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Regras de Derivação Capítulo 3

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REGRAS DE DERIVAÇÃO

3.4
Regra da Cadeia

Nesta seção, nós aprenderemos sobre:


Derivadas de Funções Compostas utilizando a
Regra da Cadeia

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REGRA DA CADEIA

Suponha que você precise derivar a


função
2
F ( x)  x  1

As fórmulas de derivação que você


aprendeu nas seções precedentes deste
capítulo não lhe permitem calcular F’(x).

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REGRA DA CADEIA

Observe que F é uma função composta.

De fato, se tomarmos y  f (u )  u e
u = g(x) = x2 + 1, então poderemos
escrever y = F(x) = f (g(x)), isto é, F = f o g.

Sabemos como derivar ambas, ƒ e g.

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REGRA DA CADEIA

Então seria útil ter uma regra que nos


dissesse como achar a derivada de F = f o g
em termos das derivadas de ƒ e g.

Resulta que a derivada da função composta


f o g é o produto das derivadas de f e g.

Esse fato é uma das mais importantes regras


de derivação, chamada Regra da Cadeia.

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REGRA DA CADEIA

Ela parece plausível se interpretarmos as


derivadas como taxas de variação.

Considere:
 du/dx como a taxa de variação de u em relação a x,
 dy/du como a taxa de variação de y em relação a u,
 dy/dx como a taxa de variação de y em relação a x.

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REGRA DA CADEIA

Se u variar duas vezes mais rápido que x e


y três vezes mais rápido que u, então
parece razoável que y varia seis vezes mais
rápido que x, e assim esperamos que

dy dy du

dx du dx

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A REGRA DA CADEIA

Se g for derivável em x e f for derivável em g(x),


então a função composta F = f o g, definida por
F(x) = f (g(x)) será derivável em x e F’ será dada
pelo produto
F(x) = f’ (g(x)) . g’(x)

Na notação de Leibniz, se y = f (u) e u = g(x) forem


funções deriváveis, então dy dy du

dx du dx

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COMENTÁRIOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO

Seja Δu a variação de u correspondente à


variação de Δx em x, isto é:

Δu = g(x + Δx) - g(x)

Então, a variação correspondente em y é

Δy = f (u + Δu) - f (u)

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COMENTÁRIOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO Equação 1

É tentador escrever
dy y
 lim
dx x 0 x
y u
 lim 
x  0 u x

y u
 lim  lim
x  0 u x  0 x

y u dy du
 lim  lim 
u  0 u x  0 x du dx
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COMENTÁRIOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO

A única falha nesse raciocínio é que em (1) pode


acontecer que Δu = 0 (mesmo quando x ≠ 0) e,
obviamente, não podemos dividir por 0.

Não obstante, esse raciocínio pelo menos sugere


que a Regra da Cadeia seja verdadeira.

Uma demonstração completa da Regra da Cadeia


será dada no fim desta seção.

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COMENTÁRIOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO Eq. 2 e 3

A Regra da Cadeia pode ser escrita na


notação linha
(f o g)’(x) = f’ (g(x)) . g’(x)

ou, se y = f (u) e u = g(x), na notação de


Leibniz:
dy dy du

dx du dx

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REGRA DA CADEIA

A Equação 3 é fácil de ser lembrada, pois se


dy/du e du/dx fossem quocientes, então
poderíamos cancelar du.

Lembre-se, entretanto, de que du não está


definida, e du/dx não deve ser interpretado
como um quociente de fato.

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 1
2
Encontre F’(x) se F ( x)  x 1

 Solução 1: (usando a Equação 2): No início desta


seção expressamos F como F(x) = ( f o g)(x) = f (g(x)),
onde f (u )  ue g(x) = x2 + 1.

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 1

 Uma vez que

temos F '( x)  f '( g ( x))  g '( x)


1
  2x
2
2 x 1
x

x2  1
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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 1

 Solução 2: (usando a Equação 3): Se tomarmos


u = x2 + 1 e y  u ,então

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REGRA DA CADEIA

Quando usarmos a Fórmula 3, deveremos


ter em mente que:

 dy/dx refere-se à derivada de y quando y é


considerada uma função de x (chamada derivada de
y em relação a x);

 dy/du se refere à derivada de y quando y é


considerada uma função de u (a derivada de y em
relação a u).

