político do MDB durante a ditadura militar.
Foi
APOSTILA DE HISTÓRIA – PROF. VAGNER MORAES
QUARTO BIMESTRE
ALUNO: ________________________ TURMA: _______
1 – Nova República
1) Introdução
O fim do regime militar
• O último presidente militar, João Batista Figueiredo,
governou até março de 1985, quando entrou um presidente
civil eleito indiretamente, uma vez que o projeto para eleições
diretas, o que levou ao movimento Diretas Já, não foi
aprovado.
A crise econômica
• O país entrava em um processo de estagnação
econômica com gigantesca inflação, além da enorme dívida
externa adquirida durante o governo militar devido o modelo
econômico por eles exercido.
A década perdida (1980)
Lançado candidato no PMDB nas eleições indiretas,
disputando com Paulo Maluf do PDS (Antiga ARENA). Uma
ala do PDS, liderado por José Sarney, saiu do partido e
formou a Frente Liberal (futuro PFL), apoiando Tancredo
desde que Sarney fosse vice. Tancredo foi eleito com vitória
esmagadora.
O vice assumiu o poder e os problemas
• Pouco antes de assumir o cargo, Tancredo foi
hospitalizado, falecendo semanas depois. A causa da morte
divulgada foi diverticulite (uma crise no intestino e infecção
generalizada). Sarney, que circulava entre os militares durante
a ditadura, assumiu a presidência.
• Apesar da pauta de exportação ter crescido no final do
governo militar, a dívida externa era gigante e a inflação
galopante. Em 1985 o governo não conseguiu conter as
máquinas de remarcação de preço.
• A estagflação (estagnação econômica e gigantesca
inflação) não permitiu o crescimento econômico do país, a
modernização e investimentos das empresas, além de
desemprego e salários corroídos pela inflação causando
grandes ondas de greves.
A nova ordem mundial
• Verdadeiramente iniciada no Chile, mas com sua origem
divulgada pelas novas políticas econômicas dos governos de
Margareth Thatcher da Inglaterra e Ronald Reagan dos EUA,
o neoliberalismo começa a ser implantado nestes países.
A era dos novos planos econômicos
• Os governantes deste período implantaram vários planos
econômicos buscando estabilidade na economia, a contenção
da inflação e a valorização da moeda.
2) Governo José Sarney – 1985-1989 A eleição de
Tancredo
• Tancredo Neves fez parte do quadro
O Plano Cruzado
• Em agosto de 1985 o ministro indicado antes por
Tancredo demitiu-se e Sarney indicou Dílson Funaro. Em
fevereiro de 1986 Funaro implantou o Plano Cruzado
promovendo:
Nova moeda: O Cruzado.
Corte de três zeros da moeda anterior. Congelamento de
preços.
Salários reajustados e só aumentariam com o gatilho salarial,
caso surgisse inflação de 20% ao ano.
• O plano fez sucesso nos primeiros meses, levando o
governo a uma gigante popularidade. Mas o plano começou a
dar problema devido ao aumento do consumo devido ao
aumento do poder de compra da população.
As eleições parlamentares de 1986
• O governo segurou o Plano Cruzado o quanto pôde.
Havia um acordo de que as eleições para deputado federal de
1986 formaria a nova Câmara Federal, responsável por
construir uma nova Constituição para o país. O PMDB, além
de eleger a maioria dos governadores e deputados estaduais,
foi leito maioria na Câmara, devido a popularidade do Plano
Cruzado, ou seja, “conduziram” a criação da Nova Carta
Constitucional.
• Como medida política neste ano, Sarney promoveu uma
reforma eleitoral onde os analfabetos
passaram a ter direito de votos e os adolescentes a partir dos
16 anos poderiam tirar o título de eleitor e votar.
• O fim da intervenção do governo sobre os sindicatos
também foi uma medida política buscando popularidade da
classe trabalhadora. Esta medida acabou com a esta política
iniciada com Getúlio Vargas.
A crise do Plano Cruzado
• O governo não quis mexer no plano devido a
popularidade e as eleições próximas, o que ameaçou o plano.
Os produtores começaram a boicotar a distribuição de
produtos desabastecendo o mercado. Para comprar era
necessário pagar ágio (um valor a mais por fora do preço
tabelado), o que significou a volta da inflação.
A Constituição de 1988
• Considerada a mais democrática da história do país,
permite até emenda popular. Feita após a traumática
experiência da ditadura militar, ela possui uma quantidade
enorme de direitos para o cidadão, e o Estado não os cumpre
na totalidade, seja por reais dificuldades ou desinteresse
político.
