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Mecânica dos Fluidos – Aula 03

Cap 02 - Estática dos fluidos


parte B
Prof. Camila Famá

Baseado no material do Prof. Laurivan da Silva


Diniz
Escala de Pressão
zero
absoluto p = 0
abs

Pressão
efetiva
negativa vácuo

p barométrica
p atm local

p atm

Pressão
efetiva
positiva
Pressão que é medida em relação ao vácuo ou zero
Escala de Pressão absoluto, é chamada ‘pressão absoluta’

Pressão que é medida adotando-se a pressão


atmosférica como referência, é chamada ‘pressão
Pressão

efetiva’.
p1

Pressão Os manômetros medem pressão efetiva. Registram


zero quando abertos à atmosfera.
(p¿¿1ef )¿
efetiva
Pressão A pressão atmosférica é também chamada
atmosférica pressão barométrica e varia com a altitude.
Pressão efetiva
(p¿¿2ef <0)¿ Pressão
negativa
absoluta Pressão menor que a atmosférica, é chamada
(depressão) p2
de vácuo ou de depressão;
Pressão
¿¿
absoluta ¿¿ A depressão na escala efetiva tem um valor
Zero
negativo.
absoluto (vácuo absoluto)

Sempre que for utilizada a escala absoluta, após a unidade de pressão Todos os valores da pressão na escala
será indicada a abreviação (abs), enquanto, ao se usar a escala efetiva, absoluta são positivos
nada será indicado.
Barômetro

Evangelista Torricelli (1608-1647) foi o inventor de


um instrumento para medir a pressão atmosférica,
isto é, o “peso” da coluna de ar que faz pressão sobre
cada centímetro quadrado da superfície terrestre.
Esse barômetro é constituído de um tubo de vidro
com a boca para baixo, cheio de mercúrio, com sua
abertura imersa num recipiente cheio de mercúrio.
Devido à pressão que o ar faz sobre a superfície do
recipiente, o nível de mercúrio na coluna aumenta.
Forma-se assim uma coluna de líquido que tem o
mesmo peso da coluna de ar sobre o recipiente.
Portanto, a altura da coluna de mercúrio representa
uma medida da pressão atmosférica. Torricelli
calculou que o efeito da pressão atmosférica no nível
do mar é igual àquela que existe numa pequena
coluna de mercúrio com 760 mm de altura e
corresponde a 1.033 gramas por centímetro quadrado.
Esse valor é chamado “atmosfera” (atm).
Barômetro

Convertendo 760mmHg em kgf/m² e em Pa Se ao invés do mercúrio fosse utilizada a água, qual


seria a altura de coluna de água para produzir a
mesma pressão?
p=γ . h patm = 760 mmHg
p=γ . h
kgf p atm kgf
γ 𝐻𝑔 =13.600 . h Hg=760 mm=760 x 10− 3 m h á gua = γ H O=1000 .
m3 γH O 2
m3
2

kgf −3
p atm=13.600 ∗ 760 x 10 𝑚
m3 10 . 336
kgf
m2
h á gua =
kgf
1 kgf =9,81 N 1 . 000 .
m3

N kgf m 3
p atm=101. 396 h á gua =10,33 6
m2 m2 kgf

p atm=101 .396 Pa p atm=101 , 4 kPa h á gua =10,336 m


Unidades de Pressão
Unidades de pressão  Três grupos:

1) Da fórmula: p = F/A
a) N/m  Pa (pascal);
2 1kgf/m2 = 9,80665 Pa
b) lb/pol2  (libra força por polegada ao quadrado) - psi (pounds per square inches);
1 bar = 14,5 psi
c) 105 N/m2  bar;
d) kgf/m2; e kgf/cm2; 1kgf/cm2 = 14,22 psi = 9,8067x104N/m2 = 0,9807bar

2) Carga: comprimento de coluna líquida

a) mmHg  milímetro de coluna de mercúrio; Massa específica da água a 20 °C e 50 atm = 1.000 kg/m 3
b) mca  metro de coluna de água;
c) cmca  centímetro de coluna de água; Massa específica do mercúrio = 13.600 kg/m3
d) mcL  metro de coluna de líquido.
3) Unidades definidas: Exemplo: atm (atmosfera)

