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Processos

de
Fabricação
Por: Gustavo P. Marques – Eng° Suporte Técnico MAGNAFLUX
Processos de Conformação

 Primários.  Secundários.
 Fundição.  Usinagem.
 Forjamento.  Soldagem.

 Laminação.  Retífica.

 Trefilação.  Tratamento

 Extrusão. Térmico.
 Conformação de
Chapas.
Temperatura de
Conformação
 Trabalho a Frio (Conformação a
Frio).
 Trabalho a Morno (Conformação a
Morno).
 Trabalho a Quente (Conformação a
Quente).
Temperatura de
Conformação
 Como a Tensão de escoamento plástico
decresce com o aumento da temperatura, a
energia necessária para a deformação é
geralmente muito menor para o trabalho a
quente do que nos trabalhos frio ou morno.
 Quanto maior a temperatura de
conformação, maior será a propriedade de
ductilidade (flexível, elástico) do material.
 Conformação em menores temperaturas dão
um melhor acabamento.
FUNDIÇÃO
 É a conformação de
uma peça por meio de
vazamento de um metal
líquido em recipientes
apropriados chamados
moldes.
 Processo mais comum
e rápido de obtenção de
um produto acabado a
partir de matérias
primas.
FUNDIÇÃO
 Classificação de fundição
é de acordo com o tipo de
molde utilizado.
 Areia Verde (molde
descartável).
 Molde Permanente (molde
metálico).
 Injeção (molde metálico,
Líquido sobre pressão).
 Cera Perdida (molde
descartável).
FUNDIÇÃO
Ligas Utilizadas nos Processo de Fundição

 Ferrosas:
 Ferros Fundidos.
 Aços ( Aço carbono, Aço Liga).

 Não Ferrosas:
 Ligas de Al, Cu, Zn.
FUNDIÇÃO
 Os metais líquidos
são vazados em
moldes para
obtenção de peças
ou lingotes.

LINGOTE

Fundição
Descontinuidades de
Peças Fundidas
Descontinuidades de
Peças Fundidas
 Rechupe.
 Conhecido também
como cavidade de
contração ou
macroporosidade.
 Contração devido a
solidificação que ocorre
de fora para dentro.
 É uma descontinuidade
de forma irregular,
tridimensional que pode
aflorar para superfície
após a usinagem.
Descontinuidades de
Peças Fundidas
 Microporosidade.
 Defeito de porosidade
que se caracteriza por
suas pequenas
dimensões.
 Está ao longo de toda
peça.
 Ocorre quando há
grande intervalo de
solidificação.
Microporosidade
Descontinuidades de
Peças Fundidas
 Bolhas Gasosas (Porosidade).
 Cavidades ou poros causados pela
dissolução de gases aprisionados durante a
solidificação.
 Gotas Frias.
 Origina-se durante o vazamento em
decorrência do metal líquido que espirrou nas
paredes do molde, e se solidifica antes de
completar o vazamento.
 Estes glóbulos de metal já sólidos e oxidados
não se unem metalurgicamente ao metal.
Descontinuidades de
Peças Fundidas
 Inclusões.
 Pequenas
partículas
dispersas na
matriz metálica.
 Pode ser metálica
ou não metálica;
desejável ou não
desejável;
exógenas ou
endógenas.
Descontinuidades de
Peças Fundidas
 Trincas de Contração
(“Hot Tears”).
 Formadas antes do
término da solidificação.
 Ocorre devido à restrição
de contração.
 Geralmente aberta a
superfície.
Descontinuidades de
Peças Fundidas
 Trincas a Quente
(“Hot Cracks”).
 Causadas por
tensões que se
desenvolvem após
a solidificação e
durante o
resfriamento.
Descontinuidades de
Peças Fundidas
 Interrupção de
Vazamento ou Metal
Frio (“Cold Shut”).
 Ocorre quando 2
correntes de metal
líquido se encontram
no interior do molde, e
não se unem
metalurgicamente.
 Pode eventualmente
ter a aparência de
uma trinca.
FORJAMENTO
 É a conformação
mecânica efetuada com
esforço de compressão
sobre um material dúctil,
de tal modo que ele tende
a assumir o contorno ou
perfil da ferramenta de
trabalho.
 A maioria dos forjamentos
é feita a quente, porém
algumas peças pequenas
como parafusos, pinos,
porcas, engrenagens e
etc., são forjados a frio.
FORJAMENTO
Ligas Utilizadas nos Processo de Forjamento
 Ferrosas:
 Aços ( Aço carbono, Aço Liga, aços de
cementação, aços inoxidáveis austeníticos e
ferríticos, aços ferramenta).
 Não Ferrosas:
 Ligas de Al, Cu (latão), Mg, Ni, Ti e etc.
FORJAMENTO
 Forjamento em Matriz
Aberta.
 Recalque ou
Recalcamento:
 Estiramento:
 Encalcamento:
 Alargamento:
 Furação:
 Cunhagem:
FORJAMENTO