• Dentre as características podemos citar:
República presidencialista (marcando um plebiscito que
ocorreu em 1993 para confirmar ou mudar o regime do país).
Direitos plenos ao cidadão como habeas corpus.
Eleições diretas onde o analfabeto e os menores a partir
de 16 anos passaram a ter direito de voto.
Direito de greve, associações, manifestações etc.
Fim da censura e intervenção sindical.
Descentralização administrativa e financeira, dando
autonomia a Estados e Municípios.
• Contenção de gastos do governo.
A crise social
1
• O aumento do êxodo rural, das favelas dos meios
urbanos e do tráfico de drogas.
• O ressurgimento da luta no campo com o Movimento
dos Sem Terra (MST)
As relações internacionais
• Como o fim da ditadura militar na Argentina e eleição
de Raul Afonsinho, Sarney se aproximou do vizinho da
América do Sul iniciando acordos como o PICE - Programa
de Integração e Cooperação Econômica, abrindo caminhos
para o futuro MERCOSUL.
O Rock Nacional
• A MPB ganhou muito com o surgimento de novas
bandas de rock nacional que criticavam o governo, a
sociedade, o capitalismo, o falso moralismo e
conservadorismo preconceituoso.
• Foi nesta corrente que surgiram bandas como Titãs,
Legião Urbana, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Paralamas do
Sucesso etc.
O movimento sindical
• Com a formação de centrais sindicais como a CUT,
ligado ao PT, e a CGT, os trabalhadores intensificaram o
movimento de luta na defesa de seus direitos.
• O número de greves aumentou devido às liberdades
democráticas que a permitiam e a crise socioeconômica.
A crise política
• Além da impopularidade que o governo conquistou com
o fracasso dos planos, no final do seu governo surgiram
algumas CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para
averiguar denúncias de fraudes.
• Além da grande concorrência política, esta
impopularidade ajudou na derrota de Ulysses Guimarães ao
cargo de Presidente nas eleições de 1989, que concorreu pelo
PMDB.
3) Governo Fernando Collor – 1990-1992 As
eleições de 1989
• Depois de 29 anos sem eleições para presidente e um
novo regime democrático se instalando, não faltaram
candidatos à presidência para essa eleição. Foram 22
candidatos, uma vez que a maioria dos partidos lançou seu
candidato próprio. O fato isolado foi o cancelamento pela
justiça eleitoral da candidatura de Silvio Santos, pois o partido
que o vendeu a chance de disputar as eleições estava com a
situação da vaga irregular.
• Com tantos candidatos, uns já conhecidos e outros
novos, surgiram um nome novo no cenário
nacional, com uma agressiva proposta de moralizar o país:
Fernando Collor de Melo, do PRN, ex-governador de
Alagoas, o “caçador de marajás”.
• Com propaganda paga na Veja, campanha encampada
pela TV Globo, surgiu com um discurso de que a política
precisava de sangue novo, pois tinha pouco mais de quarenta
anos na época, que o país precisava se modernizar
(neoliberalismo), foi ao segundo turno disputando com Lula
do PT. Após agressivos ataques à Lula e uma campanha
caríssima, foi eleito presidente no segundo turno.
A abertura de mercado
• Alegando que os carros do Brasil eram umas “carroças”,
que só a livre concorrência modernizaria o parque industrial
nacional, abriu o país para a concorrência externa abaixando
os impostos de importação.
O Estado Mínimo
• Foi Collor que iniciou o neoliberalismo no país. Alegava
que a máquina administrativa deveria ser enxuta acabando
com antigos ministérios e vendendo empresas estatais, pois
dizia que eram grandes cabides de emprego.
A equipe ministerial
• Com o fim de alguns ministérios e aglutinação de
outros, Collor montou uma equipe sem expressão nacional e
articulação nos bastidores políticos, sendo muitas vezes
acusados de prepotentes e arrogantes, que tomaram decisões
erradas e foram alvos de escândalos.
O Plano Collor
• Em março de 1990, o presidente decretou feriado
bancário a partir de um dia da semana. Lançou nova moeda: o
cruzeiro e tentando controlar o consumo bloqueou o dinheiro
das contas correntes e poupança, só permitindo que sacasse 50
mil cruzeiros no máximo (quantia pequena na época que
comprava um carro muito velho nos dias de hoje).
• A devolução seria feita posteriormente, em parcelas.
Durante a campanha para presidente, Collor tinha acusado
Lula de “meter a mão” nas cadernetas do povo, e foi ele que
fez.
O Plano Collor II
• Em fevereiro de 1991, com a continuidade da crise
inflacionária, o presidente implantou um novo plano:
Congelamento de preços. Prefixou os juros.
