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CURSO BÁSICO PROTEÇÃO

DEFESA CIVIL
1. HISTÓRICO

COMO SURGIU A DEFESA CIVIL?


1. HISTÓRICO

CASA SOBRE A ROCHA | Mateus 7:24-27

“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem


prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os
rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha
seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é
como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu.
E foi grande a sua queda"
1. HISTÓRICO
1. HISTÓRICO
1. HISTÓRICO

O primeiro país a preocupar-se com a segurança de sua população foi a Inglaterra que
instituiu a CIVIL DEFENSE (Defesa Civil), após os ataques sofridos entre 1940 e 1941,
quando foram lançadas toneladas de milhares de bombas sobre as principais cidades e
centros industriais ingleses, causando milhares de perdas de vida na população civil.
1. HISTÓRICO

a primeira Constituição do Brasil (Brasil Império), datada de 24 de março de 1824, em


seu artigo 179, fala em garantir os socorros públicos;

a primeira Constituição da República (Brasil República), de 24 de fevereiro de 1891, em


seu artigo 5º, diz que “[...] incumbe à União prestar socorros ao Estado que, em caso
de calamidade pública, os solicitar [...]”;
1. HISTÓRICO

No Brasil o tema começou a ser tratado em 1942, após o afundamento dos navios
militares Baependi, Araraquara e Aníbal Benévolo no litoral de Sergipe e do vapor
Itagiba no litoral do estado da Bahia.

Na tarde de 17 de agosto, as vitimas do vapor Itagiba são resgatadas pelo cargueiro


Arará que também é torpedeado pelo submarino alemão U-507 e vem à pique
causando a morte de 20 tripulantes e 36 passageiros civis, entre eles mulheres e
crianças
1. HISTÓRICO

A notícia dos afundamentos fez com que a população brasileira fosse às ruas exigindo
do governo uma resposta imediata aos ataques, que culminou com a declaração de
guerra do Brasil contra a Alemanha e a Itália e a criação do Serviço de Defesa Passiva
Antiaérea, em agosto de 1942.
1. HISTÓRICO

Em 1943, a denominação de Defesa Passiva Antiaérea é alterada para Serviço de


Defesa Civil, sob a supervisão da Diretoria Nacional do Serviço da Defesa Civil, do
Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Este órgão é extinto em 1946, bem como,
suas Diretorias Regionais criadas nos Estados, Territórios e no Distrito Federal.
1. HISTÓRICO

Em 2009 foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Defesa Civil e Assistência


Humanitária, cujos 1.500 delegados representantes dos Estados, Distrito Federal e
Municípios brasileiros, destacaram a importância do fortalecimento das instituições de
Defesa Civil municipais.

LEI Nº 12.608, DE 10 DE ABRIL DE 2012. Política Nacional de Proteção e Defesa Civil

Criação do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres – S2ID.


1. HISTÓRICO

No Maranhão devido a incidência periódica de desastres naturais provocados por


chuvas intensas e por estiagem, surgiu em 19 de outubro de 1973, através do Decreto
nº 5.150, a Defesa Civil Maranhense.

Já em 11 de agosto de 1981, a Defesa Civil foi reorganizada, por meio do Decreto


nº 8.055, passando a denominar-se “Comissão Estadual de Defesa Civil” – CODECIMA,
funcionando junto a Secretaria de Justiça do Estado.
1. HISTÓRICO

A partir promulgação da Lei nº 5.855, de 06 de dezembro de 1993, que dispõe


sobre a Organização Básica do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão e dá outras
providências, o CBMMA assume definitivamente o comando e controle das ações de
defesa civil no Estado.
1. HISTÓRICO

PASSADO
A Defesa Civil surgiu da necessidade de DEFENDER a população CIVIL
das agressões externas.

PRESENTE
A Proteção e Defesa Civil representa algo mais amplo, que envolve
toda uma prevenção e preparação para atuar.
2. SITUAÇÃO ATUAL
2. SITUAÇÃO ATUAL

FATORES QUE INFLUENCIAM NA OCORRÊNCIA DE DESASTRE

1 Aumento da exposição e consequentemente da vulnerabilidade

Falta de aplicação de instrumentos de planejamento urbano e


2 ausência de políticas habitacionais

3 Alteração da intensidade e frequência de eventos climáticos extremos


3. SIMBOLOGIA
3. SIMBOLOGIA

Você conhece a Marca da Defesa Civil?


