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As Seitas Nacionais; A

Fraternidade; Jesus e os Essênios

CELINHA NICOLAU
Povo de Deus na época de
Jesus
Existiam duas maneiras de viver a
Aliança:
Pela observância da lei
Pela lado da promessa
• Hassideus eram os maiores oponentes do domínio grego na
Palestina.
• Hassideus significa exatamente ''resgatar a piedade judaica'' ou
opor-se ao colonialismo grego; obviamente os gregos recusaram-se
a chamar seus inimigos pelo nome verdadeiro.
• Os macabeus foram os integrantes de um exército rebelde judeu
que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então um
Estado-cliente do Império Selêucida. Os macabeus fundaram a
dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 63 a.C.,
reimpuseram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e
reduziram no país a influência da cultura helenística. Seu membro
mais conhecido foi Judas Macabeu, assim apelidado devido à sua
força e determinação. Os macabeus durante anos lideraram o
movimento que levou à independência da Judeia, e que
reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado
pelos gregos. Após a independência, os hasmoneus deram origem à
linhagem real que governou Israel até sua subjugação pelo domínio
romano em 63 a.C.
• O Império Selêucida foi um Estado helenista que existiu após a morte de Alexandre, o Grande da Macedónia, cujos
generais entraram em conflito pela divisão de seu império. Seleuco um de seus generais, estabeleceu-se na Babilônia em
312 a.C. - ano geralmente usado para definir a data da fundação do Império Selêucida. Ele governou não somente a
Babilônia, mas a gigantesca parte oriental do império de Alexandre
• Era a seita mais influente, que teve
Fariseus,perischins= como chefe Hillel, fundador de uma
celebre escola onde se ensinava que
separados só se devia acreditar nas escrituras,
esforçavam-se por impor ao povo,
regras e rituais que jamais
pertenceram aos ensinamentos de
Moises
• Levavam ao máximo o culto exterior
• Acreditavam ou, pelo menos fingiam
acreditar na imortalidade da alma e
na ressurreição. Acreditavam que as
almas dos virtuosos voltavam a
animar novos corpos, enquanto as
dos malfeitores eram submetidos a
castigos eternos. Tinham a religião
mais como meio de chegarem a seus
fins, do que como objeto de fé
sincera.
• Eram fatalistas, colocando sempre
sob a vontade de Deus a boa ou a má
conduta dos homens
OPOSIÇÃO MUITO GRANDE

Jesus criticou este conceito de Pureza ritualística e


meramente exterior (Mt 23,25s), mostrando o que torna
Impuro o homem não são as coisas que vêm de fora,
mas o que procede do Coração:
os maus Pensamentos que levam ao Pecado (Mc 7,15-23).
ou PERUSHIM (do hebraico)

Seita Judaica considerados pelos adversários como


“OS SEPARADOS”
Interpretavam a Lei de forma que os obrigava a uma
separação
rigorosa daqueles considerados impuros. Eram
considerados os verdadeiros judeus da época, os
melhores cultuadores e intérpretes da Torá
OBSERVÂNCIA DA LEI

PARA OS JUSTOS
OBSERVÂNCIA DA LEI

PARA OS PECADORES
- OBSERVANCIA DAS LEIS RITUAIS E CULTO DA PUREZA.
- AO LADO DA LEI, VINHA A TRADIÇÃO.

Dentro do Farisaísmo na época de Jesus destacam-se duas


escolas que
diferenciavam-se na forma de interpretar as leis:
HILLEL (O nome Hillel foi utilizado por diversos estudiosos e pensadores
judeus através da história)
e SHAMAI (50 a.C.– 30 d.C.) foi um estudioso judeu do primeiro século
e uma das figuras mais importantes da Mishná. Fundou uma escola
conhecida como Beit Shamai. Geralmente é associado a Hilel, o ancião
de quem foi contemporâneo e oponente sobre as interpretações que
deveriam ser dadas aos mandamentos da Halachá)
que eram os escribas , os doutores das leis e alguns sacerdotes.

Tinham uma grande influência nas sinagogas dentro e fora da


Palestina.
• Os fariseus eram de famílias ricas e de muita
importância para a região em que viviam e tinham uma
pratica externa de sua religiosidade (Lucas; 18,9-14), e o
grupo dos fariseus era  muito bem organizado.
• Tinham as suas fraternidades, confrarias ou
associações, no tempo de Jesus, havia a pratica de ser
fariseu  e Doutor da Lei (Escribas).
• São Paulo estava nesta linhagem quando faz o encontro
com Jesus
• (Atos; 23,6-9).
 
