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Procedimento SSD.04.

069

Bloqueio de Energias Rev. 02

Nome Data
Elaboração Geovani Borges Carneiro 09/06/2020
Aprovação Reginaldo Itiro Sabanai 17/06/2020

Homologação Romero Florisbelo de Menezes; Juliana de Freitas Padia; Gabriela 20/06/2020


Loraine Mendes de Lima

a
lad
Índice

1.Aplicação.................................................................................................................................................... 3

ro
2 . D o c u m e n t o s Relacionados ........................................................................................................................ 3
3.Definições .................................................................................................................................................. 3
4.Detalhamento............................................................................................................................................. 5
nt
4 . 1 . Considerações gerais.............................................................................................................................. 5
4.2. Procedimentos......................................................................................................................................... 6
co

4.2.1.Etapas para realização de bloqueio (passos essenciais para realizar o bloqueio) ................. 6
4.2.2.Cuidados .................................................................................................................................. 8
4.2.3.Passos essenciais para realizar o desbloqueio e religar......................................................... 8
4.3. Considerações especiais ........................................................................................................................ 8
o

4.3.1.Exceções, intervenções em equipamentos energizados ........................................................ 8


4.3.2.Trocas de turnos e de pessoas................................................................................................ 9


4 . 3 . 3 . Te s t e s e posicionamentos ....................................................................................................... 9
4 . 4 . Condições proibitivas
............................................................................................................................ 10
pia

4 . 5 . Oficial de Bloqueio.................................................................................................................................
10
4.6. Capacitação e Treinamento ..................................................................................................................
10

5.Anexos ..................................................................................................................................................... 12
Padrões de etiqueta de bloqueio, desbloqueio e autorização de desbloqueio excepcional
........................... 12 Padronização de cadeados do sistema de bloqueio
....................................................................................... 12
Padrões de cartões de bloqueio ......................................................................................................................
13
Exemplos de acessórios para uso nos sistemas de bloqueio de fontes de energias:
.................................... 14

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Objetivo

Estabelecer o procedimento para bloqueio e verificação de energias perigosas em toda situação em que
possa ser armazenada, gerada ou liberada energia elétrica, mecânica, hidráulica, pneumática, química,
térmica, radioativa, gravitacional, entre outras.

a
lad
ro
nt
o
co

pia

Revisão Alterações
00 Publicação inicial. Substitui SSD.04.012 e SSD.04.018.003
01 Atualização do padrão das etiquetas (anexos)
02 Revisão Geral.

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Bloqueio de Energias Revisão: 02

1. Aplicação

Os requerimentos deste procedimento corporativo são aplicáveis a todas as atividades executadas para a
CMOC Brasil, por empregados próprios ou contratados.

2. Documentos Relacionados

Documentos Externos: Normas Regulamentadoras e NBRs

Formulários: SSD.04.258 – Análise de Riscos Permissão de Trabalho


SSD.04.260 - Autorização de Desbloqueio Excepcional
SSD.04.261 - Cartão Individual de Bloqueio
SSD.04.262 - Etiqueta de Bloqueio e Desbloqueio

a
SSD.04.263 - Etiqueta de Equipamento Bloqueado
SSD.04.306 – Etiqueta Transferência - Status da Atividade

lad
SSD.04.128 – Matriz de Bloqueio de Energias
SSD.04.129 – Matriz de Bloqueio de Energias – planilha de campo
SSD.04.307 – Tarefas de Exceção para Bloqueios
SSD.04.308 – Termo de Compromisso Oficial de Bloqueio

3. Definições ro
Autorização de desbloqueio excepcional
nt
Formulário utilizado quando da necessidade de violação de um bloqueio por cadeado.

Bloqueio
co

Ato de colocar uma tranca (cadeado) num dispositivo isolador de energia, de acordo com o procedimento
estabelecido, assegurando que a energia seja isolada e que o equipamento que está sendo controlado não
possa ser operado até que o dispositivo de bloqueio (tranca) seja removido. Para equipamentos de radiação
ionizante, deve ser providenciada garantia adicional para evitar a contaminação ou exposição acidental.

