Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
governo Collor
(1990-1992)
Trabalho de Economia
Professora: Dra. Lilia Soares
Componentes:
Caio Miller
Letícia Niquini
Juliana Oliveira
Thais Medeiros
Victoria Rocha
Introdução
Contexto Histórico:
O Brasil vivia momentos de euforia política, pois em 1989 seriam
celebradas as primeiras eleições diretas e pluripartidárias para presidente,
após o fim da ditadura militar.
Por outro lado, a inflação e a estagnação econômica eram os principais
problemas que o país enfrentava.
Após 30 anos sem poder eleger um presidente, o brasileiro sentia que
reconquistava seus direitos políticos que haviam sido suspensos pela
ditadura militar. Uma nova Constituição fora promulgada e novos direitos
trabalhistas e sociais haviam sido incluídos na Carta Magna, o que deixava
a população confiante.
Durante a campanha, lideranças históricas como Lula da Silva, da
esquerda, ou Uliysses Guimarães, da direita, se apresentaram como
opções. Entretanto foi o jovem governador de Alagoas, Fernando Collor de
Mello, que soube conquistar os eleitores com sua imagem moderna,
atlética e de combate aos corruptos.
O cenário externo não era dos melhores. A década de 80 foi dominada
pela implementação do neoliberalismo em países como os Estados Unidos
e o Reino Unido.
Desta maneira, estava na ordem do dia privatizar e reduzir o gasto
público. O neoliberalismo no Brasil seria posto em prática pelo governo
Collor.
A medida mais polêmica do Plano Collor foi a retenção das poupanças nos
bancos, para os correntistas que tivessem depósitos acima de 50.000
cruzeiros. Rapidamente, isto foi chamado de “confisco” pela população.
Consequências
O impeachment
Os últimos meses de 1989 foram marcados por um importante momento
político: depois de quase três décadas, o Brasil elegia um presidente por
meio de voto direto.
Collor já se encontrava em situação de instabilidade política, sem o apoio
da população nem do Congresso. Em maio de 1992, ocorreu um episódio
que expôs a fragilidade de Collor à luz do dia: o irmão do presidente,
Pedro Collor, concedeu uma entrevista à revista VEJA na qual acusava
Paulo César (PC) Farias, tesoureiro da campanha de Collor, de comandar
um grande esquema de corrupção, com o envolvimento direto do
presidente. Iniciou-se, então, um processo de investigação, por meio de
uma comissão parlamentar de inquérito, conhecida como CPI do PC. O
crime consistia em usar a campanha eleitoral de Collor como caixa 2.
Assim, muito dinheiro foi desviado das verbas públicas através de criação
de empresas fantasmas e contas no exterior.
O esquema de corrupção e o envolvimento direto de Collor foram
confirmados, e entidades civis entraram com o pedido de impeachment
do presidente. A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de
impeachment por 441 votos a 38. Collor, condenado por crime de
responsabilidade, foi afastado. Em 2 de outubro, o vice-presidente, Itamar
Franco, assume a Presidência. Em dezembro, Collor renuncia, antes de ser
condenado no Senado.