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CAXIAS DO SUL
2019
INTRODUÇÃO
Neste breve relato farei uma explanação simplificada sobre simbologia e sobre
como ela está presente na nossa vida e na maçonaria.
O símbolo ideal seria como uma luva que veste perfeitamente a mão do espírito,
dando-lhe a agilidade e eficiência para atuar no mundo, permitindo que ele seja percebido
e compreendido na manifestação do mundo profano.
Símbolos são pontes entre o plano das ideias e a materialização das ideias, neste
trabalho eu escolhi o símbolo do Mito da Caverna de Platão, que na minha ótica é repleto
de luvas, me ajudando a ser melhor no mundo profano.
PLATÃO
Platão consegue colocar profundidade nos seus pensamentos, desde a época antiga
já sentia dificuldade em aplicar suas ideias com a simbologia direta, visto que na época
da antiga Grécia a linguagem era muito mais rica do que a atual, no entanto já existia tal
dificuldade, relatada por ele.
De uma forma breve o mito relata sobre prisioneiros, que desde seu nascimento
vivem presos em correntes, dentro de uma caverna, e que passam todo o tempo olhando
para a parede ao fundo da caverna, que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira.
Nesta parede são projetadas sombras, que são estátuas, representando as pessoas, os
animais, as plantas e os objetos, mostrando cenas e situações do dia a dia. Os prisioneiros
divagam sobre os nomes das imagens (sombras), analisam e julgam as situações.
Vamos imaginar que um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para
poder explorar o interior da caverna e o mundo externo. Ele entraria em contato com a
realidade e perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens
projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real ficaria
encantado e surpreso com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e tudo ao
seu redor. Voltaria para a caverna para passar toda informação e conhecimento adquirido
fora da caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seus colegas só conseguem
acreditar na realidade que enxergam na parede iluminada da caverna, o prisioneiro que
voltou do mundo externo seria ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu. Os
prisioneiros vão taxa-lo de louco e ameaça-lo de morte caso não pare de contar daquelas
ideias consideradas absurdas.
Este seria o mito em sua forma original escrito por Platão e interpretado por muitos
filósofos. Usei este mito como base principal de meu trabalho e acrescentei alguns
elementos simbólicos que encontrei na maçonaria e que me ajudam no dia a dia de minha
vida profana.
Homens acorrentado:
Sombra:
Símbolo muito importante, pois, representa o mundo material, uma mera sombra
que desaparece e aparece a todo tempo. As coisas reais não desaparecem, para melhor
entendimento segue tabela:
critério de realidade
espirito real
matéria ilusão
espirito eternidade
matéria sentidos
Fogo:
Amos da Caverna:
Corda de 81 nos:
Luz do Sol:
É a ideia do bem, Platão diz que “só vendo as coisas através da luz do sol poderá
se tornar um sábio”, um homem que não vê as coisas iluminadas pelo sol vê tudo
iluminado pela luz fraca, como uma pequena lanterna que só consegue mostrar o que pode
interessar a ele próprio, há quem passe por uma floresta e só veja lenha para sua fogueira.
Ver as coisas iluminadas pela ideia do bem, olhar para algo e não pensar para o
que me interessa, mas sim como posso servir à ela, interferir para ajudar a levar as coisas
para o bem delas não tirando proveito para seus interesses. A natureza não é boba ela só
se abre e mostra seus mistérios para quem não quer nada dela.