Prefixou os salários.
• O plano também não deu certo, a inflação corroía os
salários, os níveis de desemprego aumentaram e Zélia
Cardoso, ministra da economia, se demitiu.
A propaganda
• Desde o início o presidente se utilizava a mídia para
divulgar o seu governo. Era sempre visto praticando esportes
e andando rápido, mostrando jovialidade. Mas nos bastidores
do governo os gastos públicos aumentavam.
O MERCOSUL
• Em março de 1991, dando continuidade no plano
neoliberal, Collor assinou o Tratado de Assunção, para a
constituição de um mercado comum entre Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai, o MERCOSUL.
A crise social
• O aumento da violência urbana com o tráfico de drogas
adquirindo armamento cada vez mais pesado, latrocínios por
causa de um tênis, fome e miséria no Nordeste, aumento das
ações do MST foram algumas das consequências.
A crise política
• Denúncias de corrupção feitas pelo irmão do presidente
desencadeou em uma grave crise política. O ex-tesoureiro de
Collor, Paulo César Farias, fazia parte de um esquema de
corrupção que se utilizava influências para conseguir
contratos de empresas com o governo federal. Iniciada a CPI,
outras coisas foram aparecendo como os enormes gastos para
2
a reforma da casa de Collor, chamada de Casa da Dinda.
As “caras pintadas”
• Nas comemorações de 7 de setembro de 1992, Collor
pediu ao povo que fossem às ruas de verde e amarelo pedir o
fim da CPI. O povo foi, mas vestido de preto pedindo “Fora
Collor”.
• Os estudantes fizeram uma gigantesca manifestação no
centro do Rio de Janeiro com os rostos pintados de verde e
amarelo pedindo a renúncia de Collor.
O impeachment
• Collor tentou de todas as formas impedir o processo de
expulsão, mas no último dia renunciou a fim de ficar livre do
processo. Mas os parlamentares decidiram a continuidade do
processo e cassaram os direitos políticos do então ex-
presidente por oito anos.
4) Governo Itamar Franco – 1992-1994
Um vice novamente no poder
• Político mineiro, apelidado de “pão de queijo” devido
suas origens, Itamar Franco era reservado e homem de família
no início do mandato.
O Plebiscito de 1993
• Como era previsto na Constituição de 1988, o povo
deveria participar de plebiscito para confirmar a forma de
governo. Com as opções: 1 – Monarquia ou República; 2 –
Presidencialismo ou Parlamentarismo, a campanha política na
TV começou.
• Até os membros herdeiros da antiga família real foi à
TV fazer comercial defendendo seu modelo, mas o povo
preferiu manter a República Presidencialista.
O retorno do Fusca
• O governo era contra a política de recessão mantendo os
juros baixos, mudando o ministério.
• Como ação popular, incentivou a Volks produzir
novamente o fusca para atender o público de baixa renda, pois
dizia que este sim era um carro popular. Não durou muito.
A Cúpula de Ouro Preto
• Em dezembro de 1994 os países do MERCOSUL
assinaram os acordos integracionistas, que iniciariam a união
aduaneira em 1° de janeiro de 1995.
A permanência da inflação
• Apesar de a economia ter leve crescimento, monstro da
inflação continuava rondando a economia do país. Uma das
indicações da alta da inflação era o déficit público, que
começou a ser combatido.
• Itamar chamou o senador de São Paulo, Fernando
Henrique Cardoso, ex-professor de sociologia e exilado da
ditadura, para ministro da economia.
A URV e o Plano Real
• Em março de 1994 foi lançada a Unidade Real de Valor
(URV), que foi indexada ao dólar, reajustava automaticamente
preços e salários. Assim, se 1 dólar = 1200 cruzeiros = 1 URV.
Se o preço do produto aumentasse em cruzeiros, não variava
em URV.
• O governo implantou em julho de 1994 a nova moeda,
seria o Plano Real:
Nova moeda: Real, que valeria 1 dólar, pois a cotação
foi fixada.
Contenção de gastos públicos.
Diminuição do Estado com venda de estatais.
Elevação dos juros para atrair investimentos externos e conter
o consumo interno desenfreado, evitando a volta da inflação.
A Propaganda
• O Plano Real fez sucesso. A inflação despencou, a
moeda se estabilizou, o poder de compra, principalmente da
elite, melhorou.
• Com esse sucesso, Fernando Henrique se lançou
Candidato a presidente da República.
