do naipe copas, há cartas disponíveis para
colocar no único lugar da fila.
 
O número de casos favoráveis é , ou seja, há formas de arrumar as
quatro cartas em fila, sendo que a fila contém três figuras.
 24 ×10   240   𝟐
A probabilidade pedida é ¿ ¿ .
17 160 17 160 𝟏𝟒𝟑
Exercício 3
 
Numa turma de alunos, rapazes e raparigas, vão escolher-se 6 alunos.

 
Qual a probabilidade do grupo escolhido ter rapazes e raparigas?

Sugestão de resolução:
 
Para contabilizar todas as possibilidades de se escolherem seis alunos de
um grupo de basta calcular o número de combinações de , a .
    .
Assim, o número de casos possíveis é
 
Agora, para escolher os três rapazes temos maneiras distintas de o fazer e,
para escolher as raparigas, há formas diferentes.
 
Logo, resulta que o número de casos favoráveis ao acontecimento é
¿  120 ×455  .
  54 600   𝟕𝟖
A probabilidade pedida é ¿
177 100 𝟐𝟓𝟑 .
Exercício 4

Seis amigos vão ao cinema e sentam-se numa fila de seis lugares. Supondo
que se sentam ao acaso, qual a probabilidade do casal, João e Rita (que
fazem parte do grupo), ficar junto?

Sugestão de resolução:
 
O número de casos possíveis é o número de formas de permutar lugares
distintos, isto é,   .

O esquema seguinte sugere as várias formas do casal ocupar os lugares,


ficando o João (J) sentado à esquerda e a Rita (R) à direita:
J R
___ ___ ___ ___ ___ ___
J R São cinco possibilidades, mais outras
___ ___ ___ ___ ___ ___
J R cinco, pois o João e a Rita podem trocar
___ ___ ___ ___ ___ ___
J R entre si as posições.
___ ___ ___ ___ ___ ___
J R
___ ___ ___ ___ ___ ___
Exercício 4

Seis amigos vão ao cinema e sentam-se numa fila de seis lugares. Supondo
que se sentam ao acaso, qual a probabilidade do João e a Rita (que fazem
parte do grupo), ficarem juntos?

Sugestão de resolução (continuação):


 
Para cada posição que o casal ocupa, os outros amigos têm maneiras de
ocupar os quatro lugares que ficam livres.
J R
____ ____ ____ ____ ____ ____

  opções   opções   opções   opção


 
Assim, o acontecimento tem casos favoráveis.
 240   𝟏
Pela lei de Laplace, a probabilidade pedida é ¿ .
720 𝟑
Exercício 5

Um saco contém várias bolas indistinguíveis ao tato, das quais quatro são
brancas e as restantes são pretas. Retiraram-se simultaneamente e ao acaso
duas bolas desse saco.
 20
A probabilidade de sair uma bola preta é .
69
Determina o número de bolas pretas.
Para resolver este problema, percorre as seguintes etapas:
 equaciona o problema;
 resolve a equação.

Sugestão de resolução:
 
Seja o número de bolas pretas. Assim, o saco tem bolas.
Tem-se que:
4 𝑛
  𝐶 1 × 𝐶1 20⟺   4 ×𝑛 20   8𝑛 20
= = ⟺ =
𝑛 +4
𝐶2 69 ( 𝑛+ 4 ) × ( 𝑛+3 ) 69 𝑛 +7 𝑛+12 69
2

2
Exercício 5 | Sugestão de resolução

  8𝑛 20 2
= ⟺
  69 ×8 𝑛=20 × ( 𝑛 +7 𝑛+12 )
𝑛 +7 𝑛+12 69
2


  552 𝑛=20𝑛 2+140 𝑛+240

  20 𝑛2 −412 𝑛+240=0
2
  − ( − 412 ) ± √ ( − 412 ) − 4 ×20 × 240
⟺ 𝑛=
2× 20
  𝑛= 4 12 ± √ 1 69 744 −19 200

40
  𝑛= 4 12 ± √ 1 50 544

40
  𝑛= 4 12 ±388

40
  3
⟺ 𝑛=20 ∨ 𝑛=
5
 
Como , então .
 
