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O sucesso dessas medidas não veio, com a inflação continuando a aumentar de forma
desmedidas. O confisco das poupanças levou a consequências sociais altas, com
várias pessoas vendo suas economias desaparecem e derrubando a aprovação do
governo. Tentando reverter o cenário, passou-se a ao Plano Collor II. Esse segundo
pacote propôs a redução de 10% das despesas estatais, o aperfeiçoamento dirigido ao
combate à sonegação de impostos, o aumento dos impostos referentes às operações
financeiras, a criação do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e o investimento no
setor privado com o intuito de conseguir retomar a atividade produtiva. Mesmo diante
de novas propostas e medidas o Plano Collor II também fracassou.
O começo do fim do governo de Fernando Collor ocorreu quando denúncias de
corrupção começaram a aparecer. No centro de tudo estava Paulo César Farias,
tesoureiro da campanha de Collor, que foi denunciado pelo irmão do presidente, Pedro
Collor. O esquema era o seguinte: PC Farias recebia vultosas quantias de dinheiro de
empresários para que tivessem facilitado o recebimento de verbas públicas. Esses
valores eram depositados em contas nomeadas como “fantasmas” para cobrir as
despesas pessoais de Fernando Collor. Esse esquema foi denunciado por meio de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), e confirmado pelo depoimento do ex-
motorista particular de Collor, Francisco Eriberto Freire França.
Com os escândalos de corrupção vindo à tona e com o avançar das
investigações da CPI, as ruas foram tomadas por protestos contra Collor. Com
participação de muitos estudantes, que pintaram seus rostos e pediam o
impeachment, ficando conhecido como os Caras Pintadas, a pressão sobre o
presidente aumentou bastante. Em setembro de 1992, a maioria da Câmara dos
Deputados votou favoravelmente ao pedido de impeachment redigido pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Collor
renunciou à presidência antes de, efetivamente, ser afastado. O Senado aprovou a
cassação do mandato e perda dos direitos políticos de Collor por oito anos. Collor foi
definitivamente impedido de exercer o mandato, em 29 de dezembro de 1992, quando
foi sucedido pelo vice-presidente Itamar Franco, empossado em janeiro de 1993.
Passeata pelo impeachment de Fernando Collor
Exercícios
01. (Cefet PR) Apesar das dificuldades econômicas, o principal legado do governo de
José Sarney como presidente da República, sem dúvida, foi o (a):
a) Plano de bloqueio das contas poupanças por dezoito meses para os valores acima
de 50mil cruzados.
b) Plano Real, criado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso, pelo qual se
convertia a unidade monetária brasileira de Cruzeiro para Real.
c) Plano Cruzado, lançado por Dílson Funaro, que transformava a unidade monetária
brasileira de Cruzeiro para Cruzado e depois para Cruzado Novo.
d) Plano de Privatização, que extinguiu vários órgãos governamentais como o Instituto
do Açúcar e do Álcool (IAA) e o Departamento Nacional de Obras contra a Seca.
e) Plano Bolsa Família, que instituía o pagamento pelo governo de um salário-mínimo
para cada família pobre.
03. (Unesp) A campanha pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente
da República do Brasil, em 1984, intitulada “Diretas Já!”,
04. (Fuvest) Acerca da década de 1980 no Brasil, podemos afirmar, do ponto de vista
econômico, que foi um período:
05. (Mackenzie)
Gabarito
1–E
2–C
3–D
4–D
5–E
Exercícios de Treinamento
a) altas taxas de inflação e vários planos econômicos como o Plano Cruzado. Além da
moeda nacional perder três zeros e passar de cruzeiro para cruzado, todos os preços
ficaram congelados por um ano, o que ocasionou falta de mercadorias e produtos que
só eram oferecidos mediante o pagamento de “ágio”.
b) a transição pacífica para um governo com características democráticas refletiu
positivamente na nossa economia. O Brasil conseguiu junto ao FMI a moratória da
dívida brasileira e o aumento do crédito nacional diante de banqueiros estrangeiros.
c) com o Plano Bresser, em julho de 1987, o poder aquisitivo das camadas populares
aumentou e os índices de desemprego diminuíram. Com isso ocorreu um aumento no
consumo o que aqueceu a economia nacional e também atraiu investidores
estrangeiros para o país.
d) o Plano Verão, em janeiro de 1989, precedeu a uma nova troca de moeda. O
cruzado foi substituído pelo cruzado novo pelo ministro da Fazenda Dílson Funaro, o
que acarretou prejuízos para a economia, pois novamente nossa moeda foi
desvalorizada.
e) o resultado de todos os planos editados desde fevereiro de 1986 até janeiro de
1989 foi positivo para a economia brasileira. A extinção da correção monetária
realocou parte do capital que se encontrava aplicado nos setores financeiros para o
produtivo, gerando empregos que dinamizaram nossa economia.
02. (Unesp) Desde a década de 1980 vários governos brasileiros adotaram planos
econômicos que pretendiam controlar a inflação. Entre as características destes
planos, podemos destacar
03. (Mackenzie)
05. (Puc RS) A reforma do estado brasileiro promovida por Fernando Collor de Mello
(1990-92) é definida como neoliberal porque estava baseada
Gabarito
1–A
2–B
3–B
4–A
5–A