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REGRA DA CADEIA

Assim, no Exemplo 1, y pode ser


2
considerada uma função de ( y  x  1)
e também uma função de ( y  u ) .

Observe que

enquanto

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REGRA DA CADEIA

Ao usarmos a Regra da Cadeia trabalhamos


de fora para dentro.
 A Fórmula 2 diz que derivamos a função de fora f
[na função de dentro g(x)] e então multiplicamos pela
derivada da função de dentro.

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 2

Derive:

a. y = sen (x2)

b. y = sen2 x.

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 2 a

 Se y sen(x2), então a função de fora é a função


seno, e a função de dentro é a função quadrática;
logo, a Regra da Cadeia dá

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 2 b

 Observe que sen2 x (sen x)2. Aqui, a função de fora


é a função quadrado, e a função de dentro é a
função seno. Então

 A resposta pode ser deixada como 2 sen x cos x ou


escrita como sen 2x (pela identidade trigonométrica
conhecida como fórmula do ângulo duplo).

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COMBINANDO A REGRA DA CADEIA

No Exemplo 2(a) combinamos a Regra


da Cadeia com a regra para derivar a
função seno.

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COMBINANDO A REGRA DA CADEIA

Em geral, se y = sen u, onde u é uma função


derivável de x, então, pela Regra da Cadeia,

Assim,

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COMBINANDO A REGRA DA CADEIA

De modo análogo, todas as fórmulas para


derivar funções trigonométricas podem ser
combinadas com a Regra da Cadeia.

Vamos explicitar o caso especial da Regra


da Cadeia, onde a função de fora ƒ é uma
função potência.

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COMBINANDO A REGRA DA CADEIA

Se y = [g(x)]n, então podemos escrever


y = f (u) = un, onde u = g(x).

Usando a Regra da Cadeia e em seguida a


Regra da Potência, obteremos

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REGRA DA POTÊNCIA COMBINADA Regra 4
COM A REGRA DA CADEIA

Se n for qualquer número real e u = g(x)


d n n 1 du
for derivável, então (u )  nu
dx dx

d n n 1
Alternativamente, [ g ( x)]  n[ g ( x)] . g '( x)
dx
 Observe que a derivada no Exemplo 1 poderia ser
calculada tomando n = ½ na Regra 4.

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REGRA DA POTÊNCIA COMBINADA EXEMPLO 3
COM A REGRA DA CADEIA

Derive y = (x3 - 1)100.

 Tomando u = g(x) = x3 - 1 e n = 100 em (4), temos:

dy d 3
 ( x  1)100
dx dx
3 d 3 99
 100( x  1) ( x  1)
dx
 100( x 3  1)99  3x 2
 300 x 2 ( x 3  1)99
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REGRA DA POTÊNCIA COMBINADA EXEMPLO 4
COM A REGRA DA CADEIA

1 .
Encontre f’ (x) se f ( x)  3
x2  x  1

 Primeiro reescreva f : f (x) = (x2 + x + 1)-1/3


1 2 4 / 3 d
 Assim, f '( x)   ( x  x  1) ( x 2  x  1)
3 dx
1 2
  ( x  x  1) 4 / 3 (2 x  1)
3

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REGRA DA POTÊNCIA COMBINADA EXEMPLO 5
COM A REGRA DA CADEIA
9
 t2 
Encontre a derivada da função g (t )   
 2t  1 
 Combinando a Regra da Potência, da Cadeia e do
Quociente, obtemos
8
 t2  d  t2 
g '(t )  9    
 2t  1  dt  2t  1 
8 8
 t  2  (2t  1)  1  2( t  2) 45( t  2)
 9  2

 2t  1  (2t  1) (2t  1)10

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 6

Derive y = (2x + 1)5(x3 - x + 1)4.