1 atm = 760 mmHg = 101.36 Pa = 1,01 bar = 14,7 psi = 10,34 mca
Medidores de pressão
Manômetro metálico ou de Bourdon Bourdon

o manômetro indicará não a pressão p1, mas a diferença p1 – p2. Logo,


pmanômetro = ptomada de pressão – pexterna
Medidores de pressão
Piezômetro ou Coluna piezométrica

Três defeitos:

a) Comprimento h do tubo muito grande para pressões


elevadas ao utilizar líquidos de baixo peso específico.

b) Não se pode medir as pressões de gases, pois eles escapam


sem formara a coluna h.

c) Não se pode medir pressões efetivas negativas, pois entrará


ar para o sistema.
Medidores de pressão
Manômetro com tubo em U

Um fluido manométrico de elevado


peso específico, reduz a altura da
coluna que se formaria com um líquido
qualquer.

Corrige-se o problema das pressões Com a inclusão de um fluido manométrico que,


efetivas negativas. Se isso ocorrer, a em geral, é mercúrio, permite-se a medida da
coluna de fluido do lado direito ficará pressão de gases, já que o líquido impede que
abaixo do nível A-A estes escapem
Equação manométrica
Regra prática p A +γ 1. h 1 +γ 2 .h2 − γ 3.h3 +γ 4 . h4 − γ 5.h5 − γ 6.h6 ¿ pB
• Começa pela esquerda, em pA
• Desce  ( + )
• Sobe  ( – ) pB +γ 6 . h 6 +γ 5 . h5 − γ 4.h4 +γ 3 . h 3 − γ 2. h2 − γ 1 .h1 ¿ pA
• Termina  Igual a pB
pA

4
pB

h1 1 6
h6
h3 h4
3 h5

h2
5
2
EXERCÍCIOS PARA CASA
EXERCÍCIOS PARA CASA
Mecânica dos Fluidos – 04
Estática dos fluidos parte C
Prof. Camila Famá

Baseado no material do Prof. Laurivan da Silva


Diniz
Força numa superfície submersa xo
X
Ei
O h hcp Superfície livre
y
Se um fluido está em repouso, pela sua definição, não podem y 
existir forças tangenciais agindo nele: todas as forças serão ycp
normais à superfície submersa.
F
A força resultante que o líquido faz sobre uma CG
superfície submersa qualquer é obtida pelo
produto da área pela pressão exercida no centro CP
de gravidade da superfície.

Ei
xo
F= p . A=γ . h . A

Y
O ponto de aplicação da força resultante será
no Centro das Pressões que sempre será
abaixo do Centro de Gravidade.

I CG
y cp= y +
y.A
Objetivo:
Determinar a força resultante que o liquido exerce na
superfície.
Determinar o local onde a força concentrada deve ser
considerada.
Revisão
q=20kN/m
q=10kN/m
q=10kN/m
q=10kN/m

A B A B A B
L = 6m L = 6m L = 6m

𝐐=(𝟑𝟎+𝟔𝟎)𝐤𝐍
𝐪 .𝐋 10 kN .6 m
Q = q.L Q = (10kN/m).6m Q= 𝐐= Q= 𝐐=𝟑𝟎𝐤𝐍 𝐐=𝟗𝟎𝐤𝐍
60 kN 𝟐 m2
Q=90kN

Q=60kN Q=30kN
5m

A B A B A B
CP CP CP
CG CG
L
/2 = 3m CG
L
/2 = 3m
L
/2 L
/2 (1/3).L (2/3).L (4/9).L (5/9).L
3m 3m 2m 4m 2,67m 3,33m
L = 6m
L = 6m L = 6m
Centro de Gravidade
Revisão
q=20kN/m
q=10kN/m

