Você está na página 1de 54

Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação de Gás Natural com o Uso


de Peneiras Moleculares
Prof. Gilson Gomes de Medeiros
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Introdução
 Gás natural (GN): é um componente vital da
oferta mundial de energia.
 É uma fonte de energia limpa e segura.
 É uma das principais alternativas para a
ampliação da matriz energética brasileira.
 É extraído do subsolo em seu estado natural,
separadamente ou em conjunto com o
petróleo.

2
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Gás associado e não associado


Brasil: 75% associado
25% não associado

Nordeste: 50% associado


50% não associado
3
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Formação do Gás Natural


 O GN é um combustível fóssil, como o
petróleo e o carvão mineral.
 Os combustíveis fósseis são,
essencialmente, restos de plantas,
animais e micro-organismos que viveram
há milhões de anos atrás.

4
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Formação do Gás Natural


 Decomposição de restos de plantas, animais,
algas, plâncton: obtenção de matéria orgânica
 Erosão: transporte da matéria orgânica ao longo
dos rios e sobre as linhas de contorno da costa,
onde foram depositados junto com lama e lodo

5
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Formação do Gás Natural


 Cobertura por outros sedimentos + tectonismo +
vulcanismo  compressão e alta temperatura
 Sedimentos  rochas sedimentares (arenito, xisto,
dolomita)
 Matéria orgânica  petróleo e GN

6
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Composição química do Gás Natural


 Gás Natural = mistura de hidrocarbonetos leves,
principalmente metano, que, à temperatura
ambiente e à pressão atmosférica, permanece
no estado gasoso.
 Quando bruto, pode possuir de C1 até C8 e gases
não hidrocarbonetos.
 É chamado às vezes de gás metano, que, na
verdade, é o seu principal componente.

7
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Composição química do Gás Natural


 Principais contaminantes
 água  sólidos particulados
 nitrogênio (N2)  gás carbônico (CO2)
 sulfeto de hidrogênio (H2S)

 Consequências
 redução do poder calorífico, perda de
eficiência
 incrustações, entupimentos, corrosão
 poluição

8
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Composição química do Gás Natural


Água
Impurezas CO2,H2S, N2 …

Metano
GN

Etano

Propano
GLP
Butano
LGN Pentano
Hexano C5+ (gasolina natural)
Heptano
Octano

9
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Composições Típicas do GN (% vol.)


1 2 3
SUBSTÂNCIA ASSOCIADO NÃO ASSOCIADO PROCESSADO

METANO 77,18 85,48 86,39


ETANO 10,66 8,26 8,81
PROPANO 5,04 3,06 0,72
I-BUTANO 0,66 0,47 -
N-BUTANO 1,31 0,85 -
I-PENTANO 0,30 0,20 -
N-PENTANO 0,37 0,24 -
HEXANO 0,32 0,21 -
HEPTANO E SUPERIORES 0,38 0,06 -
NITROGÊNIO 1,36 0,53 1,65
DIÓXIDO DE CARBONO 2,42 0,64 0,72
TOTAL 100 100 100
DENSIDADE 0,74 0,69 0,635
RIQUEZA (%MOL C3+) 8,38 5,09 0,72
PODER CAL. INF. (kcal/m3) 9.723 9.583 8.297
PODER CAL. SUP. (kcal/ m3) 10.720 10.580 9.190
1
Gás de mistura dos campos do R.G. Norte (maio 98)
2
Gás do campo de Miranga, na Bahia
3
Saída da UPGN-Guamaré/RN (maio 98)
10
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Especificações técnicas e legais do GN


 Resolução ANP Nº. 16/2008

11
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

GN – processamento
Fluxograma geral

12
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação

 Por que deve-se remover o vapor de


água do GN?
 Por representar um componente crítico, o vapor
de água deve ser removido para:
 satisfazer às especificações técnicas e legais
 reduzir o potencial de corrosão
 evitar a condensação de água em dutos
 evitar a formação de hidratos (sólidos com
aparência de gelo)

13
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação
 Hidratos
 compostos sólidos cristalinos, formados pela
combinação entre moléculas de água e certas
moléculas do gás, os quais bloqueiam linhas, válvulas
e equipamentos, parcial ou totalmente

Representação da estrutura de um hidrato:


CH4 preso em uma rede cristalina de água
14
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação
 Hidratos
 compostos sólidos cristalinos, formados pela
combinação entre moléculas de água e certas
moléculas do gás, os quais bloqueiam linhas, válvulas
e equipamentos, parcial ou totalmente