5) Governo Fernando Henrique Cardoso – 1995-2002
A eleição
• Apesar de Lula ter alcançado altos índices nas
eleições anteriores, o povo ainda apoiava o discurso da
“direita inteligente’ contra a esquerda “sem estudo”, era o que
diziam, e com sucesso do Plano Real, elegeu Fernando
Henrique Cardoso para presidente”.
O projeto neoliberal
• FHC continuou abrindo as portas do país para a
economia internacional e vender as empresas estatais.
Grandes empresas que davam lucros ao governo, como a Vale
do Rio Doce, foram vendidas a preços considerados baixos
para o mercado.
• O governo passou a criar Agências Reguladoras e
Fiscalizadoras do mercado.
O custo da estabilidade econômica
• A estabilidade da moeda e da economia estava baseada
em altos juros, com baixo poder de compra
dos trabalhadores, alto índice de desemprego ou emprego
informal e salários achatados.
O projeto de reeleição
• Apesar dos problemas, o governo tinha alto índice de
popularidade e apoiado pelas grandes empresas de
telecomunicações, lançou o projeto de reeleição.
• O PSDB, com apoio dos partidos de direita, mudou a
Constituição de 1988, permitindo a reeleição para os cargos
de chefes do Executivo (Presidente, Governo de Estado e
Prefeito).
• O governo segurou a paridade do dólar com o Real até a
sua reeleição, pois com crise dos Tigres, ele teve que liberar o
preço do dólar logo depois, o que arrebentou a economia e os
trabalhadores.
A crise dos Tigres Asiáticos – 1997
• Com a economia aberta e ligada ao capital financeiro
internacional, o governo não ficou livre da crise de 1997. A
bolsa da Ásia despencara, o dólar saiu do país e as reservas
cambiais do governo quase se esgotaram.
A estagnação do segundo mandato
• A recuperação da crise foi lenta, a economia do país
crescia a passos de formiga e o desemprego dispara.
• Os impostos e taxas aumentavam assim como os
produtos e combustíveis. A inflação dava os seus primeiros
passos, apavorando o povo brasileiro, que já tinha experiência
traumática nos anos 80 e inícios de 90.
3

A atuação do MST
• O Movimento dos Trabalhadores sem Terra aumentou
seu movimento durante o governo de FHC. Em 1997 fizeram
uma caminhada para Brasília a fim de lembrar o massacre de
Carajás, onde a polícia matou vários manifestantes em uma
invasão.
• Até uma fazenda de FHC chegou a ser invadida, no
Pontal do Paranapanema.
A impopularidade no final do segundo governo
• O governo implantava diversas Medidas Provisórias
para ir ajustando o Plano Real e sanar a crise iniciada em
1997.
• A dívida interna do governo em 1999 era de 400 bilhões
de Reais.
• As taxas de juros estavam altíssimas e os salários
estagnados.
• Com a chegada das eleições de 2002, a sociedade
mostrou a sua insatisfação elegendo a oposição.
6) Governo Luís Inácio (Lula) – 2003 - 2010 A Lula, a oposição feita pelo PSDB criticou a existência de
eleição
• Com a popularidade baixa, o PSDB não teve
forças para eleger o seu candidato José Serra, mas este foi
para o segundo turno com Lula.
• Lula, que ser apresentava de uma forma totalmente
diferente de doze anos atrás, se vestia bem, falava bem,
propunha paz e amor, e diálogo com todas as esferas sociais.
A sociedade, cansado da ala direita no governo, resolveu
apostar nesta mudança.
As esperanças de mudanças
• Lula, que disputava a eleição pela quarta vez, foi visto
como uma opção de mudança para o país, já que estava
estacionado em seu crescimento.
• Percorrendo o país por doze anos em campanha, a
eleição de Lula foi uma festa, pois era a primeira vez na
história do país que um homem de origem humilde chegava
ao poder.
A continuidade política e econômica
• O governo não só manteve os acordos internacionais
feitos por FHC como os internos, mantendo a sua política
econômica que beneficiava os investidores externos e os
grandes empresários do país.
• Manutenção de altos juros, cortes de gastos públicos,
mudança no regime de aposentadoria etc.
• Esta medida causou indignação nos que esperava uma
mudança política mais radical e rompimentos políticos como
a da Senadora Heloísa Helena, que foi expulsa do PT e
fundou o PSOL.
O plano Fome Zero
• O governo lançou um grande plano para acabar com a
fome no país. Implantou projetos como Bolsa Família para
manter as crianças na escola ao invés de estar trabalhando
para ajudar os pais.
• Mas o plano deveria ter uma ampla ajuda da sociedade,
o que acabou não dando muito resultado.
