Definições e Fundamentos das Antenas

• Dados históricos
– Previsão teórica da existência de ondas elect. (Maxwell 1864)
– Prova experimental (Hertz 1886)
– Primeiro sistema completo de telegrafia sem fios (Marconi
patente 1887 e 1ª transm. transatlântica 1901)
– Desenvolvimento de antenas de fio para UHF (até ≈1940)
– Novas antenas (guias de onda, a. abertura, reflectores) p/
aplicações radar (GHz)
– Comunicação via satélite (a partir dos anos 60)
• O IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) define uma antena como sendo
aquela parte de um sistema transmissor ou receptor desenhada especificamente para
irradiar ou receber ondas electromagnéticas (IEEE Std. 145-1983).

1 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Algumas características
– A sua capacidade de irradiar e receber de determinadas
direcções (Directividade).
– A frequência ou banda de frequências de trabalho.
– Os níveis de potência que suporta.
– A eficiência da antena.
• Tipos de antena e bandas de frequência de rádio
– As propriedades mais importantes das a. dependem do
comprimento eléctrico
- Antenas electricamente pequenas são pouco directivas
– AM (540-1600kHz) => λ=300m (1000kHz) => a. pequena
– Microondas (GHz) => λ=3cm (10GHz) => a. grande

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 Definições e Fundamentos das Antenas
• Bandas de frequência de rádio e principais aplicações

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 Definições e Fundamentos das Antenas
• Tipos de antenas segundo a banda de freq. e tamanho
Abertura
Arrays
Onda progressiva
Elementos

10K 100K 1M 10M 100M 1G 10G 100G Frequência (Hz)

Abertura
Arrays
Onda progressiva
Elementos

0.01 0.1 1 10 100 1000 Tamanho da antena em λ

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 Definições e Fundamentos das Antenas
• Sistemas de coordenadas
– Cartesianas

– Cilíndricas

– Esféricas

dS X  dydz

dl  dxiˆ  dyˆj  dzkˆ dS Y  dxdz dv  dxdydz
dS Z  dxdy

   
dl  di   di  dzi z dS   ddz
dv  dddz
dS   ddz
dS z  dd

dS r  r 2 sendd
   
dl  drir  rd i  rsendi dS  rsendrd  dv  r 2 sendrd d
dS   rdrd 

5 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Operadores diferenciais

  
– Gradiente

U  U  i   U  i  U z i z

– Divergência (derivada na direcção das linhas de força do campo)

.
U  U  U 
– Em coordenadas cilíndricas e esféricas

 i  i  iz .
dl  dl dl z
.
U d  U d  U dz 
        i  i  iz
U   i  j  k U  dl   dl z dl z
 x y z 
   1       1   1  
  i  i  i z U   ir  i  i z U
    z   r r  rsen  

     
z
  S3  A.ds   A.ds
s
2   A.ds 3

. A  lim s
 A.ds A
 x 
Ay Az

S2
 
s2 s3

V  0 V x y z  A.ds 2   Ax x dydz
y Ax s2
 
 A.ds 3  Ax x  dx dydz
s3

Ax
x x+dx x Ax x  dx   Ax x   dx  ...
x

   Ax  Ax
s .ds  Ax x  dx  Ax x dydz   x dx dydz  x dV
A

 1   1  2 A 
. A  A   1 A  Az . A  2
r r

r Ar 
1 

 senA  
rsen    

    z

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 • Teorema de Gauss
Definições e Fundamentos das Antenas
  q
– Rotacional (derivada na direcção ┴ às linhas de força do campo)
 .ds 
E
s 0 
   
.E 
 A.ds   .Adv
s V q


dv
0
0 V 
0

 
  A  lim
  .dl
A   z  dz y z y  dy
 A.dl   Az dz   dy   Az y dz  
C
n Ay Ay dy
s 0 S Cx z y  dy y  dy z  dz z  dz y z

z  
Ay  A.dl   Az dz y  dy Ay dy z  dz   Az dz y  Ay dy z
Cx

z+dz
Az   Az dz   Ay dy 
z Az dz y  dy  Az dz y  dy Ay dy  Ay dy  dz
y z  dz z z
 
y+dy    Az Ay 
y y
Cx A.dl   y  z dydz 
  Ax   .dl
A Az Ay
x  lim
dy , dz 0
Cx

dydz

y

z

  
i j k
     Az Ay    Ax Az    Ay Ax  
 A   i    j   k
x y z  y z   z x   x y 
Ax Ay Az

7 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 • Rotacional em coordenadas cilíndricas e esféricas
Definições e Fundamentos das Antenas
– Teorema de Stokes

  1 Az A   A Az    1 A  1 A 

  A    i     i    i z
   z   z        

senA  1 A ir   1 Ar  1  rA i   1 rA   1 Ar i
  1 
  A  
 rsen  rsen    rsen  r r   r r r  

  
 A.t .dl     A.n.dS
C S

8 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Equações de Maxwell (revisões)
– Campo eléctrico

– Campo magnético (fio infinito de corrente)

