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BOMBEIRO: O AMIGO CERTO

NAS HORAS INCERTAS

C U R S O D E F O R M A Ç Ã O
D E
BRIGADISTA
FLORESTAL -
CBMMG
C U R S O D E F O R M A Ç Ã O D E B R I G A D I S TA F L O R E S TA L

S O B R E O
C U R S O
O Curso De Formação de Brigadista Florestal
oferecido pelo Corpo de Bombeiros Militar de
Minas Gerais (CBMMG) foi estruturado de
acordo com as diretrizes da Portaria CBMMG nº
54, de 02/07/2020 e possui 20 horas/aula,
dividas em 12 horas/aula de conteúdo teórico no
formato EaD e 08 horas/aula de conteúdo prático
que será ministrado em data oportuna após a
conclusão do treinamento inicial.

O conteúdo teórico será dividido em dois


módulos e ao final de cada um o aluno será
submetido a uma avaliação teórica cuja nota irá
compor a nota final.
M Ó D U L O I - I F 0 1

INCÊNDIOS
FLORESTAIS E
SEUS IMPACTOS
BOMBEIRO: O AMIGO CERTO NAS HORAS INCERTAS
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O B J E T I V O S
E S P E C Í F I C O S

Ao Final da Aula o aluno deverá ser capaz de:


• Conhecer sobre o uso do fogo e suas
consequências;
• Conhecer dados estatísticos acerca dos
incêndios Florestais em Minas Gerais;
• Conhecer as principais causas de Incêndios
Florestais;
• Discutir sobre a importância do Brigadista
Florestal;
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O U S O D O F O G O
P E L O H O M E M

O domínio do fogo pelo homem é considerado


por alguns estudiosos como uma das descobertas
mais importantes da humanidade.
Na Pré-história, o homem descobriu que ao se
atritar duas pedras ou dois galhos produzia-se
fogo, dominando o que antes só era possível por
meio de causas naturais, como raios.
Com o domínio do fogo, foi possível: garantir
conforto térmico no frio, explorar a escuridão da
noite, melhorar a preparação do alimento,
fabricação de armas, produção de novos materiais
(fundição de metais), desenvolvimento da
agricultura, construção de máquinas térmicas.
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D I F E R E N Ç A E N T R E F O G O E I N C Ê N D I O

Apesar de dizermos que houve o domínio do fogo ao longo da História humana, o Fogo sempre se mostrou uma
força da natureza muito difícil de se controlar.
Com o Fogo, também vem a possibilidade dos Incêndios:

FOGO é um processo químico que libera luz e calor na presença de três


elementos: combustível, comburente e calor.
INCÊNDIO é o fogo que fugiu do controle humano.
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O S I N C Ê N D I O S
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Os Incêndios Florestais, ou Incêndios em
Vegetação, são o fogo fora de controle em
qualquer tipo de vegetação, seja plantações, pastos
ou áreas de vegetação nativa (Biomas), causando
danos e prejuízos à natureza e à sociedade;
Os incêndios podem ocorrer de maneira natural ou
por ação/omissão humana, sendo os fatores
ambientais e climatológicos decisivos para
facilidade de propagação e dificuldade de
controle;
Os Incêndios em Vegetação propagam-se com
mais facilidade e têm efeitos mais devastadores
durante o Período de Estiagem, que em Minas
Gerais vai de Maio a Novembro.
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Os Incêndios trazem consigo diversos danos
negativos. São alguns destes danos:
À Saúde: Doenças respiratórias (bronquite e
asma) causadas e/ou agravadas pela fumaça ou
fuligem, efeitos sobre o sistema nervoso,
intoxicação e morte por asfixia, complicações
em pacientes com doenças cardiovasculares ou
pulmonares;
À Economia e Sociedade: aumento de gastos
com saúde, interrupção do fornecimento de
energia elétrica, problemas com abastecimento
de água, queda de produtividade agrícola,
mudanças climáticas severas (secas, inundações
e tempestades, problemas no tráfego aéreo e
terrestre;
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Os Incêndios trazem consigo diversos danos
negativos. São alguns destes danos:
• Ao Ecossistema: morte da fauna e da flora,
eliminação de predadores naturais de algumas
pragas, assoreamento de nascentes de água,
contribuição para o aquecimento global;
• À Atmosfera: perda da qualidade do ar por
excesso de partículas e gases tóxicos
provenientes da fumaça dos incêndios,
alteração na formação de nuvens e nos ciclos
das chuvas.
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C A U S A S D O S
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Os Incêndios em Vegetação podem ter origem