A B
L = 6m

𝐐=(𝟑𝟎+𝟔𝟎)𝐤𝐍
𝐐=𝟗𝟎𝐤𝐍
Q=90kN

A B
CP
CG
L
/2 = 3m

(4/9).L (5/9).L
2,67m 3,33m
L = 6m
Lógica
d1 > d2 > d3 p1=0

CG
d1 F
CP
h2

p2=.h2

CG
d2
F
CP h3

p3=.h3

O Centro das Pressões será sempre mais abaixo


CG do que o Centro de Gravidade. Quanto mais
d3 F
CP funda a superfície estiver, mais o Centro das
Pressões tende a subir aproximando-se do Centro
de Gravidade.
Força resultante das pressões no plano da superfície.
X
ixo
E
Seja o elemento de área dA, no qual a pressão é constante, pois é O h h hcp Superfície livre
horizontal. y
𝑝=𝛾 . h (1) (2) y 
ycp dh
A força no elemento dA, será: 𝑑𝐹 =𝑝 . 𝑑𝐴(3) dA
(1) em (3) e, depois e (2) em (3), tem-se: F
dy CG

Integrando, tem-se: 𝐹=𝛾.senθ∫ 𝑦𝑑𝐴(5) CP

Ei
1

xo
Sabe-se, CG é: 𝑦= ∫ 𝑦 𝑑𝐴

Y
𝐴

∫ 𝑦𝑑𝐴=𝑦.𝐴(6)
(6) em (5), tem-se: 𝐹 =𝛾 . sen θ . 𝑦 . 𝐴(7)
como: (8)

(8) em (7), tem-se:


A força resultante independe do ângulo formado pela
𝐹 =𝛾 . h . 𝐴=𝑝 . 𝐴(9) superfície, desde que o CG se mantenha fixo
Centro das pressões.
X
ixo
Repetindo (4), força no elemento dA, é: E
O h h hcp Superfície livre
y
y 
O momento resultante da força em relação ao eixo X será o ycp dh
produto da força pela distância ao eixo: dA
F
dy CG
Integrando (10) e sendo F a resultante da forças de pressão e
ycp distância do ponto de aplicação ao eixo Ox CP

Ei
xo
(11)

Y
Momento de
inércia para Ox:

𝐼𝑂=∫ 𝑦2𝑑𝐴(12)
(12) Em (11), tem-se: (13)
Repetindo (7) e substituindo em (13) 𝛾 . senθ . 𝐼 𝑂 𝐼 𝑂
𝑦 𝐶𝑃 = = (14)
𝐹 =𝛾 . sen θ . 𝑦 . 𝐴(7) 𝛾 . senθ . 𝑦 . 𝐴 𝑦 . 𝐴
Centro das pressões. (continuação)
X
ixo
𝐼𝑂 E
Repetindo (14) 𝑦 𝐶𝑃 = (14) O h h hcp Superfície livre
𝑦. 𝐴 y
y 
ycp dh
Translação de eixos dA
(Teorema de Steiner) F
dy CG
𝐼 𝑂= 𝐼 𝐶𝐺 + 𝑦 2. 𝐴(15)
CP
OX

Ei
xo
ICG - momento de inércia calculado em relação a um eixo que

Y
passa pelo CG da superfície de área A
(15) em (14), tem-se:
𝐼 𝐶𝐺+ 𝑦 2. 𝐴 𝐼 𝐶𝐺 𝑦 2. 𝐴
𝑦 𝐶𝑃= = + ⇒
𝑦. 𝐴 𝑦. 𝐴 𝑦 . 𝐴
𝐼 𝐶𝐺
𝑦 𝐶𝑃 =𝑦 + (16 )
𝑦. 𝐴
ou 𝐼 𝐶𝐺
𝑦 𝐶𝑃 − 𝑦=
𝑦. 𝐴
Centro das pressões em relação a um eixo Y
X
x ixo

Ei
E

o x
Para figuras simétricas, o centro das pressões estará sempre O h h hcp Superfície livre

Y
y
localizado sobre o eixo da simetria, se este for perpendicular y 
ao eixo Ox. ycp dh
dA
F
dy CG
𝑥𝐶𝑃.𝐹=∫ 𝑥.𝑝𝑑𝐴(16) CP