– Em regime não estacionário

   
.E  E 0
0 E  V
 2V  2V
  ...
xy yx

  I       
B  0 i
2 C
B.t .dl   0 I 
S
  B .n.dS   0  J .dS
S
  B  0 J

 B B y   
.B  x 
x y S
.BdS   B.n dl  0
C   .B  0
Bn
T. Gauss a 2 dimensões

  dQ  dQ   

S
J .dS  
dt V . Jdv  
dt
  V t dv .J  0
t

Equação da continuidade

9 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 – Lei de Faraday
Definições e Fundamentos das Antenas
• E no caso do campo magnético

 
d   B    B  
  
dt C E.dl   S t dS S   EdS   S t dS E 
B
t

 
.  B   0  .J Equação da continuidade

Se escrever-mos

  E 
  B   0  J   0  Equação da continuidade
 t 

10 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Equações de Maxwell (forma final)
– Forma diferencial

– Forma integral

 
  B
.E  E  
0 t

   E 
.B  0   B   0  J   0 
t 


    d  

S
 0 EdS   dv
V
C dl   dt
E  dS
B
S

  1     d  
 dS  0
B
S
 0 C
B d l  S J dS 
dt S
 0 EdS

  d
 JdS   dt 
S V
dv

11 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Equações de Maxwell em regime sinusoidal
   
  E   jwB .E  
   
 
E (r , t )  Re E (r )e jwt 
  H  jwD  J .H  0

• Propagação em meios condutores

– Profundidade de penetração da corrente (μm p/ freq. de rádio)

– Definem-se então cargas e correntes superficiais

       
J  E   H    jw E  jw 1  j E tg 
 w  w

 1 

 f

   Correntes superficiais
 

Q  I 
 s  lim Js  lim in
a  0 a l  0 l

12 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Condições fronteira do campo electromagnético
• Aplicando a equação da continuidade

• comportamento das componentes normais dos campos e

a componente normal do campo eléctrico não é contínua no caso de haver carga superficial que actua como fonte de campo.

 
I 1  J 1 .n a
^   d  
I 2  J 2 .n a
n
J1n
S dS   dt
J V
dv  I1  I 2  I C
 
Σ I C   J s .in dl
C
^ h
in
     
lim  dv   s a
h 0 V
n.J 1  J 2 a   J s .in dl   s a
C t
J2

J2n  
    

  .J s  lim

C
J s .in dl
n.J 1  J 2     .J s   s
a  0 a t

 
B E

           
s E .d S  V  0 dv lim  E.dS  n.E1  E 2 a n.E1  E 2   s
h 0 S 0

13 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 – E no caso do campo magnético
Definições e Fundamentos das Antenas
a componente normal de é contínua sobre a superfície

    
 B.dS 0 n.B 1  B2   0
s


B
– Componentes tangenciais do campo eléctrico

a componente tangencial do campo eléctrico é contínua sobre a superfície

• E no caso do campo magnético

^
n
  d       
lim  E.tˆdl E1 .tˆ.l  E 2 .tˆ.l  tˆ.E1  E 2 l
C Edl  
dt S
BdS h 0 C

Σ  
lim  BdS  0
h 0 S
h
^     
is
^ Δl tˆ.E1  E 2   n  E1  E 2   0
in

  
1     d   lim  B.tˆ.dl  tˆ.( B1  B2 )l

0 C
Bdl   JdS    0 EdS
S dt S
h 0 C
   
   

h 0 S

lim JdS  J S .iˆn l  tˆ.( B1  B2 )  nˆ  ( B1  B2 )   0 J S .iˆn
 
lim  E.dS  0
h 0 S

14 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Algumas observações
• Se o condutor é perfeito a corrente só existe à superfície. Neste caso o campo magnético no interior do condutor é nulo pois qualquer contorno fechado no interior do condutor tem um fluxo de corrente nulo na área por ele envolvida (teorema de stokes). Pela lei de Gauss o campo eléctrico no interior do condutor também será nulo pois sendo a condutividade infinita não existirão cargas no
interior do condutor. Então pela equação (81) a componente normal do campo magnético será nula.
• Pela equação (84), e considerando o que foi dito no ponto 1 nomeadamente o facto do campo eléctrico ser nulo no interior do condutor, a componente tangencial do campo eléctrico será nula.
• O campo magnético a existir será fora do condutor mas só se houver corrente e será perpendicular ao plano definido por esta e pela normal à superfície de acordo com a equação (88).
• O campo eléctrico a existir será fora do condutor mas só se houver carga à superfície e será perpendicular à superfície do condutor de acordo com a equação (80).

15 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)

 Definições e Fundamentos das Antenas
• Problemas
1. Calcular o campo eléctrico criado por uma esfera uniormemente carregada com uma densidade de carga eléctricaρ C/m3.
a) Dentro da esfera.
b) Fora da esfera.

2. Calcular o campo eléctrico criado por uma esfera uniormemente carregada com uma densidade superficial de carga eléctricaρs C/m2.
a) Dentro e fora da esfera.
b) Componentes tangenciais e normais do campo eléctrico.

3. Considere um cilindro de corrente uniformemente distribuída com densidade .

a) Determine a indução magnética dentro e fora do cilindro.

4. Considere um cilindro com distribuição superficial de corrente uniforme .

a) Determine a indução magnética dentro e fora do cilindro.
b) Determine as componentes tangenciais e normais do campo electromagnético.


J


Js

16 Radiação e Propagação Carlos Lima (DEI-Universidade do Minho)