humana (intencional ou não) ou natural, sendo
algumas delas:
Causas Humanas: incendiários e/ou
piromaníacos, perda de controle de práticas
agropastoris com uso do fogo, fogueiras, rituais
religiosos, fagulhas de máquinas a vapor
(locomotivas, maquinário agrícola), queima de
lixo, guimbas de cigarro ateadas, balões, entre
outras;
Causas Naturais: raios, concentração de raios
solares em pedras de quartzo e reações
fermentativas exotérmicas.
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O P A P E L D O
B R I G A D I S T A

O Brigadista Florestal é o grande responsável


por proteger a natureza dos efeitos adversos do
fogo no meio ambiente causados pelos incêndios
florestais;
O seu trabalho deve envolver tanto as ações de
combate em si aos incêndios, como também
ações de monitoramento, prevenção e
conscientização;
Uma Brigada treinada e bem articulada é
elemento fundamental no cumprimento da árdua
missão de combater os incêndios florestais.
OBRIGADO, NOS VEMOS NA PRÓXIMA AULA!
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COMPORTAMENT
O DO FOGO
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Ao Final da Aula o aluno deverá ser capaz de:


• Conhecer os quatro elementos do tetraedro do
fogo;
• Conhecer sobre as fases da combustão e suas
características;
• Conhecer sobre as formas de propagação do
calor no ambiente;
• Conhecer sobre as características da fumaça
em um incêndio florestal.
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O P R O C E S S O D E
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Como visto anteriormente, Incêndio nada mais é


que o Fogo fora de controle. Dessa forma, para
aprendermos sobre combate a incêndios,
precisamos primeiro aprender sobre o como
funciona o Fogo.
Podemos classificar o Fogo como o resultado da
Combustão, que é uma reação química na qual
um material reage com o oxigênio do ar na
presença de uma fonte de calor, a qual se torna
autossustentável ( reação em cadeia).
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O P R O C E S S O D E C O M B U S T Ã O

Para que ocorra a Combustão, é necessária a presença de quatro elementos, sendo eles: o Combustível (material
que irá QUEIMAR), o Comburente (oxigênio do ar), o Calor (energia inicial para começar a reação) e a Reação
em Cadeia (reação autossustentável). A esses quatro elementos damos o nome de Tetraedro do Fogo.
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O P R O C E S S O D E C O M B U S T Ã O

Na combustão de materiais sólidos, que é caso dos incêndios florestais, podemos dividir o Processo de Combustão
em três fases distintas sendo elas:
• Pré-aquecimento do material combustível (110°C);
• Combustão dos gases (200°C); e
• Incandescência ou consumo do carvão (300 a 400°C)
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O P R O C E S S O D E
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Fase de Pré-aquecimento (110°C): nessa fase é


secado o combustível que parcialmente se
destila, sem a existência de chamas. O calor
elimina o vapor de água e continua aquecendo o
combustível até a temperatura de ignição, que
fica entre 260 e 400°C para a maioria do
material florestal.
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O P R O C E S S O D E
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Destilação ou combustão dos gases (200°C):


nessa fase os gases destilados dos combustíveis
se acendem e queimam, produzindo chamas e
altas temperaturas que podem atingir 1250°C.
Nesse estágio do processo de combustão os
gases estão queimando, mas o combustível
propriamente dito ainda não está incandescente.
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Incandescência ou consumo do carvão (300 a


400°C): neste momento o combustível (carvão)
é consumido, restando apenas cinzas. O calor
gerado é intenso, mas já não existem chamas
nem fumaça.
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P R O P A G A Ç Ã O D O C A L O R

Uma vez que o fogo se inicia, a energia térmica em movimento produzida, o Calor, é transferido da zona de
combustão para os combustíveis próximos que ainda não queimaram, fazendo com que o incêndio se propague.
Essa propagação do fogo pode se dar através de três maneiras, sendo elas: Condução, Radiação ou Convecção.
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P R O P A G A Ç Ã O D O C A L O R

