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Pós Covid e nível de ansiedade em pacientes com e sem


sequelas
Centro Universitário de Brasília - UniCEUB Autora Orientador
Faculdade de Ciências da Educação e Saúde – FACES Karolaine Prado Tristão – Graduando em Psicologia
Prof. Sergio Henrique Alves
Curso de Psicologia E-mail –karolaine.prado@sempreceub.com

1 - Introdução 4 - Método
Esta pesquisa será realizada por meio do método experimental onde serão
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declara o surto de coronavírus e em 11 de avaliados se os participantes que tiveram sequelas após a infecção com Covid -
março de 2020, a Covid - 19 foi considerada uma pandemia, no momento 19 apresentam ansiedade, portanto, o grupo controle será formado por
estava presente em 114 países. participantes sem sequelas e o experimental será o grupo dos que apresentaram
De acordo com o CDC - Centers for Disease Control and Prevention (2022), sintomas de Covid longa.
os principais sintomas são semelhantes a de uma gripe podendo ocorrer febre, 4.1 – Participantes
calafrios, mal estar geral, dores no corpo, falta de apetite, diminuição ou Participarão da pesquisa 60 pessoas de ambos os sexos com idades entre 18 e
ausência de olfato e paladar. 60 anos. Serão 30 pessoas com sequelas e 30 sem sequelas. A seleção será feita
Em um estudo de revisão sistemática e meta análise realizado por Lopez- por conveniência dos convidados via redes sociais ou por encaminhamento da
Leon et al. (2021), identificou-se a prevalência de 55 sintomas pós Covid em mensagem.
mais de 47 mil pacientes que durou cerca de 14 a 110 dias após a infecção. 4.2 – Local
Dentre os sintomas mais comuns já relatados, os pacientes apresentaram com
maior frequência: dores de cabeça, déficit de atenção, queda de cabelo, O estudo será realizado via Internet por meio da plataforma Google Forms,
anosmia, ageusia, perda de memória, ansiedade, depressão, distúrbios do sono, onde os participantes responderão aos questionários onde acharem conveniente e
doenças psiquiátricas, transtornos de humor, perda da audição e zumbidos, constarão informações sobre como as perguntas serão feitas e como deverão ser
taquicardia em repouso, diabetes mellitus, transtorno obsessivo compulsivo, respondidas.
problemas de saúde mental relacionados aos cuidados de saúde, entre outros. 4.3 - Instrumento
Segundo o Manual de Diagnósticos Estatísticos de Transtornos Mentais - •Será utilizado um Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e um
DSM - 5 (2013), a ansiedade apresenta padrões de medo em excesso e Inventário de Ansiedade Traço-Estado - IDATE, que conforme é explicado no
alterações de comportamentos relativos a algo que represente a possibilidade de estudo de Barros et al. (2011), é um questionário que serve para compreender o
perigo, podendo ser descrito por antecipar algo que cause intimidação posterior. nível de ansiedade e o traço ansioso onde 20 perguntas são realizadas e as
Um estudo realizado por Taquet et al. (2022), com 1.487.712 pacientes respostas são obtidas a partir de 1 a 4 pontos.
diagnosticados com COVID-19, sendo 185.748 crianças, 856.588 adultos e •Cada item equivale: 1 - absolutamente não; 2 - um pouco; 3 - bastante e 4 -
242.101 idosos. A pesquisa apresentou 57,8% pessoas do sexo feminino e muitíssimo.
42,2% do sexo masculino, estes apresentaram riscos de transtornos • Os valores tendem a variar entre 20-80 pontos, em que os resultados mais
psiquiátricos comuns. As crianças não exibiam transtornos de ansiedade, já nos baixos (20 a 30) evidenciam menor nível de ansiedade, valores de (31 a 49)
adultos, 29% dos indivíduos tinham níveis de ansiedade moderada ou grave. sendo intermediário e os maiores valores (mais de 50 pontos) indicam nível
Estes pacientes apresentaram risco aumentado de ter diagnóstico de transtornos mais alto de ansiedade.
psiquiátricos quando comparados com outras infecções respiratórias nos
primeiros 6 meses após o resultado positivo para SARS-CoV-2. 4.4 – Procedimento
