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Treinamento de

Terminologia de
Descontinuidades

Instrutor – Mateus Duro de Farias


Inspetor de Soldagem N1 – SNQC 5185
Inspetor de LP / PM N2 – SNQC 20859
Inspetor de Ultrassom ASNT TC-1A
Técnico Mecânico – CREA-RS 208434
INDICAÇÃO: Evidência que requer interpretação para se
determinar o seu significado.
 
DESCONTINUIDADE: Interrupção da estrutura típica de
uma peça, no que se refere à homogeneidade de
características físicas, mecânicas ou metalúrgicas.

DEFEITO: Descontinuidade que por, sua natureza, tipo,


dimensões, localização ou efeito acumulado, torna a peça
imprópria para uso, por não satisfazer os requisitos mínimos
de aceitação da norma aplicável.
Observações:
 As descontinuidades nem sempre precisam ser removidas ou são
motivo para rejeitar uma peça.
 Os defeitos de uma peça sempre devem ser removidos ou levam a
rejeição da mesma.

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Abertura de arco: Imperfeição local na superfície do metal de
base caracterizada por uma ligeira adição ou perda de metal,
resultante da abertura acidental do arco elétrico.

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Ângulo excessivo de reforço: Ângulo excessivo entre o plano da
superfície do metal de base e o plano tangente ao reforço da solda,
traçado a partir da margem da solda.

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Cavidade alongada: Vazio não arredondado com a maior dimensão
paralela ao eixo da solda.

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Concavidade: Reentrância na raiz da solda, podendo ser:
 Central, situada ao longo do centro do cordão.
 Lateral, situada nas laterais do cordão.

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Concavidade excessiva: Solda em ângulo com a face excessivamente
côncava.

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Convexidade excessiva: Solda em ângulo com a face excessivamente
convexa.

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Deformação angular: Distorção angular da junta soldada em ângulo,
com relação à configuração do projeto.

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Deposição insuficiente: Insuficiência de metal na face da solda, abaixo
de uma linha imaginária traçada entre as margens da solda.

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Desalinhamento: Junta soldada de topo, cujas superfícies das peças,
embora paralelas, apresentam-se desalinhadas.

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Embicamento: Deformação angular na junta soldada de topo.

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Falta de fusão: Descontinuidade bidimensional causada pela falta de
união entre a zona fundida e o metal de base, ou entre passes da zona
fundida.

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Falta de penetração: Insuficiência de metal na raiz da solda.

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Inclusão de escória: Material não metálico retido na zona fundida,
podendo ser:
 Alinhada
 Isolada
 Agrupada

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Inclusão metálica: Metal estranho retido na zona fundida como, por
exemplo, o tungstênio do processo TIG.

Microtrinca: Trinca com dimensões microscópicas.

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Mordedura: Depressão sob a forma de entalhe, no metal de base,
acompanhando a margem da solda, podendo ser:
 na face da solda
 na raiz da solda

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Penetração excessiva: Metal da zona fundida em excesso na raiz da
solda.

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Perfuração: Furo na solda(figura a) ou penetração excessiva localizada
(figura b) resultante da perfuração da poça de fusão durante a soldagem
(também conhecida como teta).

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Terminologia de descontinuidades de
juntas soldadas
Poro: Vazio arredondado, podendo ser:
 interno à solda;
 superficial.

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• Porosidade: Conjunto de
poros internos à solda ou
superficial, podendo ser:
 agrupada;
 alinhada;
 vermiforme.

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• Rechupe de cratera: Falta de metal resultante da contração da zona
fundida, localizada na cratera do cordão.

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• Reforço excessivo: Excesso de metal da zona fundida, localizado
na face da solda.

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• Respingos: Glóbulos do metal de adição transferidos durante a
soldagem e aderidos à superfície do metal de base, ou à zona
fundida já solidificada.

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• Sobreposição: Excesso de metal da zona fundida sobreposta ao
metal de base, na margem da solda, sem estar fundido ao metal de
base.

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• Solda em ângulo assimétrica: Solda em ângulo, cujas pernas são
significativamente desiguais em desacordo com a configuração de
projeto.

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• Trinca, fissura ou rachadura (deve-se preferir o termo trinca):
Descontinuidade bidimensional produzida pela ruptura local do
material, podendo ser:
 de cratera;
 Interlamelar;
 irradiante;
 longitudinal;
 na margem;
 na raiz;
 ramificada;  
 sob cordão;
 transversal;

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• Trinca de cratera: - Trinca localizada na cratera do cordão de solda
podendo ser longitudinal, transversal ou em estrela.

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• Trinca interlamelar: Trinca em forma de degraus, situados em
planos paralelos à direção de laminação, localizada no metal de
base, próxima à zona fundida.

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• Trinca irradiante: Conjunto de trincas que partem de um mesmo
ponto, podendo estar localizada na zona fundida, na zona afetada
termicamente e no metal de base.

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• Trinca longitudinal: Trinca com direção aproximadamente paralela
ao eixo longitudinal do cordão de solda, podendo estar localizada na
zona fundida, na zona de ligação, na zona afetada termicamente e
no metal de base.

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• Trinca na margem: Trinca que se inicia na margem da solda,
localizada geralmente na zona afetada termicamente.

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• Trinca na raiz: Trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar
localizada na zona fundida e na zona afetada termicamente.

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• Trinca ramificada: Conjunto de trincas que partem de uma trinca,
podendo estar localizado na zona fundida, na zona afetada
termicamente e no metal de base.  

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• Trinca sob cordão: Trinca localizada na zona afetada termicamente
não se estendendo à superfície da peça.

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• Trinca transversal: Trinca com direção aproximadamente
perpendicular ao eixo longitudinal do cordão de solda, podendo estar
localizada na zona fundida, na zona afetada termicamente e no metal
de base.

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