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UNIVERSIDADE KIMPA VITA

FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIKIVI


DEPARTAMENTO DE ECONOMIA-AUDITORIA

MENSURAÇÃO DO CUSTO DE VIDA EM ANGOLA:


INFLAÇÃO VERSUS PIB
(Uma Análise Empírica de 2011 á 2021)

Por: KANDA KASSOBUA FERNANDO MIALA

Orientador: Nsambu Luyadidio, Msc, Msc.


INTRODUÇÃO GERAL
 Costuma-se citar a inflação e a recessão como duas principais causas, que estão levando o país a mais catastróficas
consequências económicas, financeiras e sociais. Uma economia em recessão e com constantes aumentos nos preços revela
problemas na estrutura da economia tais como aumento da taxa de juro, aumentos dos riscos dos investidores, Desvalorização
da moeda local (Kwanza) em relação as principais moedas de relevância internacional e muito mais.
 Nos dias de hoje, 1 dólar corresponde 504,37kz. Se sairmos para o mercado, vamos perceber que o custo de quase todos os
bens e serviços aumentaram.

PROBLEMÁTICA

Será que o aumento do custo de vida em Angola tem sido afectado pela recessão?

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não tem influência significativa sobre o custo de vida,
medido pela taxa de inflação, em Angola, no período de 2011 a 2021..

HIPÓTESES
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tem influência significativa sobre o custo de vida,
medido pela taxa de inflação, em Angola, no período de 2011 a 2021.
Determinar empiricamente a influência do comportamento do PIB sobre o custo de vida dos
angolanos.

OBJECTIVOS  Generalizar sobre os conceitos Inflação e PIB;


 Identificar as causas e efeitos da inflação na economia angolana;
 Modelizar a função da inflação em Angola e identificar o PIB como factor
explicativo;
 Demostrar a relação das variáveis através de um modelo regressão simples.

MÉTODOS TÉCNICAS

Bibliográfica
Indutivo

Documental

Interpretativo

Experimental
Estatístico
ESTRUTURA DO TRABALHO

INTRODUÇÃO GERAL

CAP. I • Generalidades Conceptuais

CAP. II • Situação Económica Angolana

CAP. III • Apresentação e Análise dos Resultados

CONCLUSÃO E SUGESTÕES
CAPÍTULO I- GENERALIDADES CONCEPTUAIS

Produto Interno Bruto


 Definição do PIB nas várias ópticas
 Crescimento Económico

Inflação

 Índice de Preço do Consumidor (IPC)


 Classificação da Inflação

Custo de Vida
CAPÍTULO II – SITUAÇÃO ECONÓMICA ANGOLANA

Variação do PIB Taxa de Inflação

8.54
42

4.95 4.82
3.47 27
25.1
23.7
0.94 0.80
-0.15
18.6
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 -0.702020
2019 2 021
16.9
-1.32 14.3
-2.60 11.4
9.7
7.7 7.5

-5.80

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Correlação
  Y X
Y 1,00000  
X -0,732101 1,00000

 A tabela acima, estuda a relação existente entre inflação e PIB. Portanto a análise destas variáveis numa amostra de 11
observações permitiu estabelecer uma relação linear inversa ao nível 0,732101 ou 73%.
Teste de Causalidade
Hipóteses Nula (H0) t-stat t-tab Decisão Conclusão

Inflação não causa o Crescimento Económico 0,11292 2,262 AH0 Causalidade

Crescimento Económico não causa o Inflação 2,98170 2,262 RH0 Unilateral

 Portanto, os resultados das estimações apresentadas na tabela acima indicam na primeira combinação a existência de
uma relação de causalidade unilateral entre a inflação e o PIB, isso significa que não são dois processos que se
influenciam mutuamente.
Análise de Regressão
Yt = 20,8 – 1,85Xt

