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ESCOLA PRÁTICA DA GUARDA

LEGISLAÇÃO RODOVIÁRIA

10º TPO-2004/2005
Sessão 26
Transporte de Matérias Perigosas
DECRETO-LEI 267-A/2003, de 27OUT

DEFINIÇÃO DE MATÉRIA PERIGOSA


CONDIÇÕES DE TRANSPORTE
COMPETÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO
INFRACÇÕES E RESPONSABILIDADE
INSTRUÇÃO E DECISÃO DO PROCESSO
INFRACTORES NÃO RESIDENTES
PAGAMENTO IMEDIATO
 IMOBILIZAÇÃO
 APREENSÃO
 SUBSTITUIÇÃO DE DOCUMENTOS
REGULAMENTO NACIONAL DE
TRANSPORTES DE MERCADORIAS
PERIGOSAS POR ESTRADA (RPE)

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL :
 DL 267-A/2003, de 27OUT
Regulamento Nacional de Transportes de M. Perigosas por Estrada
ANEXO I- RPE
ANEXO II- LISTA DE CONTROLO

 Portaria 331-B/98, de 01JUN


Proibição do trânsito de automóveis pesados afecto ao transporte
de mercadorias em determinadas vias

 Portaria 335/97, de 16MAI


Transporte de resíduos dentro do território nacional
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Âmbito de aplicação - (Art.º 1.º)


 Aplica-se a todas as operações efectuadas
em território nacional relacionadas com o
transporte de mercadorias perigosas,
incluindo cargas e descargas, nas vias de
domínio público, e nas vias do domínio privado
(quando abertas ao trânsito público).
 Aplica-se ao transporte rodoviário de
mercadorias perigosas.

Mercadorias Perigosas - (Art.º 3º)


 Consideram-se Mercadorias Perigosas, as
matérias e objectos cujo transporte rodoviário
é autorizado sob certas condições, ou
proibido pelo RPE ou pelo ADR.
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Condições de Transporte - (Art.º 2º)

RPE - Regulamento Nacional de Transportes de


Mercadorias Perigosas por Estrada – ( Anexo I ), aplica-se
aos transportes rodoviários de mercadorias perigosas com
origem e destino em território português. (Artigo 2.º, n.º 1)

ADR - Acordo Europeu Relativo ao Transporte


Internacional de Matérias Perigosas por Estrada, concluído
em Genebra, em 30SET57 – aplica-se aos transportes com
origem ou destino em território estrangeiro. (Artigo 2.º, n.º 2)
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Derrogações – Autorizações - (Art.º 4º a 7.º)

Podem ser derrogadas disposições distintas das previstas no RPE,


regulamentadas por Despacho da DGTT, nos seguintes casos:
 Disposições menos restritivas para operações que envolvam
pequenas quantidades de certas mercadorias perigosas, com
excepção para as radioactivas. (art.º 4º)
 Disposições distintas das previstas no RPE para operações de
transporte local,. (art,º 5.º)
 Disposições temporárias para realização, de ensaios
necessários para adaptação do transporte rodoviário às
inovações e ao progresso tecnológico e industrial. (art.º 6.º)

Pode a DGTT, autorizar a realização de transportes excepcionais


em condições distintas do previsto no RPE, para operações de
transporte claramente definidas, limitadas no tempo. (art.º 7.º)
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Competência de Fiscalização - (Art.º 11.º)

DGTT
Inspecção-Geral Obras Públicas e Transportes
Direcção-Geral de Viação
Ministério da Economia
Guarda Nacional Republicana
Polícia de Segurança Pública
Inspecção-Geral das Actividades Económicas
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 Em todos os elementos relevantes para a


segurança do transporte, nomeadamente; veículos,
mercadorias, documentação (relacionada com o
transporte ou com as mercadorias transportadas)