Bloqueios elétricos
o

São bloqueios que se aplicam de maneira efetiva, para evitar o acionamento acidental em equipamentos
que são acionados por energia elétrica ou condicionam a eletricidade.

Bloqueios hidráulicos e pneumáticos


São bloqueios que se aplicam de maneira efetiva para conter pressões e/ou vazamentos de produtos
sólidos, líquidos, gasosos, vapores, pastosos e outros, através de fechamento de válvulas ou registros,
desengate de mangueiras, vedação de tubulações, tampas e etc.
pia

Bloqueios mecânicos
São bloqueios que se aplicam de maneira efetiva para conter movimentação ou projeções através de
travamentos, desacoplamentos de transmissões, escoramentos, estaiamentos, etc. Os bloqueios mecânicos
serão realizados após a fonte de energia elétrica principal estar bloqueada.

Caixa de bloqueio
É um dispositivo utilizado para guarda das chaves dos equipamentos bloqueados e/ou sistemas e fixação
dos cadeados citados neste procedimento, permitindo o bloqueio em grupo de um equipamento ou sistema.

Centrais de Bloqueios
Local específico onde são mantidas e organizadas as caixas de bloqueio dos equipamentos identificadas
por TAG.

Desbloqueio
Remoção dos cadeados da caixa de bloqueio e remoção dos bloqueios realizados em campo após
conclusão da tarefa.

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Dispositivo de bloqueio de energia


Dispositivo físico que impede a transmissão ou a liberação de energia elétrica, do tipo: disjuntor, chave de
desconexão ou outro dispositivo similar com uma indicação visível da posição do dispositivo ou uma válvula
de linha, raquete, cadeados, correntes, soldas etc., com as mesmas características de impedimento da
transmissão da energia.
Obs.: Botoeiras, chaves seletoras e outros dispositivos do tipo circuito de controle não são dispositivos
isoladores de energia.

Energia zero
É o estado em que equipamento, sistema ou processo está com todas as suas fontes de energias perigosas
efetivamente bloqueadas, exauridas, testadas e identificadas.

Energia Residual

a
Energia remanescente ou armazenada a qual mesmo após o desligamento, desenergização e bloqueio
podem permanecer e causar lesões.

lad
Etiqueta de bloqueio
Etiqueta utilizada para identificação do bloqueio realizado, preenchida pelo Oficial de Bloqueio e fixada em
seu cadeado de bloqueio na caixa de bloqueio.

Equipamento Energizado

ro
Conectado a alguma fonte de energia ou que mesmo depois de desligado e desenergizado ainda contenha
energia residual (remanescente ou armazenada).

Equipamento Desenergizado
nt
Aquele onde não está conectado a nenhuma fonte de energia perigosa ou que não contenha energia
perigosa residual.
co

Executante do bloqueio
Pessoal responsável por realizar o bloqueio das energias em campo, sendo ele o Oficial de Bloqueio ou
designado por ele.

Exceção de bloqueio
Condição quando não há necessidade de bloquear as energias ou não é possível realizar os bloqueios
o

garantido o estado de energia zero.


Matriz de bloqueio
É um documento que contem a relação das fontes de energia de um equipamento ou sistema que devem
ser bloqueadas em caso de intervenção. O documento também orienta sobre os meios de bloqueio que
devem ser utilizados.
pia

Multiplicador
Também conhecido como garra ou pinça, onde vários executantes podem bloquear simultaneamente.

Oficial de bloqueio
Pessoa treinada, qualificada e devidamente autorizada, responsável direto pelo equipamento ou sistema

que receberá bloqueio e intervenção (limpeza, reparo, inspeção, manutenção, etc.), devendo ter alto
conhecimento dos sistemas e das fontes de energia a serem bloqueadas.

Permissão de Trabalho
Documento elaborado por pessoa competente para avaliação das condições do ambiente, tarefa e a
aplicação dos controles propostos.

Sistema
É o conjunto interligado de equipamentos, tubulações, válvulas e/ou partes mecânicas.

