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Licenciatura em Economia
Ano Letivo 2021/2022
2º Semestre
Docente: Tanya Araújo
(2008-2021)
Turma M01
Grupo de Trabalho
Esperança Tchimbungulo (57867)
Francisca Duarte (57866)
Francisco Fonseca (57342)
João Mesquita (57314)
Madalena dos Santos (58034)
1 (56206)
Matilde Soares
Índice
Índice Geral
Resumo ......................................................................................................................................... 4
Introdução.................................................................................................................................... 4
Análise .......................................................................................................................................... 5
2.1 Análise do Produto Interno Bruto ............................................................................. 5
2.1.1 Evolução do PIB a preços correntes no período 2008-2021 ................................. 6
2.1.2 Evolução do PIB a preços constantes no período 2008-2021 ............................... 6
2.1.3 Análise da Taxa de Crescimento Real e Acumulada do PIB................................... 7
2.2 Análise das Importações de Bens ..................................................................................... 8
2.2.1 Evolução das Importações de Bens a preços correntes do período 2008-2021 ... 9
2.2.2 Evolução das Importações de Bens preços constantes do período 2008-2021
(Ano Base = 2011) ................................................................................................................. 9
2.3 Análise da Relação entre o PIB e as Importações de bens..................................... 10
2.3.1 Análise da Relação entre o PIB e as Importações de bens a preços correntes do
período 2008-2021 .............................................................................................................. 10
2.3.2 Análise da Relação entre o PIB e as Importações a preços constantes do período
2008-2021 (Ano Base = 2011) ............................................................................................. 11
Conclusão ................................................................................................................................... 13
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 14
Anexos ........................................................................................................................................ 14
Anexo 1 – Documento Excel ................................................................................................. 14
Anexo 2 – Importações de Bens de Portugal por tipo ........................................................ 14
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Índice de Tabelas
Tabela 1 - Análise do PIB a preços correntes e constantes .......................................................... 5
Tabela 2 - Taxa de Crescimento Real do PIB .............................................................................. 5
Tabela 3 - Taxas de Crescimento Acumulada a Preços Correntes e Constantes do PIB ............. 5
Tabela 4 - Taxa de Crescimento Média a Preços Correntes e Constantes do PIB ....................... 5
Tabela 5 - Análise das Importações de Bens a preços correntes e constantes .............................. 8
Tabela 6 - Taxas de Crescimento Acumulada a Preços Correntes e Constantes das Importações
de Bens .......................................................................................................................................... 8
Tabela 7 - Taxa de Crescimento Média a Preços Correntes e Constantes das Importações de
Bens ............................................................................................................................................... 8
Índice de Gráficos
Gráfico 1 - Evolução do PIB a preços correntes .......................................................................... 6
Gráfico 2 - Evolução do PIB a preços constantes ........................................................................ 6
Gráfico 3 – Evolução da Taxa de Crescimento Real do PIB ....................................................... 7
Gráfico 4 - Evolução das Importações de Bens a preços correntes .............................................. 9
Gráfico 5 - Evolução das Importações de Bens a preços constantes ............................................ 9
Gráfico 6 - Dispersão entre o PIB e as Importações de Bens a preços correntes ..…………… 10
Gráfico 7 - Dispersão entre o PIB e as Importações de Bens a preços constantes …………… 11
3
Resumo
Intitulado Análise da evolução do PIB e da Importação de Bens, o seguinte trabalho, surge com
o principal objetivo a análise da evolução do crescimento económico português, através do
medidor PIB bem como a análise da evolução das Importações de bens tendo como finalidade a
análise da relação entre ambos. Apresentaremos por fim as conclusões retiradas e o conhecimento
auferido com a sua realização.
