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DIODO SEMICONDUTOR

Eletrônica Geral e Industrial - Eletrotécnica


Prof. Msc. Fernando Palma Batista
fernandop@cefetmg.br

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INTRODUÇÃO

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Introdução

• O diodo semicondutor é um dispositivo de


eletrônica com uma vasta gama de aplicações.

• Criado por meio de uma junção de materiais tipo p


e materiais tipo n, a junção pn.

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Introdução
• No instante de união dos materiais, a região em
que ocorre a junção é chamada de região de
depleção.

• Nessa junção ocorre a absorção dos elétrons do


material tipo n pelas lacunas do material tipo p,
formando íons.

• Sendo assim, há um esgotamento de portadores


livres

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Introdução

• Ao dispositivo criado são, então conectados dois


terminais, um em cada tipo de material.

• O material poderá então ser submetido a uma


tensão elétrica, ou seja, pode ser aplicada uma
polarização.

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Introdução

• Existem três tipos de polarização:


• Polarização direta;
• Polarização reversa;
• Sem polarização.

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Introdução

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DIODO SEM POLARIZAÇÃO

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Diodo sem polarização
• Na situação sem polarização, não há diferença de
potencial aplicada a junção pn.

• A região de depleção é formada, com íons


positivos no lado do material tipo n e íons negativos
no lado do material tipo p.

• Ocorre a movimentação dos portadores


minoritários na região de depleção entre os
materiais do tipo p e n.

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Diodo sem polarização
• Ocorre movimentação de poucos portadores
majoritários entre os materiais do tipo p e n.

• Os fluxos de portadores majoritários e minoritários


se anulam.

• Sendo assim, na ausência de uma polarização


aplicada a um diodo semicondutor, o fluxo líquido
de carga em um sentido é zero.

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Diodo sem polarização

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DIODO POLARIZADO

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Diodo polarizado
• Ao se aplicar uma tensão diferente de 0 nos
terminais de um diodo semicondutor, ele passa a
atuar na condição de polarizado.

• A polarização aplicada ao diodo pode ser reversa


ou direta.

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Diodo polarizado
• A polaridade considerada para o diodo e sua
representação por meio de símbolo são.

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POLARIZAÇÃO REVERSA

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Polarização reversa
• Considerada quando é aplicada uma tensão
externa no diodo de forma que:
• O terminal positivo é ligado ao material tipo n;
• O terminal negativo é ligado ao material tipo p.

• Os elétrons do material tipo n são atraídos para o


polo positivo da fonte, aumentando o número de
íons positivos no material.

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Polarização reversa
• Já os elétrons do polo negativo da fonte são
atraídos para o material tipo p fazendo com que o
número de íons negativos nele aumente.

• O resultado é, portanto, uma alargamento da


região de depleção, o que impede o fluxo de
portadores majoritários.

• Porém, ainda existe um fluxo de portadores


minoritários.

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Polarização reversa

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Polarização reversa

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POLARIZAÇÃO DIRETA

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Polarização direta
• Considerada quando é aplicada uma tensão
externa no diodo de forma que:
• O terminal negativo é ligado ao material tipo n;
• O terminal positivo é ligado ao material tipo p.

• Os elétrons do material tipo n são forçados a se


recombinarem aos íons positivos.

• As lacunas do material tipo p são forçadas a se


recombinarem aos íons negativos.

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Polarização direta
• O que ocorre com a região de depleção?
• Diminui, favorecendo a passagem do fluxo de portadores
majoritários.

• E o fluxo de portadores minoritários?


• Não se altera, pois o número de portadores minoritários é
limitado e tem relação com impurezas e estímulos externos
naturais.

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Polarização direta

• O que ocorre com o aumento da intensidade da


tensão direta aplicada?

• Uma maior diminuição da região de depleção, aumentando


mais ainda o fluxo de portadores majoritários, de forma que
a corrente elétrica aumente exponencialmente.

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CURVA DO DIODO

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Curva do diodo

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Curva do diodo
• A curva tracejada mostrada anteriormente ilustra o
comportamento geral ideal de um diodo, tanto sem
polarização, como com as polarizações direta e
reversa.

• Essa curva mostra:


• O estabelecimento de uma corrente reversa de saturação
com baixa tensão reversa relativa.
• O aumento rápido de corrente após o “joelho” da curva,
após uma tensão de polarização direta menor que 1 V.

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Curva do diodo

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Curva do diodo

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Exemplo

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Curva do diodo
• Influências de resistências externas e
encapsulamento, dentre outros fenômenos.

• Comportamento real do diodo difere do ideal (curva


azul X curva tracejada)

• Sentido da corrente:
• considerando o convencional, para a região positiva,
corresponde a ponta da seta no símbolo do diodo.

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Curva do diodo
• Corrente de saturação reversa costuma ser maior
em magnitude que a teórica;
• Isso se deve a fatores, como por exemplo:
• Corrente de fuga
• Geração de portadores na região de depleção;
• Níveis de dopagem;
• Temperatura de operação;
• Etc.

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REGIÃO DE RUPTURA

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Região de Ruptura
• A aplicação de uma tensão reversa suficientemente
alta faz com que o diodo entre em ruptura.

• Esse fenômeno se caracteriza pelo aumento de


velocidade de fluxo de portadores minoritários.

• Esse aumento de energia cinética faz com que


sejam gerados outros portadores adicionais.

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Região de Ruptura
• São liberados portadores adicionais.

• Por causa dos portadores, a corrente no diodo


aumenta muito.

• A entrada na região de ruptura faz com que as


características do diodo se alterem, por tanto, em
geral, deve ser evitada.

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Região de Ruptura
• A tensão reversa máxima antes da ruptura é
chamada tensão de pico inversa.

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DIODOS DE ELEMENTOS
DIFERENTES

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Diodos de elementos diferentes

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Diodos de elementos diferentes
• Pode-se notar diferentes tensões de joelho:
– 0,3 V (Ge)
– 0,7 V (Si)
– 1,2 V (GaAs)

• Há diferenças também na corrente de saturação e


tensão de ruptura.

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Exemplos
1. Utilizando o gráfico mostrado anteriormente,
determine:
a) A tensão através do diodo para uma corrente de 1 mA;
b) A tensão através do diodo para uma corrente de 4 mA;
c) A tensão através do diodo para uma corrente de 30 mA;
d) A tensão média do diodo para a faixa de correntes citada
anteriormente
e) Compare essa tensão média com a tensão de joelho de
cada diodo.

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VARIAÇÃO COM A
TEMPERATURA

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Variação com a temperatura

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Variação com a temperatura
• Com o aumento da temperatura:
– Na região de polarização direta, a curva característica do
diodo desloca-se para a esquerda;
– Na região de polarização inversa, a corrente reversa
aumenta;
– A tensão de ruptura também se eleva em magnitude.

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IDEAL X PRÁTICO

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Diodo ideal
• Quando o diodo é considerado ideal, como ele se
comporta?
• Na polarização reversa, o diodo é dado como uma chave
aberta, ou seja, um ponto de circuito aberto.
• Na polarização direta, o diodo é dado como uma chave
fechada, ou seja, um ponto de curto circuito.

• Sendo assim, como seria a resposta da corrente


em um circuito série entre um diodo ideal e um
resistor?

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