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IMPEACHMENT

FERNANDO
COLLOR
A N A B E AT R I Z N º
ANA CLARA Nº
AT H A U A N Y L A N E N º 0 6
G Y O VA N N A K A L L Y N º
YA S M I N C A C I M I R O
Nº35
ELEIÇÃO FERNANDO
COLLOR
• Depois de 21 anos de ditadura militar no Brasil, sem eleições diretas no país,
em 1989, os brasileiros puderam votar para presidente;
• Haviam 22 candidatos concorrendo à Presidência da República, como Ulysses
Guimarães (líder do PMDB), Paulo Maluf (do PDS), Leonel Brizola (PDT),
Mário Covas (PSDB) e o apresentador de TV Silvio Santos, que acabou tendo
sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral, por irregularidade
de registro partidário;
• Durante a campanha eleitoral, Fernando Collor propôs um combate a
corrupção, inflação e principalmente aos marajás ( trabalhador público que
recebiam altos salários) e assim ficou conhecido como “Caçador de marajás”;
• Foi um grande crítico das classes baixas e de frase de efeito “Não fale em
crise. Trabalhe.”.
• Numa disputa acirrada,
Fernando Collor obteve 35
milhões de votos. Assim, ele
derrotava seu adversário, Luiz
Inácio Lula da Silva, que obteve
31 milhões de votos. Sua posse
foi realizada em 15 de março de
1990.
P L A N O C OL L OR
• Imediatamente
após a posse,
Collor pôs em
prática o “Plano de
Reconstrução
Nacional” (dividido
em planos Collor I
e II).
PLANO COLLOR I
O Plano Collor I, anunciado assim que o presidente tomou posse, teve
como principais características:

• “Confisco” (congelamento por 18 meses) do valor que excedesse 50 mil


cruzeiros da poupança dos brasileiros (cerca de R$ 6 mil);
• Criação do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras;
• Abertura ao mercado externo e fim de subsídios estatais;
• Demissão em massa de funcionários públicos;
• Congelamento de preços e salários.
• Privatização de empresas estatais
• Apesar de ter surtido efeito parcial no curto prazo (a inflação mensal
passou de 82,4% em março para 7,6% em maio de 1990, o que ainda é
uma taxa elevada), o Plano Collor I foi um fracasso, além de não
conseguir conter a inflação, esse pacote econômico foi extremamente
impopular, principalmente devido ao chamado “confisco” de parte do
valor depositado na poupança dos brasileiros.
• Em fevereiro de 1991, com as taxas de inflação mensais já próximas
aos 20%, o Plano Collor II foi lançado. Ele previa, dentre outras
medidas, novos congelamentos de preços e o fim das operações
de overnight (prática de depositar dinheiro em um dia e retirá-lo no dia
seguinte, com um determinado lucro), as quais foram substituídas
pelo Fundo de Aplicações Financeiras (criada pelo mesmo Plano).
PLANO COLLOR II

Dada a volta da aceleração da inflação, ao final de 1990, o governo


Collor adotou um novo conjunto de medidas em 31 de janeiro de 1991, o
qual ficou conhecido como o Plano Collor II. Em teoria, voltava a buscar
os mesmos objetivos anteriores, que seriam:

• Forçar o ajuste das contas públicas, principalmente nos estados e


municípios;

• Conter a inflação;

• Desindexar a economia, acelerando o processo de abertura econômica.


• Como resultado, observa-se que o Plano Collor II:

• Mexeu, basicamente, no mercado financeiro;

• Determinou o fim das operações de overnight, o BTNF e, em seu lugar, fixou a Taxa
Referencial de Juros (TRJ);

• Elevou as penalizações e as taxas de juros do redesconto;

• Ampliou o imposto sobre as operações financeiras;

• Criou o Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) para financiar investimentos de


cunho social e os títulos e desenvolvimento Econômico (TDR), para financiar projetos
de empresas privadas visando incrementar a retomada do investimento produtivo.
• Com o intuito de se reduzir o déficit público global, o plano
determinou:

• A indisponibilidade de 90% dos recursos de investimento do orçamento


da União e da previdência social;

• Aperfeiçoou o combate à sonegação de impostos;

• Reduziu em 10% as despesas estatais;

• Refinanciou as dívidas dos Estados e Municípios inadimplentes com o


Governo Federal;

• Decretou um forte aumento das tarifas públicas.


• Com o intuito de redução da inflação, foi determinada:

• A desindexação da economia, com o congelamento dos preços com base em


30/01/91;

• A criação de um deflator;

• Atualização dos salários a partir de 1 de fevereiro, com base na média real


apurada nos últimos 12 meses;
• • Unificação das datas-base para livre negociação;

• Determinou também reajustes de aluguéis e mensalidades escolares


com base na variação salarial;

• E deu início ao programa de redução das tarifas de importação,


diminuindo a alíquota média de 25,3% em 1991 para 14,2% em 1994.
• Todas estas medidas não impediram que a inflação voltasse a se
acelerar, em maio, por diferentes razões, que seriam:

• O repasse do aumento dos custos aos preços;

• A recuperação das margens de lucro das empresas;

• A troca da equipe econômica;

• A quebra na safra agrícola;

• A expectativa de retorno dos cruzados novos e ao mercado;

• A falta de alguns produtos, provocada pela redução das empresas


oligopolistas, que não possuíam concorrentes e dominavam suas
fabricações – e preços.
IMPEACHMENT COLLOR

• Collor já se encontrava em situação de instabilidade política, sem o


apoio da população nem do Congresso;
• Em maio de 1992 o irmão do presidente, Pedro Collor, concedeu uma
entrevista à revista VEJA na qual acusava Paulo César (PC) Farias,
tesoureiro da campanha de Collor, de comandar um grande esquema
de corrupção, com o envolvimento direto do presidente;
•  Iniciou-se, então, um processo de investigação, por meio de uma
comissão parlamentar de inquérito, conhecida como CPI do PC;
• O esquema de corrupção e o envolvimento direto de Collor foram
confirmados, e entidades civis entraram com o pedido de
impeachment do presidente;
• A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de impeachment por 441
votos a 38;
• Collor, condenado por crime de responsabilidade, foi afastado e
em 2 de outubro, o vice-presidente, Itamar Franco, assume a
Presidência. Em dezembro, Collor renuncia, antes de ser condenado
no Senado.
CARAS PINTADAS
• Caras pintadas foi o nome dado
aos protestos contra Collor;
• Protestos ocupavam as ruas com
milhares de pessoas, em uma
demonstração da revolta contra
Collor;
• Os movimentos sociais e os
partidos políticos também se
juntaram ao “Movimento pela
Ética na Política” e fizeram
grandes comícios em várias
cidades, sob o slogan “Fora
Collor!”.
BIBLIOGRAFIA

• https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/como-foi-o-processo-de-impeachment-de-collor/
• https://www.todamateria.com.br/fernando-collor/
• https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/plano-collor
• https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2017/12/entenda-por-que-o-plano-collor-i-na
o-entrou-em-acordo-de-indenizacoes-cjb3uthyh0bir01mk1bchzxn4.html
• https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/plano-collor-ii/29585

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