A crise do Mensalão
• O deputado Roberto Jefferson do PTB estava envolvido
em um esquema de “mensalidades” que funcionários do
governo pagavam a deputados da Câmara para ter apoio no
Congresso.
• Jefferson acusou alguns do alto escalão do governo,
porém inocentou o presidente dizendo que ele não sabia do
esquema. O chefe da civil, José Dirceu, que era amigo e braço
direito de Lula, foi acusado de ser o líder e mentor do
esquema. Ele demitiu e foi processado.
Os estouros de corrupção pela Polícia Federal
• A Polícia Federal passou aparecer mais na mídia com as
suas operações de combate ao crime organizado e corrupção.
O governo alegou que este combate passou a ocorrer devido
ao seu apoio, que buscava tornar o governo mais transparente.
A reeleição
• Aproveitando da mudança constitucional feita na era
FHC, que beneficiou o mesmo, o Presidente Lula, com a
popularidade em alta, resolveu usar a mesma estratégia e
lançou sua reeleição.
• Com a vitória quase garantida, Lula faltou ao debate na
TV alegando que seria atacado verbalmente. Com a vitória de
reeleição.
O Plano de Aceleração Econômica
• Com o crescimento econômico em ritmo lento, o
Governo Federal lançou o PAC (Plano de Aceleração
Econômica), que teria como uma das etapas ações em áreas
sociais mais desprivilegiadas. Assim, a população teria mais
condições de crescimento social e econômico.
2 – Descolonização da Ásia e África
1) Os elementos que permitiram o contexto da liberdade
 O Enfraquecimento das potências colonizadoras europeias
após a 2a Guerra, principalmente Inglaterra e França.
 O apoio da ONU a autodeterminação dos povos,
condenando a dominação colonial e defendendo o direito da
liberdade.
 Os filhos da classe média dos países colonizados que iam
estudar na Europa e voltavam com ideais nacionalistas e de
liberdade.
 EUA e URSS apoiaram a libertação destas colônias em
busca de aumentar sua área de influência. Os EUA são
anticoloniais por defenderem país de mercado livre (para
seus produtos) e a URSS porque o colonialismo é um
produto do capitalismo.
 A Conferência de Bandung, que influenciou os países que
ainda estavam dominados.
2) A Conferência de Bandung
 Ocorreu na Indonésia em 1955 (esta já tinha conquistado a
independência).
 Reuniu os países recém independentes propondo o não
alinhamento aos blocos capitalista ou socialista.
 Apoiava a soberania interna dos Estados, não
permitindo a ingerência das grandes potências em
assuntos nacionais.
3) A Libertação do Oriente Médio
4
 A região era dominada pelo império Turco Otomano até a
Primeira Guerra mundial (1914/18).
 Foi retalhada e passou a ser administrada pelas vencedoras
da guerra, Inglaterra e França.
 Movimento de libertação inicial ocorreu no período
conhecido como entreguerras, garantindo a independência
do Egito em 1922, do Iraque em 1930 e Jordânia em 1946.
 Formou-se a Liga Árabe entre estes países para apoiar a
libertação dos demais países da região.
 A partir da criação do Estado de Israel na Palestina, em
1948, se iniciaram os grandes conflitos do Oriente Médio.
Egito 22 de março de 1945
Iraque 22 de março de 1945
Jordânia 22 de março de 1945
Líbano 22 de março de 1945
Arábia Saudita 22 de março de 1945
Síria 22 de março de 1945
Iêmen 5 de maio de 1945
4) A Liberdade no Continente Asiático
 A Independência da Índia
 A Resistência Pacífica – Liderado por Mahatma Gandhi
a partir de 1920.
 Desobediência civil – Não pagamento de impostos,
boicote a produtos britânicos, passeatas pacíficas.
 Divisão do movimento: Partido do Congresso (hindu)
liderado por Nehru e Liga Muçulmana liderado por Ali
Jinnah.
 Plano de Mountbatten (reconhecimento inglês da
independência): dois países – Índia (hindu) e Paquistão
(muçulmano).
 A ilha do Ceilão, ao sul da Índia e de maioria budista se
tornou independente com o nome de Sri Lanka.
 A Indonésia holandesa
 Em 1941, com a invasão nazista na Holanda e na
Indonésia, cresceu o movimento nacionalista liderado
por Ahmed Sukarno.
 Sukarno e suas tropas expulsaram os japoneses em 1945
e fez resistência guerrilheira as tentativas de retorno
holandês.
 Em 1949 a Holanda reconheceu a independência, que
foi presidida por Sukarno e ampliou comunismo no
país.
 Após uma revolução muçulmana anticomunista,
entregou o poder e o general Suharto assumiu,
governando até 1998.
