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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS- UNIPAM

CURSO: História 7º PERÍODO – 2023


Disciplina: História Contemporânea I
PROFESSOR ALTAMIR FERNANDES DE SOUSA

Formação do mundo
contemporâneo
FALCON, Francisco & MOURA, Gerson. A formação do mundo
contemporâneo. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1981.

 1 – Conceituação

 mundo contemporâneo: período histórico cujo marco inicial é a Primeira


Guerra Mundial. O conflito assinala o desmantelamento de toda uma
estrutura organizada em função da Europa capitalista e imperialista.
imperialista

 Ao desmantelar-se a velha ordem,


ordem explodem as grandes crises do século
XX, geradoras de novas estruturas e equilíbrios.

 período de formação do mundo contemporâneo: “Era de transição” ou


passagem da sociedade feudal à sociedade capitalista;

 transição feudal-capitalista: origens e expansão do capitalismo.

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2 – Periodização

 O início do estudo histórico da “formação do mundo contemporâneo” não pode


ser fixado arbitrariamente.

 nesse período ocorreu a estruturação das duas formas de sociedades


contemporâneas: a capitalista e a socialista.

 início da formação do Mundo Contemporâneo se identifica com a desintegração


do Modo de Produção Feudal. Daí a delimitação de duas grandes fases históricas:

a) fase de transição do feudalismo ao capitalismo


b) a fase do estabelecimento
estabeleciment e expansão das sociedades capitalistas.

 transição da sociedade feudal à capitalista: crise do feudalismo XIV/XV aos


séculos XVIII – “era pré-capitalista”.
pré-capitalista

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 A fase de estabelecimento e expansão do capitalismo : estruturação da sociedade
capitalista em todos os seus aspectos, com o capitalismo como forma dominante,
dominante
seguida de sua projeção dominadora sobre extensas áreas do globo terrestre.

Esta fase tem diversas etapas:

1ª – etapa de formação - ascensão e estabelecimento das formas capitalistas e


burguesas (1760/80 até 1870/80);

2ª – etapa de expansão – capitalismo monopolista e expansão colonial imperialista


(1870/80 a 1914/18);

3ª – etapa de crise – marcada pelos conflitos mundiais no século XX,XX tais como a
Revolução Russa (1917) e os fascismos (italiano e alemão) revelam ou acentuam as
contradições e o declínio da sociedade e do Estado liberal.

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3 – A Transição do Feudalismo ao Capitalismo (XV a XVIII)

Transição: esse período de transição feudal/capitalista pode ser designado de


“fase final do feudalismo” como “era do capitalismo comercial” ou “era pré-
capitalista”.

 Nesta introdução geral, examinaremos as principais transformações da era


pré-capitalista, ao nível econômico, para compreender o período de
formação do capitalismo.

 Principais transformações pré-capitalistas:

A – acumulação de capital
B – liberação de mão de obra
C – os progressos da técnica aplicada à produção

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A – a acumulação de capital

“acumulação primitiva de capital”: acumulação de valores de capital, de títulos a bens existentes e se


que se acumulam para fins de especulação,
especulação nas mãos de uma classe que, em virtude de sua posição
na sociedade, é capaz de transformar esses títulos guardados em meios reais de produção.
produção

 A grande variedade de formas sob as quais se realizou a acumulação primitiva de capital exige que
tentemos organizá-las, para simplificar, nos três setores básicos: agricultura, indústria e
comércio.
comércio

 na agricultura: acumulação realiza-se através de transformações agrárias conhecidas como


cercamentos ou enclosures.

 Avanço do capitalismo no campo, que elimina sobrevivências senhoriais e feudais e expropria


rendeiros, parceiros e outros camponeses; liquida-se sistema comunitário; provoca a saída de
grande parte dos camponeses ou sua conversão em simples assalariados.
assalariados

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 Praticados em regiões da Inglaterra desde final do século XV, os cercamentos
tiveram nos séculos XVI e XVII outro caráter suplementar: substituição do cultivo
de cereais pela criação de ovelhas.

 Já no século XVIII, quando chegam ao auge os cercamentos, o objetivo é a


intensificação do cultivo de cereais – é a chamada revolução agrícola.

 no setor industrial: aparecimento e expansão acelerada do capital industrial


(resultante da aplicação de recursos nas atividades produtivas de tipo artesanais e do
seu reinvestimento nessas mesmas atividades); burguesia industrial tende a
distinguir-se da burguesia mercantil (ou comercial), devido às manufaturas.

