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Cálculo de dimensão de

redes de ar comprimido
Um sistema de distribuição perfeitamente executado deve apresentar
os seguintes requisitos:

• pequena queda de pressão entre o compressor e as partes de consumo, a fim de manter a


pressão dentro de limites toleráveis em conformidade com as exigências das aplicações;
• não apresentar escape de ar, pois haverá perda de potência;
• apresentar grande capacidade de realizar separação de condensado
Pontos a serem considerados na execução do
projeto
• Layout: visando à melhor performance na distribuição do ar, a
definição do layout é importante. Ele deve ser construído em desenho
isométrico ou em escala, permitindo a obtenção do comprimento das
tubulações nos diversos trechos.
• Formato: Em relação ao tipo de linha a ser executado, anel fechado
(circuito fechado) ou circuito aberto, devemos analisar as condições
favoráveis e desfavoráveis de cada uma. Geralmente, a rede de
distribuição é em circuito fechado.
Pontos a serem considerados na linha de
distribuição
• Volume de ar corrente (vazão): é a quantidade em m³ de ar por hora
que será consumida da rede, supondo todos em funcionamento em
um mesmo momento. Q = Vazão (m³/h);
• Comprimento total da linha de distribuição: é a soma do
comprimento linear da tubulação da linha de distribuição com o
comprimento equivalente originado dos pontos de estrangulamento.
Lt = L1 + L2 Lt -> comprimento total (m); L1 -> comprimento retilíneo
(m); L2 -> comprimento equivalente (m).
Queda de pressão admissível: ao deslocar-se por uma tubulação, a pressão de um fluido sofre gradual
redução ao longo de seu comprimento em função dos atritos internos e dos possíveis estrangulamentos
(curvas, registros, tês e outros) que existiam ao longo dela. Essa redução também é conhecida como
perda de carga. Para um satisfatório desempenho da rede, a queda não deve exceder 0,3kgf/cm². Em
caso de grandes redes, podemos chegar a 0,5kgf/cm². ∆P = queda de pressão admitida (kgf/cm²).
• Número de pontos de estrangulamento: são singularidades
necessárias para a distribuição da linha de distribuição por dentro de
toda a rede industrial. É necessário transformar estas singularidades
em comprimento equivalente
Exemplo de comprimento equivalente
• Página 140 da apostila
Fórmula
Entendendo a fórmula
• D= diâmetro da tubulação em mm.(interno)
• Constante

• Vazão em m³ por hora


• ∆P = queda de pressão admitida (kgf/cm²).
• P=pressão da linha
Exemplo
• comprimento da tubulação linear: 300m;
• perda de carga admitida: 0,3kgf/cm²;
• pressão de regime: 9kgf/cm²;
• volume de ar corrente: 300m³/h
• aumento da capacidade prevista para os próximos 10 anos: 60%.
• singularidades: a) 5 tês roscados com fluxo em ramal; b) 5 tês
roscados com fluxos em linha; c) 7 válvulas tipo gaveta roscadas; d) 5
curvas de 90º raio longo roscadas.
Parte 1
c) Analisando a Tabela 8 (diâmetro interno):
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d) Utilizando as tabelas 6 e 7, temos:

• 10 tês roscados com fluxo em ramal: 10 . 5,2


= 52m;
• 5 tês roscados com fluxo em linha: 5. 3,7
=18,5m;
• 7 válvulas tipo gaveta roscadas: 7 . 0,58 =
4,06m;
• 6 curvas de 90º raio longo roscadas: 6 . 1,2 =
7,2m.
• 52 + 18,5 + 4,06 + 7,2 = 81,76m
• Lt = L1 + L2 = 300 + 81,76 = 381,76m
Recalculando
Cálculo de volume de
reservatório quando a
regulagem é intermitente

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Exemplo 3: Dimensionar o volume de um reservatório
para um sistema cujo:
Consumo Q = 20 m3 / min
Interrupções / hora Z = 20
Diferencial de pressão p = 100 kPa (1 bar)
Volume do Reservatório Vb = ?