 Pode-se, ainda, efectuar acções de fiscalização


nas instalações dos intervenientes nas operações de
transporte, quer a título preventivo quer na
sequência de infracções detectadas na realização
do transporte
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 Numa fiscalização realizada no decurso do


transporte é utilizada a lista de controlo que
constitui o anexo Nº 3 do DL 267-A/2003 e
que dele faz parte integrante, lista essa da
qual será entregue um duplicado ao condutor
do veículo fiscalizado.
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- (Art.º 12.º)
1 - Da responsabilidade do EXPEDIDOR
a) Expedição de mercadorias perigosas proibida

b) Expedição de mercadorias perigosas sem autorização


especial de transporte

c) Inexistência do documento de transporte relativo à


mercadoria perigosa transportada

d) Preenchimento incorrecto/incompleto do documento de


transporte

e) Não fornecimento ao condutor de instruções escritas


(fichas de segurança) correspondentes às matérias
transportadas
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f) Utilização de embalagens não aprovadas, não adequadas à


matéria transportada, não evidenciando a respectiva
marcação de aprovação ou gravemente deterioradas

g) Utilização de cisternas desmontáveis, CGEM, cisternas


móveis ONU e contentores-cisternas não admitidos para
o transporte

h) Utilização de cisternas desmontáveis, CGEM, cisternas


móveis ONU e contentores-cisternas não aprovados, sem
os equipamentos ou acessórios adequados ou gravemente
deteriorados, bem como inexistência do documento de
aprovação

i) Incumprimento de qualquer das prescrições sobre a


marcação e etiquetagem dos volumes ou marcação e
etiquetagem inadequadas
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2 - Da responsabilidade do CARREGADOR

a) Incumprimento das normas de segurança da carga


e do manuseamento ou movimentação das
mercadorias perigosas durante a carga

b) Incumprimento das normas de proibição de


carregamento em comum de volumes num mesmo
veículo ou contentor

c) Incumprimento das normas de segurança relativas à


separação de géneros alimentares, objectos de
consumo e alimentos para animais

d) Incumprimento das normas de proibição de carga


em locais públicos ou aglomerados urbanos sem
autorização, se necessária
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3 - Da responsabilidade do ENCHEDOR,
O incumprimento das normas de segurança da carga no
transporte em cisternas ou a granel

4 - Da responsabilidade do TRANSPORTADOR
a) Utilização de veículos não admitidos ou que não cumpram
as condições técnicas exigidas

b) Inexistência do certificado de aprovação do veículo

c) Realização do transporte em embalagens, veículos-


cisternas, cisternas desmontáveis, veículos-baterias, CGEM,
cisternas móveis ONU ou contentores-cisternas que
apresentem fugas da matéria transportada
d) Inexistência da sinalização nos veículos, contentores
ou cisternas, no que se refere aos painéis cor de
laranja e às placas-etiquetas, ou existência de
sinalização inadequada
e) Inexistência dos extintores correspondentes ao
veículo ou à carga ou inoperacionalidade, inadequação ou
caducidade das provas periódicas
f) Inexistência da totalidade ou parte do equipamento
do veículo e do condutor, nomeadamente sinais de
aviso portáteis, calço para as rodas, lanterna
portátil, colete ou fato fluorescente ou outro que
conste das instruções escritas
g) Inexistência ou inadequação do certificado de
formação do condutor
h) Incumprimento da proibição de transportar
quaisquer passageiros para além do pessoal de bordo
i) Estacionamento de veículos em locais com
interdições e específicas do transporte de
mercadorias perigosas
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5 - Da responsabilidade do DESTINATÁRIO
a) O incumprimento das normas de segurança da
descarga e do manuseamento ou movimentação das
mercadorias perigosas durante a descarga, no
transporte em volumes, em cisternas ou a granel

b)O incumprimento das normas de proibição de


descarga em locais públicos ou aglomerados urbanos
sem autorização, se necessária

6 -Da responsabilidade do CARREGADOR e


do TRANSPORTADOR
Em comparticipação, o incumprimento das normas
referentes ao limite máximo de quantidades
transportadas, no transporte em volumes
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7 - Da responsabilidade do ENCHEDOR

e do TRANSPORTADOR,

Em comparticipação, o incumprimento das normas referentes


às taxas de enchimento, no transporte em cisternas

8 - Da responsabilidade do AGENTE DO FACTO


CONSTITUTIVO,

O incumprimento da proibição de fumar durante a carga, a


descarga ou qualquer manuseamento ou movimentação de
mercadorias perigosas
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(Art.º 16.º)