 Em 1975 o Timor Leste (colônia portuguesa) proclamou
a independência, mas foi invadida pela Indonésia.
 Formou-se a FRETILIN e lutou contra esta dominação
até 2002, tendo nesta data José Ramos-Horta como um
dos líderes.
 A Indochina francesa
 A invasão da França pelos nazistas e da indochina pelo
Japão aumentou o movimento nacionalista na região.
 Em 1941 formou-se o movimento Vietminh (Vietnã),
liderado pelo comunista Ho Chi Minh, que proclamou a
independência em 1945.
 Em 1946 começou a primeira guerra da Indochina, na
tentativa de a França recolonizar a região, porém esta
perdeu definitivamente na batalha de Dien Bien Phu.
 Na Conferência de Genebra negociaram a paz dividindo
a região em Camboja, Laos e Vietnã (que ficou dividida
em Norte socialista e Sul capitalista, mas com referendo
em 1956 para a reunificação).
 O governo do Vietnã do Sul, Dinh Diem cancelou o
referendo, levando a surgir o movimento Vietcong e
iniciando a guerra do Vietnã (1960/71), que em 1970 se
espalhou pelo Camboja e o Laos surgindo a segunda
guerra da Indochina.
 O Khmer Vermelho dominou o Camboja
5) A Liberdade no Continente Africano
 O caso da Argélia
 Os colonizadores de origem francesa (1/8 da
população), chamados de “pés pretos” dominavam 1/3
das melhores terras do país.
 A Frente de Libertação Nacional surgiu em 1954 com
modernas táticas de guerrilha rural e urbana, mas foi
violentamente reprimida.
 Em 1958 o governo francês entrou em crise devido esta
guerra e assumiu o general Charles de Gaulle, que
recebeu de um referendo popular plenos poderes para
negociar o fim do conflito.
 Apesar de algumas resistências e tentativas de golpe
contra de Gaulle, em 1962 foi assinado o acordo de
Évian, pondo fim a guerra e a Argélia ficou
independente.
 Nas eleições foi proclamada a República da Argélia e
formou-se um governo presidido por Ahmed Bem
Bella, principal dirigente da FLN.
 O Congo Belga
 Após fortes protestos na década de 1950, liderado pelo
socialista Patrice Lumumba (que se tornou primeiro-
ministro), a Bélgica reconheceu a independência em
1961.
 O país se afundou em uma guerra civil pela tentativa de
separação da região de Katanga, de diferente grupo
étnico e rica em minerais.
 Em 1965 o general Mobutu deu um golpe de Estado e
assumiu o poder, mudando o nome do país para
República do Zaire em 1975.
 Em 1997, rebeldes guerrilheiros liderados por Laurent
Kablia forçou a derrubada de Mobutu e o país voltou a
se chamar Congo.
 O fim do império colonial português
 Surgiram vários movimentos nacionalistas que fizeram
guerrilha contra a dominação portuguesa na África:
Guiné-Bissau/Cabo Verde (PAIGC); São Tomé e
Príncipe (MLSTP); Moçambique (FLM); Angola
(MPLA – socialista; UNITA e FNLA de caráter
regional e mais capitalista).
 Salazar e sua ditadura (desde 1933) mantinha a
dominação por exploração e alegando a herança
histórica heroica do povo português.
 Em 1974, com a Revolução dos Cravos, Portugal
passou a ceder a independência dos povos africanos no
Acordo de Alvor.
 Angola, a maior e mais rica das colônias, se afundou em
uma guerra civil após a independência, numa disputa
5
 entre etnias rivais apoiado pelos socialistas x
capitalistas, no contexto da guerra fria.
 Em maio de 1991, apoiado pelos EUA e pela antiga
URSS, MPLA e UNITA fizeram um acordo de paz e
convocaram eleições livres.
 A África do Sul
 Ficou livre do domínio inglês em 1948 e, governado por
uma minoria branca, implantou uma política oficial de
segregação racial - o Apartheid.
 O controle da política, das riquezas, e maiores
benefícios eram para os brancos. Os negros viviam em
bairros isolados.
 Surgiu o Congresso Nacional Africano, que lutou contra
o Apartheid e teve o seu líder máximo preso, Nelson
Mandela.
 Diante dos embargos e pressões internacionais, em 1990
o presidente Klerk adotou medidas liberais, pondo o
CNA na legalidade e libertando Mandela após 27 anos
de prisão.
 Em 1993, com a nova Constituição chegava
oficialmente o fim do Apartheid. No ano seguinte
Mandela foi eleito presidente.