Teste de energia zero


É uma condição alcançada quando as múltiplas formas de energia que se encaminham ou que estão
presentes no interior de uma máquina, equipamento, instalação ou sistema foram anuladas, proporcionando
condições seguras para a execução de um trabalho.

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4. Detalhamento

1. Considerações gerais

a) O equipamento que não estiver aterrado e ou bloqueado, é considerado energizado.

b) Não é permitida a realização de bloqueios sem o conhecimento e autorização do oficial de bloqueio.

c) Para todo equipamento e ou sistema, deve existir uma matriz de bloqueio elaborada e aprovada pela
operação. O documento deve ser homologado no SE Suíte.

d) As matrizes de bloqueio devem estar em local de fácil acesso e seu conteúdo conhecido por todos os
executantes e Oficiais de Bloqueio que realizam intervenções e bloqueios em equipamentos, uma pasta
de campo com as Matrizes deve estar disponível na área ou em equipamento móvel para facilitar a

a
consulta. O gestor da área é responsável por manter a pasta atualizada.

lad
e) Cada um dos executantes da tarefa deve fixar seu cadeado individual de bloqueio, juntamente com seu
cartão individual de bloqueio, na caixa de bloqueio correspondente.

f) O cadeado individual de bloqueio deve ser único por executante, de uso exclusivo e intransferível,
incluindo-se a chave, que deve ser única. Não é permitido realizar cópias da chave ou tentativa de
abertura de cadeados que não seja com a chave própria do cadeado.

ro
g) A remoção do cadeado individual de bloqueio, bem como o seu cartão, não é necessária dentro do turno
de trabalho em caso de pequenas ausências da tarefa (horário de almoço, providenciar ferramentas,
nt
entre outros). A remoção do cadeado individual de bloqueio só é mandatória em caso de fim da tarefa,
executante mudando de tarefa e/ou fim do turno de trabalho.

h) Caso sejam identificadas falhas no sistema de bloqueio, estas devem ser imediatamente informadas ao
co

setor de Segurança do Trabalho.

i) Para serviços com fontes radioativas é necessária a avaliação e liberação do supervisor de


radioproteção e responsável da área, antes de qualquer intervenção.

j) Equipamentos desativados deverão ter suas fontes de energia eliminadas e devidamente identificadas,
o

não se fazendo uso de bloqueio.


k) Fica proibido o bloqueio elétrico de campo, (Ex.: apenas na botoeira do equipamento) sendo necessário
o bloqueio de CCM, em todas suas fontes de energia conforme descrito na matriz de bloqueio do
equipamento.

l) Os bloqueios em CCM (Centro de Controle de Motores) e Subestações Elétricas serão realizados


pia

apenas pela equipe de manutenção elétrica. Deste modo, o responsável pelo bloqueio nestes locais
deverá assinar os documentos em formulários também como responsável pelo campo.

m) Em casos de serviços com eletricidade em CCM (Centro de Controle de Motores) e Subestações


Elétricas apenas com eletricistas, onde haja apenas um bloqueio de fonte de energia, pode-se utilizar o
multibloqueador.

n) O Oficial de Bloqueio não poderá assumir também a função de executante, com exceção aos bloqueios
elétricos onde a equipe de manutenção elétrica é a responsável e em condições de bloqueios para
manutenção de equipamentos móveis.

o) Os cadeados do oficial de bloqueio e de sistema deverão ser identificados de forma que possibilitem o
seu controle. O TAG dos cadeados devem ser vinculados ao TAG da área de utilização.
Exemplo: TAG 47-xx / TAG 68-xx.

p) Os dispositivos de bloqueio, incluindo o cadeado, não devem ser utilizados para quaisquer outros fins.

q) É obrigatório o preenchimento de todos os campos previstos nas etiquetas vinculadas a esse


procedimento.