Condução: é a transferência do calor em corpos sólidos, de molécula a molécula, sem que haja a transferência de
matéria durante o processo. Pode ser facilmente entendido observando a ponta de uma barra de ferro ficar quente
quando a outra extremidade é exposta a uma fonte de calor
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P R O P A G A Ç Ã O D O C A L O R

Radiação: é a transferência de calor através de ondas eletromagnéticas no espaço sem que haja a necessidade da
presença de matéria (sólida, líquida ou gasosa) como meio condutor. Esse tipo de propagação pode ser observado
quando sentamos próximo a uma fogueira e mesmo de longe podemos sentir o calor emanado.
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P R O P A G A Ç Ã O D O C A L O R

Convecção: é a transferência de calor através do movimento circular ascendente de massas de ar aquecida. O ar frio
possui menor densidade e tende a ficar em níveis mais baixos, “empurrando” o ar quente para cima, dando origem a
um movimento circular de turbulência que é o grande responsável pelo transporte de fagulhas a grandes distâncias.
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A F U M A Ç A E M U M
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Além do Fogo em si, outro elemento muito


importante que devemos observar suas
características durante um incêndio florestal é a
Fumaça. A coloração da fumaça traz consigo
algumas informações importantes sobre o
incêndio.
A Fumaça de cor Branca é uma indicação que
o combustível está oxigenado, geralmente
composto por gramíneas ou vegetação rasteira.
A queima é mais completa e libera-se grande
quantidade de vapores de água na atmosfera em
decorrência do processo de secagem e
desidratação do combustível.
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A F U M A Ç A E M U M
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Já a Fumaça Escura indica que o material


combustível é mais denso, ou seja, mais
compacto e lenhoso, dificultando a oxigenação
da matéria orgânica. Queima mais Incompleta,
resultando na geração de bastante fuligem.
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FATORES QUE
INFLUENCIAM OS
INCÊNDIOS
FLORESTAIS
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Ao Final da Aula o aluno deverá ser capaz de:


• Conhecer os três elementos que compõem a
tríade dos incêndios florestais;
• Conhecer os fatores que influenciam os
incêndios em relação ao combustível;
• Conhecer os fatores que influenciam os
incêndios em relação à Topografia
• Conhecer os fatores que influenciam os
incêndios em relação à Meteorologia.
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T R I Â N G U L O D O C O M P O R T A M E N T O D O F O G O

O conjunto de fatores que influenciam no comportamento de um incêndio florestal durante seu desenvolvimento são
relacionados ao material combustível, topografia e meteorologia, conforme figura a seguir, denominada
Triângulo do Comportamento do Fogo.
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T R I Â N G U L O D O C O M P O R T A M E N T O D O F O G O

COMBUSTÍVEL - As plantas e os restos vegetais acumulados no, abaixo e acima, do solo, são os

combustíveis dos incêndios florestais. Existem diversos fatores que devem ser levados em conta

quando analisamos a vegetação e sua influência no comportamento do fogo.


Combustível Propagação Rápida Propagação Lenta

Umidade Seco Úmido

Tamanho Leve Pesado

Quantidade (Tonelada/ hc) Menor Maior

Relação Superfície Volume Maior Menor

Continuidade Vertical Horizontal

Compacidade Menos Compacto Mais Compacto


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T R I Â N G U L O D O C O M P O R T A M E N T O D O F O G O

TOPOGRAFIA - é o formato da superfície da Terra. É mais fácil prever as influências que o terreno

terá no fogo, observando suas características.

Como regra básica temos que o fogo se propaga mais rapidamente nos aclives (morro acima), sob

o efeito da convecção e radiação. Já no terreno com declive (morro abaixo), o fogo é lento

porque as correntes de convecção propagam-se no sentido oposto aos combustíveis.


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METEOROLOGIA - as condições meteorológicas são fatores importantes para o desenvolvimento dos

incêndios florestais. Quem vai trabalhar na prevenção e no combate aos incêndios florestais precisa

conhecer as condições e previsões do tempo.