Introdução
O presente relatório foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Análise da Informação
Económica e Empresarial, do 1º ano da Licenciatura em Economia. É certo que a economia
portuguesa apresenta uma elevada dependência de importação de bens do exterior e, deste modo,
debruçamo-nos sobre a análise da evolução de duas variáveis macroeconómicas, o PIB e a
Importação de Bens, entre 2008 e 2021, a preços de 2011, investigando a relação entre as mesmas
para o resultado das contas nacionais portuguesas.
De modo a estudar o PIB - soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada
região, durante um determinado período - e as Importações - bens e serviços de consumo e de
investimento produzidos pelo Resto do Mundo - e a relação entre os mesmos para o período em
análise, tivemos de recorrer a variadas técnicas de análise de dados, bem como aprofundar os
conteúdos lecionados nas aulas e ainda proceder a uma recolha de dados de fontes externas.
Assim, a metodologia analítica utilizada permitiu encontrar valores reais e nominais e estimar
taxas de crescimento reais, médias e acumuladas. Foram ainda averiguadas inúmeras variáveis
estatísticas, nomeadamente, médias aritméticas, desvio-padrão, índices de base móvel e de base
fixa e ainda o coeficiente de correlação linear. Será ainda apresentado um documento Excel com
todos os cálculos efetuados.
Todos os dados estatísticos necessários para a realização do trabalho foram recolhidos a partir do
portal PORDATA, visto que este é uma base de dados sobre Portugal com estatísticas oficiais e
certificadas sobre o país e a Europa.
Através da elaboração deste relatório, é percetível a influência que as importações têm de facto
no Produto Interno Bruto do país, permitindo-nos também perceber a evolução destas duas
grandes variáveis e o impacto que a crise económica e financeira de 2008, bem como, mais
recentemente, a crise pandémica de 2020, tiveram no PIB e nas importações de Bens.
4
Análise
5
2.1.1 Evolução do PIB a preços correntes no período 2008-2021
2.1.2 Evolução do PIB a preços constantes no período 2008 -2021
200000000,00 200000000,00
150000000,00 150000000,00
100000000,00 100000000,00
50000000,00 50000000,00
0,00 0,00
2020
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2021
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
Gráfico 1 - Evolução do PIB a preços correntes Gráfico 2 - Evolução do PIB a preços constantes
Fontes: Cálculos dos autores.
Análise
Através da análise do gráfico acima apresentado, gráfico 1, é possível verificar que entre 2008 e
2012 o valor do PIB a preços correntes não se alterou significativamente e a partir de 2012
apresentou uma subida contínua, que só terá sido contrariada em 2020.
A grande recessão de 2008 que deu origem à crise financeira que Portugal experienciou entre
2010 e 2014 explica os dados anteriormente evidenciados. De facto, a presença de inflação faz
com que o PIB a preços correntes tenha tendência a crescer. Deste modo, a tendência descendente
do PIB a preços correntes verificada entre 2008 e 2012 revela uma depressão na economia, bem
como em 2020, no caso, provocada pela pandemia. Assim a tendência ascendente verificada em
2021 indica uma nova fase de crescimento, e consequente aquecimento, da economia.
Através da avaliação do PIB a preços constantes no período entre 2008 e 2021 é, mais uma vez
possível detetar facilmente as crises que afetaram o produto entre 2010 e 2012 (crise financeira),
e em 2020 (crise pandémica). Neste sentido, as taxas de variação do PIB a preços constantes nos
períodos anteriormente referidos são negativas.
Para além disso, é também possível verificar que o crescimento do PIB a preços constantes entre
2008 e 2021 é praticamente inexistente. Ora, o PIB a preços correntes, como verificámos
anteriormente, sofreu uma alteração muito mais significativa neste período. Ao cruzar estas duas
informações, é possível perceber então que o crescimento do PIB a preços correntes no período
de 2008 a 2021 se deveu à inflação e não a um crescimento do produto em termos reais.
6
2.1.3 Análise da Taxa de Crescimento Real e Acumulada do PIB
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
-2
-4
-6
-8
-10
Análise
Em relação à taxa de crescimento real do PIB português, podemos observar que esta esteve em
constante subida desde 2014, sendo 2020 a exceção devido à pandemia que vivemos.