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r) A autorização excepcional de desbloqueio somente poderá ocorrer depois de avaliados, preenchidos e


autorizados todos os campos da Autorização de Desbloqueio Excepcional.

s) Em caso de realização de Desbloqueio Excepcional, o oficial de bloqueio ou o líder da atividade é o


responsável por informar o executante cujo cadeado foi removido antes que este assuma novamente o
trabalho.

t) A etiqueta de bloqueio deverá permanecer fixada junto ao cadeado do oficial de bloqueio, na caixa de
bloqueio, até conclusão da tarefa.

u) Cada etiqueta de bloqueio deve ser relacionada a apenas uma Ordem de Manutenção. Caso ocorram
tarefas simultâneas em equipamentos, cada equipe deve possuir uma etiqueta de bloqueio referente à
sua respectiva Ordem de Manutenção, a qual deve ser fixada ao cadeado do oficial de bloqueio.

a
v) Caso ocorra a perda da etiqueta de bloqueio, o oficial de bloqueio é responsável por providenciar uma
nova etiqueta, devidamente preenchida.

lad
w) Caso ocorra a perda da etiqueta de bloqueio e se identifique que a tarefa já foi concluída, o oficial de
bloqueio será responsável por verificar criteriosamente se a tarefa realmente se findou com o líder da
atividade. Só após esta confirmação poderá ser realizado o desbloqueio das energias, podendo ser o
oficial de bloqueio aquele que assinará como solicitante do desbloqueio na etiqueta de bloqueio.

ro
x) Quando não puder ser garantido o estado de energia zero ou houver o risco da existência de energia
residual ou retroalimentação deverão ser implementadas medidas de controle para esses riscos de modo
que a atividade possa ser realizada com segurança (exceção de bloqueio). Esses controles e validações
nt
devem estar descritos na ARPT – Análise de Riscos e Permissão de Trabalho ou instrução de trabalho,
com aprovação do Coordenador da Área ou Gerente (verificar item 4.3.1).

y) Em qualquer modificação em máquinas e equipamentos ou aquisição de novos equipamentos o dono de


co

área deve garantir a atualização ou elaboração da matriz de bloqueio, assim como a atualização dos
treinamentos. Deve-se garantir que todos estes equipamentos estejam preparados para o bloqueio,
conforme os procedimentos.

2. Procedimentos
o

1. Etapas para realização de bloqueio (passos essenciais para realizar o bloqueio)


1. Preparativos para realização do bloqueio

a) O executante da tarefa é o responsável por acionar o oficial de bloqueio para iniciar o processo de
bloqueio de energias.
pia

b) O oficial de bloqueio deve consultar a matriz de bloqueio, caso o equipamento não possua, uma
matriz de bloqueio pode ser elaborada, através do formulário de campo.

c) O oficial de bloqueio deve informar ao responsável da operação (operador/coordenador/líder) de


que irá realizar o bloqueio definindo sua extensão, antes e na hora da operação.

d) O oficial de bloqueio deve verificar se há retroalimentação ou energia residual e verificar se há


algum outro sistema de bloqueio atuando.

2. Realização do bloqueio

a) O oficial de bloqueio deve aplicar todos os bloqueios necessários, não se restringindo aos citados
abaixo:

 Anular, cortar ou restringir a presença de qualquer energia armazenada residual. Se um


equipamento possuir energia cinética, potencial ou térmica acumulada, capaz de produzir a sua
movimentação ou aquecimento, essa energia deverá ser esgotada ou impedida, através de
dispositivos adequados, antes do início do serviço.

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 Despressurizar linhas, mangueiras, equipamentos, sangrar e/ou remover pressão residual,


descarregar (capacitores), vedar (radioativos).

 Providenciar em conjunto com o executante a instalação de proteção mecânica nas partes móveis
de equipamentos. Verificar peças como eixos, rodas, engrenagens, etc. se estão devidamente
calçadas, impedindo movimentos acidentais.

 Fechar válvulas e abrir drenos, raquetear flanges e tubulações.

 Fixar cartão de bloqueio de sistema.