.
• Eram livres pensadores
Saduceus,sadi= justo materialistas e céticos,
pacíficos e acomodados e
não se deixavam
empolgar pela expectativa
da vinda do Messias Não
acreditavam na
imortalidade nem na
ressurreição. Entretanto
acreditavam em Deus;
atinham-se ao texto da lei
antiga, não admitiam
quaisquer interpretações.
Colocavam as boas obras
e a observância da lei
acima das praticas
exteriores do culto
(Sadoquista).

A origem do grupo é incerta. Apareceram na época de


João Hircano cerca dos anos 130 a 120 antes de Jesus
Cristo. Classe sacerdotal que administra o templo, a partir
da época dos Macabeus, sugerindo descendência do sumo
sacerdote Sadoc.
(Sadoquista).

Conservadores.
Não aceitavam a doutrina farisaica da ressurreição dos
mortos.
Não acreditavam nos prêmios da vida futura.
Negavam a existência dos anjos e espíritos.
Acreditavam que o bem e o mal era opção do homem.
Deus não exercia influência sobre a ação humana.
Os Saduceus privilegiam os cincos livros, o
Pentateuco, supostamente legados por Moises.
Não rejeitam os livros proféticos. Mas tinham
algumas resistências e reticência em uza-los.
(Sadoquista).

 Jesus criticava o conservadorismo e a defesa dos próprios


benefícios sem preocupação com o povo.
Eles se unem com os fariseus para pegar Jesus (Mateus 16,1; 16,6 
22,34 e Atos dos Apóstolos 5,17) tentam de toda forma dominar de
forma intelectual o povo.
(Sadoquista).

-Representavam o poder econômico, religioso e político.


-Adaptavam-se ao domínio romano com acordos para
defender a ordem em troca de seus postos de liderança.
-Eram altamente ritualistas e só aceitavam os cultos
realizados no Templo onde, acreditavam, Deus estava.
Possuíam um papel preponderante no Sinédrio (Tribunal dos
antigos judeus) e controlavam as atividades e riquezas do
Templo
(Atos 4:1; 5:17; 23:)
• As principais diferenças doutrinárias entre
saduceus e fariseus foram:
• 1ª. A questão da Ressureição :
• Os fariseus admitiam a imortalidade da alma, a existência
de uma recompensa e de um castigo após a morte, assim
como a ressureição dos corpos, depois de um juízo
universal.
• Os saduceus, pelo contrário, negavam a ressureição e a
existência de uma vida eterna após a morte, afirmando
que a alma perecia junto com o corpo. Nos Atos dos
Apóstolos (XXIII,6) se lê que São Paulo se aproveitou dessa
divergência entre saduceus e fariseus para dividir o
Sinédrio que ia julgá-lo.
• 2ª. Os anjos:
• Enquanto os fariseus acreditavam na existência dos anjos,
os saduceus a negavam.
• 3ª. A questão do destino, (predestinação e livre- arbítrio).
• Os saduceus tendiam a dar mais importância ao livre-arbítrio do que à ação de Deus,
através da graça, nas ações humanas. Os fariseus, em contraposição, davam tal
importância à ação da providência divina, na decisão dos atos humanos, que alguns
autores os acusam de defender a idéia do destino, isto é, que as ações humanas não são
livres, dependendo unicamente do querer de Deus, sem cooperação do livre-arbítrio
humano.
• 4ª. A "Tradição dos Antigos"
• Os fariseus faziam a Lei Oral suplantar em valor e respeito até a própria Lei de Deus,
codificada por Moisés. Diziam eles que a Torah Oral era o mais correto e perfeito
desenvolvimento e expressão da Torah escrita.
• Os saduceus, de seu lado, não aceitavam as tradições farisaicas que não tivessem claro
e certo apoio no texto da Escritura. “Os fariseus impuseram ao povo muitas leis
provenientes da tradição dos Antigos, que não estavam escritas na Lei de Moisés"
(Flávio Josefo, Antiguidades judaicas, XIII, 10, 6 ).
• 5ª. Posicionamento político
• O partido saduceu era principalmente sacerdotal e aristocrático, enquanto os fariseus
recrutavam seus membros nas classes populares
• . Os saduceus sempre mantiveram um posicionamento político-religioso, enquanto os
fariseus sempre foram muito mais religiosos do que políticos. É absolutamente certo
que os fariseus dominaram doutrinariamente as escolas rabínicas e eram eles que
determinaram as principais opções religiosas do povo judeu.
• Sua influencia era ocasional.
Eram remanescentes da seita
Zelotes fundada por Jesus de Gamala, o
Gaulonita,e descendiam dos
macabeus, os mais nacionalistas
de todos os chefes e reis da
antiguidade nacional.
• Esta seita adquiriu importância,
porque dela vieram os
elementos que mais
definitivamente concorreram
para o desencadeamento das
revoltas de 70 e 117 AD contra
os romanos e que tiveram como
resultado o cerco e destruição
de Jerusalém e do Templo, e
extermínio em massa da
população e consequentemente
a expatriação dos que
sobreviveram as represálias
romanas
(ZELO POR DEUS).