5) As consequências do processo
 Desigualdades internas e externas
 Internamente ficou uma elite nacional no poder, que era
aliada aos colonizadores, explorando o povo e dono das
maiores riquezas. Os novos países livres continuam
dependentes e explorados economicamente pelos ex-
colonizadores o que mantêm o atraso tecnológico destes
países.
 Guerras civis e nacionais.
 Grupos étnicos diferentes disputam o poder nos países
construídos artificialmente pelos colonizadores, ou por
áreas de fronteiras como o caso da Caxemira governado
pela Índia, mas com maioria muçulmana gerando
disputa com Paquistão.
 Guerras de “limpeza étnica” para que uma etnia tribal
domine definitivamente o país.
 Pobreza, doença, fome e morte
 Foi a herança para muitas comunidades do ex-mundo
dominado, pois perderam suas terras, culturas, costumes
e o direito de uma vida digna.
3 - Conflitos no Oriente Médio
1) O Oriente Médio após a 2a Guerra Mundial
 Área de grande conflito
• Disputas geoestratégicas por rotas comerciais, fontes de
petróleo e conflitos religiosos
entre judeus, muçulmanos e cristãos tornaram a área de grande
instabilidade política.
• A região da Palestina ficou sob o comando inglês desde
o fim da Primeira Guerra Mundial
e iria terminar em 1948, por isso havia uma necessidade de se
resolver a disputa entre judeus
e palestinos.
2) A proposta da fundação do Estado de Israel pela ONU
 Feita em 1947.
• Dividia em duas partes quase iguais.
• Os palestinos (muçulmanos), não estavam aceitando
porque na região havia muito mais
muçulmanos
e a divisão favoreceu o povo judeu.
• A proposta seria a divisão da Palestina em duas partes:
uma porção de terras de 11.500 Km²
para os
cerca de 1,3 milhão de palestinos; e outra de 14.500 Km² para os
cerca de 700 mil judeus que
habitavam a região.
3) A Declaração do Estado de Israel pelos Judeus (1948)
 Em maio de 1948, ainda durante as discussões dentro da
ONU, pouco antes do fim do prazo da saída dos ingleses, os
judeus declararam em Telaviv a independência da Israel.
• Já havia uma guerra civil dentro da Palestina entre
Judeus e Muçulmanos.
• O povo palestino e os países muçulmanos não aceitaram
essa declaração de independência.
4) A Primeira Guerra Árabe x Israelense (1948-1949)
 Liga Árabe.
• Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria e Arábia Saudita.
• Atacaram a região.
• EUA apoiava os judeus de Israel, que venceram e
tomaram parte das terras da proposta
da ONU.
• Com a derrota, 700 mil palestinos foram expulsos das
terras incorporadas por Israel nessa
guerra.
5) Guerra do Canal de Suez (1956)
 A queda do Rei Egípcio (1952)
• Nasser tomou o poder e nacionalizou empresas
estrangeiras no Egito.
• Fechou o porto de Eliat e nacionalizou o canal de Suez,
controlado por França e Inglaterra.
 A retaliação
• Prejudicados, Israel invadiu a península do Sinai para
liberar o porto do Eliat. Inglaterra e
França tomaram o Port-Said, retomando o Suez.
• Nasser foi a ONU protestar e a URSS apoiava o Egito,
ameaçando jogar bomba
nuclear na Europa (Era contexto de Guerra Fria). EUA preferiu
votar a favor do Egito
para evitar que o conflito tomasse proporção pior.
• O Egito recebeu tudo de volta.
6) Guerra dos Seis Dias (1967)
 Ataque preventivo de Israel.
• Os judeus fizeram um ataque preventivo no dia 05 de
junho de 1967 contra as bases da força aérea egípcia no Sinai na
chamada Operação Foco, alegando que o Egito se preparava para
atacar Israel.
• Síria, Egito, Jordânia e Iraque (apoiados pelo Kuwait,
Arábia Saudita, Argélia e Sudão, em uma grande aliança contra
Israel) fizeram uma reação entre 6 e 10 de junho.
• O resultado foi a derrota dos árabes e a expansão do
Estado de Israel.
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7) Guerra do Yom Kippur (1973)
 Ramadão
• Feriado nacional judeu, as cidades ficam vazias.
 Egito e Síria
• Pretendiam retomar seus territórios (Colinas de Golã –
Síria e Sinai – Egito). Tiveram posterior apoio do Egito.
• Israel conseguiu mobilizar rapidamente as tropas
justamente pelas cidades estarem vazias.
 A Crise do Petróleo.
• Apesar das primeiras conquistas árabes, no fim, Israel
saiu vitorioso novamente.