 Esta burguesia é a grande responsável pelo desenvolvimento dos diversos tipos de


manufaturas.
manufaturas

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 A manufatura assume uma importância muito grande porque é no seu
interior que se faz sentir cada vez mais a crescente diferenciação entre
os detentores do capital e os que, embora ainda possuam seus
instrumentos de trabalho, se subordinam cada vez mais aos primeiros
como assalariados.

 no plano mercantil: acumulação decorre da pirataria e comércio.

 O saque das colônias é a fonte da acumulação; incentiva-se o comércio


com o Oriente (especiarias) e com a África (busca de escravos).

 Outras formas de acumulação primitiva no plano mercantil: exploração


das minas, a exploração agrícola através das plantações tropicais e a
exploração da mão de obra indígena ou importada.

 O Mercantilismo: política econômica de uma era de acumulação primitiva,


integra e coordena estes esforços de uma burguesia em expansão,
expansão
garantindo-lhes privilégios e lucros.

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B – Liberação de mão de obra (formação do proletariado)

 liberação da mão de obra (principalmente camponesa)


camponesa e consequente formação de
um proletariado constituem outra face do processo de “acumulação primitiva”.
primitiva

 liberação de mão de obra na agricultura está ligada ao cercamento dos campos e


expropriação do camponês,
camponês reduzindo-o à condição de assalariado.

 liberação de mão de obra na indústria – foi lenta, uma vez que as corporações de
ofício (associações para regulamentar as profissões e o processo produtivo artesanal nas cidades)
defendem seus privilégios;
privilégios mas elas foram incapazes de impedir o desenvolvimento
da indústria doméstica rural,
rural bem como o aparecimento das manufaturas; estas
concorrem com a produção das oficinas corporativas, incapazes de acompanhar a
expansão do mercado consumidor. A corporação se desintegra.desintegra

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C – Os progressos técnicos

 Estão ligados às duas ‘pré-condições”:


‘pré-condições capital e mão de obra.

 É a partir das necessidades criadas pelo desenvolvimento da produção e do comércio, típico da


expansão europeia verificada a partir do século XV, que os progressos técnicos se aceleram.
aceleram

 A partir do século XV – Renascimento científico – marca o momento desse impulso cuja importância
se torna decisiva nos séculos XVII e XVIII, quando a curiosidade científica, a nova mentalidade
voltada para a observação e experimentação abrem caminho às conquistas científicas desse período.

 progresso técnico: possibilitou que se inventassem máquinas capazes de multiplicar o trabalho


humano.

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 Em relação à produção propriamente dita, verifica-se a tendência à crescente divisão e
especialização do trabalho, vinculadas à necessidade de maior produtividade.

 Numa segunda etapa, coube à máquina, em função da sua própria natureza e do que ela
representa em termos de investimento de capital, acelerar o desenvolvimento do sistema
capitalista

 Assim, a máquina desempenha um papel decisivo no processo de separação entre o


trabalhador e os seus instrumentos de trabalho, uma vez que tende a acentuar a distinção
entre o capitalista (dono do capital e das máquinas) e o trabalhador assalariado, como
comprador de sua força ou capacidade de trabalho.

 Advento da máquina – coroamento dos progressos técnicos e científicos da era pré-


capitalista,
capitalista constitui, ao mesmo tempo, o marco inicial da nova era cada vez mais acentuada
pelo avanço científico e tecnológico.

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 Esta transformação verificou-se historicamente pela primeira vez na Inglaterra da segunda
metade do século XVIII, muito embora tenha sido preparada pelos avanços já obtidos desde o
século XVI e no decurso do século XVII.

 Na Inglaterra do século XVIII, verifica-se, com o rápido crescimento do mercado interno e do


mercado externo,
externo uma exigência de constante aumento da produção manufatureira, a fim de
atender a estas novas possibilidades de venda.