Logo, o saco tem bolas pretas.
Propriedades das probabilidades

Teorema 1:
 
Sejam um conjunto finito, não vazio, uma probabilidade no conjunto e um
acontecimento :

Demonstração:
 
Como os acontecimentos e são contrários, então e .
Assim,
𝑃 ( 𝐴 ∪ 𝐴´ ) =𝑃 ( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐴´ )
   
(pela definição de probabilidade, porque )


 
𝑃 ( 𝐸 ) =𝑃 ( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐴´ )  
()

⟺1=𝑃
 
( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐴´ )  
(pela definição de probabilidade, )


 
𝑷 ( 𝑨´ ) =𝟏− 𝑷 ( 𝑨 )
Propriedades das probabilidades

Teorema 2:
 
Dados um conjunto finito, não vazio, e uma probabilidade no conjunto :

Demonstração:
𝑃 ( ∅ )¿ 𝑃 ( 𝐸´ )¿1− 𝑃 ( 𝐸 )¿1−
       
1 ¿ 0
 
Assim, resulta que .
Propriedades das probabilidades

Teorema 3:
 
Dados um conjunto finito, não vazio, , uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos , :
Se , então .

Demonstração:
 
Se , então ,
onde .

Assim,
 
𝑃 ( 𝐴 ∪ ( 𝐵 ¿ ) )=𝑃 ( 𝐴 )+𝑃 ( 𝐵 ¿ ) (pela definição de probabilidade)


  𝑃 ( 𝐵 )=𝑃 ( 𝐴 )+𝑃 ( 𝐵¿ )  
()


 
𝑷(𝑩¿)=𝑷(𝑩)– 𝑷( 𝑨)
Propriedades das probabilidades

Corolário (Monotonia da probabilidade):


 
Dados um conjunto finito, não vazio, , uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos , :
Se , então .

Demonstração:
 
Se , então , isto é .
 
Dado que é uma probabilidade, .
 
Assim, .
Propriedades das probabilidades

Teorema 4:
 
Dados um conjunto finito, não vazio, , uma probabilidade no conjunto e um
acontecimento :
.

Demonstração:
 
Seja qualquer.
 
 Se é uma probabilidade, tem-se que é um número não negativo, isto é, .

 
 Por sua vez, dado que , pela monotonia da probabilidade, então , isto é, .

 
Logo, vem que .
Propriedades das probabilidades

Teorema 5:
 
Dados um conjunto finito, não vazio, , uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos , :
.

Demonstração:
 
Tem-se que ,
onde .

Assim,

𝑃 (( 𝐴∩ 𝐵)∪ ( 𝐴 ¿ ) )=𝑃 ( 𝐴∩ 𝐵 ) +𝑃 ( 𝐴¿ )
 
(pela definição de probabilidade)


  𝑃 ( 𝐴 ) =𝑃 ( 𝐴 ∩𝐵 )+𝑃 ( 𝐴 ¿ )  
()


 
𝑷 ( 𝑨 ) =𝑷 ( 𝑨 ∩𝑩 )+𝑷( 𝑨∩ 𝑩) ´  
()
Propriedades das probabilidades

Teorema 6:
 
Dados um conjunto finito, não vazio, , uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos , :
.

Demonstração:
 
Tem-se que ,
onde , e são disjuntos dois a dois.

