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GOVERNO JOSÉ SARNEY

(1985-1990)
Professor Thiago Vallin.
INTRODUÇÃO
• Governo Figueiredo:
• Agravamento dos problemas
econômicos e sociais;

• Pressão popular para o retorno da


Democracia;

• Eleições Indiretas de 1985:


• Vitória de Tancredo Neves;
• Morte antes de tomar posse;
• Ascensão de José Sarney;
• Fim da Ditadura Civil Militar
(1964-1985);

• Início da Nova República;


CONTEXTO
• Fim da Guerra Fria:
• Queda do Muro de Berlim (1989);
• Falência e Fim da URSS (1991);
• América Latina:
• Fim do Apoio dos EUA as Ditaduras;
• Processo de Redemocratização;
• Consenso de Washington (1989):
• Defesa do Neoliberalismo;
• Pressão sobre países emergentes
para reformas econômicas;
REDEMOCRATIZAÇÃO
• Presidente Sarney, apoiador da
Ditadura Militar, era o responsável por
garantir o retorno a Democracia;

• Convocação de uma Constituinte;


• Emenda Constitucional para permitir
eleições para prefeitos de capitais;

• Fim do “Entulho Autoritário”:


• Censura;
• Serviço Nacional de Informação (SNI);
• Órgãos de Repressão Política;
• Civis passaram a controlar a política;
POLÍTICA ECONÔMICA
• Grave Crise Econômica e Financeira;
• Inflação superava os 400% em 1985;
• Dívida Externa em mais de 100 Bilhões em
1985;

• Ditadura Civil Militar (1964-1985):


• Fortes intervenções na economia;
• Grande Crescimento no número de
estatais;

• Dependência do empresariado com


relação ao Estado;

• Endividamento levou o país ao


fechamento das importações de bens de
consumo, provocando atraso tecnológico
e ineficiência na produção industrial;
PLANO ECONÔMICO
• Grave Crise Econômica e Financeira;
• Inflação superava os 400% em 1985;
• Dívida Externa em mais de 100 Bilhões em
1985;

• Ditadura Civil Militar (1964-1985):


• Fortes intervenções na economia;
• Grande Crescimento no número de
estatais;

• Dependência do empresariado com


relação ao Estado;

• Endividamento levou o país ao


fechamento das importações de bens de
consumo, provocando atraso tecnológico
e ineficiência na produção industrial;
PLANO CRUZADO
• Ministro: Dilson Funaro;
• Choque Heterodoxo, contrário ao
monetarismo;

• Ciclo Inflacionário- Processo Inercial:


• A expectativa de inflação levava os
empresários a remarcarem os preços,
prevenindo se contra inevitável alta de
custos;

• Salários também precisavam ser


elevados;

• Gastos do governo eram ampliados;


• Necessidade de emissão de mais
papel moeda;
PLANO CRUZADO
• Congelamento de Preços e Salários
por um ano;

• Nova Moeda: Cruzado;


• Extinção da Correção Monetária;
• Enorme apoio popular:
• Fim da Inflação;
• Convocação da População-
“Fiscais do Sarney”;

• Aumento da Popularidade do
Presidente;

• Crescimento do Consumo;
PLANO CRUZADO
• Redução drástica na poupança interna;
• Elevação dos Custos Produtivos;
• Congelamento não estimulavam os empresários a
produzir;

• Aumento constante da demanda;


• Custos produtivos superavam o valor de venda para
os consumidores;

• Manutenção dos preços congelados levou ao


desabastecimento e a cobrança de ágio;

• Governo não promoveu o descongelamento, pois buscava


manter a popularidade no período de eleição para a
Constituinte;

• Crescimento das importações;


• Balança Comercial deficitária;
• País caminhou para a moratória;
• Ampla Vitória do PMDB/PFL nas Eleições para o
Congresso e Governadores;
PLANO CRUZADO II
• Anunciado imediatamente após as Eleições;
• Fim do Congelamento dos Preços;
• Reprimidos por 9 meses os preços
explodiram;

• Mais de 300% em 1987;


• Impossibilidade de pagamento da dívida
externa;

PLANOS BRESSER E VERÃO


• Novos Congelamentos de Preços,
Serviços e Salários;

• Fracasso: crescimento da inflação e


da dívida externa;
CONSTITUIÇÃO DE 1988 CONSTITUIÇÃO DE 1988
• Presidente da Constituinte: Ulisses • Separação dos três poderes;
Guimarães;

• Constituição Cidadã:
• Eleições diretas para todos os cargos
legislativos e executivos;
• Alusão ao perfil democrático e opositora
a Ditadura; • Voto Facultativo para analfabetos,
pessoas acima de 16 e abaixo dos 18
• Ampliação dos direitos Civis, Políticos e anos e para pessoas acima de 70 anos;
Sociais:
• Entre 18 e 70 anos voto obrigatório;
• Previdência Social, Proteção à
Maternidade e a Infância; • Fim da censura aos meios de
comunicação;
• Garantia de acesso Universal à educação
e a saúde;
• Liberdade de organização política e
• Erradicar a Pobreza e a Marginalização; sindical;