 Fixar etiqueta de bloqueio no cadeado do oficial de bloqueio, junto à caixa de bloqueio.

b) Em situações em que a desconexão de tomadas da máquina/equipamento é a forma de isolar a

a
fonte de energia perigosa, devem-se buscar meios de bloqueio das conexões, garantindo que a
máquina/equipamento não seja energizada durante a intervenção.

lad
c) O executante de serviços com eletricidade, quando aplicável, efetuar aterramento elétrico
temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos potencialmente energizáveis e
onde for tecnicamente viável, conforme NR-10.

ro
d) Liberação (Alívio) das Energias Residuais

Se houver, libere as energias residuais, através de ações como:


nt
 Aterrar equipamentos elétricos;

 Dissipar energia de capacitores;


co

 Resfriar superfícies/fluidos aquecidos;

 Despressurizar tubulações, mangueiras e equipamentos, drenas, purgar;

 Dissipar energias cinética (movimento) de partes móveis;


o

 Calçar peças que possam se movimentar por gravidades, tais como: extratora, hot-box, eixos,

rodas, engrenagens, etc.

3. Verificar se o equipamento está desenergizado (Teste de Energia Zero)

a) O oficial de bloqueio deve:


pia

 Certificar-se de que realmente o equipamento está desligado, se todas as fontes de energia estão
bloqueadas, não se restringindo aos itens citados abaixo:

 Testes de sistemas elétricos são de atribuição da equipe de manutenção elétrica.

 Conferir manômetros, amperímetros, voltímetros, medir radiação, checar com detector de tensão
etc., proceda ao aterramento elétrico quando aplicável.

 Se identificada a existência de energia no equipamento ou sistema, devem-se refazer os


bloqueios, buscando identificar falhas. Se mesmo depois de refeitos os bloqueios, ainda se
observar a existência de energia no equipamento ou sistema, deve-se acionar o supervisor para
avaliação.

 Após checagem dos bloqueios com resultado positivo, informar aos executantes a liberação do
equipamento ou sistema para intervenção.

b) Com o acompanhamento do oficial de bloqueio o executante deve certificar o estado de energia


zero atuando ou ligando o comando local de partida (liga/desliga) ou supervisório, fazer um teste
observando se os bloqueios das energias estão funcionando.

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c) É proibido ao solicitante do bloqueio e ao oficial de bloqueio entrar em sala elétrica ou subestação


para conferir ou acompanhar o bloqueio e desbloqueio, sendo este acesso restrito apenas a equipe
de manutenção elétrica.

2. Cuidados

a) Após o teste, deve-se retornar o acionamento na posição desligada ou neutra, evitando


movimentação acidental quando o equipamento for novamente energizado;

b) Durante o teste, nenhum trabalhador deve estar no equipamento que pode ser acionado e, caso o
equipamento entre em operação, deve-se suspender imediatamente o serviço ou manutenção,
reavaliando-se os problemas ocorridos;

a
c) Após o teste, o serviço pode ser executado;

lad
d) No caso de equipamentos que estão em série, ou seja, são alimentados por outros e também nos
casos onde haja equipamentos adjacentes (próximos), A matriz de bloqueio deve contemplar os
riscos de inesperada energização ou fuga das energias destes outros equipamentos em série ou nas
proximidades.

3.

1. ro
Passos essenciais para realizar o desbloqueio e religar

Desbloqueando e religando o sistema


nt
a) O executante da tarefa é o responsável por solicitar o desbloqueio das energias. Apenas após a
solicitação formal do desbloqueio, com assinatura na etiqueta de bloqueio (campo de solicitante do
desbloqueio), que o oficial de bloqueio pode iniciar o processo de desbloqueio das energias.
co

b) Retirar todos os cadeados e cartões individuais de bloqueio da caixa de bloqueio após finalização
da tarefa.

c) O oficial de bloqueio ou designado verifica a área em volta da máquina ou equipamento para


assegurar que ferramentas e outros materiais sejam removidos e que todos os componentes e
proteções tenham sido instalados novamente.
o

d) O oficial de bloqueio ou designado verifica se todos os bloqueios realizados foram removidos,


inclusive consultando a matriz de bloqueio para checagem dos bloqueios aplicados.

e) Remover os cadeados de sistema e cartões de bloqueio.

