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Há mudanças no
tamanho, forma e
proporção do corpo.
Desenvolvimento e mudanças
fisiológicas
Por volta dos 3 anos, as crianças tornam-se mais
compridas e mais esguias.
Começam a perder a face redonda.
Os músculos abdominais desenvolvem-se – a
barriga diminui
O tronco, os braços e as pernas ficam mais
compridos.
Peso e altura
Durante este período
a criança cresce cerca
de 7 centímetros e
aumenta 2 Kg por
ano.
Dentição
ESTÁDIO PRÉ-OPERATÓRIO
Ordem irrelevante (posso começar a contar pelo objecto que quiser que a
contagem será a mesma)
Há um particular interesse em
compreender tudo o que se passa no
mundo.
Desenvolvimento da
linguagem
Vocabulário
Até aos 6 anos a criança estende o seu vocabulário
até às 14 000 palavras, aprendendo em média 9
palavras novas por dia.
Consegue absorver a palavra e o respectivo
significado após ter ouvido a palavra a ser usada
duas vezes.
Desenvolvimento da
linguagem
Gramática e sintaxe
Usam os plurais
Usam os verbos, sabem conjugar o
pretérito
Sabem a diferença entre EU, TU e NÓS
Usam preposições
Alguns sinais de imaturidade
das crianças mais novas
Os adultos que:
•Falam muito com as crianças,
•Lêem histórias
•Ensinam canções
•Aproveitam a variedade de situações do
quotidiano
Estão a estimular o
desenvolvimento da linguagem
É importante saber:
- Pediatra e otorrinolaringologista
- Terapeuta da fala para a avaliação das capacidades
comunicativas e linguísticas da criança;
- Psicólogo para avaliação do desenvolvimento global da
criança.
CAUSAS
As causas do atraso no desenvolvimento da
linguagem não são claras.
Sabe-se que se a situação não for tratada,
há consequências graves ao nível
cognitivo, social e emocional.
A memória das crianças
A memória das crianças aumenta muito
durante o período pré-escolar.
A incapacidade para recordar
posteriormente acontecimentos passados
na infância pode dever-se à forma como
as crianças mais novas codificam os
eventos.
A memória
Memória episódica é apenas temporária; extingue-se ou é
transferida para a memória genérica.
Influencia o que as
pessoas pensam delas
próprias e o que os
outros pensam delas.
Identidade de género
Vimos anteriormente que as crianças mais
pequenas já se reconhecem como
pertencendo a um género ou a outro.
Duas teorias:
1. Identificação com a figura parental do
mesmo sexo;
2. Aprendizagem social
Desenvolvimento da Identidade
de género
- exigência -exigência
+responsividade -responsividade
PAIS INDULGENTES PAIS NEGLIGENTES
A investigação tem demonstrado que pais
que adoptam um estilo parental
participativo têm filhos com maior
sucesso escolar e social.
De facto, se é importante que os filhos
tenham boas notas, o amor parental não
é condicionado por esse facto.
É importante que as crianças sintam que os pais
os amam incondicionalmente, mesmo quando
estabelecem limites (que naturalmente serão
questionados pelas crianças e jovens), quando
dizem ‘não’ ou quando os filhos cometem erros,
e que estas posturas sejam acompanhadas de
uma explicação ou reflexão conjunta sendo que,
em algumas situações, possam ser negociadas.
O percurso no sentido do sucesso nas
funções parentais é construído em cada
dia e, não obstante a investigação nos dar
várias noções que potenciam uma
educação mais eficaz, não há uma
linearidade que tão frequentemente pais e
educadores procuram.
De facto, o desenvolvimento social e afectivo de uma
criança é condicionado fortemente pela educação
parental, mas outras variáveis têm influência, como o
meio escolar, os amigos, as famílias alargadas, ou mesmo
a sociedade em que se encontra.
Deste modo, poderemos encontrar excepções em que
filhos de pais com um estilo participativo poderão ter
menores resultados ao nível escolar e social, ou o inverso
poderá ocorrer com filhos de pais com um estilo
negligente de educação.