Fator Propagação Propagação


Meteorológico Rápida Lenta
Temperatura Alta Baixa
Vento Forte Fraco
Umidade Relativa Baixa Alta
do AR
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TIPOS DE
INCÊNDIOS
FLORESTAIS
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Ao Final da Aula o aluno deverá ser capaz de:


• Conhecer os quatro tipos de incêndios
florestais e suas características;
• Conhecer as partes de um incêndio florestal,
sabendo se orientar dentro de um incêndio.
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Tão importante quanto saber os fatores que
influenciam os incêndio florestais, é necessário
conhecer a classificação dos tipos de incêndios,
uma vez que cada um apresenta características
distintas e demandam estratégias diferentes de
combate.
O incêndios florestais podem ser classificados
em Incêndio de Subterrâneo, Incêndio
Superficial, Incêndio de Copa ou Incêndio
Total. Iremos conhecer cada um deles
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Os Incêndios Subterrâneos propagam-se pelas camadas de
húmus, serapilheira ou turfa existente sobre o solo mineral e
abaixo do piso da floresta.
Ocorre com maior frequência em locais com maior
acumulação de húmus e em terrenos alagadiços (brejos,
pântanos etc.). Porém à medida que esse material vai secando,
haverá formação de considerável camada de turfa abaixo do
solo, com uma textura fina e relativamente compactada.
O Combate é realizado com a remoção da vegetação até o
solo mineral, construção de valas e encharcamento do solo
com água.
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Os Incêndios Superficiais propagam-se na superfície do
piso da floresta, queimando os restos vegetais não
decompostos, tais como folhas e galhos caídos, gramíneas,
arbustos, enfim todo material combustível até cerca de 1,80
metros de altura.
Normalmente, o combate direto utilizando bombas costais,
abafadores e sopradores é o mais eficaz, porém pode-se
avaliar a necessidade de apoio com lançamento aéreo de água
(helicóptero ou air tractor).
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Os Incêndios Aéreos ou de Copa desenvolvem-se atingindo
as copas das árvores e destroem as vegetações acima de
1,80m em ação conjunta ou independente dos incêndios de
superfície.
Para que o incêndio se propague pelas copas das árvores, é
necessário que a floresta seja densa, que sua folhagem seja
inflamável e que haja vento para transportar o fogo através
das copas.
O combate é extremamente difícil e deve envolver uma
combinação de ações terrestres e aéreas. Por oferecer um
grande risco às equipes em campo, não é recomendado que os
combatentes permaneçam sob as chamas, sendo aconselhado
avaliar a possibilidade de isolamento da área e a derrubada de
árvores.
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Os Incêndios Totais são aqueles onde ocorre
concomitantemente incêndios subterrâneos, incêndios
superficiais e incêndios de copa.
O combate também envolve uma combinação de estratégias
aéreas e terrestres, utilizando simultaneamente combate a
distância com aeronave e caminhões com água, isolamento do
incêndio e posterior encharcamento do solo com água.
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Agora que conhecemos os tipos de incêndio florestal. Iremos
conhecer as Partes do Incêndio.
Saber se situar dentro de um incêndio florestal é importante
pois em cada ponto o incêndio se comporta de maneira
diferente, podendo até mesmo tornar-se um cenário de
extremo risco.
Além disso, o comandante das operações de CIF pode
determinar que uma equipe realize o combate em um ponto
específico do incêndio e ele utilizará destas denominações
como forma de orientação.
A seguir definiremos cada uma das partes do incêndio
florestal.
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P A R T E S D O I N C Ê N D I O
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São partes do incêndio florestal:
• Cabeça ou Frente: é a parte que avança mais rapidamente
e segue a direção do vento. Geralmente é onde o fogo tem
maior intensidade;
• Retaguarda ou Cauda: é a parte que se propaga em
direção oposta ao vento, propagando-se de maneira mais
lenta;
• Flancos: são os lados da “mancha” formada pelo incêndio,
propagando-se perpendicularmente à cabeça do incêndio.
Denominam-se os flancos em direito e esquerdo em
relação ao sentido de propagação do vento.
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São partes do incêndio florestal:
• Dedos: são projeções alongadas do fogo para fora do
corpo principal do incêndio, adiantando-se nos flancos;
• Bolsas: são reentrâncias na margem do fogo, formadas
por dedos ou por áreas que queimam vagarosamente;
• Ilhas: são áreas não queimadas dentro do perímetro do
incêndio, normalmente formadas em áreas de vegetação
muito úmidas onde o fogo avançou com intensa
velocidade;
• Ponto de Origem: é o local onde se iniciou o fogo.
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