3. Considerações especiais
pia

1. Exceções, intervenções em equipamentos energizados

Quando for absolutamente necessário que o equipamento esteja energizado durante a realização de

uma tarefa, não sendo tecnicamente possível a realização desta tarefa com o equipamento bloqueado
por completo (Ex.: alinhamento de correia, em calibragens, giro do elevador de canecas, lubrificação,
giro de moinho, testes, ajustes, para os quais o equipamento deve estar energizado), e houver
necessidade de acesso às zonas de perigo, deve ser elaborada ou revisada uma Instrução de Trabalho
ou ARPT – Análise de Risco e Permissão de Trabalho por equipe multidisciplinar, incluindo a
Segurança do Trabalho, e este documento deverá ser aprovado por um Coordenador ou um Gerente.

Em três situações é possível realizar uma manutenção ou serviço (com risco de inesperada
energização ou ligação) sem o bloqueio das energias, a saber:

Situação 1: Quando for realizado serviço em eletricidade onde a energia elétrica deva estar presente,
os executantes devem ser habilitados e qualificados conforme a NR 10.

Situação 2: Quando for impraticável realizar algum serviço ou manutenção com uma ou mais energia
presente. Neste caso, o Coordenador de Área deve manter uma lista das Tarefas de Exceção de
Bloqueio atualizada e aprovadas pelo Gerente Operacional no formulário Matriz de Bloqueio – planilha

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de campo, no momento de execução das tarefas, deve considerar medidas alternativas de segurança
para evitar acidentes durante estas tarefas, medidas estas que podem estar previstas na NR 12
(12.113 e 12.113.1) ou em outras normas de segurança em máquinas.

Situação 3: Quando for um serviço menor, rotineiro, repetitivo e integrado à produção normal, contanto
que existam métodos alternativos que podem estar contemplados na NR 12 ou em outras normas de
segurança em máquinas.

O Coordenador de Área deve sempre informar e solicitar a atualização da lista de “Tarefas de Exceção
para Bloqueios” ao setor de Segurança do Trabalho, que manterá em seus controles uma lista oficial
atualizada das tarefas consideradas de exceção a esta norma no formulário.

2. Trocas de turnos e de pessoas

a
a) Quando um serviço não estiver concluído até a hora da mudança de turno ou da necessidade de

lad
mudança da equipe de execução e for necessário continuar a tarefa, deverá ser mantido o cadeado do
oficial de bloqueio na caixa de bloqueio, juntamente com a etiqueta de bloqueio. Na sequencia o
cadeado de transferência deverá ser colocado na caixa de bloqueio juntamente com a etiqueta de
status da atividade pelo líder da atividade. Exemplo: Aguardando peças para montagem e liberação do
equipamento.

ro
b) O responsável pela equipe ou líder dos executantes, independentemente de os cadeados dos
executantes terem sido retirados, deve avisar o Oficial de Bloqueio o status do serviço.
nt
c) A continuidade da atividade ocorrerá quando os executantes solicitam a retirada do cadeado de
transferência ao líder responsável ou preposto e colocam o cadeado individual.

d) O "status ou situação" da atividade de bloqueio deve ser comunicado à liderança que está assumindo e
co

ao pessoal autorizado e envolvido na tarefa ou serviço.

1. Transferência de bloqueio

Quando um equipamento se mantiver em reparo ao término de uma jornada de trabalho, há a necessidade


de transferência de bloqueio para que não haja falhas na Instrução de trabalho.
o

Quando o último executante da tarefa for remover o seu cadeado individual, a transferência pode ocorrer
da seguinte forma:

a) O executante solicita ao dono de área ou líder da atividade ou preposto a colocação do cadeado


de transferência juntamente com a etiqueta de status da atividade na caixa de bloqueio e retira o
seu cadeado individual.
pia

b) O cadeado do oficial de bloqueio é mantido.

c) O sistema permanece desta forma até que o cadeado individual do executante da atividade no
novo turno ou dia seja instalado para reiniciar as atividades.

d) O líder da atividade na área ou preposto retira o cadeado de transferência.