Eixo Y
Eixo Y

X
i xo X
xCP E ixo
𝑥 E
𝑥=𝑥𝐶𝑃=0
O O

CG CG
CP
𝑦 CP
𝑦
yCP
yCP
Momento de Inércia
Eixos no CG
𝐼 𝐶𝐺
𝐹=𝛾 .h. 𝐴=𝑝 . 𝐴 𝑦 𝐶𝑃 =𝑦 +
𝑦. 𝐴
30° 1m 1m
h
30°

2,5 𝑚.𝑠𝑒𝑛 30 °
𝐴=𝑏.𝑙=2 𝑚.5 𝑚=10 𝑚2 𝑙/ 2=
2,5 𝑚
h=1𝑚+2,5𝑚. 𝑠𝑒𝑛30°=2,25𝑚
h 2,25 𝑚 C
𝑦= = =4,5 m G
𝑠𝑒𝑛 30 ° 𝑠𝑒𝑛 30 °
𝑏 . 𝑙 3 2 𝑚 . ( 5 𝑚 ) 3 125
𝐼 𝐶𝐺= = = 𝑚4
12 12 6
𝑁
𝐹 =10.000 . 2,25 𝑚 .10𝑚 2=225 𝑘𝑁
𝑚3

125 𝑚 4 /6
𝑦 𝐶𝑃 =4,5 𝑚+ =4,96 m
4,5 𝑚.10 𝑚2
𝐹=𝛾 .h. 𝐴=𝑝 . 𝐴
𝐴=𝑏.h=2𝑚.5𝑚=10𝑚2
h
h 1=h 1+1 𝑚+ =10 𝑚+1 𝑚+2,5 𝑚=13,5 m= 𝑦 1
2
h h1
h 2=h 2+1𝑚+ =6,25 𝑚+1𝑚+2,5 𝑚=9,75 m=𝑦 2 h2
2
N 2
𝐹 1=𝛾 1. h 1 . 𝐴=10.000 .13,5 m. 10 m =1.350 kN
m3
N
𝐹 2=𝛾 2 . h 2. 𝐴=8.000 .9,75 m. 10 m 2=780 kN
m3
Diferença de cota
𝐼 𝐶𝐺 𝐼 𝐶𝐺 h 1=13,5 m=𝑦 1
𝑦 𝐶𝑃 − 𝑦= ou h 𝐶𝑃 − h=
𝑦. 𝐴 h. 𝐴 h2=9,75 m= 𝑦 2
𝑏 . h 3 2 𝑚 . ( 5 𝑚 ) 3 125 𝐴=10𝑚2
𝐼 𝐶𝐺= = = 𝑚4
12 12 6
125 𝑚 4
𝐼 𝐶𝐺 6 Diferença de cota
h 1 𝐶𝑃 −h 1= = =0,154 𝑚 entre CG e CP h1
h 1 . 𝐴 13,5 𝑚 . 10 𝑚2 h2
h
𝑑 1= + ( h 1 𝐶𝑝 − h 1 )=2,5 𝑚+ 0,154 𝑚=2,654 𝑚
2
125 𝑚 4
𝐼 𝐶𝐺 6 Diferença de cota
h 2 𝐶𝑃 −h 2= = =0,214 𝑚 entre CG e CP d1 d2
h 2 . 𝐴 9,75 𝑚 .10 𝑚 2
F1 F2
h
𝑑 2= + ( h 2 𝐶𝑝 −h 2 ) =2,5 𝑚+0,214 𝑚=2,714 𝑚
2
𝑑 1=2,654 𝑚 𝑑 2=2,714 𝑚
d1 d2
𝐹 1=1.350kN F1 F 𝐹 2=780 kN
2