Pelo teorema anterior, sabe-se que:


´  
 𝑃 ( 𝐴 ) =𝑃 ( 𝐴 ∩𝐵 )+𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵)
⟺ 𝑃 ( 𝐴 ) =𝑃 ( 𝐴 ∩𝐵 )+𝑃 ( 𝐴 ¿ )
´ )  ⟺ 𝑃 ( 𝐵 )=𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 ) +𝑃 ( 𝐵 ¿ )
 𝑃 ( 𝐵 )=𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 ) +𝑃(𝐵 ∩ 𝐴

Adicionando, membro a membro, as últimas igualdades, tem-se:


𝑃 ( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐵 )
  ¿  𝑃 ( 𝐴 ∩𝐵 )+ 𝑃 ( 𝐴 ¿ )+ 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 )+ 𝑃 ( 𝐵 ¿ )
Propriedades das probabilidades

Demonstração (continuação):

𝑃 ( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐵¿ ) 𝑃 ( 𝐴 ∩𝐵 )+ 𝑃 ( 𝐴 ¿ )+ 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 )+ 𝑃 ( 𝐵 ¿ )
 

 ⟺ 𝑃 ( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐵 ) − 𝑃 ( 𝐴 ∩𝐵 ) =𝑃 ( 𝐴 ¿ ) +𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 ) +𝑃 ( 𝐵 ¿ )

  ( 𝐴 ∪𝐵 )
𝑃
Desta forma, conclui-se que:
 
.
Propriedades das probabilidades | Síntese

 
Dados um conjunto finito, não vazio, , uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos , :
  𝑃 ´ ) =1 − 𝑃 ( 𝐴 )
( 𝐴
  𝑃 ( ∅ )= 0
  Se , então

  Se , então

  𝑃( 𝐴) ∈[ 0 , 1]
  ´ )
𝑃 ( 𝐴 ) = 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 )+ 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵
 𝑃 ( 𝐴 ∪ 𝐵 )= 𝑃 ( 𝐴 )+ 𝑃 ( 𝐵 ) − 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 )
Exercício 6
 
Seja o espaço amostral associado a uma experiência aleatória.
Sejam e dois acontecimentos ( e ).
Sabe-se que:
 
 ;
 
 ;
 
 .
 
Calcula .

Sugestão de resolução:
´
 𝑃( 𝐴)=0 ,7  ⟺ 𝑃 ( 𝐴 ) =1−0,7⟺
  𝑃 ( 𝐴 ) =0,3
´ ∩ 𝐵)
 𝑃( 𝐴 ´¿  𝑃( 𝐴 ∪´ 𝐵)¿  1− 𝑃( 𝐴 ∪ 𝐵)
𝑃  ( 𝐴 ∪𝐵¿ ) 𝑃 ( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐵 ) −𝑃 ( 𝐴∩ 𝐵 )
Por fim,
¿0,3+0,6−0,4
 
¿0,5
 

 
𝑃( 𝐴 ´ ∩𝐵
´¿1−
 
0,5¿𝟎,𝟓
)=1   − 𝑃 ( 𝐴 ∪ 𝐵)
Exercício 7
 
Dados um conjunto finito , uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos possíveis e equiprováveis , tais que:
    5
𝑃 (e 𝑃(
𝐴 𝐴 ∪ 𝐵)=
∩ , 𝐵 )=
6
determina:
 
a) ;

Sugestão de resolução:
 
a) Como e são acontecimentos equiprováveis, tem-se que .
 
Dado que , faz-se:
 5   511 5 2 12
 
= 𝑃 ( 𝐵 ) + 𝑃⟺ (𝐵) − + ⟺ =2 +𝑃 = ( 𝐵 ) 𝑃 ( 𝐵)
6 6 3  3 6 6𝟕 6
 ⟺ 7=12 𝑃⟺ ( 𝐵 ) 𝑃 ( 𝐵 )= 𝟏𝟐
Exercício 7
 
Dados um conjunto finito , uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos possíveis e equiprováveis , tais que:
    5
𝑃 (e 𝑃(
𝐴 𝐴 ∪ 𝐵)=
∩ , 𝐵 )=
6
determina:
 
b) .
Sugestão de resolução:
 
b) ´ 𝐵)
¿  𝑃( 𝐴 ∪
¿  1− 𝑃( 𝐴 ∪ 𝐵)
  5
¿ 1−
6
  𝟏
¿
𝟔
Exercício 8
 
Num certo dado viciado, numerado de a , a probabilidade de sair cada face é
diretamente proporcional ao número de pintas.
Qual é a probabilidade de sair face par no lançamento desse mesmo dado?