Qualquer sistema que estiver apenas com o cadeado do OFICIAL DE BLOQUEIO, sem cadeado de
transferência ou individual em conjunto é considerado uma condição anormal e deve ser investigada,
antes de liberar para partir ou religar os equipamentos.

3. Testes e posicionamentos

a) Onde for necessário remover temporariamente os dispositivos de bloqueio/etiquetamento e energizar


a máquina ou equipamento para fins de testes ou posicionamento, os procedimentos de desbloqueio
de equipamento devem ser seguidos.

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b) A fim de continuar com as tarefas, a máquina/equipamento deve ser desenergizada e novamente


aplicados os bloqueios necessários, não sendo necessária a elaboração de uma nova etiqueta de
bloqueio.

4. Condições proibitivas

São consideradas faltas graves as seguintes condições, sendo passíveis de aplicação de Gestão de
Consequência:

a) Realizar tarefas em equipamentos sem a realização dos bloqueios necessários.

b) Deixar de usar o cadeado individual de segurança e etiqueta individual durante o desenvolvimento de


tarefa em equipamento bloqueado.

a
c) Emprestar cadeado de bloqueio e/ou usar cadeado de outra pessoa.

lad
d) Testar a chave em outro cadeado que não seja o seu.

e) Realização de cópias de chaves dos cadeados de bloqueio.

f) Liberar equipamento fora das condições de segurança.

ro
g) Remoção do cadeado do Oficial de Bloqueio quando ainda existirem cadeados de executantes ou
cadeado de transferência na caixa de bloqueio.
nt
h) Rasurar e remover etiquetas aplicáveis aos bloqueios.

i) Possuir mais de um cadeado individual de bloqueio e mais de um cartão individual de bloqueio.


co

4.5. Oficial de Bloqueio

a) O Oficial de Bloqueio será o empregado designado pelo Coordenador de Área ou liderança equivalente
e superior.
o

b) Como critério de seleção para Oficial de Bloqueio, o empregado deverá ter no mínimo 01 (um) ano de

atuação na área que desenvolverá a função de Oficial de Bloqueio. O Coordenador de Área deverá
observar se o designado possui é comprometido com a Segurança, se tem proficiência técnica,
conhecimento na área, senso crítico e analítico.
Exemplo: O empregado possui 10 (dez) anos de empresa, a 04 (quatro) meses está atuando em uma
nova área. Nesse caso, ele não poderá ser designado como Oficial de Bloqueio até completar 01 (um)
ano na área de atuação.
pia

c) Contratados na modalidade fixo, podem atuar como Oficiais de Bloqueio em caráter de exceção.

d) Contratados na modalidade temporário não poderão atuar como Oficiais de Bloqueio.


e) Para as atividades na área de Projetos, o Oficial de Bloqueio deve ser selecionado em consenso com o
Coordenador de Área e time de Segurança, após o preenchimento da Ficha de Campo – Matriz de
Bloqueio.

4.6. Capacitação e Treinamento

f) A capacitação e treinamento para formação de Oficiais de Bloqueio deve ser realizada pela equipe
local de Segurança do Trabalho, mediante prévio agendamento para programação.

g) A carga horária do treinamento de formação para Oficiais de Bloqueio deverá ser no mínimo de 08
(oito) horas. Ao término do treinamento será aplicada uma avaliação de retenção de conhecimento,
elaborada pela equipe local de Segurança do Trabalho, onde o empregado deverá atingir no mínimo
nota de 90 (noventa) pontos para ser considerado aprovado. Um termo de compromisso deverá ser
assinado pelo Oficial de Bloqueio reforçando as suas responsabilidades e obrigações.