• Será apresentado o TCLE para os participantes.
2 - Justificativa • A pesquisa com link no Google Forms será encaminhada para que os
participantes respondam ao questionário.
De acordo com tudo que foi descrito, fica clara a necessidade de se 4.5 – Análise dos dados
realizar mais pesquisas que contribuam com informações sobre como lidar com •Será realizada uma análise inferencial e descritiva onde os dados serão
as consequências desta pandemia e como a sociedade e os órgãos de saúde agrupados para a análise das informações sobre a quantidade de participantes de
pública vão lidar com os efeitos desta crise global, pois segundo a OMS (2022), cada sexo, idade, tempo de sintomas e tipos de sintomas.
587 milhões de casos foram confirmados e 6,4 milhões de mortes no mundo, •Posteriormente, após a codificação dos dados que conforme explica Gil
porém sugere-se que aproximadamente 14,9 milhões de pessoas morreram no (2019),  será realizada uma análise dos dados para verificação das variações dos
mundo como resultado direto ou indireto da pandemia.   dados e interpretação das informações obtidas.
Diante disto, como mostra Nascimento e Maia (2021), podemos compreender
como estes fatores podem ter contribuído para o aumento dos índices de Referências Bibliográficas
ansiedade, depressão como: transtornos psiquiátricos pré-existentes,
American Psychiatric Association - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
isolamento, perda de emprego, uso de drogas lícitas, aumento dos índices de
mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
violência doméstica, questões sociais, informações negativas sobre o cenário do Barros, B. P. D., Nishiura, J. L., Heilberg, I. P., & Kirsztajn, G. M. (2011). Ansiedade,
momento, alterações do sono, dificuldades para receber atendimento de saúde e depressão e qualidade de vida em pacientes com glomerulonefrite familiar ou doença renal
outros. policística autossômica dominante. BrazilianJournal of Nephrology, 33, 120-128.
https://www.scielo.br/j/jbn/a/M3ZpB49BY95zDmzscrpp9ps/abstract/?lang=pt 
Center for Disease Control and Prevention. (2022). Symptoms of Covid 19.
3 – Objetivos e hipóteses https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/symptoms-testing/symptoms.html 
Gil, A. C. (2019). Métodos e técnicas de pesquisa social. (7ª ed.). Atlas.
Lopez-Leon, S., Wegman-Ostrosky, T., Perelman, C., Sepulveda, R., Rebolledo, PA, Cuapio,
A., & Villapol, S. (2021). Mais de 50 efeitos a longo prazo do COVID-19: uma revisão
Objetivo Geral - Verificar os efeitos do pós Covid - 19 com sequelas e sem sistemática e meta-análise. Relatórios científicos , 11 (1), 1-12.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7852236/ 
sequelas sobre ansiedade. Nascimento, A.B., & Maia, J. L. F. (2021). Comportamento suicida na pandemia por COVID-
19: visão geral. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento,10 (5), e59410515923.
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15923
Objetivo Especifico – Medir o nível de ansiedade de pessoas que tiveram Taquet, M., Sillett, R., Zhu, L., Mendel, J., Camplisson, I., Dercon, Q., & Harrison, PJ (2022).
Trajetórias de risco neurológico e psiquiátrico após infecção por SARS-CoV-2: uma análise
sequelas do Covid - 19 e das pessoas que não tiveram sequelas. de estudos de coorte retrospectivos de 2 anos, incluindo 1.284.437 pacientes. The Lancet
Psychiatry , 9 (10), 815-827. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35987197/
United Nations. (2022). OMS: Covid-19 causou pelo menos 14,9 milhões de mortes diretas
Hipóteses ou indiretas. https://news.un.org/pt/story/2022/05/1788242 
World Health Organization. (2020). Novel Coronavirus (2019-nCoV) Situation Report - 11.
H1- O pós Covid - 19 com sequelas aumenta a ansiedade. https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200131-sitrep-11-n
cov.pdf?sfvrsn=de7c0f7_4
H0 - O pós Covid - 19 com sequelas não aumenta a ansiedade.  

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