 Forjamento em Matriz
Fechada.
 Deformação em alta
pressão em uma cavidade
fechada ou semi fechada.
Descontinuidades de
Peças Forjadas
Descontinuidades de
Peças Forjadas
 Inclusões.
 Inclusões de material
tem origem no
desprendimento dessas
partículas durante as
fases sucessivas dos
ciclos de operação de
forjamento.
Descontinuidades de
Peças Forjadas
 Trincas.
 Trincas por resfriamento.
 Trincas por contração de
regiões com
quantidades diferentes
de massa.
 Trincas internas
causadas pela não
uniformidade da
temperatura de
forjamento (aquecimento
muito rápido).
 Aparecem também em
regiões em que há
mudança de plano ou de
espessura.
Descontinuidades de
Peças Forjadas
 Cavidades Internas.
 Tem como origem
as descontinuidade
interna do lingote.
Descontinuidades de
Peças Forjadas
 Porosidades.
 São porosidades já existentes nos lingotes
fundidos.
 Rasgos.
 Típica nos forjados.
 Tem origem em problemas metalúrgicos, má
qualidade do lingote ou por temperatura de
forjamento abaixo da indicada.
Descontinuidades de
Peças Forjadas
 Dobras.
 Causadas por
protuberância no
lingote primário.
 Podem ocorrem
também se as
matrizes de
forjamento não
estiverem alinhadas.
FORJAMENTO
VIRABREQUIM
LAMINAÇÃO
 Produtos laminados são
obtidos de lingotes que
ao passarem através de
rolos sofrem deformação
plástica com redução de
espessura e aumento de
largura e comprimento.
LAMINAÇÃO
Ligas Utilizadas nos Processo de Laminação
 Ferrosas:
 Aços ( Aço carbono, Aço Liga, aços de
cementação, aços inoxidáveis austeníticos e
ferríticos, aços ferramenta).
 Não Ferrosas:
 Ligas de Al, Cu (latão), Mg, Ni, Ti e etc.
LAMINAÇÃO
LAMINAÇÃO
 Laminação a Quente.
 Redução ou desbaste inicial do lingote em blocos, tarugos ou
placas.
 Depois desta etapa segue a laminação de chapas grossas,
tiras a quente, vergalhões, barras, tubos, trilhos e perfis
estruturais.
LAMINAÇÃO
 Laminação a Frio.
 Ocorre após a laminação a quente.
 Produz tiras de excelente qualidade e acabamento superficial.
 Boas propriedades mecânicas e com controle dimensional do
produto final bem rigoroso.
Descontinuidades em
Laminados
 Descontinuidades em
laminados geralmente
são provenientes de
descontinuidades
vindos dos lingotes
fundidos.
Descontinuidades em
Laminados
 Dupla Laminação.
 Tem origem em
descontinuidade
volumétrica presente no
lingote.
 Esta descontinuidade é
achatada.
 Normalmente detectável
por ensaio de ultrasom
(MEDIDOR DE
ESPESSURA).
Descontinuidades em
Laminados
 Inclusão.
 Tem origem em inclusões presentes no lingote.