• Os países muçulmanos, que são unidos através da
OPEP, decidiram aumentar
o preço do barril de petróleo em retaliação ao ocidente (EUA)
que apoiava Israel.
8) Acordo de Camp David (1979)
 O Acordo.
• O Egito reconhecia o Estado de Israel e a paz estava
selada entre esses dois países.
 Sinai e Suez.
• O Sinai e Suez para o Egito, sendo a livre navegação no
canal.
 A grande mudança.
• A influência do Egito e deste acordo dava início a paz
nessa região.
9) Revolução Iraniana (1979)
 O regime do Xá Reza Pahlavi.
• Aliado dos EUA, no poder desde 1941, era acusado de
promover a ocidentalização do país.
• Aiatolá Khomeini foi exilado em 1964 por criticar
demais do governo.
 A revolução
• Mesmo de longe, Khomeini (da linha islâmica xiita)
continuava sua luta. Havia forte crise econômica em fins de 1978
os protestos e aconteceu a sexta-feira negra (90 mortos). A partir
daí a revolta explodiu nas ruas de Teerã. Em 1979 Reza Pahlavi
foge.
• O povo iraniano atacou a embaixada dos EUA,
acusando de apoiar Pahlavi. Khomeini volta e assume o poder
iniciando uma Teocracia.
10) Guerra Irã x Iraque (1980-1988)
 Otomanos (Iraque) x Persas (Irã)
• Problemas de fronteira era antiga, mas na década de
1970 houve acordos, sendo na época o general Saddan Hussein
primeiro-ministro. Saddan e o governo do Iraque era muçulmano
sunita e a maioria do povo xiita.
• O regime do Aiatolá Khomeini incentivava os xiitas do
Iraque e fazer uma revolução igual lá.
 A guerra.
• O Iraque invadiu o Irá acreditando que rapidamente iria
tomar todo o território, mas não contou com a reação do povo
iraniano. Mesmo militarmente inferior, o exército iraquiano foi
expulso e guerra ficou na fronteira.
• Após quase 8 anos de guerra, veio o acordo de paz.
11) Guerra do Golfo (1990)
 A crise iraquiana.
• Com a guerra Irã x Iraque, Saddan tinha muitas dívidas
com a Arábia Saudita e o Kuwait. Eles não perdoaram as dívidas
então Saddan começou a acusar o Kuwait de não respeitar os
acordos de preços de petróleo da Opep. Depois acusar de roubar
petróleo iraquiano.
 A guerra.
• O exército de Saddan invadiu e tomou rapidamente o
Kuwait, um país pequeno com muitas fronteiras com o Iraque.
• As EUA comandaram os capacetes azuis da ONU que
autorizou o ataque ao Iraque para libertar o Kuwait.
• Foi uma guerra tecnológica e transmitida ao vivo pelo
TV. Saddan teve que recuar.
12) A intifada
 Um levante popular
• O povo palestino sai nas ruas pegam pedras, madeira e
tudo o que pode tacar contra o exército de Israel, na luta contra a
sua presença em terras palestinas ou ações consideradas abusos
de poder por parte de Israel.
 1987.
• Primeira intifada foi o movimento popular quando um
caminhão militar de Israel matou quatro jovens palestinos.
 2000.
• Segunda intifada quando o líder israelense Ariel Sharon
andou pelas esplanadas das mesquitas após a negativa de um
acordo de paz.
13) Guerra “contra o terror” (2001-2013)
 Guerra do Afeganistão (2001)
• O grupo terrorista Al Qaeda, liderado por Osama Bin
Laden, promoveu um grande ataque em 11 de setembro de 2001
aos EUA. Torres Gêmeas e Pentágono.
• Não sendo um país, o governo americano acusou o
governo do Afeganistão, que era o regime Talibã, que acobertar
os terroristas, e invadiram o país e derrubaram o Talibã, mas
nunca conseguiram acabar com o movimento.
• Porém, em 2020, diante de não solução de paz no
Afeganistão e crise internacional (economia e covid), os EUA
saíram do Afeganistão e o Talibã voltou ao poder.
 Guerra do Iraque (2013)
• Sem provas Inglaterra e EUA atacaram o Iraque
acusando Saddan Hussein de estar montando armas nucleares e
químicas e apoio a terroristas.
• Após a invasão, descobriu-se que nunca teve armas
nenhuma. Surgiu então a desconfiança de que o objetivo era
matar Saddan por ele ser um perigo para a economia
internacional, já que o Iraque é um grande produtor de petróleo.
• Até hoje o Iraque vive afundado na lama de uma guerra
sem fim.
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