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Trabalho de literatura

‘’Os Sertões’’

PARTICIPANTES: VINÍCIUS A. MENDES, MIGUEL LEITE, PEDRO A. CARVALHAIS.


‘’A nova fase da luta’’
Capítulo 1:
 QUEIMADAS, PÁGINAS DEMONÍACAS:
O pequeno povoado decadente de Queimadas tornou-se um ruidoso acampamento
das novas tropas, entre a vegetação seca e inúmeros restos de fardas e equipamentos
deixados pelos combatentes que por lá haviam passado anteriormente.
No muro de uma capela colecionavam-se inscrições feitas a carvão ou a ponta de
sabres dos soldados: frases blasfematórias e brados acalorados misturavam-se
naquela superfície.
 UMA FICÇÃO GEOGRÁFICA, FORA DA PÁTRIA:
A linha férrea que passava rente ao povoado revelava um único ponto de
congruência entre duas sociedades muito distintas: o vaqueiro do sertão ali parava
para ver passar os trens que levavam os patrícios ao litoral, totalmente inconscientes
de sua existência.
As novas expedições, ao adentrarem aquele interior misterioso e miserável, sentiam-
se estrangeiros em terras bárbaras.
 EM CANUDOS, PRISIONEIROS, DIANTE DE UMA CRIANÇA, OUTRA CRIANÇA:
Chegando às proximidades do arraial, surgiram notícias positivas da fronte de batalha:
todas as posições conquistadas foram mantidas e os jagunços pareciam cair em desânimo.
Havia boatos que o próprio Conselheiro se preparava para se entregar ao martírio.
A maioria absoluta dos prisioneiros de guerra era formada por mulheres e crianças,
encenando um triste espetáculo aos soldados que os recebiam. Certa criança cobria seu rosto
com um chapéu para esconder a boca atravessada por uma bala. Jovens em estado deplorável
contavam aos militares o drama de suas tragédias.
Um garoto de nove anos chamou a atenção de todos ao demonstrar conhecimento e
habilidade ao manejar diversos armamentos.
O autor ressalta que deveria ser preocupação do governo não só combater os revoltosos
daquela região, mas também lhes propagandear as vantagens que teriam ao se modernizarem
e fazerem parte da sociedade mais avançada.
 NA ESTRADA DE MONTE SANTO, PALIMPSESTOS ULTRAJANTES:
No caminho para a base de operações as tropas frequentemente se deparavam com
dezenas de soldados feridos e convalescentes, o que lhes alterava o ânimo. Única
exceção fora a passagem pelo sítio de Cansação, vilarejo familiar cujo chefe saudou
os militares com muito fervor.
Assim como na capela de Queimadas, inscrições de protesto tomavam conta de
todos os muros que se erguiam em torno da estrada.
 EM MONTE SANTO
A chegada a Monte Santo reanimava os viajantes, já que ali estruturou-se uma forte
base, com enormes acampamentos e um hospital bem equipado. Era possível
encontrar todo tipo de personagens: oficiais, repórteres, estudantes… Dali saíam
comboios diários a Canudos, o que garantiria o sucesso final da empreitada.
 EM CANUDOS, UMA “VAIA ENTUSIÁSTICA”
No início de setembro surgiam resultados animadores para o exército: líderes dos
jagunços eram alvejados e as torres da igreja nova, que eram pontos estratégicos para
os sertanejos, foram derrubadas em meio a vaias e comemorações.

