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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO DA PARAÍBA

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

Disciplina: Práticas Interdisciplinares em Ensino de Ciências e Matemática


Docente: Renata Drummond Marinho Cruz
Equipe: Danilo de Lima Pereira
Edvaldo Ramalho de Oliveira
Marinlene Rodrigues
Priscila da Silva Santos

SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

1) TEMA: Amazônica, Pantanal e o Cerrado.

2) PÚBLICO ALVO: Turma do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Cidadã Integral
Técnica Jornalista José Itamar da Rocha Cândido.

3) OBJETIVOS:

a) Geral:
Desenvolver atividades com abordagens da Educação Ambiental de modo que os alunos
percebam que as questões ambientais têm influência nos aspectos sociais, econômicos,
culturais e políticos.

b) Específicos:
• Proporcionar a interdisciplinaridade entre as áreas de conhecimento.
• Identificar as implicações das ações humanas no meio ambiente.
• Investigar o ambiente e as relações com os elementos que o compõe.
• Identificar formas e ações de preservação da natureza.

4) DURAÇÃO: dez aulas de 50 minutos.

5) DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Biologia, Física e Matemática.


6) HABILIDADES CONTEMPLADAS:

• Analisar e representar as transformações e conservações em sistemas


que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar
previsões em situações cotidianas e processos produtivos que priorizem o uso racional
dos recursos naturais.
• Realizar previsões, avaliar intervenções e/ou construir protótipos de
sistemas térmicos que visem à sustentabilidade, com base na análise dos efeitos das
variáveis termodinâmicas e da composição dos sistemas naturais e tecnológicos.
• Analisar a ciclagem de elementos químicos no solo, na água, na atmosfera
e nos seres vivos e interpretar os efeitos de fenômenos naturais e da interferência
humana sobre esses ciclos, para promover ações individuais e/ou coletivas que
minimizem consequências nocivas à vida.
• Justificar a importância da preservação e conservação da biodiversidade,
considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação
humana e das políticas ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta.
• Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das
Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação
dos dados, a consistência dos argumentos e a coerência das conclusões, visando
construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.

7) CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES:

Nº de aulas Conteúdos Atividades propostas


• Apresentação do tema.
• Exibição de reportagens das
últimas queimadas nas regiões.
1 Bacia Amazônica e o pantanal.
• Debate sobre o tema, observando
os conhecimentos que os alunos já
possuem.
• Apresentação de Slides;
• Leitura de reportagem acerca das
Caracterização dos biomas.
2 últimas queimadas;
• Apresentação de legislação
ambiental.
Apresentação das estatísticas
• Leitura de material proposto;
2 das queimadas na região nos
• Análise e interpretação dos dados;
últimos anos.
• Realização de atividades de fixação
de aprendizagem.
• Apresentação de Slides sobre
Efeito estufa: Causas
trocas de calor e os efeitos e
2 consequências
consequências das queimadas.
• Atividade Phet “O efeito estufa”
• Montagem de um terrário com
vegetais e animais, para levantamento
de hipóteses pelos alunos do que vai
acontecer com os seres vivos;
• Fazer questionamentos sobre
como os alunos acreditam que ficará o
ar nas cidades atingidas, sem a
vegetação;
• Por que a vegetação é
Fotossíntese importante?
4
• Experimento no Laboratório
de Ciências;
• para explicação da
fotossíntese: Uso do CO2 pelas
plantas. Liberação do O2 pelas
plantas;
• Acompanhamento dos seres
vivos dentro do terrário para
comprovação das hipóteses
levantadas pelos alunos.

8) DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

1ª AULA:
Será apresentado uma reportagem sobre as últimas queimadas nos referidos biomas e logo
será aberto um diálogo para sondagem do conhecimento prévio do aluno sobre as
características dos biomas, causas e consequências dos incêndios apresentados na
reportagem em vídeo. A reportagem fo apresentada no dia 20 de setembro no fantástico
e pode ser encontrada no link: https://globoplay.globo.com/v/8872066/.