 Neste exemplo devemos usar a Regra do Produto


antes de usar a Regra da Cadeia:

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 6

 Observando que cada termo tem o fator comum


2(2x + 1)4(x3 - x + 1)3, podemos fatorá-lo e escrever
a resposta como

dy
 2(2 x  1) 4 ( x3  x  1)3 (17 x 3  6 x 2  9 x  3)
dx

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 7

Derive y = esen x.

 Aqui a função de dentro é g(x) = sen x, e a função de


fora é a função exponencial f (x) = ex.

 Logo, pela Regra da Cadeia,

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 7

 Podemos usar a Regra da Cadeia para derivar uma


função exponencial com qualquer base a > 0.
 Lembre-se, da Seção 1.6, de que a = eln a.

 Logo ax = (eln a)x = e(ln a)x e a Regra da Cadeia dá

porque ln a é uma constante.

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REGRA DA CADEIA Fórmula 5 e 6

Portanto, temos a fórmula

Em particular, se a = 2, obtemos

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REGRA DA CADEIA

Na Seção 3.1 demos a estimativa

Ela é consistente com a fórmula exata (6),


pois ln 2  0,693147.

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REGRA DA CADEIA

A razão para o nome “Regra da Cadeia”


fica evidente se fizermos uma cadeia maior
adicionando mais um elo.

Suponha que y = f (u), u = g(x) e x = h(t),


onde f, g e h são funções deriváveis.

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REGRA DA CADEIA

Então, para calcular a derivada de y em


relação a t, usamos duas vezes a Regra da
Cadeia

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 8

Se f (x) = sen(cos(tg x)), então

Observe que usamos duas vezes a Regra da Cadeia.

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REGRA DA CADEIA EXEMPLO 9

Derive y = esec 3.

 A função de fora é uma exponencial, a do meio


é uma função secante, e a função de dentro é
a multiplicação por três. Assim, temos

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COMO DEMONSTRAR A REGRA DA CADEIA

Lembre-se de que se y = f (x) e x variar de a


a a + Δx, definimos o incremento de y como
Δy = f (a + Δx) - f (a)

De acordo com a definição de derivada,


temos
y
lim  f '(a )
x  0  x

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COMO DEMONSTRAR A REGRA DA CADEIA

Dessa forma, se denotarmos por ε a


diferença entre o quociente de diferenças e
a derivada, obteremos

 y 
lim   lim   f '(a) 
x 0 x
x  0
 
 f '(a)  f '(a)  0

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COMO DEMONSTRAR A REGRA DA CADEIA

Mas
y
  f '(a )  y  f '(a )x  x
x

 Se definirmos ε como 0 quando Δx = 0, então


ε se torna uma função contínua de Δx.

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COMO DEMONSTRAR A REGRA DA CADEIA Equação 7

Assim, para uma função diferenciável ƒ,


podemos escrever

e ε é uma função contínua de Δx.

Essa propriedade de funções diferenciáveis


é que nos possibilita demonstrar a Regra da
Cadeia.
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DEMONSTRAÇÃO DA REGRA DA CADEIA Equação 8

Suponha que u = g(x) é diferenciável em a e


y = f (u) é diferenciável em b = g(a).

Se Δx for um incremento em x e Δu e Δy
forem os incrementos correspondentes em
u e y, então poderemos usar a Equação 7
para escrever

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DEMONSTRAÇÃO DA REGRA DA CADEIA Equação 9

Da mesma forma

onde ε2  quando Δu  0.

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DEMONSTRAÇÃO DA REGRA DA CADEIA

Se substituirmos agora a expressão para Δu


da Equação 8 na Equação 9, obteremos

y  [ f '(b)   2 ][ g '(a)  1 ]x


logo
y
 [ f '(b)   2 ][ g '(a )  1 ]
x

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DEMONSTRAÇÃO DA REGRA DA CADEIA

Quando Δx  0, a Equação 8 mostra que


Δu  0. Assim, ε1  0 e ε2  0 quando
Δx  0. Portanto,

Isso demonstra a Regra da Cadeia.


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