• Reduzir as desigualdades sociais e • Restauração das plenas garantias


regionais; individuais;
ELEIÇÕES DE 1989
• Primeira eleição direta de um presidente da
República desde 1961;

• Dois nomes causavam receio nos setores mais


conservadores: Leonel Brizola (PDT) e Luís Inácio
Lula da Silva (PT);

• Nenhum dos nomes da política tradicional parecia


capaz de deter o avanço da chamada esquerda;

• Fernando Collor de Mello:


• Alternativa para as elites contra Lula;
• Herdeiro das velhas oligarquias, mas vendeu a
imagem de jovem e contrário as políticas
tradicionais;

• Moralizador: “caçador de marajás”;


• Representante dos humildes e “descamisados”;
• Polarização: Anticomunismo;
GOVERNO FERNANDO COLLOR
(1990-1992)
Professor Thiago Vallin.
PLANO COLLOR
• Collor: “eliminar o tigre da Inflação
com um único tiro”;

• Promessa de modernização
econômica:

• Fim do protecionismo;
• Inserção do Brasil nos quadros do
capitalismo internacional;

• Reforma do Estado e Racionalidade


Administrativa;

• Dia da Posse: 16 medidas provisórias


que produziram choque sem
precedentes na economia;
PLANO COLLOR
• Ministra: Zélia Cardoso de Mello;
• Fim do Cruzado Novo, restauração do
Cruzeiro;

• Preços e Salários foram novamente


congelados, prevendo se a gradativa
liberalização;

• Para evitar a explosão do consumo,


governo decretou o confisco dos saldos
em conta corrente e poupanças,
superiores a 50 mil cruzeiros;

• Dinheiro seria devolvido após 18


meses, em 12 parcelas mensais;

• Redução de impostos de importação e


dos Gastos Públicos;
PLANO COLLOR
• Redução da inflação;
• Abertura das Importações levou a um
quadro recessivo intenso;

• Elevação do desemprego e da Miséria;


• Crescimento da dívida externa e da
inflação;

PLANO COLLOR II
• Grande Fracasso;
• Tentativas de ajustes acabou caindo
no vazio ante o aumento das
denúncias de corrupção;
CRISE E FIM
• Denúncias de Corrupção:
• Beneficiamento do governo a grupos
privados;

• Pedro Collor denunciou Paulo César Farias


(ex tesoureiro da campanha);

• Instauração de uma CPI;


• Imagem de Collor rapidamente se deteriorou;
• Amplo Movimento Social exigindo o
Impeachment do Presidente;

• Isolamento Político;
• Campanha dos Caras Pintadas;
• Congresso: aprovação do Impeachment
• 448 votos a favor e 38 votos contra;
(Unesp 2010) Desde a década de 1980 vários governos brasileiros
adotaram planos econômicos que pretendiam controlar a inflação.
Entre as características destes planos, podemos destacar
a) o Plano Cruzado, implementado em 1986, que eliminou a inflação,
congelou preços, proporcionou aumento salarial e gerou recursos para
o pagamento integral da dívida externa.
b) o Plano Collor, implementado em 1990, que determinou o confisco
de ativos financeiros e eliminou incentivos fiscais em vários setores da
economia.
c) o Plano Real, implementado em 1994, que reduziu as taxas
inflacionárias, estabilizou o valor da moeda, proibiu aumentos de
preços no varejo e provocou forte crescimento industrial.
d) o Plano de Metas, implementado em 2006, que projetou um
desenvolvimento industrial acelerado e a inserção ativa do Brasil no
mercado internacional.
e) o Plano de Aceleração do Crescimento, implementado em 2007,
que apoiou projetos imobiliários, determinou investimentos em
infraestrutura e estimulou o crédito.
Mackenzie
ENEM 2011- O movimento representado na
imagem, do início dos anos de 1990,
arrebatou milhares de jovens no Brasil.
Nesse contexto, a juventude, movida por
um forte sentimento cívico,
a) aliou-se aos partidos de oposição e
organizou a campanha Diretas Já.
b) manifestou-se contra a corrupção e
pressionou pela aprovação da Lei da Ficha
Limpa.
c) engajou-se nos protestos relâmpago e
utilizou a internet para agendar suas
manifestações.
d) espelhou-se no movimento estudantil de
1968 e protagonizou ações revolucionárias
armadas.
e) tornou-se porta-voz da sociedade e
influenciou processo de impeachment do
então presidente Collor.
(Unesp 2017) No presidencialismo, a instabilidade da coalisão pode atingir diretamente
a presidência. É menor o grau de liberdade de recomposição de forças, através da
reforma do gabinete, sem que se ameacem as bases de sustentação da coalisão
governante. No Congresso, a polarização tende a transformar “coalisões secundárias” e
facções partidárias em “coalisões de veto”, elevando perigosamente a probabilidade de
paralisia decisória e consequente ruptura da ordem política.

