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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

TECNOLOGIA EM MECÂNICA - PROCESSOS DE SOLDAGEM

Prof. Me. Amir Rivaroli Junior

AULA 7 – Defeitos em Peças Fundidas


POROSIDADES DE
RECHUPE
Porosidades de rechupe
Características

• 1. Vazios com superfície irregular, geralmente em


regiões grossas da peça;

• 2. Em ligas de pequeno intervalo de solidificação, os


rechupes são concentrados e podem apresentar
superfície lisa;

• 3. Em ligas com grande intervalo de solidificação,


os rechupes são mais dispersos e podem ser
confundidos com porosidades de gás;
Porosidades de rechupe
Mecanismo de formação

Todos as ligas fundidas apresentam contração volumétrica


decorrente da solidificação.

Devido a este fenômeno, é necessário alimentar as contrações


de solidificação através de reservatórios de metal líquido
(massalotes) visando não ocorrerem rechupes nas peças.

Através deste artifício, os defeitos de rechupe ficam concentrados


nos massalotes que serão posteriormente cortados das peças e
reaproveitados como carga dos fornos.
Porosidades de rechupe
Mecanismo de formação
• Para o bom funcionamento dos massalotes há um série de
requisitos a serem obedecidos, a saber:

• O princípio geral de alimentação exige que ocorra solidificação


direcional para os massalotes.

• As partes finas das peças devem ser as primeiras a solidificar,


sendo alimentadas por metal líquido vindo das partes grossas
adjacentes.

• Assim, é necessário estabelecer quais são as áreas grossas que


serão as últimas a solidificar, onde serão colocados os massalotes;
Porosidades de rechupe
Solidificação em casca
Porosidades de rechupe
Solidificação em casca com dendritas
Porosidades de rechupe
Solidificação pastosa com dendritas
Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Latão fundido (liga Cu-Zn)

Rechupe com superfície lisa


Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Latões – Ligas Cu-Zn


Rechupe
Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Latões – Ligas Cu-Zn Rechupe principal


Porosidades de rechupe
Solidificação em casca
FoFo branco de alto cromo
Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

aços ao manganês (Hadfield)


Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Liga Al-10%Si
Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Liga Al-10%Si Liga Al-7%Si


Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Liga Al-7%Si
Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Liga Al-7%Si com baixo H


Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Coquilha com basculamento (60°) Al-10%Si


Porosidades de rechupe
Solidificação pastosa

Bronze 85-5-5-5 fundido em coquilha


Porosidades de rechupe
Solidificação pastosa

Bronze 85-5-5-5 fundido em coquilha


Porosidades de rechupe
Solidificação em pastosa

Rechupe concentrado em liga Al-7%Si com baixo H


Porosidades de rechupe
Solidificação em casca

Rechupe concentrado em liga Al-7%Si com baixo H


Porosidades de gás em peças
fundidas
Porosidades de gás
Características

• São descritos genericamente como vazios de superfície lisa e de


forma arredondada. As porosidades de gás podem ser
classificadas em 4 categorias, a saber:

– 1. Microporosidades: Ocorrem distribuídas em pequenas


porosidades por todas as secções da peça. Sua formação
depende da presença de gás dissolvido no metal associado à
liga com solidificação pastosa;

– 2 . Bolhas de gás: Ocorre isoladamente como vazios de grandes


dimensões (5 a 30mm de diâmetro) nas regiões superiores da
peça;
Porosidades de gás
Características

– 3. Porosidades de gás dissolvido no metal: vazios de


grandes dimensões concentrados no centro das secções
grossas ou orientado perpendicularmente às superfícies do
molde acompanhando as direções de solidificação;

– 4. Pin holes: decorrem de reação metal / molde com


distribuição oposta aos ataques e sub-superficialmente
(observados após tratamento térmico, jateamento ou
usinagem);
Microporosidades - Características
– São pequenas porosidades distribuídas por todas as secções da
peça. Sua formação depende da presença de gás dissolvido no
metal associado à liga com solidificação pastosa;

– A solubilidade de gás no metal apresenta redução durante a


solidificação determinando a sua segregação para as últimas
poças de líquido interdendrítico.

– A solidificação dendrítica promove o isolamento de poças de


líquido interdendrítico, causando falha no processo de
alimentação das contrações de solidificação pelos massalotes.

– A conseqüência dos dois processos (microbolhas +


microrrechupes) são formadas as microporosidades em todas
as secções da peça.
Microporosidades
Redução de solubilidade de H em ligas de Al

Solubilidade do H (cm3/100g Al)

Temperatura (°C)
Microporosidades
Porosidades de rechupe em liga de Al com morfologia
interdendrítica em decorrência da solidificação pastosa
Microporosidades
Distribuição de microporosidades em ligas de Al
determinada primordialmente pela presença de H

Microporosidades
Microporosidades
Morfologia dendrítica em bronze 85-5-5-5
Microporosidades
Distribuição de microporosidades em bronze 85-5-5-5
determinada primordialmente pelo modo de
solidificação
Trincas de
Solidificação
Trincas de Solidificação
MECANISMO DE FORMAÇÃO:
Ocorrem durante a solidificação da peça fundida,
particularmente quando a maior parte da peça já está
solidificada, a menos dos pontos quentes.

As regiões sólidas sofrem contração com o resfriamento,


tendendo a reduzir suas dimensões em direção aos machos.

Como os machos são fabricados com misturas areia/resina


de elevada resistência à quente, ocorre uma restrição à
contração da peça.
Trincas de Solidificação
MECANISMO DE FORMAÇÃO:

Estes esforços internos da peça podem levar à fratura das


regiões semi-sólidas (pontos quentes).

Com a ocorrência da trinca, pode haver um preenchimento


parcial ou total da trinca com o metal líquido segregado (de
final de solidificação) que apresenta elevados teores de
fósforo e enxofre.

Assim, a trinca re-enchida fica marcada na microestrutura por


alinhamento de sulfetos.
Trincas de Solidificação
AÇÕES PARA REDUZIR A INCIDÊNCIA DO DEFEITO

Diminuir a diferença entre tempos de solidificação da peça


fundida (diminuir pontos quentes);

Diminuir a restrição à contração causada pelos machos


utilizando de resinas de menor resistência à quente e maior
colapsibilidade;

Diminuir a restrição à contração causada pelos machos


promovendo o enfraquecimento da estrutura dos machos
(alívios mecânicos, uso de partes em isopor, etc);
• Exemplos em peças com trinca:
Defeitos superficiais de
sinterização
Defeito de sinterização

• Caracteriza-se pela aderência de grãos de areia na


superfície das peças fundidas, geralmente em pontos
quentes da peça, que podem ser limpas mas exigem
maior trabalho sobre as peças do que simples
operações de jateamento da superfície;
Defeito de sinterização

MECANISMO DE FORMAÇÃO (sinterização):

• Com o vazamento do metal formam-se porções de


fases líquidas (misturas de óxidos) entre os grãos
de areia, unindo os grãos de areia e aderindo-os à
superfície das peças fundidas (sinterização);
Defeito de sinterização
Defeito de sinterização
Defeito de sinterização
FIM

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