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Consumo Q = 20 m3 / min

Diferencial de pressão p = 100 kPa (1 bar)


Interrupções / hora Z = 20

Volume do Reservatório Vb = 15 m3

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Cálculo da Tubulação da Rede de Distribuição
do Ar Comprimido

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Cálculo da Tubulação da Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
A escolha do diâmetro da tubulação não é realizada por quaisquer
fórmulas empíricas ou para aproveitar tubos por ocaso existentes no
depósito, mas sim considerando-se :
• O volume corrente (vazão);
• O comprimento da tubulação;
• A queda de pressão (admissível);
• A pressão de trabalho;
• O número de pontos de estrangulamento na rede.
Na prática é utilizado um monograma onde todos os parâmetros
são considerados para a escolha do diâmetro da tubulação.
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Cálculo da Tubulação da Rede de Distribuição
do Ar Comprimido

Exemplo 4: O consumo de ar em uma indústria é de 4


m3 / min. (240 m3 / hora). O aumento em três anos será
de 300 %. Isso resultará num consumo de 12 m3 / min.
(720 m3 / hora).
O consumo total é estipulado em 16 m3 / min. (960 m3 /
hora). A tubulação terá um comprimento de 280 m; esta
rede possuirá 6 peças em “T”, 5 cotovelos normais, e 1
válvula de passagem. A queda de pressão admissível é de
p = 10 kPa (0,1 bar). A pressão na rede deverá ser de
800 kPa (8 bar).
Calcular o diâmetro do tubo. 21
Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido

Com os dados do
exemplo 4 será
determinado no
monograma o
diâmetro do tubo.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
1o Passo
Unir o valor da coluna A
(comprimento da tubulação
= 280 m), com o valor da
coluna B (consumo de ar =
960 m3 / hora) com um traço,
prolongando até a coluna C
(eixo 1 de referência)
obtendo um ponto de
intersecção.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
2o Passo
Unir a coluna E (pressão
= 800 kPa (8bar). ), com o
valor da coluna G (queda de
pressão = p = 10 kPa (0,1
bar)) passando por cima da
coluna F (eixo 2 de
referência), obtendo-se
então, um ponto de
intercessão.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
3o Passo
Pelos pontos dos eixos 1 e
2 passar um traço unindo-os
e obtendo-se assim, na
coluna D (diâmetro do tubo),
um valor inicial da
tubulação.
Neste caso, se obtém um
valor inicial de 90 mm de
diâmetro para a tubulação.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
Para os elementos estranguladores do fluxo
(válvulas de gaveta, de passagem, de assento,
peças em “T”, cotovelos, etc.), as resistências são
transformadas em comprimento equivalente.
Como comprimento equivalente compreende-se o
comprimento linear de tubo reto, cuja resistência
à passagem do ar seja igual à resistência oferecida
pelo elemento em questão.
A secção transversal do tubo de “comprimento
equivalente” é a mesma do tubo utilizado na rede.
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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido

Por meio do monograma 2


poderão ser determinados os
comprimentos equivalentes.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
Comprimento equivalente conforme o monograma 2

Comprimento equivalente conforme o monograma 2


6 peças “T” (90 mm) = 6 . 10,5 m = 63 m
1 válvula de passagem (90 mm) = 32 m
5 cotovelos normais (90 mm) = 5. 1 m = 5m
___________________________________________
Comprimento equivalente 100 m

Comprimento da tubulação 280 m


Comprimento equivalente 100 m
___________________________________________
Comprimento total 380 m

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
Com este comprimento
total de tubulação (380 m), o
consumo de ar, a queda de
pressão e a pressão de
trabalho, pode-se determinar,
no monograma 1, o diâmetro
real necessário.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
Consumo total = 16 m3 / min. (960 m3 / hora)

Comprimento total de tubulação = 380 m

Queda de pressão = p = 10 kPa (0,1 bar)

Pressão na rede = 800 kPa (8bar)

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
1o Passo
Unir o valor da coluna A
(comprimento da tubulação
= 380 m), com o valor da
coluna B (consumo de ar =
16 m3 / min. (960 m3 / hora))
com um traço, prolongando
até a coluna C (eixo 1 de
referência) obtendo um
ponto de intersecção.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
2o Passo
Unir a coluna E (pressão =
800 kPa (8bar)), com o valor da
coluna G (queda de pressão p =
10 kPa (0,1 bar)) passando por
cima da coluna F (eixo 2 de
referência), obtendo-se então, um
ponto de intersecção.

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Cálculo da Tubulação da
Rede de Distribuição
do Ar Comprimido
3o Passo
Pelos pontos dos eixos 1 e
2 passar um traço unindo-os
e obtendo-se assim o
diâmetro do tubo para este
exemplo de 95 mm.

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