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NOVA REPÚBLICA: SARNEY E COLLOR

Com o final da ditadura, após 21 anos de um governo militar, o Brasil entrou na


fase conhecida como Nova República. Esse foi o momento de redemocratização do
país, onde as garantias de direitos políticos e de liberdades individuais e coletivas
passaram a ser retomadas e uma nova Constituição foi elaborada. O início da Nova
República foi em 1985 e é a fase atual da em que seguimos até os dias atuais.
Apesar da movimentação da sociedade brasileira que se engajou no
movimento das Diretas Já, a primeira eleição pós período ditatorial foi feita de modo
indireta. Isso porque, os militares memo saindo do poder ainda tinham bastante força
política. Alas mais extremistas do Exército ainda eram contrárias a abertura e nesse
cenário acabou-se por prosseguir com a reabertura de forma gradual. Devido a isso, a
Nova República brasileira já nasceu tendo que lidar com as questões da política de
transição e de memória, debilitadas devido a aprovação da Lei da Anistia que
impedia a responsabilização dos militares pelos crimes cometidos.
Os civis, agora que agora retornavam ao poder também teriam que lidar com o
restante do legado da Ditadura: uma concentração de renda, inflação e dívida externa
cada vez maiores e investimentos em saúde e educação diminutos. Esse cenário de
fragilidade econômica fez com que os anos 80 fossem conhecidos como a década
perdida, por conta da piora dos índices socioeconômicos.
Com a convocação de uma nova Constituinte, ficaria acertado que as eleições
de 1989, tanto presidenciais como as dos executivos estaduais e municipais,
finalmente voltariam a ser diretas. A disputa ficou entre Tancredo Neves, do PMDB, e
Paulo Maluf, do PFL. Tancredo ganhou a corrida eleitoral e foi eleito como o primeiro
presidente da redemocratização. Entretanto, na véspera de sua posse Tancredo teve
que ser internado devido a seu estado de saúde. Sofrendo de forte dores abdominais
durante toda a campanha, ele havia negligenciado os avisos médicos, tentando adiar
seu tratamento e internação para somente depois da posse, com medo que os
militares não permitissem que seu vice, José Sarney, fosse empossado e usassem a
situação para se prolongar no poder.
Tancredo acabou não resistindo ao tumor que tinha, falecendo em 21 de abril.
A posse de seu vice, entretanto, foi mantida e, em 15 de março de 1985, José Sarney
tornou-se o primeiro presidente civil do país em 21 anos.

Governo de José Sarney (1985-1989)

Foto oficial do presidente José Sarney


O mandato de Sarney iniciou-se de forma complicada, tendo que lidar com as
frustrações envolvendo a saúde de Tancredo Neves, a desconfiança com sua figura, a
sempre presente ameaça militar, e a desconfiança para com sua figura, por conta de
sua filiação partidária pregressa. Sarney entrou na chapa de Tancredo devido a um
acordo para angariar votos no colégio eleitoral, mas sua carreira política foi feita na
ARENA, e posteriormente no seu sucessor o PDS. Sendo um político conservador,
com estreitos laços com uma elite oligárquica.
Seu governo tinha como primeira missão tentar contornar a pesada crise
econômica que se abatia sobre o país. Para tanto, sua equipe econômica criou o
Plano Cruzado. O objetivo era de instalar um controle dos salários e dos preços,
adotando também uma nova moeda para o Brasil. Com isso pretendia-se a conter um
desenfreado processo de inflação que já vinha assolando a economia brasileira.
Bem sucedido inicialmente, o Plano Cruzado, conseguiu aumentar o consumo
e estabilizar a inflação. Entretanto, a política de controle de preços que forçava um
congelamento deles se provou infrutífera. Na época, parte da população aderiu a
campanha lançada pelo governo, sendo comum ver nas ruas cidadãos com o broche
verde e amarelo escrito ‘‘eu sou fiscal do Sarney’’, que denunciavam comerciantes que
praticassem preços acima dos tabelados. Acontece que esse congelamento dos
preços, desestimulou os fornecedores, que não estavam conseguindo cobrir os custos
de sua produção, levando a escassez e falta de determinados bens de consumo.