ANÁLISE DO PROCESSO DE TRABALHO NO CAPITALISMO (Marx):

01 – Cooperação Simples (século XIV-XV)

 ponto de partida da produção capitalista


 reunião de grande nº de trabalhadores em um mesmo local,
local sob o comando capitalista
 trabalho assalariado
 aumento da produção em decorrência da produção

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02 – Manufatura - século XVI até final século XVIII – Capitalismo mercantil

 baseada na divisão do trabalho


 decomposição do trabalho artesanal em vários segmentos
 desqualificação da força de trabalho (trabalhador perde visão de conjunto do processo
produtivo)
 trabalho ainda depende da habilidade da força de trabalho (trabalhador ainda detém o ritmo)

 ascensão da burguesia mercantil


 transição das relações de trabalho servis para assalariadas
 período da “acumulação primitiva de capital”
capital

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03 – Maquinofatura – século XVIII e XIX – Capitalismo liberal ou concorrencial ou industrial

 Forma capitalista baseada no uso de máquinas


 Revolução Industrial
 Consolidação do Modo de Produção Capitalista
 Surgimento do proletariado
 Apropriação pelo capital das forças de trabalho suplementares: mulheres e crianças
 Ascensão da burguesia industrial
 Fábrica satânica:
satânica divisão do trabalho intelectual e trabalho manual (trabalhadores qualificados x
trabalhadores não qualificados); lugar da disciplina, hierarquia, supervisão, penalidades
 Elevação do grau de controle do capital sobre o trabalho
 Processo de desqualificação do trabalho – operário é apêndice da máquina

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 Prolongamento da jornada de trabalho
 Extração da mais-valia absoluta
 Lei da oferta e da procura e “mão invisível”
invisível do mercado
 Laissez-faire, laissez passer (mercado autorrealizável)
 Grande expansão do comercio internacional e crescente Divisão Internacional do Trabalho
 Crescimento da pobreza, da prostituição, da violência,
violência de surtos e epidemias (cólera)
 Crescente urbanização das cidades
 Afirmação do Estado liberal
 Rebeldia e resistência da classe trabalhadora (Ludismo, Trade Unions, Sindicatos)
 Surgimento de novas teorias, como o Socialismo
Socialism e o Anarquismo

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A FASE DE FORMAÇÃO DA SOCIEDADE LIBERAL

 As origens da sociedade liberal

 o advento do sistema capitalista em duas partes: Revolução Industrial (aspecto econômico) e revoluções
democrático-burguesas (aspectos sócio-políticos e ideológicos)
ideológicos

1 – A evolução econômica de 1760/80 a 1870/80 – Capitalismo Liberal ou Industrial

 transformações econômicas que caracterizam o advento do capitalismo – Revolução Industrial –


ultrapassam esse âmbito estrito, pois abrangem toda a atividade econô
econ mica do mundo ocidental.

1ª Fase 1760/80 a 1870/80 – fase de formação – “era do capitalismo industrial” ou liberalismo econômico,
época em que se opera o conjunto de transformações que assinalam o estabelecimento de uma nova
sociedade – sociedade capitalista burguesa .

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2ª Fase 1870 a 1914 – expansão do capitalismo – monopólios e expansão do imperialismo e partilha do mundo
entre as grandes potências capitalistas.

1ª fase – O período de formação do capitalismo

modo de produção capitalista :


a)desenvolve-se na Europa a partir da desintegração do feudalismo;
b)separação entre a propriedade dos meios de produção e a força de trabalho;
c)constituição do proletariado,
proletariado que para sobreviver, vende sua força de trabalho em troca do salário;
d)extração da mais-valia.

conceito de Revolução Industrial: duas ideias básicas: denominação como sinônimo de todo e qualquer
processo de industrialização mais ou menos acelerado, assim, revolução industrial é sinônimo de industrialização
em geral.

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 Em segundo, é o conceito histórico preciso, a Revolução Industrial corresponde a um fato cronológico
e determinado, ou seja, sinônimo das transformações ocorridas na Europa Ocidental no final do século
XVIII (inicialmente na Inglaterra) e que se propagou para outros países.

 O processo de industrialização não deve ser entendido como algo homogêneo e regular, pois na
verdade certos setores industrializaram-se mais rapidamente, arrastando os demais, cabendo papel
decisivo nessa primeira etapa aos têxteis, à metalurgia do ferro e aos transportes,
transportes vindo logo após o
vidro, a cerâmica,
cerâmica etc.