 TRINCHEIRA SETE DE SETEMBRO, ESTRADA DE CALUMBI


Os avanços se davam por todos os lados: soldados entrincheirados na Fazenda Velha
tiveram condições de combater os revoltosos; descobriu-se uma nova estrada, de
Calumbi, que encurtava em um dia a viagem entre Monte Santo e Canudos; o arraial
já era cercado por quase todos os lados.
Capítulo 2
‘’Marcha da divisão auxiliar, medo glorioso’’

Continuando a partir da Montanha Sagrada por um novo caminho, a única coisa que
a nova expedição temia era que eles não pudessem participar da glória da batalha -
por isso eles aceleraram o ritmo.
 CAXOMONGÓ, REBATE FALSO:
No dia 15 de setembro, quando as tropas desembarcaram no local de "Caxomongó",
os soldados receberam um choque inusitado: durante a noite, uma sentinela disparou
por engano, fazendo com que todos acordassem, armados e alinhados para a chamada
batalha. .
 EM BUSCA DE MEIA RAÇÃO DE GLÓRIA, ASPECTO DO
ACAMPAMENTO
Subindo o Morro da Favela, os soldados sabiam que ainda havia tempo para
saborear a glória da vitória: mesmo nos escombros, Canudos resistiu.
O quartel tomou os contornos de uma nova aldeia, com homens à paisana e
mulheres cuidando das casas. Quando chegamos ao acampamento do general,
tínhamos a sensação de um campo de batalha.
 CANUDOS:
Em geral, a vila está em ruínas - é difícil acreditar que ainda seja habitada. Enquanto
alguns dos abrigos foram destruídos pela artilharia do exército, o som dos tiros e os
gritos e gritos de mulheres e crianças que acabaram chegando ao quartel provaram
que os sertanejos ainda estavam lá.
A vitória quase certa aclimatou o exército a uma batalha morna, mas ainda há
temores de que os jagunços tenham um último impulso heróico para salvá-los.
À noite ouvem-se curiosas trocas entre soldados e jagunços ao longe,
cumprimentando-se e conversando sobre suas vidas e famílias, até que algum
desentendimento transforma a troca de linguagem em tiroteio.
 O CHARLATANISMO DA CORAGEM
Prolongada batalha fez com que todos se acostumassem com a situação:
A eventual morte e as granadas que atravessavam o acampamento não assustavam
mais os soldados, endurecidos por tanto confronto. Muitos deles se apresentam como
"bravos gângsteres" e veem os jagunços se revelarem ao longe, contando aos recém-
chegados as dramáticas provações que sofreram antes disso, mas considerando que
não há mais nada a fazer: o inimigo morrerá sozinho. .
Capítulo 3
‘’Embaixada do Céu’’
Na parte norte do arraial, além de permitir uma possível fuga para os sertanejos,
ainda há passagens para seus mantimentos e a chegada de novos guerreiros. No
entanto, esta última opção não foi levada a sério pela maioria dos rebeldes, apesar da
perda dos principais combatentes de Canudos.
No entanto, a pobreza estava aumentando, assim como a proporção de mulheres,
crianças e doentes entre o restante da população.
O destino de Canudos foi determinado pela morte do líder Antonio Conselheiro em
22 de setembro, dias após a destruição quase total das igrejas da vila. Sem esperança
de reverter a trágica situação, sertanejos apelam para acreditar no último milagre: o
Conselheiro teria "ido para o céu", convocando milhões de arcanjos para o campo de
batalha - uma prova até da longa permanência dos soldados nas trincheiras: eles
estavam apenas "aguardando" o juizo final.
 Complemento de Assédio
Na manhã do dia 24, as tropas bombardearam a aldeia violentamente, e os batalhões
invadiram outras areas de forma imprudente: baionetas foram enfiados nas pessoas
dos casebres e disparadas indiscriminadamente, fazendo com que as mulheres
gritassem e chorassem assim como as crianças.
Apesar dos avanços, o exército militar teve 13 baixas, vendo seus oponentes recuar,
mas nunca fugir.
 Cenário da tragédia
Do alto da serra, no acampamento das tropas, inúmeros curiosos usaram binóculos
para observar a trágica cena do cerco final de Canudos: explosões, estouros, fogos e
fumaça tomaram conta do monte de escombros que se tornou o arraial.
Os espectadores ficaram ansiosos ao verem a bandeira vermelha ao norte: ela
indicava que o vilarejo estava completamente bloqueado e a insurreição estava morta.

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