Sérgio Henrique H. de Abranches. “Presidencialismo de coalisão: o dilema institucional


brasileiro”. Dados, 1988.

Os impasses do chamado “presidencialismo de coalisão” podem ser identificados em


pelo menos dois momentos da história brasileira:
a) nas sucessivas constituintes realizadas entre 1934 e 1946 e na instabilidade política
da chamada Primeira República.
b) nas dificuldades políticas enfrentadas no período de 1946 a 1964 e nas crises
governamentais da chamada Nova República.
c) na reforma partidária do final do regime militar e na pulverização dos votos
populares nas eleições presidenciais de 1989 e 1998.
d) na crise final do Segundo Império e no fechamento político provocado pela
implantação do Estado Novo de Getúlio Vargas.
e) nas críticas à política dos governadores implementada por Campos Sales e no golpe
militar que encerrou o governo de João Goulart.
GOVERNO ITAMAR FRANCO
(1992-1995)
Professor Thiago Vallin.
GOVERNO ITAMAR
• Collor: postura combativa e teatral, pouco apoio
no Congresso;

• Itamar Franco: Postura discreta e de


conciliação;

• Momento internacional mais favorável;


• Plano Brady:
• Governo americano avalizava os títulos da
dívida externa dos países devedores;

• Títulos passaram a ser negociados


internacionalmente, pelo seu valor de
mercado, reduzindo seu montante e os juros;

• Crescimento da produção industrial;


• Plebiscito sobre a forma de governo para o
Brasil;

• Vitória do Presidencialismo.
PLANO REAL
• Ministro da Fazenda:
• Fernando Henrique Cardoso (PSDB);
• Criação de uma nova moeda: Real;
• Paridade em relação ao Dólar;
• Emissão de moeda seria autorizada somente se as
reservas do país em dólar fossem igualmente
ampliadas;

• Plano contava com os efeitos da estabilização


econômica para atrair investimentos externos;

• Choque Ortodoxo levou a queda gradativa da inflação;


• Elevada popularidade e garantia de vitória para FHC,
nas eleições presidenciais;

• Posteriormente, ocorreu o Crescimento da Recessão:


• Crescimento da entrada de produtos importados;
• Crescimento das Falências;
Puc 2018
Puc
GOVERNO FERNANDO
HENRIQUE CARDOSO
(1995-2002)
Professor Thiago Vallin.
GOVERNO FHC
• Forte popularidade herdada do aparente sucesso
do Plano Real;

• Composição de forças de apoio era


extremamente conservadora:

• Empresariado Industrial do Sudeste (PSDB);


• Oligarquias Nordestinas do PFL;
• Ascensão do Neoliberalismo:
• Processo de Privatizações;
• Consolidação do Mercosul;
• Fluxo de capitais estrangeiros era fundamental
para a própria manutenção do Plano Real;

• Manutenção de elevadas taxas de juros para


atrair capiais externos;

• Crescimento da Recessão e vulnerabilidade ao


capital especulativo;
GOVERNO FHC
• Juros Internos altos e privatização de
estatais promoveu o crescimento da
Concentração de Renda;

• Redução de medidas protecionistas;


• Pouca ação no Campo Social;
• Aprovação de Emenda Constitucional
que permitisse a Reeleição:

• Denúncias de Corrupção;
• FHC derrotou facilmente Lula em 1998;
• Governo foi obrigado a abandonar a
paridade com o Dólar;

• Vultuoso empréstimo com FMI;


GOVERNO FHC
• Desemprego Crescente e falta de ação
social do governo, abalaram a
popularidade de FHC;

• Crescimento das manifestações sociais;


• Lei de Responsabilidade Fiscal (2000);
• Medida procura disciplinar a atuação
financeira dos vários governos, impondo
um controle sobre endividamento;

• Falta de investimentos nos setores de


infraestrutura levou o Brasil ao
“apagão";

• Perda de popularidade de FHC


enfraqueceu o PSDB nas eleições de
2002, levando a vitória de Lula (PT)
(Fuvest 2010) A partir da redemocratização do Brasil
(1985), é possível observar mudanças econômicas
significativas no país. Entre elas, a
a) exclusão de produtos agrícolas do rol das principais
exportações brasileiras.
b) privatização de empresas estatais em diversos
setores como os de comunicação e de mineração.
c) ampliação das tarifas alfandegárias de importação,
protegendo a indústria nacional.
d) implementação da reforma agrária sem pagamento
de indenização aos proprietários.
e) continuidade do comércio internacional voltado
prioritariamente aos mercados africanos e asiáticos.
• Itamar = Saldo de
23,378 bi

• FHC = Déficit de
9,76 bi

• Lula = Saldo de
259,442 bi

• Dilma = Saldo de
47,859 bi (2014)

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