A marca da Defesa Civil apresenta em seu centro o triângulo equilátero, que
representa a união de forças e a cooperação de todos, sendo sua base a
segurança e a estabilidade. Os lados representam a gestão de riscos e a gestão
de desastres, medidas fundamentais para manter a segurança da população.
A cor azul traduz a tranquilidade, o equilíbrio e a serenidade com que age a
Defesa Civil e a laranja é a cor oficial da simbologia internacional da Defesa
Civil e significa o calor humano e a solidariedade.
As duas mãos que envolvem o triângulo representam o amor, o amparo, o
carinho e o cuidado.
4. CONCEITOS INICIAIS

O conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar


DEFESA CIVIL ou minimizar os desastres, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade
social.

Ameaça é a estimativa da ocorrência e magnitude de um evento adverso, expressa em termos de


AMEAÇA probabilidade estatística de concretização do evento (ou acidente) e da provável magnitude de sua
manifestação (Glossário de Defesa Civil, 2007).
4. CONCEITOS INICIAIS

relação existente entre a probabilidade de que uma ameaça de evento adverso ou acidente determinado se
RISCO concretize, com o grau de vulnerabilidade do sistema receptor a seus efeitos.

É a condição intrínseca ao corpo ou sistema receptor que, em interação com a magnitude do


VULNERABILIDADE evento ou acidente, caracteriza os efeitos adversos, medidos em termos de intensidade dos
danos prováveis.

DANO Resultado das perdas humanas, materiais ou ambientais infligidas às pessoas, comunidades, instituições,
instalações e aos ecossistemas, como consequência de um desastre.

Medida de perda relacionada com o valor econômico, social e patrimonial, de um determinado bem,
PREJUÍZO em circunstâncias de desastre.
4. CONCEITOS INICIAIS
Pessoa que foi obrigada a abandonar temporária ou definitivamente sua habitação, em função de
DESABRIGADO evacuações preventivas, destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre, e que, não
necessariamente, carece de abrigo provido pelo Sistema.

Pessoa cuja habitação foi afetada por dano ou ameaça de dano e que necessita de abrigo provido
DESALOJADO pelo governo. Para conhecer melhor a terminologia utilizada em desastres e situações de riscos
4. CONCEITOS INICIAIS
Resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um cenário vulnerável, causando
grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade ou sociedade envolvendo extensivas perdas e danos
DESASTRE humanos, materiais, econômicos ou ambientais, que excede a sua capacidade de lidar com o problema usando
meios próprios.

situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em um determinado


SITUAÇÃO DE município, estado ou região, decretada em razão de desastre, comprometendo parcialmente
EMERGÊNCIA sua capacidade de resposta.

ESTADO DE CALAMIDADE Situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em um determinado
PÚBLICA município, estado ou região, decretada em razão de desastre, comprometendo
substancialmente sua capacidade de resposta.
4. CONCEITOS INICIAIS

AMEAÇA VULNERABILIDADE

RISCO
EVENTO PREJUDICIAL

DANO PREJUÍZO
4. CONCEITOS INICIAIS
4. CONCEITOS INICIAIS Percepção de Risco
4. CONCEITOS INICIAIS Percepção de Risco
4. CONCEITOS INICIAIS Percepção de Risco
5. DESASTRE
O Manual de Planejamento em Defesa Civil define desastre como:
[...] resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo
homem, sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,
materiais e ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais.
(CASTRO, 1999, p.7)

DESASTRE

EVENTO ADVERSO
6. DEFESA CIVIL

Consiste num conjunto de ações de PREVENÇÃO, de


MITIGAÇÃO, de SOCORRO, ASSISTENCIAIS e RECUPERATIVAS
destinadas a evitar desastres, minimizar seus impactos para a
população e restabelecer a normalidade social.
(Política Nacional de Defesa Civil)

DEFESA CIVIL SOMOS TODOS NÓS


CICLO DE GESTÃO EM ANTES DO DESASTRE
Gestão de Riscos
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

MITIGAÇÃO
Reduzir os riscos

PREVENÇÃO PREPARAÇÃO
Eliminar os riscos Preparar para reagir
aos desastres

RECUPERAÇÃO RESPOSTA
Reconstruir, recuperar Serviços de
e melhorar emergência e de
Assistência pública APÓS O DESASTRE
Gerenciamento de Desastres
6. DEFESA CIVIL

Quem faz Defesa Civil no Município?