Broche dos fiscais do Sarney

Nesse momento os fornecedores passaram a cobrar ágio sob a obtenção de


determinados produtos. Além disso, foi necessário empregar as reservas cambiais do
país para conseguir obter mercadorias essenciais, que foram desaparecendo da
economia nacional.
Após as eleições estaduais de 1986, o governo Sarney empregou o segundo
plano econômico: o Plano Cruzado 2. Com o novo plano, houve o aumento dos
impostos indiretos sobre as mercadorias e a desvalorização da moeda em relação ao
dólar. Esse segundo plano também não obteve sucesso, dando a tônica do que seria o
restante do governo Sarney, e da década em geral. Seguiram-se outras tentativas de
para conter a crise econômica, como os Planos Bresser em 1987 e o Verão em 1989.
O primeiro congelou novamente preços e salários por noventa dias e o segundo,
trouxe cortes de gastos públicos. Ambos tentavam cortar o mal da inflação pela raiz,
dentro de uma estratégia governamental que ainda lançaria uma nova moeda, o
Cruzado Novo, mas que não obteve sucesso. Os problemas econômicos persistiriam,
com o governo tendo que declara moratória, que significa o não pagamento dos juros
referentes à dívida externa, em 1987.
No mesmo ano foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte com o intuito
de formular uma nova Constituição para o país e deixar para trás os aparatos
autoritários do período da Ditadura. Os deputados e senadores eleitos em 1986, junto
com os senadores em exercício do mandato, se reuniram a partir do dia primeiro de
fevereiro de 1987 formulando, com a nova Constituição sendo promulgada em 1988.
Apelidada de Constituição Cidadã, devido ao intenso debate e participação de
movimentos sociais (como ambientalistas, negro, indígenas) durante os meses de sua
construção, a nova Carta Magna brasileira, restituía os direitos políticos e as
liberdades individuais de forma plena para um povo que havia sido reprimido por mais
de duas décadas. Entre outros pontos, a Constituição instituía:

 O direito ao voto para analfabetos e maiores de 16 anos;


 Assegurava a liberdade de expressão, de imprensa e de reunião e
manifestação em partidos políticos, movimentos sociais e sindicatos;
 Pluripartidarismo;
 Condenava o racismo como crime, assim como a tortura e estabelecia que
todos fossem tratados de forma igual perante a lei;
 Estabeleceu que saúde, alimentação, educação, moradia, trabalho, transporte,
lazer, segurança, previdência social, proteção à infância e a maternidade
seriam direito sociais que deveriam ser assegurados.

Participaram da Constituinte os partidos PFL, o PMDB (que correspondia à


maioria parlamentar, mas ideologicamente dividido), o PDS e o PTB. Na oposição,
embora de forma minoritária, participaram também os partidos do PT, PDT, PSB, PC
do B, PCB, e alguns membros do PMDB.

Governo Collor (1990-1992)

Foto oficial do presidente Fernando Collor

Em 1989 realizaram-se as primeiras eleições presidenciais no Brasil desde a


década de 60. A disputa foi bastante agitada com mais de 20 candidatos participando,
entre eles Fernando Collor (PRN), Luís Inácio Lula da Silva (PT), Leonel Brizola (PDT),
Mário Covas (PSDB), Enéas Carneiro (PRONA), Ulysses Guimarães (PMDB), Paulo
Maluf (PDS).
Após o primeiro turno, os candidatos que sobram no páreo foram Collor e Lula.
Collor montou sua campanha em torno de sua figura jovial, de um combate a
corrupção que pretendia ‘‘caçar os marajás’’, moralizando a esfera pública. Já Lula
havia se destacado como um líder sindical do ABC paulista nas greves operários da
última década. Construído como uma agremiação à esquerda do espectro político o
Partido dos Trabalhadores fazia frente a ideias mais conservadoras e ligadas as
oligarquias que Collor representava. Com amplo apoio da mídia, Collor conseguiu 35
milhões contra 31,1 milhões de votos do petista, conseguindo se eleger presidente do
país.
Herdeiro de uma inflação galopante do governo José Sarney, o recém eleito
Fernando Collor, teve que tentar dar respostas a crise econômica logo no início de seu
mandato. Sua política econômica era de cunho liberal, tentando minimizar a
intervenção estatal e em conjunto disso lançou o Plano Collor, elaborado pela sua
ministra da Fazenda Zélia Maria Cardoso de Mello. Nesse plano estavam as linhas
gerais do que seria executado em matéria econômica no governo:
 O congelamento dos preços e o aumento das taxas de juros;
 Cortes de despesas públicas, elevação de impostos e a demissão de
funcionários públicos;
 Privatizações de algumas empresas estatais, como, por exemplo, as Usinas
Siderúrgicas de Minas Gerais;
 Facilidade na entrada de mercadorias estrangeiras no Brasil, através da
redução de impostos sobre mercadorias importadas;
 Bloqueio da retirada de depósitos bancários que fossem superiores ao valor de
50 mil cruzados novos, (medida polêmica que afetou, sobretudo, a classe
média).