Sugestão de resolução:
 
Se é a probabilidade de sair a face , a probabilidade de sair a face é , …, a
probabilidade de sair a face é .
 
Os acontecimentos elementares “sair face ”, “sair face ”, …, “sair face ” são
disjuntos, e a sua união corresponde a todo o espaço amostral.
 
Assim, , ou seja:
  1
 
⟺21⟺
 
𝑥=1 𝑥= 21
  2 4 6  𝟒
  ¿ + + ¿
Por fim, 21 21 21 𝟕
  × 1   1   1
2 4× 6×
21 21 21
Exercício 9
 
Dados um conjunto finito , não vazio, uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos , , prova que:
 
a) ;
 
b) ;
Sugestão de resolução:
 
a)
  ¿ 𝑃 ( 𝐴 ∪𝐵 )+1− 𝑃 ( 𝐴 ) (Teorema 1)
¿  𝑃 ( 𝐴 ) + 𝑃 ( 𝐵 ) − 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 )+1 − 𝑃(Teorema
( 𝐴) 6)
 ¿ 𝑃 ( 𝐵 ) +1 − ( 1 − 𝑃 ( 𝐴 ∩ ´ 𝐵 ))
(Teorema 1)
 ¿ 𝑃 ( 𝐵 ) +1 − 1 + 𝑃 ( 𝐴 ´ ∪(Leis 𝐵
´ ) de De Morgan)
 ¿ 𝑷 ( 𝑩 )+ 𝑷 ( 𝑨 ´ ∪𝑩 ´ )
 
b) ¿  𝑃 ( ( 𝐴 ∩ 𝐵 ) ∪ 𝐴´ ) ( e são incompatíveis)
¿  𝑃 ( ( 𝐴 ∪ 𝐴
´ ) ∩( 𝐵 ∪ 𝐴 ´ )) (Propriedade distributiva)
 ¿ 𝑃 ( 𝐸 ∩ ( 𝐵 ∪ 𝐴 ´ ))  
( e são acontecimentos contrários)
 ¿ 𝑷 ( 𝑩 ∪ 𝑨 ´ )  
( é o elemento neutro da interseção)
Exercício 9
 
Dados um conjunto finito , não vazio, uma probabilidade no conjunto e dois
acontecimentos , , prova que:
 
c) ;
 
d) .
Sugestão de resolução:
 
c)
  ´ 𝐵)
¿ 𝑃 ( 𝐴 ∩𝐵 )+𝑃 ( 𝐴 ∩ (Leis de De Morgan)
 ¿ 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 )+1 − 𝑃 ( 𝐴 ∩1)𝐵 )
(Teorema
  ¿ 𝟏
 
d) ¿  𝑃 ( 𝐴 ) +𝑃 ( 𝐵´ ) − 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵´ ) +𝑃 ( 𝐵 ) (Teorema 6)
¿  𝑃 ( 𝐴 ) +1− 𝑃 ( 𝐵 ) − 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵´ ) +𝑃 ( 𝐵 )(Teorema 1)
¿ 𝑃 ( 𝐴 ) +1− 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵
  ´)
 
( ´ ´ ) (Teorema 1)
¿ 𝑃 𝐴 +𝑃 𝐴 ∩ 𝐵
( )
  ´ ∪𝐵
¿ 𝑃 ( 𝐴 )+𝑃 ( 𝐴 ´ ) (Leis de De Morgan)
  ´ ∪𝑩 )
¿ 𝑷 ( 𝑨 )+𝑷 ( 𝑨

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