Por outro lado, entre 2010 e 2014 a taxa de crescimento foi negativa, mais uma vez causada por
uma crise, neste caso devido à Grande Recessão de 2008. Estes anos em questão influenciaram
bastante a taxa de crescimento real média e acumulada do PIB, pela negativa, mas com a ajuda
do crescimento acentuado de 2021, estas permaneceram positivas, assumindo assim valores de
1,279% e 17,9644%, respetivamente e como observado nas tabelas 3 e 4.
Tendo agora em conta a inflação e considerando 2011 como ano base, verificamos que a evolução
que parecia ter existido quando analisámos o PIB a preços correntes, não foi tão grande quanto
esperávamos. Afetadas pelas duas crises, as taxas de crescimento real média e acumulada do PIB
a preços constantes adotaram valores de 0,3442% e 4,5682%, como constam nas tabelas 4 e 3,
respetivamente.
7
2.2 Análise das Importações de Bens
Importação
Importação IPC IPC IPC
IPC de Bens -
de Bens - Base Base Base
Anos VAR (%) IPC Base Preços
Preços Móvel Fixa Fixa
Móvel Constantes
Correntes (%) 2008 2011
2011
8
2.2.1 Evolução das Importações de Bens a preços correntes do
período 2008-2021
2.2.2 Evolução das Importações de Bens preços constantes do
período 2008-2021 (Ano Base = 2011)
80000,00 80000,00
60000,00 60000,00
40000,00 40000,00
20000,00 20000,00
0,00 0,00
2015
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2018
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2019
2020
2021
Gráfico 4 - Evolução das Importações de Bens a preços correntes Gráfico 5 - Evolução das Importações de Bens a preços constantes
Análise
Com base na tabela 5 e no gráfico 4, podemos constatar que no período analisado as importações
dos bens, a preços correntes, diminuíram significantemente em relação ao período homólogo nos
períodos - 2009, 2012 e 2020. Este decréscimo terá ocorrido em resultado da crise económica e
financeira (iniciada em 2008), das medidas de austeridade aplicadas pelo Governo, na sequência
do resgate financeiro e da crise pandémica. Os confinamentos originaram baixos níveis de
consumo e produção e adicionando ao plano pandémico, as restrições de fronteiras implementadas
complicaram o transporte de bens contribuindo desta forma para uma descida significativa.
É de fazer referência que estes casos são também refletidos no índice de base móvel, pois nos
períodos em que houve uma variação negativa do IPC, o índice de base móvel foi inferior a 100
e nos períodos em que ocorreu uma evolução positiva, o índice de base móvel foi superior a 100.
Contudo, observa-se que em 2020 não houve variação do IPC, daí o índice de base móvel ser
igual a 100.
Se nos focarmos nos valores de base fixa que estão abaixo de 100, podemos afirmar que estes
estão associados a períodos em que houve uma diminuição das importações relativamente ao ano
base 2011.
Apesar de uma evolução instável as importações terão aumentado 1,95% e 28,54% por ano.
Através dos valores calculados na tabela nº5 calculamos as taxas de crescimento a preços
constantes: 1,01% e 13,96%, valores estes inferiores aos calculados para os preços correntes.
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2.3 Análise da Relação entre o PIB e as Importações de bens
2.3.1 Análise da Relação entre o PIB e as Importações de bens a
preços correntes do período 2008-2021
Covariância 1,2783E+11
y = 1308x + 1E+08
R² = 0,7253
10
2.3.2 Análise da Relação entre o PIB e as Importações a preços
constantes do período 2008-2021 (Ano Base = 2011)
Covariância 65122336607
y = 1308x + 1E+08
R² = 0,7253
11
Análise
De modo a aferir se existe algum tipo de relação entre o PIB e as Importações e, caso exista, o
quão intensa esta é, foram calculados tanto os valores da covariância como do coeficiente de
correlação linear.