2ª AULA:
Será apresentado slides com a caracterização dos referidos biomas, logo em seguida, os
estudantes serão divididos em grupos com cinco componentes e cada grupo deve ler uma
reportagem que será entregue na aula. As reportagens, escolhidas inicialmente são:
• Dantas, Carolina. Queimadas na Amazônia em 2020 passam número registrado
em todo o ano de 2019. Portal G1, 2020. Disponível em:
https://g1.globo.com/natureza/amazonia/noticia/2020/10/22/queimadas-na-
amazonia-em-2020-passam-numero-de-todo-o-ano-de-2019.ghtml. Acesso em
12 nov. 2020.
• BBC News. As imagens de satélite que mostram avanço de fumaça de queimadas
no Brasil. Portal G1, 2020. Disponível em:
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/09/22/as-imagens-de-satelite-que-
mostram-avanco-de-fumaca-de-queimadas-no-Brasil.ghtml. Acesso em 12 nov.
2020.
• Castro, Matheus. Queimadas no Amazonas em 2020 registram maior número da
história. Portal G1, 2020. Disponível em:
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2020/10/11/queimadas-no-amazonas-
em-2020-superam-recorde-de-2005-e-registram-maior-numero-da-
historia.ghtml. Acesso em 12 nov. 2020.
• Kuebler, Martin. Queimadas deixam marcas profundas na Amazônia. Potal Uol,
2020. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-
noticias/deutschewelle/2020/08/23/queimadas-deixam-marcas-profundas-na-
amazonia.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 12 nov. 2020.

3ª AULA:

Os alunos irão fazer uma exposição sobre as referidas reportagens e serão condidos a um
debate sobre as causas e consequências de tais processos para o meio ambiente.
Compreender e problematizar a legislação ambiental. Ao final serão haverá um momento
de estudo, debates, reflexões e formação de opiniões, compreendendo e problematizando
a legislação ambiental a qual será exposta através de slides.

4ª AULA:

Os estudantes serão divididos em duplas, para a realização da atividade “Queimadas no


Brasil”, que consistirá em analisar os dados matematicamente, incluindo a intepretação
de dados estatísticos e gráficos.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO I

No mês de outubro as queimadas aumentaram no Nordeste do Brasil. Foram detectados


31.245 focos, representando um aumento de 12% em relação ao ano passado. Houve
redução de queimadas nos cerrados do Brasil Central, devido ao aumento das chuvas. Em
algumas localidades, porém, a seca não terminou e os incêndios dominam o cenário, como
no caso da Chapada Diamantina, na Bahia, e da Floresta Nacional do Araripe, no Ceará.
As maiores concentrações foram observadas numa faixa que se estendeu desde o setor
central do Maranhão, na divisa com o leste Pará, passando pelo Piauí, até o sul do Ceará
e oeste da Paraíba.

No Piauí, ocorreram 4.300 focos, principalmente na região de Teresina até a Serra do


Boqueirão, onde ainda existiam alguns fragmentos importantes de vegetação natural –
mais úmida e com maior biodiversidade – nas chapadas e junto à divisa com o Maranhão.
Pelo menos 15 focos de incêndio foram registrados na estação ecológica de Uruçuí-Una,
no Piauí, e 9 focos no Parque Nacional Serra das Confusões, entre Piauí e Bahia e em São
Raimundo Nonato, onde fica o Parque Nacional da Serra da Capivara.

Na Bahia, foram 1.813 focos, sobretudo no centro-oeste do Estado, região de pecuária e


novos campos de soja, e no sul, próximo a Itapetinga e Vitória da Conquista.

No Ceará, foram registrados 2300 focos, principalmente no sul do Estado.

O Maranhão teve 7.237 focos na fronteira com a Região Norte, com as maiores
concentrações ao longo da rodovia que liga Açailândia a Vitória do Mearim; entre Barra
do Corda, Caxias e Matões, no leste do Estado, e nos arredores de Imperatriz, no oeste.
Esses focos podem ser sinal de novas atividades garimpeiras, madeireiras ou frentes de
desmatamento.

No Amazonas, surgiram focos apenas em torno de Itacoatiara, principal pólo madeireiro


do Estado. No Pará, foram atingidas as regiões de Marabá, Serra dos Carajás, Rondon do
Pará, Paragominas, Tomé-Açu e as proximidades do reservatório de Tucuruí, assim como
alguns pontos nas margens do rio Xingu e nas várzeas do Amazonas. No Pará, os índices
diminuíram em relação ao mês passado. Porém, persistem queimadas concentradas na
região de Marabá, às margens do rio Tocantins, e na altura de Senador José Porfírio, às
margens do baixo rio Xingu. O Parque Indígena de Tumucumaque também foi atingido.