O sucesso dessas medidas não veio, com a inflação continuando a aumentar de forma
desmedidas. O confisco das poupanças levou a consequências sociais altas, com
várias pessoas vendo suas economias desaparecem e derrubando a aprovação do
governo. Tentando reverter o cenário, passou-se a ao Plano Collor II. Esse segundo
pacote propôs a redução de 10% das despesas estatais, o aperfeiçoamento dirigido ao
combate à sonegação de impostos, o aumento dos impostos referentes às operações
financeiras, a criação do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e o investimento no
setor privado com o intuito de conseguir retomar a atividade produtiva. Mesmo diante
de novas propostas e medidas o Plano Collor II também fracassou.
O começo do fim do governo de Fernando Collor ocorreu quando denúncias de
corrupção começaram a aparecer. No centro de tudo estava Paulo César Farias,
tesoureiro da campanha de Collor, que foi denunciado pelo irmão do presidente, Pedro
Collor. O esquema era o seguinte: PC Farias recebia vultosas quantias de dinheiro de
empresários para que tivessem facilitado o recebimento de verbas públicas. Esses
valores eram depositados em contas nomeadas como “fantasmas” para cobrir as
despesas pessoais de Fernando Collor. Esse esquema foi denunciado por meio de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), e confirmado pelo depoimento do ex-
motorista particular de Collor, Francisco Eriberto Freire França.
Com os escândalos de corrupção vindo à tona e com o avançar das
investigações da CPI, as ruas foram tomadas por protestos contra Collor. Com
participação de muitos estudantes, que pintaram seus rostos e pediam o
impeachment, ficando conhecido como os Caras Pintadas, a pressão sobre o
presidente aumentou bastante. Em setembro de 1992, a maioria da Câmara dos
Deputados votou favoravelmente ao pedido de impeachment redigido pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Collor
renunciou à presidência antes de, efetivamente, ser afastado. O Senado aprovou a
cassação do mandato e perda dos direitos políticos de Collor por oito anos. Collor foi
definitivamente impedido de exercer o mandato, em 29 de dezembro de 1992, quando
foi sucedido pelo vice-presidente Itamar Franco, empossado em janeiro de 1993.
Passeata pelo impeachment de Fernando Collor

Exercícios

01. (Cefet PR) Apesar das dificuldades econômicas, o principal legado do governo de
José Sarney como presidente da República, sem dúvida, foi o (a):

a) implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento, que privilegiou a


construção de usinas hidrelétricas e rodovias.
b) construção da usina atômica de Angra dos Reis, da rodovia Transamazônica e da
ponte Rio-Niterói.
c) implantação de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos exilados políticos, assim
como a implantação, no plano econômico, do Plano Real.
d) golpe de Estado, repressão política e construção da usina siderúrgica de Volta
Redonda.
e) promulgação da Constituição de 1988, que restabeleceu princípios democráticos no
país.