15
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação
 A maior parte da água é removida por separação
gravitacional, perto da cabeça do poço  vasos
separadores

16
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação
 O vapor de água em solução no GN precisa de
tratamentos mais complexos.
 Especificação do gás desidratado: valores
clássicos (em termos de teor de água)
 64 a 112 kg de água por milhão de m3 de gás, sendo o
volume do gás medido nas condições de transporte
 16 kg/milhão de m3, em caso de fluxos que serão
submetidos ao processo de refrigeração
 Processos empregados
 Absorção: gás-líquido  unidade de glicol
 Adsorção: gás-sólido  leito fixo dessecante

17
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Adsorção: qualquer processo em que moléculas de um
gás (ou líquido) são retidas na superfície de um sólido
por meio de forças de atração superficiais do tipo
Van der Waals
(adsorção física) ou
por interação
química (adsorção
química).

18
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Adsorvente: deve apresentar uma série de
características, sendo as mais importantes as
seguintes:
 grande área superficial, entre 500 e 800 m2/grama
(porosidade)
 afinidade pela água
 seletividade (química e/ou de forma)
 elevada resistência mecânica
 pequena resistência ao fluxo de gás
 facilidade de reativação/regeneração por ação do calor
 preservação das características com o tempo (vida útil)

19
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Exemplos de adsorventes:
 alumina: difícil regeneração / baixo custo / alta resistência
mecânica
 sílica-gel: fácil regeneração / resistente a ácidos
 peneiras moleculares (materiais microporosos, como os
aluminossilicatos de alguns metais): altamente hidrofílico / alta
eficiência / alta temperatura de regeneração
 na desidratação do gás natural com adsorventes, faz-se
o fluxo de gás atravessar uma camada fixa do
adsorvente (torre com leito fixo dessecante)
 podem ser atingidos teores de água menores que
1,0 ppm na corrente efluente (com o uso das peneiras)
 aplicação típica destes adsorventes: gases que serão
submetidos a processos criogênicos.

20
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Peneiras moleculares usadas em adsorção: zeólitas
 Zeólitas: aluminossilicatos metálicos de estrutura
cristalina porosa
 Diâmetro dos poros: entre 3 e 10 Å
 Tamanho regular e controlado dos poros das zeólitas  tendência a
não adsorver hidrocarbonetos
 Requer maiores temperaturas de regeneração, entre 260 e 316 °C.

21
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Uma das zeólitas mais empregadas é a zeólita A
(diâmetro do poro: cerca de 4 Å), cuja estrutura
pode ser vista abaixo.
 Moléculas pequenas entram nos poros da zeólita, mas
as moléculas mais volumosas são impedidas de entrar
e alcançar os sítios ativos internos.
 Diâmetro crítico de algumas moléculas:
H2O  2,6 Å
N2, CH4  3,8 Å
CO2  3,9 Å
Etano  4,4 Å

22
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Esquema de um leito fixo dessecante
Escotilha de enchimento
Nível máximo
de adsorvente
Dry Sales Gas

Nível mínimo de
adsorvente
Partículas do
adsorvente
Leito fixo
Grade de
suporte
Inlet Wet Gas

Condensado

Válvula de drenagem
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 A transferência de umidade do fluido para
o leito fixo ocorre na zona de
transferência de massa (ZTM).
 Comprimento da ZTM: referente à
concentração de umidade entre 95% e 5% da
concentração de entrada.
 A ZTM se desloca continuamente da entrada
até a saída do leito.
 O segmento do leito que vai ficando atrás da
ZTM é a zona de saturação ou de equilíbrio
(teor de umidade igual à da entrada); a seção
do leito à frente da ZTM é a zona ativa
(umidade menor que 5%).
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


Etapa de regeneração do leito
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 O sistema de adsorção é composto por
dois ou mais torres com leitos fixos de
adsorção, cheias com dessecante sólido.
 O GN úmido, ao passar pelo leito, tem a água
retida na superfície das partículas e sai seco
 O adsorvente saturado é aquecido para
vaporizar e remover a água (regeneração)
 Pelo menos uma torre realiza a desidratação
enquanto a outra é regenerada
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Regeneração
 O leito exausto deve ser regenerado para
remover a umidade adsorvida.
 A regeneração normalmente é feita através da
alteração da pressão ou temperatura.
 Para aumentar a velocidade de regeneração
das peneiras, algumas vezes são aumentadas
as temperaturas de regeneração.
 Peneiras moleculares são termicamente
estáveis a temperaturas próximas de 540 °C.
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Torres de desidratação de GN da Gas Tech International