São zelosos ou fervorosos, pessoas decididas ou


engajadas, embora com certo fanatismo. São
chamados também sicários ou homens de punhal.
Sica = pequeno e curto punhal romano.
(ZELO POR DEUS).

O movimento que tinha suas origens nos fariseus,


embora reprimido por Roma, conseguiu propagar-se.
Barrabás era um zelote.
Depois da queda de Jerusalém, eles ainda resistiram
e só cederam, no ano 73, em Massada. Inflamados
pela lei, eles também contavam para breve com a
vinda do Reino de Deus. E pretendiam reformar o
culto e o sacerdócio pela violência. Tinham um
invencível amor à liberdade, pois julgavam que Deus
o seu único chefe e seu único soberano.
(ZELO POR DEUS).

Os Zelotes  defendiam de forma radical a


redistribuição de terras (Reforma Agrária), embora
tivessem a sua origem no grupo dos fariseus e  era
ultranacionalista. Acreditavam na vinda de um
messias que iria restaurar o Reino.
(ZELO POR DEUS).

Simpatia com a classe pobre.


Tinham um programa de redistribuição de
propriedades.

O programa dos zelotes continha uma reforma


social, mas lutavam pelo templo e pelas
conservações das tradições judaicas.
(ZELO POR DEUS).

Existe alguma  presença de tal movimento na região


onde Jesus viveu, e até se cogita a idéia de Barrabás
este ligado ao movimento, juntamente com os dois
Malfeitores que morreram ao lado de Jesus na Cruz.
Em  Atos 1,6  é uma prova do pensamento zelote
entre os discípulos de Jesus e havia de fato
simpatizantes  e até  zelotes na comunidade
apostólica  (Simão “o zelote”)..
Escribas
• Nome dado a
principio aos
secretários dos reis
de Judá, mais tarde,
foi especialmente
dado aos doutores
que ensinavam a lei
de Moisés, faziam
causa comum com
os fariseus.
(DOUTOR DA LEI, MEU MESTRE).

Desde o tempo de Esdras o escriba é um entendido nas


coisas da Lei. Por isso é também chamado doutor da Lei
ou rabi. Com o fim do profetismo, cabia sobretudo ao
escriba o ensino e interpretação da Lei ao povo. Por
isso, os escribas tornaram-se os líderes espirituais da
nação. Depois de longos estudos junto de algum mestre,
pelos 40 anos, a pessoa era ordenada escriba com o rito
da imposição das mãos. No tempo de Jesus eram
famosas as escolas de escribas dirigidas por Hillel e
Chammai.

Surgiram a partir da volta do exílio.


(DOUTOR DA LEI, MEU MESTRE).

Eram Mestres na sagrada escritura e gostavam serem


chamados de Rabi, estavam em todos movimentos, mas
a sua maioria era do partido dos fariseus  e São Paulo
trilhava esse caminho. Uma das marcas dos escribas era
a fundação de escolas para o ensinamento da palavra de
da Tora,  trabalhavam em outros ofícios, eram radicais
no cumprimento da lei e às vezes tinham tendências
fundamentalistas.    Os seus encontros com Jesus
geravam sempre algum confronto direto. (Mateus 7,29;
9,1-8), havia também escribas simpáticos aos cristãos:
Nicodemos
(jo 3,9-11) e Gamaliel.  (atos 5,34-39)  
• Nome dado, aos judeus
Nazarenos que faziam voto,
perpetuo ou
temporário, de guardar
perfeita pureza,
observar a castidade,
abster-se de bebida
alcoólicas e a conservar
a cabeleira. Mais tarde,
os judeus deram esse
nome aos primeiros
cristãos por alusão a
Jesus de Nazaré,
• Incumbidos da cobrança
dos impostos e das Publicanos
rendas, quer de Roma ou
qualquer outra parte do
império.
• O imposto foi o que os
judeus não aceitavam e o
que mais irritação causou
entre eles, fazendo disso
uma questão religiosa,
por ser contraria a lei, foi
constituído um partido
liderado por Gaulonita,
que teve como principio Zaqueu ao ser visitado
o não pagar imposto por Jesus, promoveu
restituição a todos que
havia defraudado
• Estiveram sempre em
Samaritanos guerra com os reis de
Judá, após o cisma das
dez tribos onde a Samaria
se tornou a capital do
reino dissidente de Israel,
causando aversão
profunda entre os dois
povos. Construíram para
si um templo para não
irem a Jerusalém e
adotaram algumas
reformas. Somente
admitiam o Pentateuco de
Moises, e rejeitavam
todos os outros livros.
(Capital do antigo Reino do Norte - Samaria).

