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A Primeira Guerra Mundial (Parte I)

História – 3ª Série – Ensino Médio


Professora Luize Coutinho de Oliveira
Professor Carlos Fernando dos Santos Néri
Equipe CMSP/SEDUC-SP
Março de 2021
Objetivos da aula

Apresentar o contexto social, político e econômico que favoreceu o


acirramento das rivalidades entre as potências europeias,
culminando na 1ª Guerra Mundial (1914-1918);
Identificar as relações de poder e conflitos de
interesses entre as nações, que implicam a
ascensão de ideologias, disputas econômicas,
políticas e guerras.
Habilidade do Currículo do Estado de São Paulo:
Identificar os significados históricos das relações de
poder entre as nações e suas decorrências nos conflitos
armados.
Problematização (Caderno do Aluno, p.125)

O historiador Nicolau Sevcenko utiliza uma imagem bastante interessante para pensarmos
o mundo hoje e nossa relação com a tecnologia: a de um loop em uma montanha-russa, ou
seja, passamos por períodos de extremo otimismo até quedas vertiginosas! De que forma
essa metáfora de Sevcenko pode se relacionar com o contexto da 1ª Guerra Mundial?

2 min

Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.


São Paulo faz Escola, 2021. Caderno do Aluno, História, 3ª série EM, vol. 1, p. 124-125.
Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Contexto e antecedentes (Europa entre 1850 e 1914)


• Segunda Revolução Industrial (1850);
• Guerra Franco-prussiana (1870-1871):
os alemães
vencem a França e anexam a região da Alsácia-
Lorena (Tratado de Frankfurt);
• Unificação da Itália e da Alemanha (1871);
• Acirramento das tensões entre França, Alemanha e
Inglaterra;
• Conferência de Berlim (1885) e Partilha da África.
Elaborado especialmente para o CMSP.
Tensão e otimismo

• Belle Époque (1871-1914) • A questão sérvia (1912-1913)


Pintura de Henri de Toulouse-Lautrec
retratando a Dança no Moulin Rouge, 1890.
Museu de Arte da Filadélfia, EUA. Domínio
Público. Wikimedia Commons. Disponível
em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/F
ile:Henri_de_Toulouse-Lautrec_005.jpg>.
Montagem de fotos retratando a Primeira
Guerra dos Balcãs. Autor: Avidius. Domínio
Público. Wikimedia Commons. Disponível
em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/F
ile:Balkanskata_voina_Photobox.jpg>.
Acessos em: 3 mar. 2021.

Registros fotográficos da 1ª
Dança no Moulin Rouge, de Guerra Balcânica (1912-1913).
Toulouse-Lautrec (1890),
retratando a noite parisiense.
“O barril de pólvora da Europa”

O Império Turco-Otomano, em declínio, enfrentava inúmeros movimentos


nacionalistas na região dos Balcãs, viabilizando a anexação da Bósnia-Herzegovina ao
Império Austro-húngaro, e a Sérvia pretendia criar a “Grande Sérvia”, ao ocupar
territórios dos austríacos e dos turcos. O Império Russo apoiava movimentos
separatistas, tendo em vista uma saída na região pelo mar Mediterrâneo, o que gerou
tensões com a Áustria-Hungria, que dispunha de um império multinacional de
austríacos, alemães, húngaros, romenos, italianos e eslavos.
Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
São Paulo faz Escola, 2021. Caderno do Aluno, História, 3ª série EM, vol. 1, p.125

Cidadãos de Sarajevo leem um


cartaz com a proclamação da
anexação austríaca em 1908.
Cartaz com a proclamação do império na loja Moritz Schiller em Sarajevo,
Bósnia, 1908. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1908-10-07_-_Moritz_Schiller
%27s_Delicatessen.jpg>. Acesso em: 3 mar. 2021.
Analise as imagens e responda

Napoleão III – derrotado e feito


prisioneiro – e Bismarck após a A charge mostra Bismarck como
Batalha de Sedan, último conflito no piloto a abandonar um navio
processo de unificação alemã. observado por Guilherme II.