De modo geral, os estudos apontam para que os
filhos de pais autoritários sejam obedientes, mas
com maiores níveis de ansiedade, mostrando-se
inseguros e infelizes, com baixa auto-estima e
um índice elevado de depressão. Sendo os filhos
de pais negligentes que apresentam maiores
fragilidades do ponto de vista psicológico,
emocional e social.
Estilo autoritativo estudado em
adolescentes (Lamborn e colaboradores,1991)
• Sintomas
- Atraso nas aquisições sociais e em todas as áreas da maturidade
(linguagem, motricidade, socialização)
- Perturbações do sono, sonolência, apatia, tristeza, abatimento,
hiperactividade, agressividade;
- Problemas de aprendizagem e absentismo escolar;
- Pobre relacionamento com as outras crianças;
- Condutas para chamar a atenção dos adultos
- Comportamentos anti-sociais
- Falta persistente dos pais ou encarregados de educação no
acompanhamento das crianças na escola ou na procura de
cuidados de saúde (não cumprimento do calendário vacinação)
Indicadores ou sinais de alarme
2. Maus tratos físicos
Sinais
•Lesões com diversos tempos de evolução (ex: equimoses com
diferentes colorações);
•Lesões em locais pouco comuns aos traumatismos de tipo acidental
para a idade da criança ( ex: equimoses ou outros ferimentos na face,
especialmente à volta dos olhos, orelhas ou boca - lábios, língua,
dentes; hematomas e contusões nas zonas laterais da cara, orelhas e
pescoço, genitais e nádegas)
•Lesões com diferentes localizações
•Lesões com marca de objectos ( fivela do cinto)
•Queimaduras ou suas cicatrizes
•Marcas de mordeduras
•Alopécia traumática
•Sequelas de traumatismo antigo de que não é conhecida a história
(calos ósseos resultantes de fracturas)
•Intoxicações
Indicadores ou sinais de alarme
2. Maus tratos físicos
“Sintomas”
- Inadequação da explicação dada pelos pais ou
encarregados de educação sobre o mecanismo de
produção da lesão
- Recusa na explicação do processo da lesão
- Inadequação do intervalo de tempo entre a ocorrência
e a procura de cuidados médicos.
- História de lesões repetidas, mesmo que a explicação
para cada lesão parece adequada.
Indicadores ou sinais de alarme
3. Abuso sexual
Dificuldades na detecção e diagnóstico porque:
- Raramente resultam lesões físicas;
- A vergonha e o medo dificultam o pedido de ajuda
- Os menores muito jovens podem confundir a relação
com uma manifestação afectiva normal ou estarem
submetidos à pressão do segredo imposto pelo
abusador.
Indicadores ou sinais de alarme
4. Abuso Emocional
Sinais: deficiências não orgânicas de crescimento, com fraco
desenvolvimento da estatura; infecções; asma; doenças
cutâneas; alergias; auto – mutilação
Sintomas
Perturbações funcionais: apetite: anorexia, bulimia; sono:
terrores nocturnos, posição fetal; controle dos esfíncteres
(enurese, encoprese), Fala (gaguez); tonturas; cefaleias, dores
abdominais
Indicadores ou sinais de alarme (cont)
• Situações de Crise
-agravamento das dificuldades económicas
-emprego precário ou perda de emprego
-separação ou divórcio dos pais
-depressão da mãe ou pai
-morte de familiar
Leituras sugeridas
ALARCÃO, M.- (Des)Equilíbrios Familiares. Coimbra: Quarteto Editora. 2000
AMARO F. - Crianças maltratadas, negligenciadas ou praticando a mendicidade,
Cadernos do CEJ, nº2 Centro de estudos Judiciários, Lisboa, 1986.
CANHA, J. - Criança Maltratada. O papel de uma pessoa de referência na sua
recuperação. Estudo prospectivo de 5 anos. Coimbra: Quarteto Editora, 2000.
MACHADO, Carla. ; GONÇALVES, Rui –Violência e Vítimas de Crimes – Vol. 2 –
Crianças. 2ªed. Coimbra: Quarteto Editora, 2003
MAGALHÃES, Teresa – Maus Tratos em Crianças e Jovens - Guia prático para
profissionais. 3ª ed. Coimbra: Quarteto Editora, 2004.
SANI, Ana Isabel- As crianças e a violência. Coimbra: Quarteto Editora, 2004.