02. (Uespi) Ao assumir a presidência da República (1985), José Sarney encontrou o


quadro econômico brasileiro com altos índices inflacionários. Na tentativa de combater
estes índices, adotou vários planos econômicos, entre os quais o:

a) Plano de bloqueio das contas poupanças por dezoito meses para os valores acima
de 50mil cruzados.
b) Plano Real, criado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso, pelo qual se
convertia a unidade monetária brasileira de Cruzeiro para Real.
c) Plano Cruzado, lançado por Dílson Funaro, que transformava a unidade monetária
brasileira de Cruzeiro para Cruzado e depois para Cruzado Novo.
d) Plano de Privatização, que extinguiu vários órgãos governamentais como o Instituto
do Açúcar e do Álcool (IAA) e o Departamento Nacional de Obras contra a Seca.
e) Plano Bolsa Família, que instituía o pagamento pelo governo de um salário-mínimo
para cada família pobre.

03. (Unesp) A campanha pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente
da República do Brasil, em 1984, intitulada “Diretas Já!”,

a) tentava garantir que o primeiro presidente pós-regime militar fosse escolhido, em


1985, pelo Colégio Eleitoral.
b) defendia a continuidade dos militares no poder, desde que fossem escolhidos pelo
voto direto dos brasileiros.
c) foi a primeira mobilização pública de membros da sociedade civil brasileira desde o
golpe militar de 1964.
d) reuniu diferentes partidos políticos em torno da aprovação de emenda constitucional
que reintroduzia o voto direto para presidente.
e) teve sucesso, pois contou com apoio oficial da Igreja Católica, dos sindicatos, das
forças armadas e do partido situacionista.

04. (Fuvest) Acerca da década de 1980 no Brasil, podemos afirmar, do ponto de vista
econômico, que foi um período:

a) de grande expansão, embora fortemente perturbado pelas incertezas quanto à


consolidação da democracia.
b) de forte desenvolvimento da indústria, ainda que não acompanhado por outros
setores da economia.
c) de recomposição da mão-de-obra, como resultado do declínio das migrações.
d) de recessão das atividades econômicas, tanto que muitos o consideram uma
década perdida.
e) de ampla abertura ao capital estrangeiro, propiciando por essa via o aumento do
produto interno bruto.

05. (Mackenzie)

Durante sua campanha eleitoral, Fernando Collor de Mello, prometia modernizar o


país e liquidar com a nossa inflação. Entretanto, como ironiza a charge acima, seus
pacotes econômicos não foram bem sucedidos. A respeito do Plano Collor, conjunto
de medidas a fim de revitalizar nossa economia e que foi divulgado logo no dia
seguinte à sua posse, ocorrida em 15 de março de 1990, é correto afirmar que:
a) instaurou o congelamento imediato de preços de produtos básicos, acompanhado
de gradual liberalização de salários, como também retomava o padrão monetário do
cruzado.
b) estabeleceu o tabelamento dos preços dos principais gêneros alimentícios de
consumo, mas permitiu a livre negociação de salários, o que beneficiou a classe
trabalhadora.
c) deu início ao programa de privatizações estatais e preconizava a necessidade de se
realizar um violento corte de gastos públicos, porém, na prática, não houve uma
expressiva demissão de funcionários.
d) confiscou os depósitos bancários que ultrapassassem o valor de 500 mil cruzados,
durante um breve período de 3 meses, para evitar a remessa de capital nacional para
o exterior.
e) confiscou depósitos bancários em contas correntes e cadernetas de poupança, no
valor que excedesse a quantia de 50 mil cruzeiros, para evitar deslocamento de
recursos para o consumo.

Gabarito

1–E
2–C
3–D
4–D
5–E

Exercícios de Treinamento

01. (Mackenzie) O governo de José Sarney (1985-1990) caracterizou-se como um


governo de transição democrática, que foi responsável, entre outros, pelo
estabelecimento de eleições diretas em todos os níveis. Na esfera econômica esse
período foi marcado por:

a) altas taxas de inflação e vários planos econômicos como o Plano Cruzado. Além da
moeda nacional perder três zeros e passar de cruzeiro para cruzado, todos os preços
ficaram congelados por um ano, o que ocasionou falta de mercadorias e produtos que
só eram oferecidos mediante o pagamento de “ágio”.
b) a transição pacífica para um governo com características democráticas refletiu
positivamente na nossa economia. O Brasil conseguiu junto ao FMI a moratória da
dívida brasileira e o aumento do crédito nacional diante de banqueiros estrangeiros.
c) com o Plano Bresser, em julho de 1987, o poder aquisitivo das camadas populares
aumentou e os índices de desemprego diminuíram. Com isso ocorreu um aumento no
consumo o que aqueceu a economia nacional e também atraiu investidores
estrangeiros para o país.
d) o Plano Verão, em janeiro de 1989, precedeu a uma nova troca de moeda. O
cruzado foi substituído pelo cruzado novo pelo ministro da Fazenda Dílson Funaro, o
que acarretou prejuízos para a economia, pois novamente nossa moeda foi
desvalorizada.
e) o resultado de todos os planos editados desde fevereiro de 1986 até janeiro de
1989 foi positivo para a economia brasileira. A extinção da correção monetária
realocou parte do capital que se encontrava aplicado nos setores financeiros para o
produtivo, gerando empregos que dinamizaram nossa economia.
02. (Unesp) Desde a década de 1980 vários governos brasileiros adotaram planos
econômicos que pretendiam controlar a inflação. Entre as características destes
planos, podemos destacar 

a) o Plano Cruzado, implementado em 1986, que eliminou a inflação, congelou preços,


proporcionou aumento salarial e gerou recursos para o pagamento integral da dívida
externa. 
b) o Plano Collor, implementado em 1990, que determinou o confisco de ativos
financeiros e eliminou incentivos fiscais em vários setores da economia. 
c) o Plano Real, implementado em 1994, que reduziu as taxas inflacionárias,
estabilizou o valor da moeda, proibiu aumentos de preços no varejo e provocou forte
crescimento industrial. 
d) o Plano de Metas, implementado em 2006, que projetou um desenvolvimento
industrial acelerado e a inserção ativa do Brasil no mercado internacional. 
e) o Plano de Aceleração do Crescimento, implementado em 2007, que apoiou
projetos imobiliários, determinou investimentos em infraestrutura e estimulou o
crédito. 

03. (Mackenzie)

As imagens acima, respectivamente do Comício para Diretas Já, em 1984 e do


movimento estudantil dos Caras- Pintadas, em 1992, marcaram a história do Brasil
contemporâneo. Tais imagens evidenciam:

a) a manutenção, no país, das desigualdades sociais, fruto da política inflacionária


econômica, adotada desde o final do regime militar, o que gerou tais manifestações
populares.
b) a ampliação das práticas democráticas no país, e contou com a adesão de diversos
setores da sociedade brasileira, que lutaram pelo direito de manifestar-se no cenário
político da época.
c) o caráter elitista das duas manifestações, que não contaram com a adesão das
camadas populares da população brasileira, ainda distante da participação política nos
assuntos públicos do país.
d) a insatisfação nacional diante da ineficácia dos planos econômicos, que não
estabilizaram a nossa economia e também não conseguiram acabar com a inflação
que alcançou, principalmente em 1984, índices alarmantes.
e) que nos dois momentos, as multidões que foram às ruas exigiam
o impeachment (afastamento) do presidente, devido a investigações das CPIs, que
indicavam denúncias de corrupção envolvendo a liderança governamental.
04. (Instituto Excelência) A Nova República iniciou-se no Brasil com o governo de
José Sarney em 1985, e permanece até os dias atuais. Durante seu governo foi
elaborada uma nova Constituição, promulgada em 1988, que garantia eleições diretas
e livres a todos os cargos eletivos. Diante desses fatos históricos na política nacional,
qual foi o primeiro presidente eleito diretamente desde 1960, no ano de 1989?

a) Fernando Collor de Melo.


b) Luiz Inácio Lula da Silva.
c) Fernando Henrique Cardoso.
d) Nenhuma das alternativas.

05. (Puc RS) A reforma do estado brasileiro promovida por Fernando Collor de Mello
(1990-92) é definida como neoliberal porque estava baseada

a) em uma política de privatizações e na abertura comercial à concorrência


estrangeira.
b) no aumento dos investimentos públicos e no protecionismo comercial.
c) na emissão de dinheiro e no aumento de impostos.
d) em uma política estatizante e no investimento em indústrias de base.
e) na criação de novas empresas públicas e na liberalização das importações.

Gabarito

1–A
2–B
3–B
4–A
5–A

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