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Análise dos Factores que

Influenciam para a Fraca


Capacidade de Resposta à
Casos de Ciclone em
Moçambique
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como principal objetivo, a


análise dos factores que influenciam a fraca capacidade
de intervenção ou resposta face à casos de ciclones em
Moçambique, em que procura-se compreender as
possíveis causas e efeitos do problema em questão, uma
vez que o estudo do mesmo pode ajudar a reunir os
meios necessários para monitorar e avaliar um projecto
que teria por objectivo a solução deste problema
Problematização

 Moçambique é um dos Países de África mais vulneráveis aos


desastres naturais devido, principalmente á sua localização
geográfica e nível de pobreza. Nos últimos 20 anos a e levada
frequência, alternância e intensidade dos eventos climáticos
extremos passou a constituir uma ameaça crescente ao
desenvolvimento nacional, e devido à sua morfologia o país está
exposto a eventos extremos relacionados ao clima, sendo os mais
frequentes as cheias, ciclones e secas.
 Problema: Fraca Capacidade de Resposta à casos de Ciclone em Moçambique
Pergunta de pesquisa e Hipóteses

 Que factores influenciam no enfraquecimento da capacidade de resposta em casos


de ciclones em Moçambique?

 Foram formuladas as seguintes hipóteses


H1: O estado de degradação das vias de acesso influencia na fraca capacidade de resposta
aos ciclones em Moçambique;
H2: O aumento da população em zonas de risco dificulta a resposta imediata em casos de
ciclones;
H3: A má qualidade dos sistemas de aviso prévio é um factor que está directamente ligado
a fraca capacidade de resposta à casos de ciclones em Moçambique
Objectivo geral e específicos

 Objectivo geral
Analisar os factores envolvidos à fraca capacidade de resposta em casos de ciclones em
Moçambique.
 Objectivos específicos
Identificar as diversas causas da fraca capacidade de resposta em casos de ciclones em
Moçambique;
Descrever os efeitos da fraca capacidade de resposta à casos de ciclones em Moçambique;
Traçar os meios e fins para fortalecer a capacidade do País na resposta aos desastres
naturais.
2. Revisão bibliográfica
Fases do desastre, Gestão de emergência , ciclone
Gestão de emergência

 Fases de desatre natural


Segundo Otero e Martí (1995) os desastres são divididos em três fases: a emergência, a
reabilitação ou de recuperação e a reconstrução.

 Gestão de emergência
A gestão de emergência propriamente dita requer existência de prontidão, gestão,
descentralização, capacidade de busca e socorro e criação de condições para retoma da
normalidade, que envolve os sistemas de aviso prévio, sistema de informação e
comunicação e equipes de busca e socorro
Ciclone

 Ciclone
De formal geral, os ciclones correspondem às tempestades tropicais, visto que, segundo o
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, são formados, principalmente, sobre os
oceanos que se localizam em regiões tropicais.

Os ciclones que afectaram moçambique nos últimos anos foram: ciclone Freddy tendo
ocorrido as zonas centro e norte, ciclone Idaí no centro, ciclone Kenneth no norte, tendo
causado perdas irreparáveis de vidas humanas, além de património público e privado.
Análise do problema
causas e efeitos
Causas e efeitos

 Causas primárias:
Aumento da população em zonas de risco
Insuficiência de recursos de salvação pública
Falta de comunicação prévia
Residências mal estruturadas
Vias de acesso danificadas

Causas secundárias:
Desordenamento territorial.
Causas e efeitos

 Efeitos primários
Inundações
Enfraquecimento da actividade económica
Danos e perda de infraestrutura

Efeitos secundários
Redução do PIB ( crise alimentar)
Contaminação da água ( aumento de casos de cólera e malária)
Resultados e discussões

 Acções a tomar:
Antes do desastre:
• Dar palestras sobre medidas a tomar em casos de cheias na comunidade;
• Distribuir barcos às entidades de salvação pública que facilitem o acesso à zonas
inundadas;
• Distribuir telefone satélites às entidades de salvação pública
• Plantar capim elefante junto a represas para proteção
• Sensibilizar da população para abandonar as zonas de risco e para desencorajar novos
assentamentos
• Mapear as zonas de risco
Cont.

 Durante o desastre:
• Resgatar as pessoas em trabalho conjunto com a polícia, FADM, INGC.
• Fornecer primeiros socorros de forma eficiente e eficaz.
 Após o desastre:
• Mapear as áreas inundadas;
• Plantar árvores de quebra ventos (casuarinas e eucaliptos nas zonas costeiras)
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Estrutura do Plano de M & A
Inputs, Process, Outputs, Outcome, impact
Inputs

 Inputs

1. 60 Pessoas especializadas para consciencializar sobre medidas a tomar em casos de


ciclone.

2. 200 Telefones satélites para devida distribuição

3. 50 Barcos e 75 equipamentos de salvação pública próprios para cheias e ciclones.

4. 1000 mudas de eucalipto para zonas baixas


Process
1. Orientação do pessoal especializado para as palestras;
2. Distribuição de telefones satélites;
3. Aquisição e distribuição de barcos e equipamentos de salvação pública para casos
de cheias e ciclones

Outputs
1.Número de pessoas abrangidas pela consciencialização;
Process e Outputs
2.Número de telefones distribuídos;
3. Número de equipamentos distribuídos
Outcome
1. Conhecimento sobre as medidas certas a tomar em casos de ciclones.
2 Acessibilidade aos telefones satélites para comunicação de uma emergência e vias
inacessíveis e sem redes móveis.
3.Acesso à serviços de salvação de qualidade

Monitoria de Outcome:
A comunidade passou a implementar algumas medidas preventivas ensinadas
A comunidade passou a informar com maior acessibilidade sobre suas emergências

Avaliação de outcomes: há menos registos de óbitos

Outcome e Impact

Impact
1. Diminuição dos óbitos resultantes de ciclones e cheias.
2. Sentimento de estabilidade no ceio da comunidade
Monitoria de Impact: as populações das zonas propensas a desastres naturais são
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
RECOMENDAÇÕES
 Fortalecimento de sistemas de aviso prévio;
 Efectuar o mapeamento das zonas de risco;
 Mobilizar recursos para prevenção e mitigação dos efeitos dos ciclones
 Criar um banco de dados que possibilite a realização de estudos nas áreas de
climatologia e seus impactos;
 Incentivar a construção de casas melhoradas sistemas de escoamento de água de chuva.

Recomenda-se um Plano de Monitoria e Avaliação (M & A) que deve ser


desenvolvimento com foco em alguns indicadores críticos, que deverá ser implementado
por uma equipe multissectorial.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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