Os índices de fogo foram igualmente altos na região oeste do País, tendo alcançado o
norte do Pantanal, no Mato Grosso. Na porção do Pantanal, localizada no Mato Grosso
do Sul, houve diminuição do número de focos detectados. Com a chegada das chuvas,
houve redução do número de focos na região de Sinop, Alta Floresta, no norte do Mato
Grosso, em Rondônia e no Acre.

A estação de queimadas começa a chegar ao fim, com a tendência de declínio do número


de focos de fogo detectados pelos satélites NOAA. As melhores condições de
monitoramento operacional, fiscalização e iniciativas de substituição do uso do fogo por
outras práticas agrícolas contribuem para a redução das queimadas. Entretanto, o clima
ainda é o fator determinante que regula a intensidade da estação de queimadas, além da
existência de fatores econômicos, associados a maior ou menor disponibilidade de
recursos para a abertura de novas áreas agrícolas.

Fonte: http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/1001/queimadas.html

De acordo com o texto apresentado, podemos perceber que houve um aumento das
queimadas no Nordeste do Brasil, aumento este que corresponde a 12% do ano anterior,
ou seja, foram 31.245 focos. Baseado nesses dados e com as informações relacionadas ao
texto apresentado, complete a tabela com a quantidade de focos e suas probabilidades em
forma de porcentagem. Além disso, identifique qual o gráfico ou alternativa que
representa melhor essas porcentagens relacionadas aos Estados do Piauí, Bahia e Ceará
respectivamente.

Estados da Região Nordeste Focos

Quantidade de Focos Probabilidade em


porcentagem

Piauí

Bahia

Ceará
Maranhão

B) A)

Representação dos focos Representação dos focos


dos Estados do Piauí, Bahia dos Estados do Piauí, Bahia
e Ceará e Ceará
5,8%
13,76%
5,8%
13,76%
7,36%
7,36%
D) C)

Representação dos focos Representação dos focos


dos Estados do Piauí, Bahia dos Estados do Piauí, Bahia
e Ceará e Ceará

13,76%
7,36%
5,8%
7,36%
5,8% 13,76%

5ª AULA:

Nesta aula, será trabalhada a interdisciplinaridade com a disciplina de Física. Para


tal, abordaremos o conteúdo de trocas de calor, que integra o currículo de Física do 2º
ano, fazendo uma conexão com a Biologia, ao tratar dos efeitos e consequências das
queimadas, que contribuem significativamente para o aumento exagerado da temperatura
atmosférica do planeta, pelo efeito estufa.
Para a execução desta aula, será realizada a apresentação de slides relacionadas ao
tema, preparados com o aplicativo PowerPoint, da Microsoft.

6ª AULA:
Após a exposição e discussão teóricas do conteúdo, partiremos para a aplicação
prática do que foi aprendido na teoria. Teremos um momento de inserção da tecnologia
no ensino. Esta área que pode nos ajudar e muito no âmbito educacional, sobretudo no
ensino de Física, em que os alunos apresentam certa dificuldade de compreensão dos
fenômenos, principalmente pela abstração que alguns deles apresentam.
Unindo a tecnologia, que todos os alunos usam e têm contato constante, com o
conteúdo que estaremos estudando, será a vez de usarmos simuladores, uma ferramenta
muito eficiente para a compreensão dos conceitos trabalhados teoricamente. Como o
próprio nome já diz, os simuladores nos permitem fazer simulações de situações
experimentais diversas.
O simulador a ser utilizado na aula será o PHET, da Universidade do Colorado,
que apresenta diversas simulações de Física, Matemática, Química e Biologia. De
maneira específica, faremos o uso do simulador “Efeito estufa”, nele poderemos trabalhar
a interdisciplinaridade, explorando vários conceitos e fenômenos, tais como temperatura,
trocas de calor, fótons solares e infravermelhos, concentração de gases do efeito estufa,
os efeitos que esses gases produzem (como placas de vidro), fazendo aumentar a
temperatura, absorção de fótons infravermelhos pelos gases atmosféricos, dentre outros.