 Esta descontinuidade é achatada.
 Mancha Dura.
 Região da chapa ou bobina laminada com dureza mais
alta que o resto da peça.
 Ocorre devido têmpera localizada.
 Estrias.
 Marcas no sentido transversal de uma bobina.
 Ocorre devido ao excesso de esforço no
embobinamento.
Descontinuidades em
Laminados
 Esfolhamento ou
Dobra.
 Tira de metal
alargada e
extremamente fina,
laminada contra a
superfície do metal.
TREFILAÇÃO
 É a conformação onde a
matéria prima é estirada
(puxada) através de uma
matriz.
 A força de tração é
aplicada na saída da
matriz.
 Este processo é
executado normalmente
a frio.
 Produz barras, arames e
tubos.
TREFILAÇÃO
Ligas Utilizadas nos Processo de Trefilação
 Ferrosas:
 Aços ( Aço carbono, Aço Liga, aços de
cementação, aços inoxidáveis austeníticos e
ferríticos).
 Não Ferrosas:
 Ligas de Al, Cu (latão), Mg, Ni, Ti e etc.
TREFILAÇÃO
Descontinuidades em
Trefilados
 Trincas centrais internas (“chevrons”)
são as mais comuns do processo de
trefilação.
EXTRUSÃO
 É a conformação onde
a matéria prima é
“empurrada” contra a
matriz.
 Há a redução da seção
transversal.
 Produz barras, perfis e
tubos.
 Similar ao aperto de um
tubo de pasta de dente.
 Processo a frio ou a
quente.
EXTRUSÃO
 Tipos de Extrusão:
 Extrusão Direta.
 Extrusão Indireta.
EXTRUSÃO
 Tipos de Extrusão:
 Extrusão Hidrostática.
 Extrusão por Impacto.
 Extrusão Lateral.
EXTRUSÃO
 Tipos de Extrusão:
 Extrusão a Quente:
Em temperaturas
elevadas para ligas
que não tenham
suficiente ductilidade a
temperatura ambiente.
 Extrusão a Frio:
Melhor acabamento
superficial.
Descontinuidades em
Extrusão
 Trincas Superficiais e Rasgos.
 Ocorre quando a temperatura ou a velocidade de extrusão é muito
alta.
 Ligas de Al, Mg, Zn e em ligas de alta temperatura também.
 Arrancamento.
 Originária da trinca da camada que fica estacionária dentro da
"camisa" e que fica aderida na matriz.
 Bolhas.
 Observadas na superfície do material extrudado devido a
presença de hidrogênio e materiais provenientes da fundição do
lingote ou por ar contido dentro do recipiente da prensa.
Descontinuidades em
Extrusão
 Linhas internas de óxido (cachimbo ou rabo de
peixe).
 O fluxo de material maior no centro do tarugo do que
nas laterais arrasta óxidos para o centro do tarugo,
como um funil.
CONFORMAÇÃO DE
CHAPAS
 Processo de
transformação
mecânica que consiste
em conformar uma
chapa plana (“blank”) à
forma de uma matriz.
 Estampagem Profunda.
 Corte de Chapas.
 Dobramento ou
Tracionamento.
CONFORMAÇÃO DE
CHAPAS