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c) Os Executantes envolvidos nos sistemas de bloqueios devem passar por treinamento de no mínimo 02
(duas) horas. Ao término do treinamento será aplicada uma avaliação de retenção de conhecimento,
elaborada pela equipe local de Segurança do Trabalho, onde os empregados e contratados deveram
atingir no mínimo nota de 70 (noventa) pontos para ser considerado aprovado.

d) O conteúdo programático para a Capacitação e Treinamento para Oficiais de Bloqueio e demais


Executantes:

Público Carga horária Conteúdo mínimo do treinamento


alvo
Apresentação do procedimento Bloqueio de Energias.
Formulários e Etiquetas vinculadas ao procedimento:
Autorização de Desbloqueio Excepcional, Cartão

a
Individual de Bloqueio, Etiqueta de Bloqueio e
Desbloqueio, Etiqueta de Equipamento Bloqueado,

lad
Tarefas de Exceção de Bloqueio.
 Matriz de Bloqueio.
Fazendo o bloqueio e o controle de energias antes
do início do serviço. O uso da caixa de bloqueio – quem
deve bloquear e como.

OFICIAIS
DE
BLOQUEIO
ro
Mínima de 8 horas (teórico e
prático).

Acessórios existentes na fábrica/unidade, cadeados,
dispositivos de bloqueio e acessórios disponíveis.
Fluxo de Bloqueio e Desbloqueio.
nt
 Integração com a ARPT.
Troca de turno e necessidades para serviços
prolongados.
co

 Tarefas de Exceção para Bloqueios;


Retirada temporária dos bloqueios para teste,
reposicionamento.
Exercícios práticos em campo simulando
manutenção/serviço e uso de dispositivos de bloqueio.
o

Apresentação do procedimento Bloqueio de


Energias.
 Matriz de Bloqueio.
pia

EXECUTANTES Mínimo de 2 horas (teórico)  Cartão de Bloqueio Individual.


Etiqueta Bloqueio e Desbloqueio de Energias –
como preencher.
Uso do cadeado e caixa de bloqueio – como

bloquear.

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5. Anexos

Padrões de etiqueta de bloqueio, desbloqueio e autorização de desbloqueio excepcional

a
lad
ro
Etiqueta de Bloqueio: utilizada pelo Oficial de
Bloqueio e presa ao seu cadeado na caixa de
bloqueio
Autorização de Desbloqueio Excepcional:
utilizada pelo Oficial de Bloqueio para
realização de desbloqueio exepcional
nt
(Tamanho 17,5 x 10cm)
co

Padronização de cadeados do sistema de bloqueio

Cadeado de uso individual.


É o cadeado utilizado pelo executante no travamento da caixa
Cadeado Azul de bloqueio, após a colocação do cadeado do oficial de
o

bloqueio.
É permitido para cada executante possuir apenas um cadeado

e uma chave.
Cadeado utilizado pelo oficial de bloqueio.
É o cadeado, com segredo comum, utilizado no travamento da
Cadeado Preto caixa de bloqueio e deve possuir juntamente a etiqueta de
bloqueio.
pia

É o primeiro cadeado a ser colocado e o último a ser removido.


Cadeado Dourado Cadeado utilizado pelo oficial de bloqueio ou designado.
Cadeado do sistema, utilizado nos bloqueios de campo
(cadeado
(sistemas).

comum)
Cadeado de transferência é o cadeado utilizado em conjunto
Cadeado com o cadeado do Oficial de Bloqueio, fixado com a etiqueta de
status da atividade pelo líder da tarefa para garantir que o
equipamento continue bloqueado, durante a passagem de turno
Vermelho ou quando for necessário interromper ou paralisar por mais de
01 dia a atividade (ex: indisponibilidade de peças).

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Bloqueio de Energias Revisão: 02

Padrões de cartões de bloqueio

a
lad
(Tamanho 10x6cm)
Obs: cada executante deve possuir apenas
ro
Cartão Individual de Bloqueio
Etiqueta de Bloqueio de Sistema
(Tamanho 11,5x6cm)
nt
o
co

pia

Etiqueta de Transferência – Status da Atividade


(Tamanho 11,5x6cm)

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Exemplos de acessórios para uso nos sistemas de bloqueio de fontes de energias:

a
lad
ro
nt
o
co

pia

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