2 min

O que as imagens sugerem sobre a postura política de Bismarck


e a visão que o Imperador Guilherme II tinha a seu respeito?
Ilustração de Wilhelm Camphausen retratando Otto von Bismarck e Napoleão III  após a Batalha de Sedan em 1870. Domínio Público. Wikimedia
Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:BismarckundNapoleonIII.jpg>.
Desenho de Sir John Tenniel retratando o imperador alemão Guilherme II e o ex-chanceler Otto von Bismarck, que havia renunciado duas semanas
antes, 1890. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1890_Bismarcks_Ruecktritt.jpg>.
Acessos em 3 mar. 2021.
O Imperialismo Alemão

O Imperador Alemão, Guilherme II, dispensa o chanceler Otto von Bismarck,


responsável pela vitória na guerra franco-prussiana e pela unificação alemã,
para dar início a uma política imperialista agressiva, focada na anexação
territorial.
Galeria dos Espelhos do Palácio de
Versalhes.
Otto von Bismarck está vestido de
branco.
O Grão-duque de Baden está ao lado de
Guilherme, à frente dos aplausos.
O príncipe Frederico, mais tarde
Frederico III, encontra-se ao lado direito
de seu pai.

Pintura de Anton von Werner retratando a proclamação do Império Alemão, 1885. Bismarck-Museum Friedrichsruh. Domínio Público. Wikimedia
Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_v_Werner_-_Kaiserproklamation_am_18_Januar_1871_(3._Fassung_1885).jpg>.
Acesso em: 3 mar. 2021.
Formação das tríplices

Dadas as rivalidades e interesses de nações,


países e impérios europeus, iniciou-se o
processo de formação de alianças defensivas:

Tríplice Aliança (potências


centrais): Alemanha, Império
Austro-Húngaro e Itália
Tríplice Entente (aliados):
Inglaterra, França e Rússia
Países neutros
Mapa dos países da Europa, antes da Primeira Guerra Mundial, 1914. CC BY-SA 3.0. Wikimedia Commons.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Countries_of_Europe-pt2.svg>. Acesso em: 3 mar. 2021.
A Paz Armada

Apesar de negarem a possibilidade de um conflito


armado, as potências europeias iniciaram, no início do
século XX, um processo de desenvolvimento e
produção massiva de armamentos, bem como
estabeleceram o alistamento militar obrigatório em
seus países.

Propaganda britânica
pró-alistamento militar.
Pôster de Recrutamento de Kitchener para a Primeira Guerra Mundial, 1914. Fonte: Alfred Leete. Domínio Público. Wikimedia
Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kitchener-leete.jpg>. Acesso em: 3 mar. 2021.
A Corrida Armamentista

O governo de Guilherme II se aproveitou do salto econômico da


Alemanha após a guerra franco-prussiana para a edificação da
Marinha Imperial Alemã, em rivalidade com a Marinha Real
Britânica na supremacia naval mundial. Como resultado, cada
nação se esforçou em superar o outro em termos de navios
importantes. Com o lançamento do HMS Dreadnought em 1906,
o Império Britânico expandiu a sua vantagem sobre seu rival
alemão. A corrida armamentista entre Reino Unido e Alemanha
acabou sendo ampliada ao resto da Europa, com todas as
grandes potências dedicando a sua base industrial para produzir
o equipamento e as armas necessárias para um conflito pan-
-europeu.
O navio HMS Dreadnought.
Primeira Guerra Mundial. Corrida armamentista. Wikipédia. Adaptado. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Mundial#Corrida_armamentista>. Acesso em: 3 mar. 2021.
Encouraçado britânico HMS Dreadnought, 1906. Marinha dos Estados Unidos. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível
em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:HMS_Dreadnought_1906_H61017.jpg>. Acesso em: 3 mar. 2021.
Para debater em sala de aula

Você sabia?
Um dos antecedentes da 1ª Guerra Mundial foi uma #HistoriaCMSP
grande discussão na sociedade europeia entre
pacifistas e belicistas. O que poderia justificar
posicionamentos tão divergentes em um mesmo
contexto?

d e fi lme:
Dica ( D i re ção:
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M e n des)
Sa m

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