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MODERNISMO

Literatura

COLÉGIO
ADVENTISTA
DE
SANTO ANDRÉ Profa. Márcia Pessolato Gomes
GERAÇÕES

 1922 – 1930 – Período de “ Combate”

 1930 – 1945 – Misticismo e consciência


social

 1945 – até 1960 – Pós-modernismo


 Após 1960 – Tendências
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contemporâneas do Século XX
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SANTO ANDRÉ
DE
MODERNISMO – PRIMEIRA FASE
1922 A 1930
DIVULGAÇÃO DAS NOVAS
IDEIAS LANÇADAS NA
SEMANA
 REVISTAS:
 KLAXON (São Paulo)
 Festa (Rio de Janeiro)
 A Revista (Belo Horizonte)
 Manifestos:
 Manifesto da poesia Pau-Brasil
 Manifesto antropófago
 Manifesto regionalista de Recife
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 Manifesto nhenguaçu verde-amarelo
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 Escola de Anta
MANIFESTO PAU-BRASIL
(...) A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança.
Uma sugestão de Blaise Cendrars : - Tendes as locomotivas
cheias, ides partir. Um negro gira a manivela do desvio rotativo
em que estais. O menor descuido vos fará partir na direção
oposta ao vosso destino.
Contra o gabinetismo, a prática culta da vida. Engenheiros em vez
de jurisconsultos, perdidos como chineses na genealogia das
idéias.
A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A
contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como
somos.
Não há luta na terra de vocações acadêmicas. Há só fardas. Os
COLÉGIO futuristas e os outros.
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SANTO ANDRÉ
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Uma única luta - a luta pelo caminho. Dividamos: Poesia de


importação. E a Poesia Pau-Brasil, deexportação.(...)
MANIFESTO ANTROPOFÁGICO
Só a Antropofagia nos une. Socialmente.
Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os
individualismos, de todos os coletivismos. De todas as
religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos*.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do
antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos
suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o
enigma mulher e com outros sustos da psicologia
impressa.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável
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entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação
SANTO ANDRÉ
DE contra o homem vestido. O cinema americano informará.

* Conhecida por suas virtudes


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CARACTERÍSTICAS

 ROMPIMENTO COM TODAS AS


ESTRUTURAS DO PASSADO
 CARÁTER ANÁRQUICO E
DESTRUIDOR
 BUSCA DO MODERNO, DO ORIGINAL
E DO POLÊMICO
 VOLTA ÀS ORIGENS DO PAÍS
PROCURA DE UMA “LÍNGUA
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BRASILEIRA”
 PARÓDIAS, HUMOR
 VALORIZAÇÃO DO ÍNDIO
VERDADEIRAMENTE BRASILEIRO
 DUAS VERTENTES DO
NACIONALISMO: DE UM LADO, O
CRÍTICO, LIDERADO POR OSWALD
DE ANDRADE; POR OUTRO, UM
NACIONALISMO UFANISTA,
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ADVENTISTA LIDERADO POR PLÍNIO SALGADO
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Três princípios fundamentais

1º - o direito permanente à pesquisa


estética;
2º - a atualização da inteligência artística
brasileira;
3º - a estabilização de uma consciência
criadora nacional.

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MARIO DE ANDRADE

 Considerado o “Papa” do Modernismo;


 Homem de cultura enciclopédica;
 Fez de sua obra um instrumento que
contribuísse para a valorização da
cultura brasileira;
 Inúmeras obras ( poesia e prosa)

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POESIA

 HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM


CADA POEMA
 PAULICÉIA DESVAIRADA
 CLÃ DO JABUTI
 REMATE DE MALES
 LIRA PAULISTANA
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CARACTERÍSTICAS

 Compromissado com a definição da


cultura brasileira;
 Riqueza linguística brasileira;
 Preocupação social, criticando a alta
burguesia a aristocracia brasileira;
 Poesia marcada pela paixão de São
Paulo.
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POESIAS

 “ PAULICÉIA DESVAIRADA”
 Valoriza o verso livre, os neologismos, a
fragmentação e, sobretudo, São Paulo;
 São Paulo – temática que o
acompanhará até o fim de sua vida

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Os caminhões rodando, as carroças rodando,
rápidas as ruas se desenrolando,
rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos...
E o largo coro de ouro das sacas de café!...
(...)
Oh! este orgulho máximo de ser
paulistanamente!!!
(paisagem nº 4 – “Paulicéia Desvairada”)
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DESCOBRIMENTO
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá no Norte,
meu Deus!
muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo
escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha
do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
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Esse homem é brasileiro que nem eu.
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Mário de Andrade
PROSA
 AMAR, VERBO
INTRANSITIVO
 MACUNAÍMA

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PROSA

 Problematiza os novos tempos;


