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Platão

Livro VII
O Mito da Caverna
O Mito da Caverna

• O Mito da Caverna é uma alegoria


usada por Sócrates no Livro VII da
República para representar o processo
da dialética e a divisão do mundo entre
sensível e inteligível.
O Mito está ligado com a metáfora da
linha dividida e é uma espécie de
complemento dela.

Dentro do debate sobre a Justiça e


sobre a Cidade Ideal, o mito da caverna
aparece enquanto um mecanismo
pedagógico para explicar como seria o
processo de ascensão rumo às ideias.
No mito, a dualidade entre o
mundo sensível e o mundo A caverna, igual ao mundo
inteligível (das ideias) é sensível, é o lugar do parecer. A
representado pela separação verdade, no entanto, só pode
entre o mundo ilusório da ser encontrada no mundo
caverna e o mundo real do exterior.
exterior.
Significado do
Mito
Sombras: são o Objetos da Caverna: São
A Prisão: é o Libertação: é o começo
conhecimento empírico, as coisas concretas do
aprisionamento da alma do filosofar, o
adquirido por via das mundo, a partir das quais
humana no corpo questionamento.
sensações. se projetarão as imagens.

Caminho para fora: é a Mundo Exterior: são as Luz do Sol: é a luz da


Sol: é o Bem
dialética ideias razão
A Luz da Fogueira dentro
da Caverna mostra que
As imagens no interior da
mesmo aprisionados às
caverna são cópias do
sensações, já possuímos
mundo exterior.
um pouco de
racionalidade.
Real x Irreal
A Caverna é a
ilusão, o mundo
O mundo real é o
falso e
exterior luminoso.
ontologicamente
inferior.
Normalmente,
não conhecemos Libertar-nos e ir
a verdade, ficando para a verdade é
apenas no mundo um trabalho
ilusório da árduo.
caverna.
O Bem
Sol e Bem

• O Sol ilumina o mundo e é responsável por sua


existência, pois graças a ele existe vida.

• Do mesmo jeito, o Bem ilumina a verdade e


também é responsável pela existência.
O Dever do Filósofo

Ele deve, no entanto, após


O Filósofo é o primeiro a sair da caverna, retornar a
se libertar das correntes ela, para levar o
que aprisionam a conhecimento verdadeiro,
humanidade. mesmo correndo risco de
ser morto.
O Filósofo é um liberto das
correntes da caverna. Ele não tem
interesse em lutar pelo poder, mas
em buscar o conhecimento
verdadeiro.
O Rei-
Filósofo E exatamente por ser
desinteressado, é que ele se torna o
indivíduo ideal para ocupar o cargo
de mandante da cidade, pois agirá
não por interesse, mas pela razão.
Teoria das Ideias e Mito da Caverna

AS IDEIAS ESTÃO EM UMA REALIDADE A DIALÉTICA É O PROCESSO DE ASCENSÃO TAL COMO O SOL, NÃO É POSSÍVEL
SUPERIOR, ILUMINADAS E MANTIDAS PELO ATÉ AS IDEIAS, SAINDO DO MUNDO CONTEMPLAR O BEM DIRETAMENTE, MAS
BEM. EMPÍRICO. APENAS INDIRETAMENTE, POR SUA LUZ.
O Mal é a ignorância porque é o aprisionamento na
caverna, ou seja, no mundo sensível.

Ao contemplar as ideias e ter contato com o BEM,


passamos a conhecer e deixamos de praticar o mal,
pois agora nossas ações são pautadas na verdade.
• O Mito da Caverna representa o processo dialético
de Platão, que é a ascensão do conhecimento do
plano empírico para o plano das Ideias.
• O logos é o elemento verdadeiro do exterior da

Conclusão caverna, do mundo real.


• O Mito expressa o dualismo ontológico de Platão
entre a dimensão corpórea e a ideal. Em oposição
à servidão às sombras, a filosofia deve levar os
indivíduos para a fulgurante realidade da
existência.

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