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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

(UFRA)
MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI (MPEG)
DISCIPLINA: SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO DE PLANTAS

SYSTEMATICS AND CHARACTER EVOLUTION


OF VINCEAE (APOCYNACEAE)

André O. Simões, Luiza S. Kinoshita, Ingrid Koch, Márcio J. Silva &


Mary E. Endress

TAXON• February 2016: 99–122


INTRODUÇÃO
Família (Apocynaceae)

5.000 espécies

Ornamental(e.g. Allamanda L) químico e


farmacológico (e.g. Rauvolfia L. madeireiro
(e.g. Aspidosperma)
INTRODUCÃO

restrito às regiões tropicais e subtropicais


do Hemisfério Sul

destaque na medicina tradicional

Além de sua importância como fonte de potencial utilidade farmacêutica, a


grande diversidade na morfologia floral e nos modos de dispersão de frutos e
sementes tornam Vinceae atraente como modelo comparativo para estudos
evolutivos.
INTRODUCÃO
Apocynaceae na sistemática aspectos biogeográficos:
da família paleotropical e neotropical
linhagens em vários clados

culminou no re-
amalgamationEndress & dispersão transoceânica
Bruyns (2000)

Asclepiadaceae,
Apocynaceae e
Periplocaceae
INTRODUCÃO

nova tribo no rauvolfioid, três


(Endress & al., 2014)
no apocinóide e reconheceu 12
reconheceram 366 gêneros em
subtribos dentro,
5 subfamílias,
Asclepiadoideae. Endress & al.
25 tribos e 49 subtribos
(2007a)

Aqui fazemos um ajuste há muito necessário para a classificação para


torná-la melhor de acordo com as filogenias, abandonando as
classificações formais para Rauvolfioideae e Apocynaceae, tratando-as
informalmente como grade rauvolfióide e grade apocinóide,
respectivamente
INTRODUCÃO

Periplocoideae

Apocynaceae foi publicado por


Jussieu (1789) Secamonoideae

Asclepiadoideae

rauvolfioide apocynoide

79 gêneros distribuídos em 11 tribos


INTRODUCÃO
INTRODUCÃO

(1)São as tribos e subtribos de Vinceae sensu Endress & al. (2014) monofilético?
(2) Quais são as relações entre os gêneros constituintes?
(3) A filogenia suporta as classificações seccionais de Rauvolfia propostas por Pichon
(1947a) e Rao (1956)?
(4) Quais caracteres morfológicos são congruentes com os clados recuperados da
análise filogenética molecular?
AMOSTRAGEM DE TAXON MATERIAL E MÉTODOS

nine genera in Vinceae Ochrosia

Catharanthus (5/8), Kamettia (1/2),


(O. compta K.Schum., O. elliptica
Kopsia (9/24), Laxoplumeria (2/3),
Labill., O. kauaiensis
Ochrosia (8/40), Petchia (4/8),
H.St.John, O. mariannensis A.DC.)
Tonduzia (2/2), Vinca (2/7).

Neisosperma

O. kilneri F.Muell, O. miana


Guillaumin, O. nakaiana (Koidz.)
Koidz. ex H.Hara, O. poweri
F.M.Bailey)
MÉTODOS MOLECULARES E MATERIAL E MÉTODOS
COMPOSIÇÃO E ALINHAMENTO DE
MATRIZ DE DADOS.
(introns rpl16, rps16 e trnK, e espaçador
amplificação e sequenciamento
intergênico trnS-G), e uma codificação
Simões & al. (2007).
(gene matK)

ChromasPro v.1.5 (Technelysium, Brisbane, Austrália,


http://www.technelysium.com.au/chromas.html).

Multiple sequence alignment was


initially performed using
Muscle v.3.8.31 (Edgar, 2004)

ajustado manualmente
Análise de parcimônia (MP) MATERIAL E MÉTODOS

Maximum parsimony analyses were Suporte de inicialização


performed using PAUP* v.4.0b (Swofford, (BS) (apenas aqueles ≥ 50% são
2000) and PaupUp v.1.0.3.1 (Calendini & indicados) foram avaliados como
Martin, 2005) segue: valores de 50%–74% são
considerados fracos, 75%–84%
(1) uma rodada inicial como moderadamente e ≥ 85%
de buscas em árvore com 1.000 réplicas como fortemente apoiado.
de sequência de adição aleatória (RASR),
mantendo 10 árvores em cada etapa

((2) troca de ramo de reconexão de


bisseção de árvore (TBR) com
MULTREES
Inferência Bayesiana (BI). MATERIAL E MÉTODOS

As árvores pós-burn-in foram importadas para o Tree Annotator v.1.5.4 (Rambaut &
Drummond, 2007b), e uma árvore de consenso de regra majoritária de 50% foi
então reconstruída para obter probabilidades posteriores dos clados. A árvore de
consenso da regra da maioria foi então analisada e editada no FigTree v.1.3.1
(Rambaut, 2009). Os valores de probabilidade posteriores foram avaliados da
seguinte forma: ≥ 0,95 foram considerados fortemente suportados, aqueles < 0,95
como fracamente suportados.
Mapeamento de caracteres. MATERIAL E MÉTODOS

30 caracteres morfológicos selecionados from the literature (Stapf, 1902;


derivados da observação direta de Markgraf, 1924, 1979; Pichon,
espécimes de herbário. 1947b, 1948b; Rao, 1956; Boiteau
& al., 1974, 1975, 1976; Markgraf
& Huber, 1975; Boiteau & Allorge,
Pacote de reconstrução do estado 1978; St. John, 1978; De Jong,
ancestral de parcimônia para Mesquite 1979; Gentry, 1983; Zarucchi,
(Maddison & Maddison, 2005) em 1987; Van Dilst & Leeuwenberg,
Mesquite v.2.75 (Maddison & Maddison, 1991; Leeuwenberg, 1994b,
2011) 1997;Koch, 2002; Omino,
2002;Hendrian, 2004; Middleton,
1993, 2004, 2007, 2011, 2014;
Middleton& al., 2005; Rapini & al.
2010).
Character mapping. MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS

Nenhum clado incongruente


fortemente suportado foi
encontrado entre partições
individuais na análise MP ou
BI; portanto, todas as partições
foram combinadas em uma
única matriz.
RESULTADOS
DISCUSSÃO

Clado Vinceae. — O presente estudo é a primeira investigação molecular


filogenética a incluir amostras de todos os nove gêneros de Vinceae, conforme
circunscrito por Endress & al. (2014).
• A monofilia de Vinceae é fortemente apoiada por nossos dados moleculares.
• indicando que o ancestral de Vinceae tinha corolas com estivação dextrorse (cap. 11:0),
• corpo de cabeça de estileite com uma coroa sem lóbulos no ápice (char. 15:1)
• colar membranoso na base (char. 16:1),
• frutos drupáceos (char. 21:2)
• com um mesocarpo carnoso (char. 24:0)
• e um número reduzido de sementes por carpelo (char. 30:1).
• monogenérico (Kopsiinae, Ochrosiinae, Rauvolfiinae, Vincinae)
• naõ é suportado aqui (Catharanthinae)
• (Tonduziinae)
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO

(1)Monofiletismo
(2)A incongruência observada entre nossa filogenia hipótese e as classificações
anteriores de rauvolfia é devido principalmente à extensa homoplasia nos
caracteres diagnósticos usado por pichon (1947a) e rao (1956)

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