A capital foi destruída em 722 a.c. pelos assírios .


Esta região situada no coração da Palestina.
(Capital do antigo Reino do Norte - Samaria).

Os Samaritanos não pertencem ao judaísmo. Sua origem


encontra-se entre os colonos estrangeiros levados para a
Samaria, logo após a destruição do Reino de Israel parte dos
assírios ( século VIII a.c.)
Esperam o messias chamado Taeb ( aquele que volta ). Que
vai revelar   verdade e colocar tudo em ordem
no final dos tempos.
(Capital do antigo Reino do Norte - Samaria).

O "credo" samaritano baseia-se nos cinco seguintes pontos:


1.Unidade e unicidade de Deus.
2.O único profeta é Moisés.
3.O Pentateuco é o único livro inspirado
4.O monte Gerizim é o único lugar escolhido por Deus para
situar um santuário, sede da sua santidade A ressurreição dos
mortos ocorrerá antes do Juízo Final.

Os Samaritanos aguardam o aparecimento do


Messias, o Taheb, que será semelhante a Moisés. Ele
viverá cento e dez ou cento e vinte anos e fundará um
reino que durará vários séculos.
(Capital do antigo Reino do Norte - Samaria).

De início Jesus faz certa oposição aos samaritanos(Mt 10,5),


Porém em outros textos Jesus apresenta os samaritanos como
Modelo de fé (Lc 10,29-37; 17,11-19).

A Samaria foi um dos primeiros lugares de expansão do


evangelho.
(Capital do antigo Reino do Norte - Samaria).

As relações com os judeus foram em geral negativas durante


toda a Antiguidade. Existia entre eles um ódio recíproco.
A Fraternidade Essênia
Ou hassidim (grego)

Seita judaica conhecidos como os piedosos, os santos ou calados.

Durante o domínio da Dinastia Hasmonéa, os essênios


foram perseguidos. Retiraram-se por isso para o
deserto, vivendo em comunidade e em estrito
cumprimento da lei mosaica, bem como da dos
Profetas.
Ou hassidim (grego)

Os essênios se tornaram mais conhecidos a  partir de descoberta


de documentos em grutas perto do mar Morto.

Seu surgimento parece estar relacionado com um conflito com os


sacerdotes do templo na época dos hasmoneus.
Houve uma separação com o objetivo de se preservar e restaurar a
santidade do povo num pequeno espaço.

Embora os Evangelhos não mencionem os essênios, muitos dos


ensinamentos estão presentes no Cristianismo.
Ou hassidim (grego)