 Dentro de cada um desses setores houve diferenciação do ritmo, isto é, defasagens intra-setoriais,
intra-setoriais
como se pode observar no caso da indústria de tecidos de algodão face à da lã; e, na do algodão, a
diferença entre a rápida mecanização da fiação e a mais demorada adoção da máquina na tecelagem.

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A era do capitalismo industrial ou liberal de 1760-80 a 1870/80

 Esta é a época que se multiplicam os processos de industrialização: Estados Unidos, França, Alemanha,
Bélgica, Japão, Itália.
Itália

2ª Fase – Fase de expansão da sociedade liberal (1870-80 a 1914-18)

 Na primeira metade do século XIX, a relação entre a Europa industrializada e o restante do mundo se
centralizava no intercâmbio comercial.

 No início do século XX, porém, a Europa se apropriara de vastas extensões territoriais, impondo-lhes seu
domínio político, bem como subordinara à sua economia as economias dos países não industrializados.

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Evolução econômica – capitalismo monopolista e Imperialismo.

 A partir, aproximadamente, de 1860/70, tendem a acelerar-se determinadas transformações ligadas ao


funcionamento e à própria organização do sistema capitalista, no nível econômico.
econômico

 Tais fatos ocorreram numa época de agravamento das crises periódicas do sistema e de intensificação da
concorrência entre os produtores, numa luta dia a dia mais violenta pelos mercados internos e externos.

 Com isso, o “jogo liberal”, ou seja, a livre concorrência, a livre determinação dos preços pelas leis da oferta
e da procura,
procura o poder decisório do consumidor, foram todos sendo relegados a um plano secundário.

 O capitalismo tornou-se na prática cada vez menos “livre”,


“l tal a capacidade do grande capital e do Estado de
intervirem sobre as condições de funcionamento do mercado.

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 O processo de absorção ou eliminação de empresas pelas suas concorrentes mais fortes ou hábeis, quer
diretamente no duelo da livre concorrência, quer como consequência das épocas de crise econômica. Tal
processo é variado, diversificando segundo cada setor.

 Denomina-se a esta tendência de monopolista. Na prática, o que se encontra é a situação de oligopólio, isto é,
algumas poucas e grandes empresas controlando praticamente um determinado setor do mercado.

 É hábito, porém, falar em “monopólios” e “capitalismo monopolista” para caracterizar esta fase do capitalismo.
capitalismo

 O Imperialismo foi uma consequência da expansão das economias industrializadas. O capitalismo tornou-se
cada vez menos livre.

 A tentativa de diminuir os custos de produção fez somar a livre-concorrência com o avanço tecnológico.

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 A livre-concorrência produziu crises,
crises foi preciso encontrar algo que controlasse os preços. A competição tende a
diminuir a margem do lucro.

OLIGOPÓLIO: poucas e grandes empresas controlando praticamente um determinado setor do mercado.


merc Grandes
empresas deixam de competir e entram num acordo para estabelecer preços altos dos produtos.

CARTEL: empresas que produzem mercadorias similares se reúnem para fixar para estabelecer a divisão de mercado ou
fixar quotas de venda e produção. Cada uma mantém identidade própria. Somente com a intervenção do Estado, o
cartel de desmancha.

TRUSTES: absorção de uma ou mais empresas por outra. As empresas iniciais desaparecem engolidas pela maior. Tende a
se dividir em diversas empresas diferentes juridicamente independentes que representam ramo da mesma
organização.

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HOLDING: super-truste, uma empresa que coordenada diversas outras empresas.- Protecionismo: proteção contra
concorrente externo por meio de taxas alfandegárias.

IMPERIALISMO ≠ COLONIALISMO: o primeiro é econômico, o segundo é também dominação política através da


conquista militar.

Sobre as guerras, a opinião pública são convencidas de que elas são uma necessidade.

Nova expansão colonial: ocupação da Ásia e da África.

3ª Fase - Da Revolução Russa ao pós-guerra: fim do Estado liberal.

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CURSO: História 7º PERÍODO – 2021
Disciplina: História Contemporânea I
PROFESSOR ALTAMIR FERNANDES DE SOUSA

Congresso de Viena
Congresso de Viena
Congresso Viena
• Potências: Inglaterra,
Áustria, Prússia, Rússia;

• Princípio legitimidade:
restaurar o absolutismo;
absolutismo

• Santa aliança: defesa


interesse absolutistas; e

• Intervenção contra
movimentos liberais.
liberais
Congresso de Viena

A Reação conservadora de Governos europeus

As conquistas Napoleônicas haviam modificado a Divisão Política em quase


toda a Europa Ocidental e Central.