A instrução dos processos por contra-ordenações


previstas no presente diploma compete à DGTT,

excepto

No respeitante às infracções (da responsabilidade do


transportador) previstas na alínea a), b), e), f) e i) do Nº
4 do artigo 12º, em que compete à DGV
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(Art.º 14.º)

 Os infractores não domiciliados em Portugal


deverão efectuar o pagamento voluntário da coima
no momento em que é verificada a infracção, pelo
montante mínimo da coima, em numerário ou por
outros meios de pagamento de curso legal em
Portugal (n.º 2)
O QUE FAZER SE O RESPONSÁVEL PELA
INFRACÇÃO NÃO EFECTUAR DE IMEDIATO
O PAGAMENTO VOLUNTÁRIO DA COIMA
(PELO MONTANTE MÍNIMO)?

Deve proceder ao depósito de quantia igual ao valor


máximo da coima prevista para a contra-ordenação
praticada
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QUAL O PROCEDIMENTO SE O INFRACTOR


DECLARAR QUE PRETENDE PAGAR A COIMA OU
EFECTUAR O DEPÓSITO E NÃO PUDER FAZÊ-
LO NO ACTO?

Deve-se apreender, até que se efective o pagamento


ou depósito; a carta de condução, o documento de
identificação do veículo, o título de registo de
propriedade, a ficha de inspecção periódica e a
licença do veículo ou equivalentes, e, se existirem, o
certificado de formação do condutor e o certificado
de aprovação do veículo. (n.º 4)
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Deve, também, ser elaborado auto de apreensão


provisório e emitidas guias de substituição dos
documentos apreendidos, com validade até ao
termo do 1º dia útil posterior ao da infracção,
tornando-se, na mesma data, efectivo o auto de
apreensão provisório.
QUE FAZER QUANDO SE CONSTATAR QUE O
INFRACTOR NÃO CUMPRIU AS SUAS
OBRIGAÇÕES RELATIVAMENTE AO
PAGAMENTO/DEPÓSITO DA COIMA E HAJA
DOCUMENTOS APREENDIDOS?
A Entidade Fiscalizadora deverá remeter;
À DGV, a carta de condução, o doc. identificação
do veículo, o título de registo de propriedade e a
ficha de inspecção periódica
À DGTT, os restantes títulos.
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QUAL O PROCEDIMENTO A ADOPTAR SE


O INFRACTOR NÃO PRETENDER
EFECTUAR O PAGAMENTO/DEPÓSITO DA
COIMA ?

A falta de pagamento voluntário ou do depósito,


implica a apreensão, a imobilização e a remoção
do veículo, que se manterão até à efectivação do
pagamento ou depósito ou até à decisão absolutória
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(Art.º 16.º)

Sempre que ocorra risco para a segurança do


transporte, da circulação ou das populações, os
veículos são imobilizados pela autoridade fiscalizadora no
próprio local ou num outro designado por essa
autoridade, não podendo voltar a circular enquanto não
estiverem conformes com a regulamentação.

A imobilização pode ser efectuada por:


Bloqueamento do rodado ou dos órgãos de direcção do
veículo, através de dispositivo adequado, ou pela selagem
do veículo ou de órgãos essenciais do mesmo
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Aquando da imobilização será preenchida uma ficha;


 o original será apenso ao auto
 o duplicado entregue ao infractor,
A referida ficha conterá;
 a notificação do condutor,
 os elementos de identificação do veículo,
 a indicação da situação que lhe deu origem
 a data e o local da imobilização
 o regime ao qual o veículo fica sujeito
O levantamento da imobilização depende do pagamento da
coima, do depósito, da caução ou de decisão nesse
sentido.
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Os agentes de autoridade que procedam à


imobilização e o Estado não respondem pelos danos
surgidos no veículo ou na carga transportada,
enquanto aquele se encontrar imobilizado, salvo se os
mesmos forem causados por quaisquer acções
imputáveis aos agentes e não necessárias à operação
de imobilização

À apreensão, ao bloqueamento e à remoção de


veículos aplica-se o regime estabelecido no Código da
Estrada e legislação complementar

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