Esperavam o juízo divino para salvação


e a condenação para os outros.
CARACTERISTICAS
• Dividiam-se em grupos de 12 com um líder chamado
"mestre da justiça";
• Vestiam-se sempre de branco;
• Acreditavam em milagres pela mão, milagres físicos e
benção com as mãos. (Acredita-se em curas por imposição
de mãos)
• Realizavam curas com ervas medicinais e aplicação de
argila;
• Aboliam a propriedade privada;
• Eram todos vegetarianos;
• Alguns mestres não se casavam, todavia o celibato não era
obrigatório;
• Tomavam banho antes das refeições
• “Eu, Essen, que fugi para os
cimos do Monte Nebo
Essen acompanhando a Moises, meu
Senhor, juro por Sua sagrada
memória que Ele me mandou
recolher, de Seu corpo, estas
escrituras, quando O
encontrasse morto. Declarou-
me, que a Voz do Alto o
aconselhou que as levasse
consigo para que não fossem
destruídas ou adulteradas, como
já algumas pessoas pensavam
em faze-lo, tão logo o Autor
estivesse morto....” E assim
surgiram os Essênios
Detentores, há séculos, das tradições de sabedoria
herdadas dos antepassados, conservavam, em seus
mosteiros nas montanhas palestinas, fenícia, e
árabes, arquivos preciosos e conhecimentos
relacionados com o passado da humanidade; e assim
como a Fraternidade dos Profetas Brancos, na
legendária Atlântida, apoiou os Missionários Anfion
e Antulio, que ali encarnaram, e a Fraternidade
Kobda apoiou os que, difundiram as verdades
espirituais no Egito e na Mesopotâmia, assim , eles,
os Essênios, apoiaram a Jesus, na Palestina.
Viviam afastados do mundo, em mosteiros e grutas,
abstinham-se do casamento e adotavam crianças
órfãs como filhos.
Santuário essênio no Monte de
Moab
• A porta de entrada, era
uma pedra enorme que
girava sobre si mesma,
bastava que girasse
para que se avistasse
uma luz dourada vinda
de lâmpadas de azeite.
Lá, podiam ser vistos
em alto-relevo as
principais passagens da
vida de Moises.
• Tinham pequena influencia no governo, mas
profunda no povo humilde, em toda Palestina, onde
eram considerados sábios e santos, possuidores de
altos poderes espirituais
• Vestiam túnicas brancas ou escuras e quando
viajavam, não carregavam bagagem nem alforjes,
porque, onde andassem , encontrariam acolhimento
por parte de membros da Ordem, exigiam que em
todos os lugares houvesse um membro denominado
“O Hospitaleiro”, que providenciava a hospedagem
dos itinerantes.
• Não comiam carne, não tinham vícios. Os que
revelavam dificuldades psíquicas eram separados
para o exercício do intercambio com o mundo
espiritual e a pratica da medicina, viajavam
diariamente, sob a designação de Terapeutas, e
assim consolavam os famintos, curavam os
doentes, espalhando as luzes das verdades
espirituais, do atendimento contra obsessores,
como hoje são feitos pelo Espiritismo
• Entregavam-se, francamente a caridade,
mantendo hospitais, abrigos, leprosários,
assistindo os necessitados em seus próprios lares,
adotando crianças, mantendo orfanatos
• Segundo eles, as virtudes e a conduta reta
dependiam do domínio das paixões inferiores.
Exigiam a reversão dos bens pessoais a
Ordem. Entre eles havia uma hierarquia
altamente respeitada, baseada no saber, na
idade e nas virtudes morais, cuja aquisição era
obrigatória.
•Na hierarquia
espiritual, após o
nome de Deus, o
de Moisés era o
que merecia maior
veneração
João Batista Essênio de Sétimo
grau
Hillel Essênio de sexto grau
José de Arimateia
• José de Arimateia era um rico comerciante, dono de uma frota de
navios que faziam exportação, principalmente de minérios, para
toda região da Palestina até a Britânia. Era simpático às ideias de
Jesus e frequentemente visitava secretamente a casa de Simão, a
noite, quando Jesus se hospedava lá, conversando com ele por
horas. Na madrugada em que Jesus foi preso, por volta de 3 da
manhã, um emissário o convoca para uma sessão especial no
sinédrio, para o julgamento de um nazareno agitador e blasfemo.
Ao perceber que é Jesus o prisioneiro, faz menção de defendê-lo,
mas desiste, ao perceber que a fúria de seus companheiros poderia
prejudicá-lo. De manhã, quando Jesus está para ser levado ao
governador, José se adianta até o palácio de Pilatos, que era seu
amigo pessoal, para explicar que Jesus era inocente e pedir sua
libertação. No entanto José de Arimatéia desiste na porta do
palácio, com medo de ser descoberto por seus companheiros. José
volta para casa deprimido, se fecha em seu quarto e adormece.
• Em sonho um anjo lhe diz que o destino do Cristo já estava definido, mas
ele ainda poderia ajudar. Ao acordar, José de Arimatéia, volta até o
palácio e encontra Pilatos, descobrindo que Jesus já está crucificado. Ele
pede então que o governador lhe dê plenos direitos sobre o corpo do
nazareno. Na época das crucificações o cadáver dos crucificados não era
sepultado, o réprobo era jogado a céu aberto, em local específico, para
apodrecer e ser devorado pelas "feras", ou seja, cães, pássaros, lobos e
animais selvagens. Pilatos, mesmo sem entender o pedido do amigo,
redige e autentica um documento, dando a José de Arimatéia plenos
poderes sobre o cadáver de Jesus, sob a proteção de um destacamento
da guarda romana até o sepultamento e posteriormente vigiando o
túmulo para que não fosse violado.
• Após o desaparecimento do corpo de Jesus, José de Arimatéia é preso,
abandonado por amigos e familiares e tem seus bens divididos entre sua
família e o Sinédrio. Depois de 13 anos encarcerado, o novo governador
da judéia, Tibério Alexandre, sabendo de seu histórico e sua fama de
grande comerciante, revisa seu processo e o liberta, se torna seu sócio e
patrocina seu retorno aos negócios de exportação. José de Arimatéia
então faz nova fortuna, mas aplica seus ganhos de forma diferente:
patrocinando as atividades dos novos cristãos e aproveitando as viagens
para trabalhar como missionário. Morre em uma de suas viagens, devido
a idade avançada, provavelmente de infarto.
Nicodemos
A Família de Jesus
REGRAS ESSENIAS