Em setembro de 1814, após a Primeira Abdicação de Napoleão, os dirigentes


dos países vencedores organizaram o Congresso de Viena (1814-1815), cujo
objetivo básico era restabelecer a antiga Divisão Política do continente
europeu.

 Equilíbrio entre as potências europeias através da reorganização do mapa


político europeu, restaurando a Monarquia e reinstalando a Aristocracia no
Poder.

O Governo francês teve que se submeter a uma série de imposições, entre elas
o pagamento de indenização de 700 milhões de francos aos países vencedores,
em razão dos prejuízos causados pela Guerra.
Congresso de Viena

 Os principais países que participaram do Congresso, foram:

A Áustria, representada pelo Príncipe Metternich, um dos mais importantes


líderes do Congresso;
a Inglaterra, representada por Castlereagh;
a Rússia, representada pelo Czar Alexandre I;
a Prússia, representada por Hardenberg e por Humboldt;
e a própria França, representada por Talleyrand.

Entre as principais diretrizes aprovadas pelo Congresso de Viena,


destacam-se:

Restauração

Retorno à situação Política europeia de 1792, com o objetivo de


restabelecer os domínios territoriais dos governos europeus antes da
Revolução Francesa;
Congresso de Viena

Legitimidade

Devolução do Governo de cada país aos herdeiros das antigas


Monarquias Absolutistas.

Na França, por exemplo, Luís XVIII, da Dinastia dos Bourbons,


reassumiria o trono.

Solidariedade

Formação de uma Aliança Política entre as Monarquias Europeias


Tradicionais, com o objetivo de reprimir a onda Liberal e
Democrática deflagrada pela Revolução Francesa e ampliada pelas
conquistas Napoleônicas.
Novo Mapa Político da Europa
Santa Aliança

Santa Aliança

Procurando colocar em prática a Política de Solidariedade esboçada no


Congresso de Viena, o Czar Russo Alexandre I propôs, em 1815, a criação
da Santa Aliança entre as Monarquias Europeias Tradicionais e Cristãs.

Em 1818 a Quádrupla Aliança – Inglaterra (não participou da S.Aliança),


Prússia, Rússia e Áustria – recebe a França como Aliada, formando a
Quíntupla Aliança.

Sua base de sustentação estava assentada sobre duas forças tradicionais:

O Trono e o Altar, isto é, a Monarquia e a Igreja.

Os monarcas da Áustria, da Rússia, da Prússia, da França e de outras


nações europeias formaram, então, essa organização, com o objetivo de
se defenderem mutuamente.
Santa Aliança

 Em nome da Santa Aliança, esses Monarcas assumiram o direito de


intervir em qualquer lugar onde surgisse algum processo revolucionário
inspirado no Liberalismo Democrático.

Incluía também os movimentos:

Nacionalistas

Que despontavam em países que se viram obrigados a aceitar as


imposições de Napoleão e, depois, do Congresso de Viena.

Como a Ordem Política determinada pelo Congresso de Viena não


respeitava as diferenças entre os diversos povos e reinos europeus,
estes passaram a lutar por sua autonomia.

Emancipacionistas

Como os das Colônias Americanas pela independência em relação


às Metrópoles Europeias.
Santa Aliança

Motivos do fracasso da Santa Aliança

Embora tenha participado do Congresso de Viena, o Governo inglês negou-


se a participar da Santa Aliança, porque apoiava os movimentos de
Independência na América Latina.

Seu interesse era ampliar os mercados consumidores de seus produtos


industriais; mas para isso necessitava de mercados livres.

Em consequência, os ingleses eram defensores do Liberalismo e contrários


às Intervenções Militares propostas pelos Governos conservadores da
Santa Aliança.
Santa Aliança

 Nos Estados Unidos a Doutrina Monroe (1823) pregava a “América para


os Americanos”, deixando a América sob domínio estadunidense.

 A partir de 1825, a Santa Aliança e o sistema que ela representava


começaram a enfraquecer.

 Revoluções Liberais e Nacionalistas irromperam em várias regiões da


Europa, e as grandes Potências Conservadoras passaram a enfrentar
divergências entre si.

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