Σ 𝑀 𝑂=0 M+ 𝑑 1. 𝐹 1− 𝑑2.𝐹 2− h. 𝑅=0


h. 𝑅=𝑑1. 𝐹 1− 𝑑2.𝐹 2
𝑑 1 . 𝐹 1− 𝑑 2. 𝐹 2
𝑅=
h
𝑅=
2,654 𝑚 .1.350 𝑥 10 3 𝑁 − 2,714 𝑚 .780 𝑥 103 𝑁 𝑅=293.196 𝑁
5𝑚
Obs.: O trecho AB da comporta está submetido a um pressão constante e a força que o fluido faz neste
trecho é vertical para cima. O trecho BC é de acordo com os exemplos vistos na aula.
Mecânica dos Fluidos – 05
Estática dos fluidos parte C
Prof. Camila Famá

Baseado no material do Prof. Laurivan da Silva


Diniz
Força em superfícies reversas, submersas
Em qualquer superfície reversa, as forças nos diversos elementos de área são diferentes em módulo e
direção, de forma que é impossível obter uma somatória delas.

Dificuldade em Forma alternativa em obter


obter a resultante as componentes ortogonais
Força em superfícies reversas, submersas
Componente horizontal. Tem-se uma superfície curva qualquer
Tem-se a projeção vertical da superfície curva
Entre elas, observa-se um volume em equilíbrio estático
Observa-se apenas as foças horizontais F’ e Fx atuando.
Logo F’ = Fx

CG Fx
F’
CP

Ou seja, a componente horizontal que age em qualquer superfície é


igual à força horizontal que age numa superfície plana projetada sobre
um plano vertical.

Então ao se determinar a intensidade e a localização da força sobre a superfície projetada


estaremos determinando a componente horizontal da superfície curva
Força em superfícies reversas, submersas
G

Componente vertical Tem-se uma superfície curva qualquer


Tem-se a projeção na superfície livre do líquido
Entre elas, observa-se um volume em CG
equilíbrio estático
Se a pressão na superfície for a atmosférica as
forças verticais serão o peso G do volume e a
força Fy
Logo Fy =G
Fy
A força peso passa pelo CG do volume,
então Fy também.

Se não houver líquido acima da superfície, a força vertical


será igual ao peso do volume de líquido imaginário contido entre a
superfície e o nível da superfície livre.
Exemplo

Fy

Fx

R=1,2m
b=0,3m
b=0,3m

h=1,2m=R

CG
Fx
R=1,2m
CP

Fy
EMPUXO As pressões no mesmo plano horizontal são iguais.
As forças são sempre perpendiculares ás superfícies
Como a superfície não se movimenta no plano horizontal,
observa-se que as forças horizontais se anulam.
Fy’ Fy
Superfície 1
V1 V2
Fy’
Fz’  

Fx’ Fx

G1
Superfície 2 G2
Fz Sabe-se que a componente vertical que age numa superfície
submersa é igual ao peso do volume de fluido, real ou fictício,
contido acima da superfície.
Fy
𝐹 ′ 𝑦=𝐺1=𝛾 . V 1 2
O saldo F –Fy' será uma força vertical para cima, indicada por E e chamada
empuxo.
EMPUXO O saldo F –Fy’ será uma força vertical para cima, indicada por E é chamada empuxo.

Fy’ Fy
Superfície 1
V1 V2
Fy’
Fz’  

Fx’ Fx V

G1
Superfície 2 G2
Fz

Fy
𝐸=𝐹𝑦 − 𝐹𝑦 ′=𝛾 .(V 2 −V 1)
𝐸=𝛾 . V V

V 2− V 1=V
EMPUXO Pelo princípio de Arquimedes:
“Num corpo total ou parcialmente imerso num fluido, age uma
força vertical de baixo para cima, chamada empuxo, cuja
Peso(G )
Peso espec í fico( γ )= intensidade é igual ao peso do volume de fluido deslocado”.
Volume (V )
G objeto = γ objeto .V objeto Empuxo = γ l í quido . V objeto

G1
.
1

G2 2 = E
E
2 G3

E
3
E
FLUTUADOR Corpo flutuante ou flutuador é qualquer corpo que permanece em
equilíbrio quando está parcial ou totalmente imerso num líquido.