Através da análise dos gráficos 6 e 7 onde o PIB foi considerado a variável dependente (Y) e as
importações a variável independente, é possível concluir que, quer a preços correntes quer a
preços constantes, existe uma relação positiva entre ambas, uma vez que estas evoluem no mesmo
sentido, daí termos obtido valores positivos na covariância.
Perante estes dados, é possível afirmar que as importações afetam o desempenho económico
medido pelo PIB não só a preços correntes como também a preços constantes.
12
Conclusão
A partir do relatório elaborado, é notável a relação existente entre as Importações de Bens e o
Produto Interno Bruto no nosso país. Através da metodologia aplicada e dos cálculos efetuados,
foi-nos possível perceber que a Importação de Bens para o território nacional afeta o desempenho
económico medido pelo PIB. No entanto, é de extrema importância mencionar o impacto de
ambas as crises, tanto a crise financeira de 2008, como mais recentemente a crise provocada pela
pandemia da COVID-19, no desempenho destas duas variáveis macroeconómicas.
Apesar das Importações aparecerem como valor a subtrair para o cálculo do Produto
Interno Bruto, verificamos que a correlação entre as duas variáveis é forte. A que se deve então
este fenómeno? Uma das possíveis justificações prende-se com o facto de Portugal apresentar
como bens mais importados os grupos “minérios e metais”, “químicos, borrachas” e “máquinas”.
Todas estas categorias representam bens de consumo intermédio, adquiridos maioritariamente
para a produção de bens que acabarão eventualmente por ser exportados. Assim, a importação de
bens a preços mais competitivos permite uma redução de custos e consequente mais valia para as
contas nacionais.
No decorrer da elaboração do relatório, foi possível perceber que ambas as crises acima
mencionadas tiveram de facto impacto relevante tanto na Importação de Bens como no PIB.
Assim, é visível a diminuição significativa destas duas variáveis, em relação a períodos
homólogos, principalmente nos anos de 2012 e 2020, referentes então aos períodos de crise. Com
o abrandamento da pandemia e a reabertura de inúmeros setores da economia, é de esperar que o
comércio internacional recupere.
Antes de terminar, é de elevada importância olhar para o atual panorama mundial e
mencionar o impacto que o mais recente conflito Ucrânia-Rússia poderá ter no futuro do comércio
internacional e, consequentemente, das variáveis abordadas. Portugal é um grande importador de
produtos russos, nomeadamente em “combustíveis minerais”, “metais comuns”, “químicos”,
“agrícolas” e “plásticos e borracha”. Quanto à Ucrânia, é de destacar a importação dos “produtos
agrícolas”, com forte destaque para o milho, a representar mais de metade das compras feitas à
Ucrânia. Com as sucessivas sanções aplicadas à Rússia e a incapacidade de produção dos dois
países em conflito, é evidente que a Guerra na Europa terá um forte impacto na balança
portuguesa.
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Referências Bibliográficas
DN/Lusa. (22 de Fevereiro de 2022). O que representam Rússia e Ucrânia para a balança
comercial portuguesa. Obtido de Diário Notícias : https://www.dn.pt/internacional/o-
que-representam-russia-e-ucrania-para-a-balanca-comercial-portuguesa-
14614297.html
INE, P. (12 de Abril de 2022). Importações de Bens: Total e por tipo. Obtido de PORDATA - Base
de Dados Portugal Contemporâneo:
https://www.pordata.pt/Portugal/Importa%c3%a7%c3%b5es+de+bens+total+e+por+ti
po-2326
INE, P. (30 de Março de 2022). PIB. Obtido de PORDATA - Base de Dados Portugal
Contemporâneo: https://www.pordata.pt/Portugal/PIB-130
Anexos
Fontes: INE – Estatísticas do comércio; PORDATA > Portugal > Macroeconomia > Comércio internacional >
Importações de Bens por tipo > Consulta avançada.
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