30
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Fluxograma da desidratação por adsorção
 número de leitos (torres) variável
 duração do ciclo: de 6 a 24 horas

31
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Tempo de regeneração (60% para aquecimento do
leito + 40% para resfriamento) = tempo de adsorção
 Regeneração:
 Com gás úmido
 mesmo saturado na T de operação, o gás estará muito
abaixo da saturação na T de regeneração
 vazão de gás para a regeneração  5 a 10% da vazão de
entrada
 Com gás desidratado
 não satura antecipadamente o leito
 a perda de carga durante a adsorção exige recompressão
para o uso do gás na regeneração

32
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Desidratação por Adsorção


 Vantagens da desidratação por adsorção
 Maior eficiência (muito maior que a absorção)  produto
isento de água
 Menos afetada pelas mudanças de pressão, temperatura,
ou taxa de fluxo
 Menos susceptível à corrosão e à formação de espuma
 Desvantagens da desidratação por adsorção
 Sofre contaminação por hidrocarbonetos pesados, H2S, CO2
 Ocorre rompimento mecânico de partículas de sólido
 Existem exigências de peso e necessidade de espaço
 Requer muita energia para a regeneração  custo elevado
para a confecção das colunas resistentes ao calor
 Tem maior custo de equipamentos (operam em alta P)
 Alta perda de carga

33
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

PROPRIEDADES DO
GÁS NATURAL

34
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Densidade relativa
 Quociente entre a massa de um volume de
gás e a massa de igual volume de ar seco,
cuja composição deve estar padronizada
pela ISO 6976, sob condições-padrão
(CNTP)
 Para o GN:
densidade relativa = 0,58 a 0,72
(depende da composição)

35
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Densidade relativa do GN
 Em caso de vazamento:
 o GN, mais leve que o ar,
tende a subir e dissipar-se
na atmosfera ou acumular-
se junto ao teto
 o GLP, ou gás de cozinha,
mais pesado que o ar,
forma bolsões junto ao solo Gás natural (0,6)
Ar (1,0)
GLP (1,77)

36
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Cor, odor, sabor


 O GN não possui cheiro, cor ou paladar

 não pode ser percebido pelos sentidos
 detecção de vazamentos bastante difícil
 como medida de segurança, adiciona-se um
odorizante: uma mistura de mercaptanas, com
cerca de 77% da t-butil-mercaptana, (CH 3)3C-SH

 Taxa de odorização: varia em cada país


 no Brasil, é adotada uma concentração de 16 a
25 mg de odorante por m3 de gás.
37
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Toxidez
 O GN não é tóxico  pode provocar asfixia
 Não contém substâncias nocivas à saúde,
exceto se for gás não processado com um teor
de H2S que supera o especificado para
consumo - no Brasil, 15 mg/m3 (máximo)
 Perigo de asfixia reduzido (por ser menos
denso que o ar)
 A combustão incompleta do GN, como de
qualquer hidrocarboneto combustível, produz
substâncias tóxicas (CO + aldeídos)
38
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Temperaturas de ebulição e de
ignição
 Temperatura de ebulição: aquela em que
um líquido torna-se vapor
 Para o GN: -161 ºC, sob pressão atmosférica
 Nas aplicações em que é usado, ele se
encontra sempre no estado gasoso
 Temperatura de ignição: aquela na qual
uma queima se inicia espontaneamente
 Para o GN: 550 °C

39
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Limites de inflamabilidade
 Para que ocorra a queima de um
combustível, é necessário que este se
combine com o ar, formando uma mistura
dentro de uma determinada faixa de
composição, ou de relação ar/combustível
molar ou volumétrica
 É importante conhecer a mistura ar/gás
correta para assegurar suprimento adequado
de ar e de gás aos queimadores e
equipamentos e para detectar e operar com
segurança incidentes de vazamentos de gás.
40
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Limites de inflamabilidade (cont.)


 Para o GN:
 Limite inferior  4%
 Limite superior  14%
 Teor de gás abaixo do limite inferior:
insuficiência de combustível não sustenta
a chama
 Teor de gás acima do limite superior: não
há ar suficiente para a combustão

41
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Relação ar/gás (ar teórico)


 Relação ar/gás: relação entre os volumes de ar e
de gás, teoricamente suficiente para que a
combustão seja completa. Tem o mesmo sentido
do ar teórico, que é o volume de ar estequio-
metricamente necessário para a combustão
completa de uma quantidade específica de
combustível
 Para o GN: relação ar/gás teórica = 10/1

Ar Gás
Natural
42
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Relação ar/gás (cont.)