Plano de Seção de Linha de • Plano de flutuação - plano horizontal da superfície livre do


flutuação flutuação flutuação fluido.
• Linha de flutuação - a intersecção do plano de flutuação com
a superfície do flutuador.
• Seção de flutuação - a seção plana cujo contorno é a linha de
flutuação.
• Volume de carena - o volume de fluido deslocado pela parte
imersa do flutuador. O peso do volume de carena é igual à
intensidade do empuxo.
• Centro de carena - o ponto de aplicação do empuxo.
Volume de Centro de
Carena E Carena
As forças que agem num corpo total ou parcialmente submerso em repouso
ESTABILIDADE são:
• o seu peso (G), cujo ponto de aplicação é o centro de gravidade do
corpo,
• o empuxo (E), cujo ponto de aplicação é o centro de carena.

G Um flutuador está em equilíbrio quando o Empuxo


Centro de e o Peso têm a mesma intensidade, a mesma
Gravidade direção e sentidos opostos.
Analisando a estabilidade desse equilíbrio.
Aplica-se uma força pequena nesse corpo fazendo com que se
desloque em relação à posição inicial.
Retirando essa força podem acontecer três coisas:
a) equilíbrio é estável - o corpo retorna à posição de equilíbrio
inicial;
Centro de b) equilíbrio é instável - o corpo, mesmo retirando a força, afasta-se
E Carena cada vez mais da posição inicial;
c) equilíbrio é indiferente - o corpo permanece na nova posição, sem
retornar, mas sem se afastar mais da posição inicial.
A análise da estabilidade no caso de flutuadores reduz-se à estabilidade vertical e de rotação, já
que para deslocamentos horizontais o equilíbrio é indiferente.
Corpo totalmente submerso em equilíbrio E =
ESTABILIDADE G G
Se o corpo estiver totalmente submerso em equilíbrio, o volume
Vertical deslocado será sempre o mesmo. Qualquer que seja o
deslocamento, sempre existirá o equilíbrio, de forma que é um
caso de equilíbrio indiferente.

G E
Para deslocamentos verticais, os flutuadores
têm um equilíbrio estável.

Corpo parcialmente submerso em equilíbrio E = G


• Deslocando o corpo para baixo
• volume de carena e o empuxo aumentam, E > G.
F • retira a força - o flutuador sobe até que haja uma diminuição no volume de
carena para que novamente E = G

F • deslocando o corpo para cima,


• o volume de carena diminuirá, de forma que E<G.
E • Retira a força - o corpo desce até que E = G novamente, e isso acontece na
posição inicial.
ESTABILIDADE
à rotação

Corpo totalmente submerso em equilíbrio E = G

CG abaixo de CC CG acima de CC
equilíbrio estável. equilíbrio instável.
ESTABILIDADE
à rotação
Corpo parcialmente submerso em equilíbrio E = G

Com a rotação em torno do eixo O, o volume de carena, que era


ABCD, passa a ser LICB, com consequente deslocamento do
centro de carena para a esquerda em CC'
Neste caso, o flutuador terá condições de retornar à posição
inicial, estando, portanto, em equilíbrio estável

Surge o ponto M, chamado metacentro, que é a intersecção do


eixo de simetria do flutuador com a direção do empuxo
ESTABILIDADE Corpo parcialmente submerso em equilíbrio E = G

à rotação Ponto M, chamado metacentro, que é a intersecção do eixo de


simetria do flutuador com a direção do empuxo

Ponto M acima do CG Ponto M abaixo do CG Ponto M em CG


o conjugado será contrário à o conjugado será a favor o equilíbrio será
rotação e o equilíbrio, estável. da rotação e o equilíbrio, indiferente.
instável
ESTABILIDADE Corpo parcialmente submerso em equilíbrio E = G

à rotação

A estabilidade do flutuador será aumentada


abaixando o centro de gravidade ou
aumentando o momento de inércia da
seção de flutuação.
Altura de equilíbrio entre
o empuxo e o peso total.

Se o cilindro já afundou 0,2m,


então ainda falta afundar:

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