Estampagem
Descontinuidades em
Chapas

 As descontinuidades mais comuns


presentes em chapas que sofrem
conformação são trincas superficiais.

 Além de descontinuidades já provenientes


dos processos de fabricação da chapa.
USINAGEM
 O processo mecânico
de usinagem é
definido como sendo
todo e qualquer
processo onde se
obtem uma peça pela
remoção de material.
 Visa dar forma a um
perfil bruto de metal.
Adapta o material
bruto a sua futura
aplicação.
USINAGEM
 Alguns tipos de processo de usinagem.
 Serra.
 Plaina.
 Torno.
 Fresa.
 Furadeira.
 Rosqueadeira.
 Brocha.
 Eletroerosão.
Descontinuidades
Geradas por Usinagem
Descontinuidades
Geradas por Usinagem
 As trincas são formadas pelo esforço da ferramenta sobre o
metal.
 Normalmente são trincas superficiais e subsuperficiais.
TRATAMENTO TÉRMICO
TRATAMENTO TÉRMICO
 Consiste em aquecer o metal a uma certa
temperatura sob uma certa velocidade,
manter o metal aquecido a esta temperatura
por um certo tempo e depois resfriar o metal
a uma certa velocidade para que o mesmo
apresente as características metalúrgicas e
mecânicas desejadas.
 Tratamentos térmicos calóricos .
 Tratamentos térmicos termoquímicos.
TRATAMENTO TÉRMICO
 Tratamentos Térmicos Calóricos: são aqueles
tratamentos onde existe somente a influência do calor e resfriamento dos
metais.
 Têmpera e Revenido: Chama Direta, Indução e Têmpera
Total.
 Alívio de Tensão: Utilizado para aliviar tensões residuais.
 Normalização: Resfriamento lento a temperatura ambiente.
 Recozimento: Resfriamento é lento porém dentro do forno.
 Austêmpera: Aquecimento até temperatura de austenitização
e resfriamento rápido.
TRATAMENTO TÉRMICO
 Tratamentos Térmicos Termoquímicos: são
aqueles que além de existir calor e resfriamento, existe ainda
adição de elementos químicos na superfície do aço e ligas.
 Nitretação Gasosa: Endurecimento superficial do metal (aço)
introduzindo-se nitrogênio na superfície do mesmo.
 Carbonitretação: Endurecimento superficial do metal (aço)
introduzindo-se nitrogênio e carbono na superfície do mesmo.
 Cementação: Consiste na introdução de carbono na
superfície da peça.
Descontinuidades Geradas
por Tratamento Térmico
 As trincas em tratamento térmico são
causadas normalmente por problemas ou
falhas no processo de aquecimento e/ou
resfriamento da peça.
 As trincas tem normalmente um formato
ramificado.
 Na maioria das vezes são trincas
superficiais e subsuperficiais.
Descontinuidades
Geradas por Tratamento
Térmico
Descontinuidades Geradas
por Tratamento Térmico
Descontinuidades
Geradas por Tratamento
Térmico
SOLDAGEM
 Processo de união de
materiais, produzida pelo
aquecimento até a
temperatura adequada
(FUSÃO), com ou sem a
utilização de pressão e/ou
material e adição.
 As possíveis
descontinuidades existentes
são limitadas somente à
região do cordão de solda e
adjacências.
SOLDAGEM
SOLDAGEM
 Tipos de Soldagem:

 Eletrodo Revestido – ER: Processo mais utilizado e simples.

 Arco Submerso – AS: O arco está submerso em uma camada de


material granular fusível chamado de fluxo.

 TIG: Com eletrodo não consumível de tugstênio sob proteção de um


gás inerte.

 MIG/MAG: Com eletrodo consumível sob proteção gasosa inerte


(MIG) ou proteção gasosa ativa (MAG).

 Arco com Arame Tubular: Processo contínuo com eletrodo tubular.

 Eletrodo-Escória: Não há arco durante a soldagem. O metal é


fundido por uma escória fundida a 1700°C.
Descontinuidades
Geradas por Soldagem
Descontinuidades
Geradas por Soldagem
 As trincas formadas são semelhantes à
processo de fusão e tratamento térmico.
Descontinuidades
Geradas por Soldagem

 Porosidade.

 Inclusões de
Escória ou
Tugstênio (TIG).
Descontinuidades
Geradas por Soldagem
 Falta de Fusão:
Resulta de técnica de
soldagem inadequada.

 Falta de Penetração:
Resulta de técnica de
soldagem inadequada.
Descontinuidades
Geradas por Soldagem

 Mordedura: Corrente
elevada, peça muito
quente.
Descontinuidades
Geradas por Soldagem
 Trincas.
 Podem ser trincas
interlamelares, trincas
de raiz, trincas sob
cordão, trincas de
elevada ou baixas
temperaturas, trincas
de fadiga.
Descontinuidades
Geradas por Soldagem
 Trincas por Aquecimento.
Conclusão
 O conhecimento dos processos básicos de fabricação
de peças é muito importante para um melhor
entendimento das possíveis descontinuidades
presentes em cada processo e com isso fazer uma
melhor indicação do produto a ser utilizado para cada
cliente.
 As linhas de LP, PM e Medidores de Espessura
Magnaflux tem produtos que detectam
descontinuidades em todos os processo de
fabricação aqui citados.

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