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Autor: Washington Morais Costa

5º período de Psicologia – UNIPAC – Campus Bom Despacho


A morte e o luto

• São realidades pelas quais todos passamos

• Temas muito pouco debatidos atualmente


“(...) Torna-se, por isso, fundamental
recuperar o sentido da naturalidade da
morte, voltar a encará-la como um processo
inerente à condição Humana e deixar de a
pensar como um acidente ou um
acontecimento que podia ser evitado (...)”

Susana Pacheco (2002)


(William Adolphe Bouguereau (1825-1905) – The Day of the Dead)
Freud (1914) vem nos falar que
a morte de um ente querido
nos revolta pois, este ser leva
consigo uma parte do nosso
próprio eu amado. E na
contemporaneidade vivemos
uma exigência de imortalidade:
que nada mais é que um
produto dos nossos desejos.
CONCEITO de FINITUDE
• A finitude é o que nos permite planejar as coisas: PRAZO.
• Só eu posso ser autor da minha existência. A morte
(possibilidade dela) dá sentido ao existir, (a jornada só tem
sentido porque há o fim).
• Imortalidade: Continuar sem projetos, tira o sentido da
existência, sem ligação temporal.
– Mito de Prometeu / Highlander / Vampiros
Quando falar da morte?
• Desde o início da intervenção, e não apenas na fase
terminal.

• Falar da morte com a pessoa e com a sua família

Características da intervenção:
• Acompanhar a pessoa e a sua família, demonstrando
disponibilidade e abertura.

• Validar os esforços de todos os envolvidos.


Avaliações prévias:

• Funcionamento da família

• Situações de doença e lutos anteriores

• Contexto e significado da doença

• Como a família compreende a morte


Estratégias:
• Avaliar Necessidades;
• Detectar Sinais de Sofrimento;
• Encontrar respostas para essas Necessidades e
Sinais de Sofrimento;
• Promover a Comunicação;
• Ajudar a Família a tratar o Doente como Pessoa
Viva, e não como se já tivesse morrido;
• Estar presente sempre que necessário e possível;
• Reforçar o Apoio à Família durante a fase terminal
• Prestar Apoio quando da Morte.
 A equipe médica vivencia a
morte de um paciente como um
fracasso, colocando à prova, a
onipotência da medicina. Ainda
segundo Mannoni (1995): "é porque
a morte é vivenciada como um
fracasso pela medicina que os serviços médicos
chegam a esquecer a família (ou a esconder-se
dela)." 
Segundo Kübler-Ross (1997): "Quando um
paciente está gravemente enfermo, em geral é
tratado como alguém sem direito a opinar." 
 “Dentro dessa humanidade no atendimento
ao doente terminal, Kübler-Ross (1997) nos fala da
importância do acolhimento ao doente por parte da
equipe médica, da importância da verdade. O que se
questiona não é o dizer ou não a verdade, mas sim
como contar essa verdade, aproximando-se da dor
do paciente, colocando-se no lugar dele para
entender seu sofrimento. Essa seria a verdadeira
disponibilidade humana para ajudar o outro em seu
caminho em direção à morte.” 
O Luto
 Para Freud (1916), "O
luto, de modo geral, é uma
reação perante a perda de um
ente querido, ou perante à perda
de alguma abstração que
ocupou o lugar de um ente querido, como o
país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim
por diante." E segue dizendo que o luto normal
é um processo longo e doloroso, que acaba por
resolver-se por si só, quando o enlutado
encontra objetos de substituição para o que foi
perdido. 
LUTO NORMAL

• Não é patológico;
• Deve ser superado após certo tempo;
• Não é necessária interferência;
• Perturbação da auto-estima ausente;
• O mundo se torna vazio.

LUTO PATOLÓGICO

• Melancolia.
• Desânimo, falta de interesse pelo mundo externo, perda da
capacidade de amar;
• Inibição das atividades e do sentimento de auto-estima;
• Auto-recriminação, com expectativa delirante de punição.
Paciente terminal:

“É aquele que se encontra além


da possibilidade de uma
terapêutica curativa e que
necessita de um tratamento paliativo visando
alívio de inúmeros sintomas que o atormentam,
sempre levando em consideração a melhoria da
qualidade de vida de uma maneira global, isto é,
não somente a parte biológica, mas também nas
esferas espiritual, social e psicológica.” (CHIBA,
1996).
Elizabeth Kübler-Ross, categorizou cinco estágios
pelos quais, os Pacientes passam quando da aproximação
da Morte.

01) A Negação e o Isolamento

02) A Indignação

03) A Barganha

04) A Depressão

05) A Aceitação
A equipe de saúde
quando está frente a
um caso terminal
tende a nutrir um
sentimento de fracasso diante
da morte.
“Na área da saúde a prioridade
deve ser zelar pelo bem estar da
Vida, e não lutar contra a Morte,
pois está é uma batalha que não
pode ser ganha.”
OBRIGADO!

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