• Primeiro ano: proibidos de praticar suas regras na vida


exterior.
• Fim do primeiro ano: tomam parte em alguns atos
coletivos
• Dois anos depois, após darem garantias sobre pureza,
retidão, tolerância, e castidade podiam fazer refeição em
comum
• No ato da aceitação assumiam o compromisso de servir a
Deus, observar a justiça e jamais prejudicar o próximo.
• Exercer qualquer cargo sem arrogância e orgulho
• Amar a verdade e jamais criticar ou acusar alguém, mesmo
sob ameaça de morte
• Os irmãos que iam ascender a novo grau vestiam, durante
sete dias, uma túnica violeta de penitencia e, cobertos por
um capuz, não se podia ver o rosto e tampouco falar.
• Entregavam suas cadernetas, onde eram anotadas suas
boas obras, como também suas fraquezas. Ouviam as
deliberações dos Anciãos, que falavam como se os
interessados não estivessem presentes.
• Se o voto fosse favorável, havia uma cerimônia e depois
eram vestidos com túnicas brancas, e uma faixa púrpura na
fronte com tantas estrelas de prata de acordo com o grau
que haviam passado
• Para julgar uma transgressão grave exigiam a
reunião de, pelo menos, cem membros, porque a
condenação implicava na eliminação das fileiras
da Ordem, a qual o faltoso só podia voltar após
duras e longas expiações e purificações físicas e
morais
• O grande conselho dos Setenta Anciãos, dirigentes
da Fraternidade Essênia, tinha sua residência
habitual nos Montes de Moab, local onde se
reuniam uma vez por ano, para serem elevados a
um novo grau.
• As consultas mais simples eram atendidas pelos
Essênios dos pequenos Santuários
• No terreno filosófico ensinavam que o corpo
orgânico era destrutível e perecível enquanto as
almas eram individuais, imortais e indestrutíveis, por
serem parcelas infinitesimais do Deus Criador e
uniam-se aos corpos como prisioneiras, por meio de
uma substancia fluídica ,oriunda da vida universal,
que constituía a vida do próprio ser (períspirito) Após
a morte, as almas piedosas habitariam esferas
enquanto as ímpias eram relegadas a regiões
infernais
• Como se vê, difundiam ensinamentos de acordo com
o Espiritismo que vinha de milênios apenas pouco
diferente do que se ensina hoje
Tudo aquilo que preserva ou produz coisas para o mundo, como
Bem "o cultivo dos campos, a fecundidade de uma mulher e a
sabedoria de um professor".

O que causa a morte, como a matança de animais. Por esse


Mal motivo, o sacrifício de bichos, mesmo que para a alimentação, é
condenável.

O homem deve ser justo pois, na lei da natureza as penalidades são


Justiça proporcionais às infrações. Deve ser pacífico, tolerante e caridoso
com todos, "para ensinar aos homens como se tornarem melhores
e mais felizes".

Sobriedade e moderação das paixões são virtudes, pois os vícios


Temperança trazem muitos prejuízos à saúde.

Coragem Ela é essencial para "rejeitar a opressão, defender a vida e


a liberdade".

Uma outra virtude essencial dos essênios é a limpeza, "para


Higiene renovar o ar, refrescar o sangue e abrir a mente à alegria".