Figura 1. Layout do simulador “Efeito estufa”, demonstrando características físicas relacionadas.

Figura 2. Layout do simulador “Efeito estufa”, demonstrando os efeitos produzidos pelos gases.
Figura 3. Layout do simulador “Efeito estufa”, demonstrando a absorção dos fótons pelos gases.

7ª AULA:

Montagem de um terrário com animais e vegetais.

Experimento I: Montagem de um terrário.

A montagem de um terrário serve para observação de vários fenômenos como:


o ciclo da água, a fotossíntese, conscientização dos alunos sobre a importância da água e
do solo na vida das plantas e dos animais (inclusive o homem).

Material:

• Aquário vazio ou vidro grande transparente ou, ainda, garrafa pet.

• Pedrinhas/ cascalhos
• Carvão ativado (evita o mal cheiro e a proliferação de fungos)

• Diferentes solos: terra vegetal


• Mudas de plantas (com as mesmas características)
• Saco plástico
• Fita crepe

Para a construção deve-se forrar o fundo do aquário/vidro/pet com as pedrinhas


(ou cascalho). Colocar o carvão ativado, colocar a terra e, em seguida, as mudas. Após
esse procedimento, colocar cascalhos para ajudar a manter a umidade. Borrifar água nas
paredes do vidro. Fechar o terrário com tampa própria do vidro ou um plástico
transparente. As plantas precisam de iluminação, mas não podem ficar expostas
diretamente ao sol.

Com a montagem do terrário podemos discutir alguns fenômenos científicos,


pois o terrário representa um pedaço do ambiente reproduzido naquele espaço. Ligando
ao assunto estudado, os estudantes podem compreeender o prejuízo ambiental devido as
queimadas.

8ª AULA: Uso no CO2 pelas plantas

Experimento II: Uso no CO2 pelas plantas

Material:

• 2 potes de vidro grandes


• 2 potinhos com água de cal
• 1 planta

Colocar uma planta e um potinho com água de cal ao lado e emborcar o pote de
vidro sobre os dois. No outro pote, só terá o potinho com água de cal. Colocar num lugar
iluminado e esperar alguns dias.
Resultado

A água de cal, do pote sem planta, criará uma película esbranquiçada por cima,
enquanto a água do pote com planta quase não se percebe a película.

Motivo

A planta utiliza o CO2 quando realiza a fotossíntese.

9ª AULA:
Montagem da experiência para comprovar a liberação de oxigênio pelas as
plantas através da fotossíntese.
Experimento III: Liberação de O2 pelas plantas (Fotossíntese)

Material:

• 1 ramo de Elódea
• 1 bequer
• 1 funil de vidro
• Luminária
• Água com bicarbonato de sódio ou água mineral com gás
• 1 tubo de ensaio
• Fósforo

Procedimento:

Colocar a elódea dentro do béquer e colocar um funial emborcado (A). Preencher


com água, de modo que o funil fique submerso (B). Colocar um tubo de ensaio na haste
do funil (C). Aproximar uma luminária por 30 minutos.

Resultado:

Ocorrerá a formação de bolhas no tubo.

Esperar mais 30 minutos, retirar o tubo e acender um palito de fósforo e


introduzir no tubo. A chama aumentará, demonstrando que no interior do tubo havia
oxigênio.

Observe a ilustração:
As experiências acima são muito importantes para que os alunos compreendam
o processo da fotossíntese, pois elas comprovam que as plantas usam o gás carbônico
(CO2) para fabricar o alimento e que liberam oxigênio (O2) durante esse processo.

Os alunos entenderão a importância da fotossíntese para a vida no nosso planeta


e como a falta de vegetais nas regiões afetadas, vai prejudicar a vida de todos.

10ª AULA:
Acompanhamento do desenvolvimento do terrário.
Com a observação do terrário, os alunos entenderão a importância da
fotossíntese e da respiração, relacionando o uso e a liberação do oxigênio e do gás
carbônico para a manutenção da vida dos seres vivos.

9) AVALIAÇÃO:

A avaliação será realizada de forma contínua, considerando a participação e o


grau de comprometimento dos estudantes, bem como a realização das Atividade I,
Experimento I, Experimento II e Experimento III.

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