 A relação 10/1 decorre do balanço
estequiométrico da reação entre metano
(principal componente do GN) e oxigênio
 Normalmente, o GN é queimado com ar, que
contém 20% de oxigênio (O2) e 80% de
nitrogênio (N2)

CH4 + 2 O2 + 8 N2  CO2 + 2 H2O + 8 N2 + CALOR

METANO + AR  GÁS + VAPOR + NITROGÊNIO + CALOR


CARBÔNICO DE ÁGUA

43
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Relação ar/gás (cont.)


 É muito difícil obter uma boa combustão apenas
com o ar “teórico”: há grande probabilidade do
gás não queimar totalmente (haverá formação
de CO ao invés de CO2), liberando menor
quantidade de calor
 Na prática, é empregado ar em excesso para
permitir a reação ou combustão completa
 Combustão incompleta

GN + pouco ar  CO + vapor de água + aldeídos + Calor 

44
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Temperatura da chama
 É a temperatura mais alta de uma chama, e
se localiza na sua parte superior (topo)
 Para o GN: 1954 °C
 Este valor se refere à chama para uma
mistura ideal ar/gás (estequiométrica),
sendo a queima completa
 Uma mistura mais pobre ou mais rica que a
ideal produzirá uma chama de menor
temperatura e inferior eficiência de
combustão
45
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Poder calorífico superior (P.C.S.)


 É a quantidade de energia liberada na forma
de calor, na combustão completa de uma
quantidade definida de gás com o ar, a
pressão constante e com todos os produtos
de combustão retornando à temperatura
inicial dos reagentes, sendo que a água
formada na combustão está no estado
líquido.
(Definição dada pelo Regulamento ANP Nº 3/2002)

46
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Poder calorífico superior (cont.)


 No Brasil, o PCS do gás natural é especificado
diferentemente para as diversas regiões do país
 Para o Nordeste, o GN que é comercializado
deve ter um poder calorífico superior entre
35 MJ/m3 (9,72 kWh/m3) e 42 MJ/m3
(11,67 kWh/m3)
 A diferença entre o PCI (poder calorífico
inferior) e o PCS, que, no caso do GN, é de
±10%, corresponde à energia necessária para
vaporizar a água, a qual, em condições normais,
sai para a atmosfera no estado de vapor, junto
com os gases
47
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Velocidade de chama
 É a velocidade na qual a frente da chama se
move em direção à mistura ar/gás que escoa
para fora do orifício de um queimador.
 A frente da chama é a linha divisória entre a
mistura ar/gás e os produtos de combustão.
 Se Vm = velocidade de escoamento da mistura
ar/gás e Vfc = velocidade de chama:
 Quando Vm > Vfc  deslocamento de chama
 Quando Vm < Vfc  retrocesso de chama
 Quando Vm = Vfc  chama estável
 Para o GN: Vfc  0,4 m/seg (baixa velocidade)
48
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Velocidade de chama (cont.)


 Estabilidade da Chama
 a chama fica retida nos bicos do queimador
Vfc (Gás Natural)  0,4 m/s

Vm Vfc

Vm = Velocidade da Mistura Ar/Gás


Vfc = Velocidade da Frente de Chama

Chama Estável Vm = Vf c
49
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Velocidade de chama (cont.)


 Estabilidade da Chama

50
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Velocidade de chama (cont.)


 Retrocesso da Chama
 a chama retorna ao tubo do queimador
 combustão incompleta por insuficiência de O2
Vfc (Gás Natural)  0,4 m/s

Vm Vfc
Vm = Velocidade da Mistura Ar/Gás
Vfc = Velocidade da Frente de Chama

Retrocesso Vm < Vf c
51
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Velocidade de chama (cont.)


 Retrocesso da Chama

52
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Velocidade de chama (cont.)


 Descolamento da Chama
 O cone da chama se separa a boca do queimador

Vfc (Gás Natural)  0,4 m/s

Vm Vfc
Vm = Velocidade da Mistura Ar/Gás
Vfc = Velocidade da Frente de Chama

Descolamento Vm > Vf c
53
Introdução ao Processamento de Gás Natural – Curso de Engenharia Química - UFRN

Velocidade de chama (cont.)


 Descolamento da Chama

54

Você também pode gostar