No caso de as leis não serem cumpridas, a penitência é


Perdão simples. Para se obter perdão, deve-se "fazer um bem
proporcional ao mal causado".
• A comida era sujeita a rígidas regras de purificação.
• Eram chamados de nazarenos por causa do voto nazarita.
• Realizavam o ritual do Batismo nas águas aos iniciados;
• Guardavam o Nome de Deus, dito impronunciável pelos Fariseus e
Saduceus, o tetragrama sagrado YHWH (pronunciado como Yah ou
Jah na tradição Essênia.)
• Era costume que os nomes de seus membros tivessem o nome de
Deus, ex: Obadias = ObadiYah, Jeremias = YarmiYah, João =
YahUkhanaan, Jesus ou Josué = YahShua;
• Acreditavam que a Natureza, os seres humanos e todas as coisas
vivas eram o verdadeiro Templo de Deus, pois Ele não habitava em
lugares feitos pelas mãos dos homens, mas sim as coisas vivas e
que as ofertas a Deus eram o partilhar da comida para com os
famintos, sejam homens ou animais.
• Rejeitavam as práticas Farisaicas de sacrifício de animais para
expiação dos pecados
• As mulheres eram iguais aos homens na sociedade,
podendo inclusive serem Mestres da justiça (acredita-se
que Maria, a mãe de Jesus e Maria Madalena foram
Mestres da Justiça.)
• Não tinham amos nem escravos. A hierarquia estabelecia-
se de acordo com graus de pureza espiritual dos irmãos, os
sacerdotes que ocupassem o topo da ordem.
• Eles se proclamavam "a nova aliança" de Deus com Israel,
mais tarde este mesmo termo aparece na literatura cristã
como "novo testamento" e tambem grande parte das
práticas judaica essênias.
• Segundo Christian Ginsburg (historiador orientalista), os
essênios foram os precursores do Cristianismo, pois a
maior parte dos ensinamentos de Jesus, o idealismo ético,
a pureza espitirual, remetem ao ideal essênio de vida
espiritual.
• Após a morte de Jesus, além
do trabalho dos apóstolos,
foi em grande parte com
base nos mosteiros essênios
e no concurso ininterrupto
dos Terapeutas, que o
Cristianismo se difundiu na
Palestina, e enquanto
cooperavam nessa difusão a
comunidade essênia foi se
integrando no cristianismo e
se extinguindo
gradativamente, que se
completou com o extermínio
da nação judaica no ano 117
AD
Manuscritos do Mar Morto

• Os documentos c

Os documentos contendo suas tradições religiosas, elaboradas


ainda ao tempo de Moises, e conservadas por Essen, foram
escondidas e encontradas, em grutas juntas ao Mar Morto
Jesus e os Essênios
• Há uma lacuna no período que vai dos doze anos,
quando Jesus fez sua primeira peregrinação a
Jerusalém, aos trinta anos, quando iniciou sua
pregação publica.
• A estada de Jesus, entre os essênios neste período, é
comprovada.
• Na sua missão planetária, ficou sujeito as leis físicas
do planeta, e somente aos poucos, através da
infância e da juventude foi se integrando na sua
missão divina, e para tal, necessitaria de ambientes
favoráveis, suficientemente espiritualizados,
correntes poderosas e puras de sentimento, ao
contato das quais seu poderoso Espírito se fosse
abrindo, com segurança e tranquilidade.
• A Juventude de
Jesus foi tranquila
em sua casa, até a
morte de José, no
ano 23 quando
assumiu a
responsabilidade de
sustentar o lar
trabalhando na
carpintaria.
Fazia visitas constantes, durante esse
período nesses santuários perto de
Nazaré
• Monte Carmelo • Monte Tabor
Monte Hermon na Fenícia
• Monte Nebo na Judéia

Monte Moab Judéia


•Nesses santuários, sua delicada
sensibilidade foi resguardada e pode
ele desenvolver aos poucos sua
extraordinária capacidade espiritual
que, muito antes do inicio de sua vida
publica, já utilizava como força
irresistível do seu grande amor pelos
homens.
-Fenícia
-Nazaré
-Judéia
Bibliografia

• Evangelho Segundo Espiritismo-intrdução, item 3


• O Redentor- Edgard Amond
• A Caminho da Luz-12, 13 –F. C. Xavier/ Emmanuel
• Na Semeadura1-224- Edgard Armond
• Na Semeadura 2—15,29,39,66- Edgard Armond
• Biblia-Mc 7
• Harpas Eternas
• Os essênios eram originários do
Egito e foram uma das principais
seitas religiosas da Palestina.
• Durante a dominação do Império
Selêucida, em 170 a.C., formaram
um pequeno grupo de judeus que
abandonou as cidades e rumou
para o deserto, passando a viver às
margens do Mar Morto e cujas
colônias estendiam-se até o vale
do Nilo.
• Eles faziam do respeito à vida, um
exercício prático que levava à
efetiva realização da virtude e à
plenitude da vida moral.
• Escreveram os mais antigos textos
bíblicos e influenciaram
profundamente o cristianismo
Possuíam moralidade exemplar
através de costumes corretos e
pacíficos.
Dedicavam-se ao estudo
espiritualista, à contemplação e à
caridade, ao contrário do
materialismo vigente na época. Filosofia enterrada na areia. Um
Era um povo além de seu tempo pouco antes de um ataque
servindo a Deus pelo auxilio ao romano destruir o monastério de
próximo, expurgando sacrifícios no Qumran, os essênios
altar e o culto de imagens. esconderam seus manuscritos
em potes de cerâmica e os
enterraram em cavernas
Na sociedade livre dos essênios não havia
escravos, e difundiam a verdadeira igualdade e
fraternidade entre os homens rompendo com o
conceito da propriedade particular.
Trabalhavam individual e coletivamente, se
sustentando do que produziam e
desempenhando atividades que não envolviam
destruição ou violência.