Coeficientes Erro-padrão Stat-t


Intercepto 20,88 2,364 8,828
X -1,85 0,572 -3,224

R2= 0,54 N = 11 F-Fisher = 10,39537 T-tab = 2,262 DW = 1,995


Teste de Significância Individual dos Parâmetros
Parâmetro t-stat Sinal de Comparação t-tab Conclusã
• βi = 0
H0 s o
• βi ≠ 0 8,828
H1 β1 >  2,262 RH0
|-3,224|
β2 >  2,262 RH0

Teste de Auto correlação dos Resíduos


Se DW = 0; ρ= 1 (Presença de auto correlação positiva); Substituindo o valor de DW = 1,995057 determinado através do
Se DW = 2; ρ= 0 (Ausência de auto correlação); Eviews 8 (ver Anexo II) teremos:
Se DW = 4; ρ= -1 (Presença de auto correlação negativa)
1,995057 = 2 - 2ρ

ρ = 0,0024715 ≈ 0
Neste sentido, se admitirmos que o coeficiente de auto correlação é nulo (ρ ≈ 0) e a
estatística de DW aproximar-se a 2. (DW 2), concordamos que não existe problema
de auto correlação de ordem 1 no modelo.
Teste de Heterocedasticidade
H0 : ρ = 0
H1: ρ ≠ 0

Variança Residual
t-stat > t-tab.= RH0
Conclusão homocedástica
Condições
t-stat < t-tab.= AH0 Variança Residual
heterocedástica

Como o parâmetro (Ө) estimado pelos MQO é estatisticamente não


significativo, esta estatística dá-nos a conhecer que a variância residual do
modelo é homocedástica, ou seja, é constante ao longo do período amostral.
CONCLUSÃO
 A relação conjunta entre a taxa de inflação e PIB é significativa ao nível de 54%. Por outro lado, as
flutuações do PIB exercem forte influência sobre a inflação, pois constatou-se que se o crescimento do
PIB no próximo exercício for de 1% proporcionará um decréscimo sobre a inflação variando para
19,03%, ceteris paribus. Deste modo, confirma-se a segunda hipótese (H1), feita na introdução do
trabalho, tendo em conta que se provou na prática, mediante o estudo empírico que a variação negativa do
PIB tem influenciado o aumento do custo de vida em Angola.
 Como se pode ver, ao longo do período analisado, o maior controlo dos preços em Angola esteve sempre
associado a um crescimento das receitas de origem petrolífera capaz de alimentar o stock de moeda
estrangeira necessário para a preservação do valor da moeda nacional e o controlo do ritmo de
crescimento dos preços. Qualquer anomalia no mercado internacional do petróleo embarga o alcance da
estabilidade de preços em Angola, levando a economia ao declínio.
SUGESTÕES
 Convém criar uma estrutura cujo fito passa pela ͞ Vigilância dos preços de uma série de produtos pertencentes à
cesta básica, no sentido de se evitarem situações de especulação e assim garantir a estabilidade de preços.
 Estipular políticas que atacam directamente os diversos factores que influenciam o crescimento dos preços em
Angola, sendo não apenas fenómenos monetários, mas também estruturais. Estes últimos justificam que a
componente estrutural da inflação continue relativamente alta.
 Apostar na produção agrícola que poderá potencializar o sector industrial, porque sem isso não há crescimento,
aparentemente mais nada pode acontecer de forma sustentável: nem emprego, nem distribuição de renda, nem
melhoria das condições de vida.
 Maximizar o ajustamento salarial juntos das pessoas que ganham menos, as que sofrem com o impacto da
inflação e com dificuldades em adquirir aquilo que é essencial para satisfação da necessidade básica, mas o
ajustamento deve resulta do aumento da produção nacional e não pelo aumento da massa monetária.
 Investir em capital humano (Saúde e Educação) é a melhor forma de alcançar uma trajectória de crescimento e
desenvolvimento mais alta e sustentável.
UNIVERSIDADE KIMPA VITA
FACULDADE DE ECONOMIA

GRATO PELA
ATENÇÃO

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