 Explora novas técnicas narrativas;
 Problemas sociais e psicológicos,
fazendo críticas a burguesia – “ Amar,
verbo intransitivo”, ou discutindo sobre
a nova identidade nacional em
“Macunaíma”
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“Amar, verbo intransitivo”
 Representa um questionamento das estruturas típicas do
romance do século XIX;
 Diferentes organizações para o texto em prosa – ora elimina a
marcação de capítulos, ora cria um narrador que, mesmo em
3ª pessoa, atua como personagem;
 Apresenta vários quadros da uma família de novos-ricos
( burguesia)
 Representa uma implacável crítica aos burgueses
endinheirados e sem cultura, incapazes de lidar com
verdadeiros sentimentos, desempenhando um papel que a
sociedade capitalista estabeleceu.
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DE
MACUNAÍMA

 O Heroi sem nenhum caráter;


 Revela a imagem do heroi brasileiro;
 Personagem que se transforma a cada
instante, assumindo as feições das
diferentes raças que deram origem ao
povo brasileiro( índio, negro e europeu)

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 Ai qui, preguiça -

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O Batizado de Macunaíma
Tarsila do Amaral

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ALDEMIR MARTINS, “MACUNAÍMA, 1982”

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OSVALD DE ANDRADE
 O agitador profissional
 Escritor mais radical do Modernismo;
 Dotado de um espírito combativo;
 Polemizou com as tradições acadêmicas;
 Defendeu Anita Malfatti contra o artigo de
Monteiro Lobato “Paranoia ou Mistificação”;
 Adere ao partido comunista, afastando-se em
1945.
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POESIA
 POESIA:

 PAU-BRASL
 CÂNTICO DOS
CÂNTICOS PARA
FLAUTA E VIOLÃO

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PROSA

 MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO


MIRAMAR
 SERAFIM PONTE GRANDE

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“Memórias Sentimentais de
João Miramar”
 33- VELEIRO
            A tarde tardava, estendia-se nas cadeiras,
ocultava-se no tombadilho quieto, cucava té uma escala
de piano acordar o navio.
            Madame Rocambola mulatava um maxixe no
dancing do mar.
            Esquecia-me olhando o céu e a estrela diurna
que vinha me contar salgada do banho como estudara
num colégio interno. Recordava-me dos noivados
dormitórios de primas.
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            Uma tarde beijei-a na língua."
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SANTO ANDRÉ
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Oswald de Andrade comenta com humor, em Memórias
sentimentais de João Miramar, as relações familiares e o
casamento:

 CASAMENTO:
– Fragmento 42: (‘Sorrento’): “(...)E uma mulher de amarelo
informava a um esportivo em camisa que o casamento é um
contrato indissolúvel.”
– Fragmento 62 (‘Comprometimento’): “O Forde levou-nos para
igreja e notário entre matos derrubados e a vasta promessa das
primeiras culturas. (...) mas o dia continuou tendo havido entre
nós apenas uma separação precavida de bens.”
– Fragmento 63 (‘O Fora’): “(...) esperançosos no Rio de novas luas
melarem para sempre nossos destinos entrelaçados como cipós.”
– Fragmento 90 (‘Participação’): “O conde José Chelinini (...) e D.
Gabriela (...) participam a V. Exa. o seu casamento(...).”
– Fragmento 103 (‘Finanças Matrimoniais’): diálogo sobre as
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ADVENTISTA finanças familiares e os investimentos de Miramar em cinema.
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MANUEL BANDEIRA

 Por causa da tuberculose, fez da poesia


sua razão de ser.
 Lirismo próprio;
 Intensa relação do cotidiano
 Começou como poeta simbolista;
 Foi naturalmente acolhido ao grupo de
22 como um irmão mais velho;
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MANUEL BANDEIRA

 POESIA

 A CINZA DAS HORAS


 O RITMO DISSOLUTO
 LIBERTINAGEM
 ESTRELA DA MANHÃ
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 ESTRELA DA VIDA INTEIRA
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POESIAS

Poema Tirado de uma Notícia de Jornal

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no


(morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
afogado.
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Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada


Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
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ADVENTISTA Da nora que nunca tive
SANTO ANDRÉ
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E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
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Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste


Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
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Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
COLÉGIO Quero antes o lirismo dos loucos
ADVENTISTA O lirismo dos bêbedos
SANTO ANDRÉ
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O lirismo difícil e pungente dos bêbedos


O lirismo dos clowns de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação .
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ANTÔNIO DE ALCÂNTARA
MACHADO
 PROSA

 BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA


 LARANJA DA CHINA

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CARACTERÍSTICAS DA
OBRA BRÁS, BEXIGA E
BARRA FUNDA
 ONZE CONTOS CARACTERIZADOS
COMO NOTÍCIAS
 LINGUAGEM CONCISA
 FLASHES CINEMATOGRÁFICOS
 PERSONAGENS ÍTALO-BRASILEIRAS
 COSTUMES DE IMIGRANTES
ITALIANOS QUE INFLUENCIARÃO A
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CULTURA PAULISTANA
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SANTO ANDRÉ
DE  NARRATIVA ISENTA DE DESCRIÇÕES
FONTES

 PEREIRA & PELACHIN, Helena Bonito


e Marcia Maisa. Português Na
trama do texto. Ensino Médio. Ed.
FTD
 TERRA, ERNANI. Português para o
Ensino Médio. Vol. Único. Ed. Scipione
 www.macusp.com.br
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