Fragmento de um dos Fragm


813 manuscritos ento do
redigidos pelos Livro
Essênios entre 225 Apócrif
aC e 68 dC
o de
Enoch
Vivendo em comunidades distantes, eles procuravam encontrar na
solidão do deserto o lugar ideal para desenvolverem a
espiritualidade e estabelecer a vida comunitária, onde a partilha dos
bens era a regra, já que um essênio não podia esconder suas posses.
Não se encontravam entre eles armeiros e açougueiros e aos leigos,
eram ensinados as doutrinas da seita por escribas, mestres e
instrutores, numerosos entre eles.
Como na hora das refeições, seus membros cultivavam o silêncio e
vestiam-se de branco.

Manuscrito
achado no
Vaticano afirma
que Jesus
era Essênio e
vegetariano
Cultivavam hábitos saudáveis seguindo uma alimentação
vegetariana, ao mesmo tempo zelando pelo corpo e a
higiene pessoal.
Apesar da falta de água no deserto, ela era armazenada em
cisternas a partir da chuva para eles se banharem duas
vezes ao dia, sempre antes das refeições, acreditando que
purificavam o corpo e a alma.

Ruínas em As cavernas de Qumran,


Qumran, onde em Israel, onde beduínos
viveu a civilização encontraram, em 1947, os
essênia mais antigos textos bíblicos
de que se tem notícia
Muitas informações sobre os
essênios são desconhecidas
ou baseadas em hipóteses e
muito de seus manuscritos,
depois do ataque romano ao
monastério de Qumran, foram
escondidos em potes de
cerâmicas e enterrados em
cavernas.
Construíram muitas oficinas,
olarias, despensas, refeitórios,
cisternas e escritórios.
Apesar disso, o legado essênio conta com 11
manuscritos mais ou menos completos e milhares de
fragmentos de mais de 800 deles em pergaminho e
papiro.
Muitos desses textos são cópias de livros bíblicos e o
restante de livros apócrifos, que na doutrina cristã
não foram incluídos pela Igreja no Cânon das
Escrituras autênticas e divinamente inspiradas.

Fragmento de um dos
813 manuscritos
redigidos pelos
essênios entre 225
a.C. e 68 d.C.
O estilo de vida dos essênios se
assemelhava muito com a dos primeiros
cristãos, fazendo alguns pensarem que
Jesus fez parte dessa seita antes de
começar sua missão divina.
É incerto que Jesus tenha conhecido a
seita essênica, vivido entre eles e
adquirido seus ensinamentos através da
doutrina que pregavam.
A falta de relatos de onde esteve Jesus
entre seus 13 e 30 anos leva muitos
estudiosos a acreditarem que Ele viveu
junto a esse povo, mas é mera
especulação que Ele tenha feito parte
dela, e tudo o que se escreveu sobre Jesus no Templo
esse assunto não tem comprovação.
Fato intrigante é que, sendo os
essênios uma das três mais
importantes seitas da Palestina
naquela época, o evangelho
simplesmente não fala deles.
Os essênios, igualmente ao
Mestre, professava o amor pelos
animais e a alimentação sem
carne, coisas estas que haviam
sido ditas como Sagradas não
encontraram nenhuma menção nas
Os monges do Escrituras.
deserto tinham
obsessão pela
pureza e pela
disciplina
De acordo com os manuscritos do mar
Morto, alguns costumes dos essênios e
alguns textos antigos, que de forma
significativa foram omitidos nas páginas da
Bíblia, nos dizem sobre o curandeirismo, a
reencarnação, a divisão das colheitas, o
povo no poder, o vegetarianismo e a relação
pacífica dos homens com os animais.
Estes, não encontraram nenhum lugar
na Bíblia eclesiástica.
Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra
Pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas.
 
Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra,
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela
Borbulha nos riachos das montanhas
Flui abundantemente nos rios das planícies.

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra,


O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta.
Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe
Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.
 
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra
Ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente.
 
Segue, portanto, as Suas leis
Pois teu alento é o alento Dela.
Teu sangue o sangue Dela.
Teus ossos os ossos Dela.
Tua carne a carne Dela.
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também.
 
Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra
Não morrerá jamais,
Conhece esta paz na tua mente
Deseja esta paz ao teu coração
Realiza esta paz com o teu corpo.

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