A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil –
COMPDEC – é o órgão responsável pelo planejamento,
articulação, coordenação, mobilização e gestão das ações
de Defesa Civil, no âmbito do município.
Situações de anormalidade
7. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

É a situação de alteração intensa e grave das


condições de normalidade em um determinado
Município, Estado ou região, decretada em razão
de desastre, comprometendo PARCIALMENTE
sua capacidade de resposta.
8. ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA

É a situação de alteração intensa e grave das


condições de normalidade em um determinado
município, estado ou região, decretada em razão de
desastre, comprometendo SUBSTANCIALMENTE sua
capacidade de resposta.
Classificação E tipologia de
desastres
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES

Quanto à origem

Quanto à evolução

Quanto à intensidade

Quanto à periodicidade
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES
QUANTO À ORIGEM

I- NATURAIS
Aqueles causados por processos ou fenômenos naturais que
podem implicar em perdas humanas ou outros impactos à
saúde, danos ao meio ambiente, à propriedade, interrupção
dos serviços e distúrbios sociais e econômicos.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES
QUANTO À ORIGEM
II- TECNOLÓGICOS
Aqueles originados de condições tecnológicas ou industriais, incluindo
acidentes, procedimentos perigosos, falhas na infraestrutura ou atividades
humanas específicas, à que podem implicar em perdas humanas ou outros
impactos saúde, danos ao meio ambiente, à propriedade, interrupção dos
serviços e distúrbios sociais e econômicos.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES
QUANTO À EVOLUÇÃO
I- SÚBITOS
Aqueles causados por processos ou fenômenos naturais que podem implicar
em perdas humanas ou outros impactos à saúde, danos ao meio ambiente, à
propriedade, interrupção dos serviços e distúrbios sociais e econômicos.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES
QUANTO À EVOLUÇÃO
II- GRADUAL
Os que se caracterizam por evoluírem em etapas de
agravamento progressivo.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES

QUANTO À INTENSIDADE
NÍVEL 1

Aqueles em que HÁ SOMENTE DANOS HUMANOS


CONSIDERÁVEIS e que a situação de normalidade pode ser
restabelecida com os RECURSOS MOBILIZADOS EM NÍVEL
LOCAL OU COMPLEMENTADOS com o aporte de recursos
estaduais e federais.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES

QUANTO À INTENSIDADE
NÍVEL 2
Aqueles em que OS DANOS E PREJUÍZOS SÃO SUPORTÁVEIS E
SUPERÁVEIS pelos governos locais e a situação de normalidade
pode ser restabelecida com os recursos mobilizados em nível
local ou complementados com o aporte de recursos estaduais e
federais.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES

QUANTO À INTENSIDADE
NÍVEL 3
Aqueles em que OS DANOS E PREJUÍZOS NÃO SÃO SUPERÁVEIS E
SUPORTÁVEIS PELOS GOVERNOS LOCAIS e o restabelecimento da
situação de normalidade depende da mobilização e da ação
coordenada DAS TRÊS ESFERAS de atuação do Sistema Nacional
de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e, em alguns casos, de ajuda
internacional.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES

QUANTO À PERIODICIDADE
I- ESPORÁDICOS
Aqueles que ocorrem raramente com possibilidade limitada de
previsão.
9. CLASSIFICAÇÃO DE DESASTRES

QUANTO À PERIODICIDADE
II- CÍCLICOS
Aqueles que ocorrem periodicamente e guardam relação com
as estações do ano e os fenômenos associados.
“Se trabalhando sozinho chego mais rápido.
Trabalhando em equipe chego mais longe!”

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